| Quando irá ser possível estar ligado? |
José Nunes Martins
| Quando irá ser possível estar ligado? |
| Pavilhão para instalação do rebanho |
Volto a dar conhecimento aos nossos conterrâneos
residentes e ausentes do estado em que estão a decorrer as obras de construção
da Exploração Pecuária nos terrenos baldios da freguesia. No dia 11 de Março,
aproveitando o estar na aldeia, fui saber como estavam a decorrer as obras das
estruturas que vão alojar o rebanho de cabras. E fiquei agradado com o que vi.
Foi simpaticamente recebido pelos trabalhadores espanhóis que ali andavam a
trabalhar. A obra já se vê ao longe e é agora mais fácil de prever como vai
ficar quando estiver concluída. Espero que dentro de poucos meses a obra esteja
pronta, a qual será um passo importante para a instalação do rebanho. A
freguesia vai sair beneficiada e ali pode estar um enorme activo para o
desenvolvimento da nossa terra.
A Exploração Pecuária de Malcata (Rebanho nos Baldios) é
neste momento o maior investimento a ser feito na freguesia. Há necessidade de
envolver e dinamizar muito mais a população da freguesia, para aumentar o interesse pelo rebanho e pelo que
isso traz para toda a freguesia.
José Nunes Martins
Galeria de fotos:
Em 19 de Julho de 2021, decorreu a cerimónia da assinatura
do Contrato da criação da Área Integrada de Gestão da Paisagem que foi assinada
entre o Município do Sabugal e de Penamacor, em terras da Pampilhosa da Serra.
A AIGP- “Terras do Lince-Malcata”, é uma área de 4824 hectares, com muita
floresta, exposta aos perigos de incêndios que caso aconteçam, pode comprometer
todo o enorme património natural e cultural que ali existe.
Durante o mês de Fevereiro deste ano
decorreram várias reuniões com a Comissão de Cogestão da Área Protegida da
Reserva Natural da Serra da Malcata: Penamacor, Meimão, Meimoa, Malcata,
Quadrazais, Fóios, Vale de Espinho, Sabugal.
Estes encontros tinham como objectivo envolver as pessoas com a Reserva,
explicar-lhes o que é a cogestão, benefícios que se podem alcançar.... Ao mesmo
tempo distribuíram-se inquéritos a várias entidades para ver como estão os
conhecimentos e a satisfação das populações em relação a este território.
Também no mesmo mês de Fevereiro, mais
precisamente no passado dia 23 de Fevereiro, decorreu no Salão Nobre, da Câmara
Municipal do Sabugal, a terceira reunião da Comissão de Cogestão da Reserva
Natural da Serra da Malcata, composta pelas seguintes entidades:
- Município de Penamacor e Sabugal;
- Assembleia de Compartes da Freguesia de Malcata;
- Conselho Directivo dos Baldios dos Fóios;
- Instituto Social Cristão Pina Ferraz.
Nesta reunião, discutiu-se qual o ponto
da situação do plano de cogestão. Também foram apresentados os resultados das
reuniões que tiveram lugar nas várias freguesias limítrofes à RNSM. Os
inquéritos de opinião que foram feitos “aos agentes económicos”, “às forças
vivas” também foram apresentados. Os participantes nesta terceira reunião, salientaram
as sinergias conseguidas entre Penamacor e Sabugal e as outras entidades, na
união de esforços e na dinâmica, para a cogestão. Destacaram a AIGP- “Terras do Lince-Malcata”, a ZIF da Malcata e o projecto “Linx 2020”.
José Nunes Martins
“Ao longo de 20 anos, todos os anos
virão 190 milhões para pagar serviços de ecossistemas e garantir que a
empreitada de transformar não se esgote no dia em que parece estar concluída”
ouvimos dizer ao Ministro do Ambiente, Pedro Matos Fernandes.
A AIGP Terras do Lince-Malcata vai
servir para ordenar a paisagem e aumentar a área florestal que será gerida em
co-gestão, com o objectivo de promover e valorizar a economia local.
As relações das AIGP’s com os
proprietários dos terrenos terão em conta as várias possibilidades e a delegação,
por exemplo, da gestão do terreno pode ser delegada à entidade que está a gerir
a AIGP-Terras do Lince. Ou também o proprietário pode fazer ele a gestão
seguindo o plano que a entidade gestora propõe.
Se o dono do terreno não for conhecido,
essa propriedade ficará à guarda do Estado durante 15 anos.
E caso haja algum proprietário que se
recuse a ceder o terreno, a entidade gestora recorrerá ao arrendamento forçado,
pagando uma renda anual ao dono do terreno.
E quem melhor pode ajudar e colaborar
com os proprietários é a autarquia, a junta de freguesia, as associações
ligadas à floresta e importante o apoio científico da Universidade da Covilhã.
Os proprietários dos terrenos vão poder
contar com a ajuda na identificação dos terrenos, a elaboração do cadastro e
serão também informados sobre o projecto e o plano de execução.
A AIGP-Terras do Lince-Malcata já está
a funcionar. A população de Malcata, não pode abdicar dos seus direitos e
também tem que estar presente nos seus deveres. A Área de Intervenção Gestão da
Paisagem-terras do Lince é também gerida pela Junta de Freguesia de Malcata,
pela Assembleia de Compartes dos Baldios de Malcata e penso que a Zif da
Malcata! Estas serão as entidades da nossa freguesia, ao que acrescentamos
outras entidades nossas vizinhas.
Durante este mês de Fevereiro já foram
realizadas reuniões com as populações, tendo havido uma na nossa freguesia.
Tenho a informação de que participou pouca gente. E esse facto não é bom sinal,
pelo contrário, é um alerta para a entidade gestora da AIGP-Terras do Lince.
Esta é mais uma oportunidade que
Malcata tem para sair do marasmo!
| Presidente CMS Vítor Proença assina o protocolo AIGP-Terras do Lince |
PRIMEIRA PROVA DE EXAME
Os autarcas da
freguesia já se encontram nas suas funções plenas. Como os três element0s do
executivo são repetentes, não precisaram de ter tempo para conhecer a freguesia
ou o modo de funcionamento da autarquia.
É altura de parar para pensar e olhar
para a freguesia de uma forma crítica. Denunciar o que está mal, sem rodeios e
sem medo de retaliações. E o denunciar o que está mal pode até ter resultados
bastante positivos e todos os cidadãos beneficiarem dessas denúncias ou
críticas. Comigo, já sei que me vão acusar e só vão olhar para o lado mau das
críticas e esquecem que se trata simplesmente da forma como eu vejo as
situações, como eu analiso as decisões políticas e só isso mesmo, sem querer
atingir a vida pessoal dos autarcas. Até hoje não me arrependo de ter feito o
que fiz, o que escrevi, pelo contrário, é o preço que eu pago para ajudar as
pessoas a ser mais elas mesmas, influenciar, na medida do que for possível, para
o bem da aldeia e dos seus residentes e visitantes.
E hoje lanço um desafio aos malcatenhos
e aos que gostam de Malcata:
O que de bom se fez em 2022 na freguesia?
José Nunes Martins