28.9.15

MALCATA COM FUTURO



AMCF nasceu de uma iniciativa de cidadãos livres, desejosos de exercer uma cidadania pró-ativa, fora das lógicas político-partidárias- administrativas habituais....
Aos espíritos receosos queremos frisar e deixar claro que não pretendemos substituir, mas complementar, juntando, cooperando. Não pretendemos constituir uma ameaça, mas antes ser uma oportunidade. Não pretendemos enfraquecer, mas fortalecer. Haja vontade politica e tudo será mais fácil, para todos, a bem da Malcata.
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Na sua primeira reunião alargada a Direção da AMCF, tomou 7 iniciativas:

1
) Para, simbolicamente, contrariar a dinâmica de envelhecimento e desertificação social e económica:
Passar a atribuir, mediante determinadas condições, cheques – brindes a jovens famílias residentes.

2) Para progredir no conhecimento do nosso território e enaltecer o contributo científico de um saudoso malcatenho:
Estabelecer o prémio “José Rei”, para uma tese de mestrado, na Universidade da Beira Interior (UBI), que, partindo dos estudos realizados e traduzidos em livro, por aquele nosso conterrâneo, identifique os potenciais de crescimento e as barreiras ao desenvolvimento do nosso território

3) Para pugnar pela ampliação de valores de cidadania:
Avaliar, anualmente, a possibilidade de atribuição de três menções honrosas, a pessoas que se distinguiram, no nosso território, pela prática de valores sociais, ambientais, económicos, desportivos, etc, sendo uma para uma pessoa singular, outra para grupos de pessoas singulares e a terceira para pessoa coletiva. A decisão será anunciada no início de cada ano e será reportada ao ano anterior. Em cada ano a Direção reserva-se o direito de não atribuir alguma ou todas.

4
) Para valorizar a beleza da nossa aldeia:
Estabelecer um Prémio a atribuir, em finais da Primavera de 2016, a proprietário (a) de casa com o melhor enquadramento floral.
Será uma realização conjunta entre a AMCF e a ACDM (Associação Cultural e Desportiva de Malcata)
5) Para divulgar Malcata:
Lançar um concurso de fotografia em 2016 
Será uma realização conjunta entre a AMCF e a ACDM (Associação Cultural e Desportiva de Malcata)

6) Para apresentar oportunidades de investimento:
Divulgar, desde já, nas redes sociais, e no site da AMCF (www.malcatacomfuturo.pt), o conjunto de projetos que a AMCF se propõe apoiar, estimular e valorizar.
Veja "Oportunidades" no site www.malcatacomfuturo.pt

7) Para envolver a população na preparação do Plano de Atividades 2016:
Efetuar, em meados de Outubro, uma audição pública, centrada no tema: “Como gostaria de ver Malcata daqui a 10 anos?”
 Consultem a página da AMCF aqui:

