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11.3.12

PRODUTIVIDADE




   O Jornal Cinco Quinas do mês de Março já me chegou a casa. E de cada vez que o recebo, imediatamente rasgo o saco de plástico onde ele vem e faço a minha "revista de imprensa" à procura de novidades ou algum acontecimento que ainda não tenha lido na internet. Este mês, chamou-me a atenção o Editorial que A.Rito Pereira escreve. A. Rito Pereira coloca-nos esta ideia:
 

  Homem com 50 anos,  casado e com dois filhos. Conseguiu juntar dois milhões de euros e não tem mais nenhum rendimento ou propriedade para enfrentar o resto da sua vida, que, pela média de vida portuguesa, será de mais trinta anos ( viverá até aos 80 ).
   Que fazer ao dinheiro?
   E A.Rito Pereira fez estas contas:


 
   "Se depositar o dinheiro no banco e conseguir um juro líquido de 2,5%, obtenho um rendimento de 50 mil euros por ano. Posso viver com estes juros, já que me dá 4.160 euros mensais e ainda deixo um bom pecúlio para os meus filhos. Vivo num país onde estão asseguradas as necessidades básicas da vida. Bom sistema de saúde pública (12º lugar a nível mundial), para a educação dos filhos, conto com boas escolas públicas, tenho acesso fácil e barato a bens de alimentação e vestuário.
   Se optar, então, por colocar o dinheiro a render no Banco, posso ter uma vida desafogada, com os meus 4.160 euros mensais, pagando sem problemas a renda de uma boa casa, não tendo problemas em comer e vestir bem toda a família e ter ainda luxos tais como, carro, férias com a família uma ou duas vezes por ano, etc. etc.
   Conclusão: Portugal é um país bom para viver dos depósitos bancários".
 

   Mas se tiver maior ambição, estudo a hipótese de conseguir maior rentabilidade para o meu capital.
Aproveitar os produtos portugueses e fazer uma fábrica de compotas. Compro um pavilhão adequado e respetiva maquinaria por um milhão de euros. Licenciamentos de várias entidades: dois, três, cinco anos. No fim dos cinco anos, perdi em juros bancários, do milhão que empatei: 125 mil euros. Após abrir a fábrica, tenho diariamente à perna, quatro entidades públicas, que deveriam ajudar-me mas que só ficam à espreita de qualquer falha: homens do ambiente, homens do ministério da economia, brigada da GNR do ambiente, ASAE. Todos com o dossier e a esferográfica pronta para me aplicar a multa (de milhares de euros) definida pela última lei em vigor.
   Após algum tempo de funcionamento, chego à conclusão de que tenho de fechar pois em Portugal o Estado não favorece o empresário. Lá se foi o meu capital.
   Compro um terreno para fazer um prédio de vários andares e arrendá-los.
   Empato, na compra e na construção, dois milhões de euros. Aprovação dos projetos na Câmara, águas, eletricidade, telefones: um, dois, três, cinco anos ou mais. E a minha família a passar dificuldades porque não vem o rendimento do meu capital. Por fim, acabo a construção e arrendo os apartamentos. Os inquilinos deixam de pagar renda. Recorro ao tribunal: três, quatro, cinco, dez, vinte anos para obter o despejo dos inquilinos e, no fim, ficar sem receber as rendas contratadas. Lá se foi o meu capital.
Estes dois exemplos são o normal em qualquer atividade desenvolvida em Portugal.
Conclusão: Portugal não é um país produtivo para investir em qualquer atividade.

Tem-se falado ultimamente da baixa produtividade dos trabalhadores portugueses, apontada como factor principal do nosso atraso e baixa competitividade. Pergunta-se: nos exemplos que considerámos, onde é que entra a baixa produtividade dos trabalhadores? E já agora: fazem alguma diferença 4 ou 5 dias de feriados anualmente?
   
   O texto pode ser lido aqui:





http://www.cincoquinas.com/index.php?progoption=seccao&do=show&secid=1

   Estará aqui justificada a atitude da maioria dos nossos emigrantes em relação ao uso que têm dado ao dinheiro que ganham com o suor do seu trabalho?

10.3.12

MALCATA: LIÇÕES DE VIDA

Malcata: Lições de vida



Ah se os humanos fossem todos como as cegonhas! Refiro-me à fidelidade, à entrega, ao cuidado, ao labor, à união da família. Quantos “filhos da mãe” da nossa espécie andam por aí demitidos das suas obrigações!


