18.10.24

CABRITO ASSADO EM MALCATA

    


   Há confrarias pelo país todo e algumas são autênticos clubes privados, associações de pessoas que se unem a defender os mesmos interesses de grupo, de sociedade e mesmo pessoais, usando a confraria para se manterem na onda.

   Louvo os confrades da Irmandade das Almas, da Confraria de Santo António, da Confraria da Senhora do Rosário e do Santíssimo. Eram confrades para voluntariamente servirem e ajudar quem precisava.
   Quanto às confrarias gastronómicas todas se reclamam defensoras de algum produto, tradição, costume e sempre que reúnem convidam outras confrarias para a festa. Ou seja, vestem as suas capas e outros complementos que pode ser um chapéu, uns bordões de madeira, um copo, muitos “pins” presos com alfinetes e estão prontos a desfilar e a mostrar-se aos outros confrades e convidados.
   Andei a observar alguns cartazes que as confrarias divulgam quando se reúnem em Capítulo. Apercebi-me que na sua grande maioria contam com a presença dos presidentes das Câmaras Municipais, dos Presidentes das Juntas de Freguesia, de outros políticos, engenheiros, doutores e professores, empresários, uns no activo e outros a viver as suas agradáveis reformas. Todos diferentes e de lugares distintos, alguns foram os responsáveis de se ter perdido certas tradições e identidades, abandono do património e do território e que pouco fazem hoje para defender o que de bom existe. E alguns afirmam solenemente que estão nas confrarias para defender e promover o que de bom e do melhor existe e se produz no território que a confraria diz defender e promover.
   Será que os confrades se apercebem do que se passa na freguesia de Malcata? Que informação lhes é transmitida sobre a freguesia, sobre os produtos com valor, com qualidade, quem os produz e em que condições os comercializa? Saberão eles quem merece o apoio e quem é apoiado, levado para todas as feiras e mercadinhos e ignoram  os artistas e empreendedores  fazer o seu próprio percurso criativo e artístico, lá partem para eventos, feiras, worshops, formações e com a aldeia no coração e no pensamento, vão às suas custas sem qualquer mimo das entidades públicas da terra, nomeadamente da autarquia, que tem o dever de defender e apoiar quem se propõe acrescentar mais valor à freguesia, divulgar a sua riqueza natural, os seus produtos. Eu, sinceramente,  custa crer que o que acabei de falar seja do conhecimento dos que amanhã estejam na freguesia e se dizem defender o território do Sabugal.  Questiono-me sobre o que irá ser transmitido amanhã quando os confrades fizerem a pergunta sagrada ao anfitrião da freguesia:
    Quando podemos preparar, distribuir pelas famílias da aldeia de Malcata um cabrito do rebanho das cabras serranas, que depois de bem confecionado, possa ser oferecido gratuitamente a quem visitar a freguesia num 19 de Outubro como o deste ano?
   É uma pergunta difícil de responder, mas se todos os confrades a fizerem a si próprios, penso que estaria encontrada uma via para o escoamento da produção do bom e do melhor cabrito na brasa do concelho do Sabugal.
   Isto de oferecer carne de cabrito por toda a freguesia parece utopia da minha parte e sei que muitos se estão a rir da ideia. E se quem degustar um naco de cabrito, um bocado de pão e um copo a ajudar, achar que é óptimo, saboroso, único, ambiente agradável, despretensioso e o deixa feliz da vida, voltar mais vezes e disser boca a boca que o melhor cabrito assado na brasa, o mais natural e que é “algu” do Sabugal, se encontra na aldeia de Malcata, ali aos pés da Serra e da Reserva Natural da Serra da Malcata?
   Assim é que respeitamos e defendemos o que é nosso, da freguesia, do concelho, saberes e sabores que os nossos antepassados nos deixaram.
   Espero ter boas notícias sobre o IV Capítulo da Confraria do Cabrito na Brasa-Sabugal e sinceramente, tenho esperança que assim aconteça.


  

 

            

17.10.24

MALCATA : CABRAS NOS BALDIOS PARA QUANDO?

       



   Unidades de Participação sobre o rebanho
        é também assegurar o futuro

   Tratando-se de um projecto de interesse para a freguesia de Malcata e para o território do concelho do
 Sabugal, sendo um investimento público e apoiado pelos fundos europeus, é natural que surjam pessoas que pela sua experiência profissional e conhecimentos técnicos desejem contribuir com algumas das suas ideias e sugestões tendo em vista a concretização desta obra.
     A ideia das Unidades de Participação ( que pode receber outra designação) que o senhor Engº. José Escada Alves da Costa, pessoa com grande experiência de criação e gestão de projectos inovadores, principalmente na área das energias e biomassa florestal, ainda com ligações familiares à nossa freguesia, publicada em Agosto de 2019, pelo Jornal Cinco Quinas, ainda continua válida e devia ser 
merecedora de um debate público, alargado a toda a freguesia e a entidades interessadas neste projecto que tanto pode alavancar o tão desejado desenvolvimento sustentável da freguesia de Malcata. Quem desejar saber mais em pormenor sobre o assunto é só clicar na imagem que a seguir reproduzo:

   

             Jornal Cinco Quinas - Agosto 2019 

13.10.24

SÓCIOS SEMPRE DE FACA E GARFO

 



   Está marcado para o dia de hoje, na ACDM da freguesia, um Almoço Convívio tendo como prato principal “Rancho”. Esta associação já habituou os associados a este género de actividades. Os almoços e jantares são boas oportunidades para reunir a comunidade num ambiente social e descontraído.
 São oportunidades que permitem que as pessoas se conheçam melhor, partilhem histórias e experiências e ao mesmo tempo fortalecem os laços de pertença à comunidade, à aldeia. Outra razão para escolher estes eventos é porque são fáceis de organizar e para comer e beber, conviver e divertir, nada melhor que comida e bebida.
   Tudo na vida deve ser consumido com moderação. Até nas cozinhas o sal, ingrediente quase indispensável para bem cozinhar, tem de ser utilizado com cautela e não abusar do seu uso é bem necessário.
   E quando uma associação cultural e desportiva se reúne para planear as suas actividades anuais, tem de ter em conta todos os associados e propor, debater e aprovar diversas actividades, dirigidas aos associados com a ideia de atrair diferentes tipos de pessoas, com diferentes tipos de gostos e interesses culturais e desportivos.  Ora, olhando para trás e para as actividades da ACDM, é importante e necessário diversificar o plano das actividades da associação.
   Nesse sentido, deixo aqui algumas ideias de eventos que poderiam ser interessantes para a associação:
1- Workshops e Oficinas: culinária regional, renda e crochê, informática, madeiras.
2 - Actividades Culturais: Noites de cinema, noites de fado e outras músicas, teatro.
3 – Eventos Desportivos: Caminhadas em grupo, Jogos Tradicionais, Futsal, Ténis.
4 – Workshops e Jornadas: Cogumelos Silvestres, Castanha,
5 – Reconstituição de Costumes e Tradições: Janeiras, entrudo, Santos populares, 
    desfolhadas, ir apanhar castanhas.
   
   Isto a que vos soa? Não seria uma óptima maneira de dar vida à associação? Com actividades diversificadas, organizadas para diferentes tipos de pessoas, não acham que
haverá gente interessada em participar?
    Tenho a certeza de que estas sugestões seriam bem recebidas e podiam trazer uma nova dinâmica para a associação. Diversificar as actividades pode ajudar a envolver mais pessoas e tornar a associação mais interessante e inclusiva de mais pessoas.
   Fica a sugestão!
   Bom almoço.

 

 


11.10.24

MALCATA PRECISA DE MUDANÇAS

 


   Diz no n.º 2 do artigo 56.º da Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro que:
“além das publicações obrigatórias em Diário da República, os atos dos órgãos colegiais autárquicos “são ainda publicados no sítio da Internet, no boletim da autarquia local e nos jornais regionais editados ou distribuídos na área da respetiva autarquia, nos 30 dias subsequentes à sua prática”.
   Ora as duas páginas que a Freguesia tem na internet, não têm qualquer acta publicada e 
o que tem feito é publicar os editais referentes às Assembleias de Freguesia, onde se informa da marcação das ditas reuniões e correspondente ordem de trabalhos.
   A Junta de Freguesia de Malcata nunca divulgou as actas das suas reuniões públicas, nem se digna publicar a ordem de trabalhos das reuniões do executivo (Presidente, Tesoureiro e Secretário); com as minutas das assembleias de freguesia acontece que, apesar de publicitarem os editais com a ordem de trabalhos, mais nada é dado a conhecer aos cidadãos da freguesia.
   Já por diversas ocasiões venho referir a necessidade de corrigir esta situação. Estão em causa alguns princípios de administração aberta, transparente e de informar o cidadão.
   Publicar os editais, os avisos e os eventos dos mais variados, é para o que tem servido a página oficial da internet, principalmente a do Facebook! Isto é a informação que eu encontro nas duas páginas na internet, que a junta de freguesia abriu e mantém.
   O que está a acontecer é a constatação que a Freguesia de Malcata nada faz, não tem agenda definida e anda ao sabor dos ventos e das decisões das outras entidades. Mais parece uma “caixa de repetição” das agendas do município e das associações.  Dá a sensação que quanto menos informação houver, melhor governa o executivo.
   Informar as pessoas é mais do que repetir o que outros já publicaram. É para informar, aproximar e incentivar o cidadão a interessar-se cada vez mais pela vida e actividade da freguesia, que a autarquia tem espaço na internet.
   Por tudo o que já disse, pelo direito à informação que os cidadãos de Malcata têm, renovo o apelo à Junta de Freguesia de Malcata para que tenha presente a curiosidade e o desejo de conhecer o que acontece na freguesia e se digne cumprir a lei.