18.9.15

O PAREDÃO SALVADOR

Planta da albufeira da barragem do Sabugal
 A Barragem do Sabugal foi concluída no ano 2000 e integra o projecto de Regadio da Cova da Beira. A albufeira desta barragem funciona como reservatório de água, permitindo a transferência da água para a albufeira da Barragem da Meimoa, através do túnel de ligação existente entre estas duas barragens.
   A albufeira da Barragem do Sabugal tem capacidade para armazenar 114 milhões de metros cúbicos de água e uma superfície inundável de 732 há, ao nível de pleno enchimento.
   Tratando-se de uma albufeira situada numa zona de protecção ambiental, como é a Reserva Natural da Serra da Malcata e dado que a sua água também é utilizada para abastecimento de populações, foi necessário aprovar o Plano de Ordenamento para a albufeira.
   A 11 de Setembro de 2008 o então Conselho de Ministros aprovou o POAS (Plano de Ordenamento Albufeira Sabugal).
   A 19 de Março de 2015, o Conselho de Ministros aprovou a alteração do Plano de Ordenamento da Albufeira do Sabugal, deliberação que foi recebida com satisfação pelo presidente da câmara que iniciou o processo em Março de 2010. E a Resolução do Conselho de Ministros n.º 17/2015, foi publicada no Diário da República 1.ª série — N.º 66 — 6 de Abril de 2015.
   A decisão foi tomada "de forma a adequar as opções do plano [de ordenamento] para o espaço de recreio e lazer da referida albufeira, mantendo a capacidade de carga estipulada e a área de ocupação delimitada na respectiva planta de síntese", indicava esse comunicado do Conselho de Ministros.
   Também a Câmara Municipal do Sabugal, através da voz do seu Presidente, António Robalo, se congratulou com a decisão tomada e ficou registado como “ um dia feliz. É uma boa nova, porque vai permitir outra capacidade de edificação, outra distribuição espacial do edificado e mais qualidade num projecto de alojamento turístico".
   Então quais foram as alterações ao primeiro POAS da albufeira?
   O Conselho de Ministros resolveu:  1 — Alterar o artigo 21.º do Regulamento do Plano de Ordenamento da Albufeira do Sabugal, aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 172/2008, de 21 de Novembro, que passa a ter a seguinte redacção:
«Artigo 21.º
Espaço de recreio e lazer da albufeira do Sabugal
4 — As novas construções não devem exceder o limite máximo de dois pisos, salvo quando se tratar de estabelecimento hoteleiro, que pode dispor de três pisos, desde que a respectiva construção se revele adaptada às características morfológicas do terreno e tenha uma distância do NPA de, no mínimo, 150 m.
10 — A piscina flutuante admitida nesta área deve localizar-se na zona de recreio balnear e o respectivo projecto deve prever soluções técnicas que se adaptem às variações do plano de água.

Continua....




Albufeira cheia...
mas quando a Cova da Beira precisa de água para
regar...


 ...vem à memória de todos os malcatenhos aquele "paredão" que prometeram construir e que tanta falta faz para alavancar o desenvolvimento da vertente económica e turística da albufeira que rodeia Malcata. Observem as duas fotografias e partilhem o que sentem, o que poderia ser diferente se esse tal "paredão" já estivesse construído.
   É claro que o dito paredão deve ser objecto de projecto e deve ser aprovado pelas entidades competentes. Será para quando? Alguém que nos ouça!

A GRANDE APOSTA PARA MALCATA GANHAR

Envolvida pela Serra da Malcata, pela Reserva Natural da Serra da Malcata, pelo Parque Eólico e pela Albufeira da Barragem do Sabugal, a freguesia de Malcata, com um pouco mais de trezentos habitantes, tem no associativismo uma força que merece ser tida em conta. Veja-se o caso da AMCF (Associação Malcata Com Futuro) que foi criada em Julho de 2015 e tem objectivos bem definidos: desenvolvimento sustentável de Malcata. José Escada, presidente da associação e a sua equipa, querem manter activa a aldeia e acreditam que projectos e ideias não lhes faltam.
   Nos dias de hoje, Malcata é essencialmente caracterizada pela agricultura de subsistência não tendo assim uma fonte forte e específica que gere rendimentos suficientes para que as pessoas possam depender economicamente dela.
   Com os olhos postos no presente e no futuro, os objectivos da Associação Malcata Com Futuro, passam sem dúvida por ajudar a garantir um modo de vida digno aos malcatenhos e a todos os que venham para cá viver.
   Malcata conta já com uma forte força associativa e colectividades como a ASSM (Associação de Solidariedade Social de Malcata), que gere o Centro de Dia, o Lar e Residência para idosos, a ACDM (Associação Cultural e Desportiva de Malcata) que tem organizado diversas actividades culturais e desportivas. São dois exemplos da dinâmica e da participação na vida da comunidade.
   E desde Julho de 2015, a AMCF (Associação Malcata Com Futuro) vem juntar-se e reforçar o movimento associativo em Malcata.
   Sendo o turismo um dos pontos fortes de Malcata, que em boa verdade, não está devidamente aproveitado, com o meio natural que envolve Malcata, não é difícil concluir que o futuro desta terra passa pelo desenvolvimento do turismo sustentável, pelo turismo rural e de natureza. Desta forma, não é difícil para a Associação Malcata Com Futuro afirmar que Malcata tem mesmo um futuro risonho à sua frente.
   Como membro da AMCF quero aqui deixar uma mensagem de esperança nos próximos anos, quero que acreditem nos objectivos e capacidades desta nova associação, deixando também uma mensagem de confiança porque penso que na verdade os malcatenhos vão ser mais pro-activos, mais corajosos e aventureiros.