A mãe natureza continua a cuidar de nós, como seus filhos que somos. Não devemos também nós cuidar dela, prestar-lhe carinhos e atenções, bem como a todos os seus filhos e nossos irmãos? Francisco de Assis, no Cântico das Criaturas, não se priva de louvar e agradecer a Deus Este homem (santo) que abdicou de tantas coisas boas da vida – o pobrezinho de Assis, como soe dizer-se – teve a sensibilidade e a consciência de que o nosso peregrinar por este mundo está repleto de dons de Deus para que deles possamos servir-nos e construir um mundo melhor. O seu profundo respeito pela vida, em qualquer forma que se manifeste, é um estímulo e um exemplo que devemos seguir.
Hoje, a mãe natureza presenteou-nos com o regresso das cegonhas. Dizem os vizinhos que eram seis à procura do velho (!) ninho. Não o conseguiram encontrar, porque foi destruído. Mas em compensação foi-lhes preparado ninho novo num local próximo. Um casal apoderou-se desta mansão, e nela podemos observar, fotografar, admirar e até escrever o que nos vai na mente. São chamamentos sonoros (parecem as matracas da semana santa); são arrufos amorosos; são voos de encantar; são “galaduras”. Enfim, tudo o que é preciso para que a vida das cegonhas continue. Hoje o pai e a mãe; amanhã os “filhos da mãe” e do pai.
Ah se os humanos fossem todos como as cegonhas! Refiro-me à fidelidade, à entrega, ao cuidado, ao labor, à união da família. Quantos “filhos da mãe” da nossa espécie andam por aí demitidos das suas obrigações!
“Olá cegonha! Eu gosto de ti. Há quanto tempo te não via por aí?!”
Termino com o poema completo do saudoso Carlos Paião
 
Olá cegonha, gosto de ti!
Há quanto tempo, te não via por aí!
Nem teus ninhos nos telhados,
Nem as asas pelo céu!
Olá cegonha! Que aconteceu?
Ainda me lembro de ouvir-te dizer,
Que tu de longe os bebés vinhas trazer!
Mas os homens vão crescendo,
E as cegonhas a morrer!
Ainda me lembro...não pode ser!
 
Adeus cegonha, tu vais voar!
E a gente sonha...é bom sonhar!
No teu destino, por nós traçado!
Leva o menino, que é pequenino, toma cuidado!
 
Adeus cegonha, adeus lembranças...
A gente sonha, como crianças!
Faz outro ninho, nos altos céus!
Vai de mansinho, mas pelo caminho, diz-nos adeus!
    

Por: Rui Chamusco
Copiado daqui: http://www.cincoquinas.com/index.php?progoption=news&do=shownew&topic=3&newid=5714

7.3.12

PAINÉIS INFORMATIVOS EM MALCATA

                                                     

                                                  UMA JUNTA DE FREGUESIA
                                                  MAIS AO LADO DOS CIDADÃOS

   A Junta de Freguesia de Malcata bem podia colocar dois ou três painéis informativos da nossa freguesia de modo a facilitar uma melhor informação aos habitantes e a todas as pessoas que visitam a aldeia ou a Reserva Natural da Serra da Malcata. Nesses painéis podiam estar em destaque o mapa da freguesia, assinalado com todos os seus pontos de interesse. Estes painéis informativos, também conhecidos pelo nome de “Mupis”, devem  ser colocados em locais estratégicos da aldeia e em consonância com esses mesmos locais, de forma a enquadrarem-se com as estruturas envolventes, ou seja, sem ferir o ambiente visual, aparecendo discretamente na paisagem rural mas com uma visibilidade motivadora. A aldeia merece atenção e o painel actualmente colocado à Torrinha, no interior da casinha que serve de abrigo aos passageiros da camioneta, é pequeno,  está escondido e muitos habitantes nem sabem que lá está, quanto mais as pessoas que nos visitam.
     Os painéis seriam um meio para levar à população uma melhor informação ( cultural, desportiva e social e reliigiosa). Estes equipamentos são importantes na informação e mobilização dos malcatanhos residentes na aldeia e sempre que alguém ou algum grupo de pessoas nos visitem.
    A Junta de Freguesia pode e deve pensar nesta sugestão e ter em conta as reais necessidades de Malcata, para que estes painéis, se forem colocados, não se transformem em mais três peças vulgares e que  ninguém dá importância e mais uma ideia parva da minha cabeça, porque simplesmente não informam.
    Vale a pena pensar nisto!