5.11.21

CASTANHAS QUENTES E BOAS

 


   CASTANHAS
   QUEM QUER QUENTES E BOAS?

   A castanha já teve mais importância na alimentação de muitas famílias de Malcata. Noutras épocas, a nossa terra orgulhava-se dos castanheiros e da qualidade da castanha. Eram árvores adultas, de tronco bem grande e uma copa que ia até aos 30 metros de altura. O castanheiro, sempre foi e continua a ser, uma espécie de árvore que dadas as suas características e o seu desenvolvimento, não é espécie de árvore para o jardim de casa, mas que muitas pessoas não se importariam de ter perto. A sua copa frondosa nos dias de calor fascina qualquer amante da sombra.
   No Outono, as folhas amarelecem e os ouriços mudam dos tons verdes para acastanhados. São os sinais da aproximação da apanha da castanha longal, judia, negral, martainha ou avelã, conforme a variedade que a árvore produz.
   Eu gosto de castanha assada. Mas há pessoas que gostam mais de castanha cozida, seca ou pilada, na sopa ou em caldudo, num assado de carne com batata assada e castanha, ou seja, é um alimento muito versátil na cozinha.
   A castanha assada pede um acompanhamento de jeropiga, água-pé ou vinho do Porto. Dizem que se digere melhor!
   Lembro aqueles magustos que se faziam na escola primária e também pelas ruas da aldeia. Com a caruma e as castanhas no meio, deitava-se o lume e esperava-se que assassem as castanhas.  Eram tardes alegres e a criançada brincava ao redor da fogueira e entre duas ou três castanhas assadas, molhava-se a garganta, enfarruscava-se o amigo, o avô ou o pai...uma enfarruscadela não fazia mal e não podia faltar!
   Eu cresci a ver castanheiros por todos os sítios da aldeia. Hoje a paisagem é diferente e esses velhos castanheiros desaparecem e como já são velhos, há que deitá-los abaixo. Esquecemo-nos com muita facilidade os tempos em que davam muitas e boas castanhas.  E elas, as castanhas, são hoje apreciadas como sempre foram. É um fruto que faz bem ao nosso organismo, tem é que se consumir com moderação.
   Boas lembranças...
   Quem quer quentes e boas?
   Quentes e boas!
                             José Nunes Martins

27.10.21

QUANDO A LUZ SE VAI, CHEGA A ESCURIDÃO

 


A IMPORTÂNCIA DA LUZ



  O Nicho da Senhora dos Caminhos está a pouco mais de um quilómetro da povoação. Por ali passa muita gente de dia e também de noite, esteja o tempo como estiver. Desde 2004, que foi o ano da inauguração daquele novo lugar, tornou-se num espaço ajardinado, algumas árvores dão sombra aos bancos e o chafariz até lá se enquadra e quando a sede aperta é só abrir a torneira. Durante a luz do dia é um lugar tranquilo e calmo e há pessoas que vão até lá para descansar, ler, rezar...ouvir e ver aquelas andorinhas que se apaixonaram pela ponte e ali vivem.
   Acontece que, durante o dia, quem por ali passa de automóvel ou a pé, reconhece a beleza daquele espaço e gosta do que lá está. Quando vem o entardecer vai-se a luz e chega a noite e tudo parece que se esfuma, com toda a serenidade quem ali está fica envolto juntamente com a noite. Ora se é de noite, o normal é ficar escuro à nossa volta! É o mais natural que acontece em qualquer lugar deste mundo, a não ser, e lá vem a excepção, haja luz que ilumine o lugar e o caminho.
   Quer isto dizer que aquele espaço fica escondido durante a noite e também dificulta a passagem dos que, a caminhar, por ali passam. E sendo um sítio de ida e passagem, as pessoas que têm o saudável hábito de fazer uma caminhada ao fim da tarde, assim que vai a luz e chega a noite, ou ligam o botão da lanterna e continuam a ver por onde caminham, ou então continuam mais devagar, colocando pé ante pé, até passar a Senhora dos Caminhos às escuras.
   Eu sei que alguns de vós estais a murmurar, mas também sei que outras pessoas pensaram na necessidade de alumiar aquele lugar e a Senhora dos Caminhos.
   A coisa até nem parece que seja assim tão dispendiosa e se todos pensarmos um pouco, com certeza que encontraremos outras razões, também elas importantes, para que se ilumine aquele lugar durante as noites de Verão e de Inverno.
                                            
                                      Josnumar
                             
(José Nunes Martins)

Antigo Nicho da Senhora dos Caminhos, Malcata
                                                    (Fotos de Maria Lourenço, in internet )



25.10.21

MALCATA: APESAR DE HAVER FIBRA ÓPTICA, A PÁGINA DA JUNTA DE FREGUESIA DE MALCATA ESTÁ OFF LINE, OU QUASE ! ATÉ QUANDO?

       

                                     Uma página que pouco se alterou e em 2021 continua
                                    com défice de informação e de aproximação ao cidadão.
                    