4.9.15

OS SONS DE MALCATA



 Quais são os sons de Malcata?
 O que se ouve na nossa aldeia quando paramos para ouvir o que se passa à nossa volta? Alguns ruídos, música e silêncio sentimos quer queiramos ou não.


  Malcata tem  património
sonoro?
  O que distingue ou distinguiu a paisagem malcatenha das outras?
   Olhamos muitas vezes para a paisagem que nos rodeia, mas raramente a escutamos.


   Hoje os sons de Malcata começam a ser outros. Antigamente, por exemplo, em Agosto, lançavam-se muitos foguetes, tocavam-se muitas vezes os sinos da igreja. Hoje em Agosto deixámos de ouvir o estoirar dos foguetes e os sinos da igreja já não tocam tantas vezes, até durante as procissões deixaram de se ouvir.
   É desejável saber ouvir a paisagem, os seus sons e os seus silêncios, as pessoas e os animais em Malcata.

 

 

2.9.15

PARAFUSOS À MOSTRA SÃO PERIGO NA PONTE NOVA DE MALCATA



   Costumamos dizer que cada panela tem a sua tampa. E no caso que vos trago aqui hoje posso afirmar que também cada parafuso tem o seu capacete, a sua tampa.


Ponte Nova de Malcata

   Até hoje, que eu saiba, ninguém teve problemas ao atravessar a ponte para lá ou para cá. Por esta ponte não passam só veículos motorizados, bicicletas e carros puxados por um burro, porque em Malcata as juntas de vacas desapareceram, já não há vacas a puxar carros de estrume e outras coisas para os campos. Por aqui também passa muita gente a pé. E pelo que podemos ver na fotografia, os automobilistas que por aqui passam sentem-se seguríssimos, porque protecção lateral não falta. E para as pessoas que passam a ponte a pé em passeio com os amigos e conversando enquanto vão caminhando, outras em passo mais de corrida para manter a linha, o passeio é seguro? 



 Pouco espaço entre dois postes e parafusos
podem causar vítimas






Uns são pequenos demais...





 Outros parafusos estão altos demais...





A luz do dia não afasta o perigo




 Altura de parafuso desnecessária e sem protecção




A ponte é uma passagem
    Lanço aqui um alerta às entidades responsáveis pela segurança e manutenção desta obra para procederem a uma rigorosa inspecção, nomeadamente aos parafusos que suportam os postes de iluminação e aos suportes dos railes metálicos, que ainda por cima têm a forma de um U e que também podem representar um enorme perigo se uma pessoa ao tropeçar num dos parafusos que sobressaiem do chão, batam com o corpo nas suas afiadas arestas.
   A segurança para todos os que atravessam esta ponte é prioritária e a tranquilidade das pessoas e veículos deve ser a prioridade a ter em conta.