      PRECISAMOS DE UMA AUTARQUIA MAIS ON

   É habitual que os malcatenhos pouco ligam à gestão da junta de freguesia e muito menos ao que faz ou manda fazer a Câmara Municipal. E pior ainda é que não há quem se preocupe ou pelo menos, tenha a curiosidade, de seguir mais de perto aquilo que a junta faz. Ainda há dias, decorreu no dia 11 de Outubro a instalação dos novos elementos da junta e da Assembleia de Freguesia. Bem, sendo praticamente as mesmas pessoas que já estavam, ainda menos interesse despertou. Eu, infelizmente, não me foi possível estar presente nessa cerimónia que tem importância para os malcatenhos, ou devia ter. Como passado uma semana não encontrei notícias acerca da dita cerimónia, perguntei, através da internet, o que se tinha lá passado. E não é que a resposta foi dada pouco depois, na página oficial da Freguesia de Malcata, que existe numa das redes sociais?! Agradeço desde já a informação disponibilizada, não só para mim, mas para todos os leitores e malcatenhos que quiserem saber.
   Para mim há mais a exigir a esta junta de freguesia. É que a página  https://www.freguesiamalcata.pt/ continua muito desactualizada e ainda lá consta a anterior Junta de Freguesia. E custa abrir esta página e ler “informação em breve”, as Notícias ainda são as de Setembro de 2019, pasmem-se! Malcata, naturalmente, não é isto e promessas como esta de
       “Bem-vindo à página oficial da Freguesia de Malcata. Com novos conteúdos,     mais rica em informaçãomais atualizada” ; ou esta mensagem:
   “ queremos que esta seja uma ferramenta útil aos habitantes de Malcata mas também um cartão de visita e uma plataforma de promoção da nossa região”!!!
    Mas o que é isto? Qual é o problema de inserir informação actualizada, que seja importante para o cidadão, que incentive o cidadão a interagir com as novas formas de comunicação e no conforto da sua casa, escritório situe-se ele na Guarda, Coimbra, Lisboa ou em Paris? Não consigo compreender o desinteresse pelas novas ferramentas de comunicação. Fico a pensar por que raio publicam o anúncio de uma corrida ou uma Feira e anúncios em nome das produtoras de cinema e matérias mais importantes que a Junta de Freguesia deve divulgar e disponibilizar, simplesmente nada de nada. Quem quiser andar informado, dirija-se naqueles dias de atendimento ao público, caso contrário, só com carta registada e cumpra-se a lei. A democracia e o poder local já não funciona assim! Em Malcata talvez nem se interessem, mas não lembrem-se que o cidadão também usufrui de direitos. E não bastam aquele tipo de justificações, do género, a junta que lá está é a mesma dos últimos quatro anos, já sabem como é e quando estão abertos. Não, não é resposta que se dê ao cidadão.
   Pergunto eu: vão ou não empenhar-se na actualização e utilização da página oficial que a Junta de Freguesia abriu na internet?
   Há anos que protesto contra este marasmo. Dois exemplos:
 
https://aldeiademalcata.blogspot.com/2017/06/entre-quem-vier-por-bem.html

 https://aldeiademalcata.blogspot.com/2019/08/afinal-para-que-serve-internet-em.html

                                                                                  Josnumar
                                                                           ( José Nunes Martins )


 

24.10.21

OS ESPAÇOS PÚBLICOS NA ALDEIA DE MALCATA

 

  

Muitas vezes é assim!
                          

                                                           MAIS LIMPEZA É PRECISA

   A Praça do Rossio, que é composta pelo Rossio e Largo da Torrinha, é a “sala de visitas” da nossa freguesia, espaço de que muitos nos orgulhamos.
   Pena é que nem sempre o aspecto do espaço se apresenta nas melhores condições. Já é tempo de olharmos com mais cuidado e atenção e por exemplo, já era tempo de se retirarem definitivamente os contentores metálicos onde se deposita o lixo doméstico e outros objectos de maior dimensão ali encostados à parede ou ao próprio contentor. Muitas vezes o chão do Rossio está inundado de lixos diversos, a sua maioria empurrada pelos ventos. Também o abrigo da paragem dos transportes públicos se apresenta muitas vezes num abrigo de aranhas e outros lixos que o vento e as pessoas para ali empurram.
   É deveras desolador, pelo menos para os que apreciam a nossa aldeia, o aspecto que nos oferece esta praça, pela falta de limpeza e aprimoramento. Impõe-se que os habitantes da nossa aldeia, exijam da autarquia e de cada cidadão, um pouco mais de brio e que aquele amor à freguesia os leve a verificar que o desleixo e o abandono dos espaços públicos em nada contribuem para o bom nome da terra.
   Exige-se o bom nome da aldeia e dos espaços públicos.
                                                    José Nunes Martins

     Este foi o cenário que encontrei no interior da paragem das camionetas que está na Praça do Rossio ( Torrinha ). Perante aquilo que se observa, lá se arranjam formas de afixar informação oficial da autarquia sem perturbar quem ali faz de lar!


                                     Fotos de Josnumar, a 8 de Setembro de 2021
Nota:  Caso alguma pessoa se sinta ofendida ou que esta "achega" é dirigida para ela
            ou qualquer outra, é pura coincidência, pois limitei-me a fotografar e a escrever 
            sobre o que observei e que é necessário dar uma solução melhor. Se isso acontecer, ganha a freguesia e ganham os residentes na nossa aldeia e agrada a quem nos vem visitar e deseja ter vontade de repetir.
                                                                          Josnumar
                                                                ( José Nunes Martins)