27.8.15

APRESENTAÇÃO DAS CONTAS DA FESTA

Contas da Festa Malcata 2015

   Desde o passado dia 15 de Agosto, que se encontra exposto na porta da Torre do Relógio, um comunicado da Comissão de Festas de Malcata 2015 com as contas da festa deste ano. Conforme se pode ler na imagem, que me foi hoje enviada por um malcatenho, a festa teve um saldo positivo digno de registo, são 9.060 euros que sobraram depois de descontadas as despesas efectuadas. Deste saldo positivo, a Comissão da festa deste ano vai entregar 2.800 euros à Comissão de 2016 e o restante será para obras a efectuar nas casas que têm servido de apoio às festas, ou seja, 6.260 euros aproximadamente.
   Recorrendo às minhas notas de arquivo, lembro que a Comissão de 2013 deixou para a de 2014 uma quantia de 1.230 euros e a Comissão de 2014 entregou à de 2015 uma quantia no valor de 1.650 euros.  Como já referi, a comissão de festas de 2015 vai entregar à comissão de festas de 2016 uma quantia no valor de 2.800 euros.
   
E aqui estão os números da festa deste ano.
   Parabéns à Comissão das festas de Malcata 2015. Votos de bom trabalho e boas ideias para a Comissão de Festas Malcata 2016.
 
   

21.8.15

FALAR DA FESTA

 

 O mês de Agosto é sinónimo de férias e de festa, sobretudo para quem vive fora da nossa aldeia. A chegada dos emigrantes e de outros malcatenhos que não vivem em Malcata foi-se notando à medida que os dias da festa se aproximavam. Todas estas pessoas trouxeram mais animação ao povo.
   A festa deste ano decorreu conforme a programação do programa previamente pensado e organizado.
   Para aqueles que não estiveram presentes, aqui vos deixo uma pequena reportagem acerca da festa deste ano.
   E a pergunta que fiz a cerca de 30 pessoas, publico a resposta dos que responderam:
   Malcata.net : Qual a sua opinião acerca da festa "Malcata 2015"?
   
Emanuel Filipe: "Penso que correu bem. Foi equivalente à de anos anteriores";

 
 Ana Maria Martins:Este ano não fui a Portugal, mas muito agradecida na mesma;
 
 Chica Chiquita:A meu ver, na festa de Malcata correu tudo bem. Concordei com a decisão assumida pelos mordomos em fazer a festa separada da igreja, visto a atitude interesseira do padre. Agora que a festa passou, também gostava que o padre mudasse e que aceitasse fazer a festa como era feita antes, pois seria melhor, claro!
 

Tatiana Gomes:
A festa foi muito fixe!
   

Victorino Lourenço:Sobre a festa julgo que houve menos gente do que nos outros anos e talvez um pouco pobre na cativação dos jovens.
   

Sara Fernandes: Da festa não posso dizer nada, uma vez que este ano não estive presente.
  

Bruno Fernandes:Infelizmente, este ano não desfrutei da festa.
  Maurício Martins: Festa fraca!
  

Tiago Ramos: Este ano, não estive na festa de Malcata, devido à escola. 

Alberto Le Toss
:A festa para mim correu bem. Notei que faltava pessoas no domingo!
  

Bárbara Corceiro:Sinceramente vi grandes melhorias em relação a 2014. Bandas de sexta-feira e sábado foram muito boas. No entanto, a de domingo pareceu-me bastante mais fraca. Em relação à discoteca, adorei o DJ de sexta, o melhor de todos. O bar, sempre com stock, rápido no atendimento e simpáticos. As pizzas foram uma boa ideia!
   

Raquel Jorge: Este ano a festa foi bastante diferente, uma vez que mudar as tradições nunca resulta muito bem, sendo assim, acho que este ano a festa foi mais fraca do que o habitual, mas havendo alguma inovação não foi a suficiente. Não julgo os mordomos, uma vez que estes apenas jogaram pelo seguro e fizeram tudo para que a festa corresse pelo melhor.
   
   Lionel Dos Santos:Eu gostei muito da festa deste ano. Gostei das pizzas à noite. Foi uma excelente ideia. Não gostei da banda de sábado à noite!
   E aqui está a opinião de alguns malcatenhos acerca da festa de Malcata deste ano. Agradeço, em nome da página Malcata.net, a disponibilidade  das pessoas que aceitarem responder a uma simples pergunta que lhes coloquei. Podem continuar a enviar as vossas respostas, mesmo que sejam opiniões diferentes ou iguais a estas.
 
   Agradeço a colaboração das pessoas que aceitaram livremente responder à pergunta que lhes coloquei, via mail. Quem quiser pode também responder ou comentar o mesmo assunto. 

20.8.15

VISÃO SOBRE O FUTURO DE MALCATA



   Se há tema de conversa ou reflexão sobre o qual não consigo ser desapaixoando, esse tema é Malcata, a aldeia onde nasci, cresci e passei os melhores momentos da minha infância e juventude. Era na aldeia de Malcata que passava as minhas férias e se há visitas que me têm permitido recuperar parte das minhas memórias, únicas, desses tempos, é precisamente aquelas experiências vividas na aldeia. Experiências únicas, porque Malcata é única, não existe outra aldeia igual e as outras nenhuma a consegue igualar.
   Para mim é assim mesmo, o que Malcata tem, mais nenhuma outra terra tem. Malcata não tem centros comerciais, com salas de cinema e muitas sessões de filmes, muitas lojas de pronto a vestir ou restaurantes. Não, em Malcata não há nada disso e também não vai haver. Por saber que nada disto lá existe, o que eu procuro quando lá vou são outras coisas e outras experiências que só o mundo rural me pode oferecer, que só podem ser vividas na aldeia de Malcata e no seu espaço territorial.
   Malcata tem pela frente desafios muito importantes e os malcatenhos já possuem o mais difícil de obter: valor e riqueza humana, florestal, patrimonial, material e imaterial. Muito ainda está por explorar. Precisamos de potenciar toda esta riqueza humana e natural e colocá-la ao dispor dos outros cidadãos, os nossos vizinhos raianos, os outros portugueses e todos os europeus ou até americanos, vivam onde vivam.
   Desafio dificil, não é? Pois é, mas os malcatenhos têm que enfrentar estes desafios, pois, se os ganharmos, teremos um desenvolvimento mais real e efectivo, melhores condições económicas, uma vida presente e futura bem melhor. Malcata tem que definir os seus valores principais e fortalecê-los como imagem de marca, aproveitar melhor os nossos recursos, desenvolvê-los através de parcerias com empresas, com o poder local e também com as associações locais e outras, dedicadas ao desenvolvimento rural e social. Actualmente estou particularmente empenhado na divulgação e no arranque da Associação Malcata Com Futuro ( AMCF ). A nova associação ( AMCF ) pretende ajudar a criar condições para que os bons projectos e as boas iniciativas tenham sucesso em Malcata. Confio no apoio e no empenho dos malcatenhos, na experiência e saber daqueles que já experimentaram, pois sei que não sei tudo e que sózinho nada poderei fazer. Por isso contem comigo para ajudar, porque acredito que os objectivos da AMCF de promover e fomentar o desenvolvimento económico, social, ambiental e cultural da nossa Malcata, com uma base de confiança, com humildade, seriedade e honestidade os resultados surgirão.
José Nunes Martins
Nota: visitem a página da AMCF na internet aqui:
          
http://www.malcatacomfuturo.pt

19.8.15

NASCEU A ASSOCIAÇÃO MALCATA COM FUTURO


   Nasceu a 21 de Julho de 2015, está quase com um mês de vida, uma nova associação de cidadãos em Malcata. O momento foi registado no Cartório Notarial do Sabugal, através de escritura pública. A nova entidade associativa tendo ela fortes ligações ao movimento cívico "Malcata Pro-Futuro", adoptou o nome de Associação Malcata Com Futuro ( AMCF ).
   A sua apresentação está anunciada pelos cafés da nossa aldeia, foi anunciada a sua constituição ao povo de Malcata pelo padre Eduardo, no final de uma missa dominical e está apresentada oficialmente aos diversos poderes locais e nacionais, nomeadamente à Junta de Freguesia de Malcata, Câmara Municipal do Sabugal e aos orgãos de comunicação social.
   Neste momento já tem disponível informação na internet nestes dois sítios:


   Retiro da sua página de apresentação estas palavras:
   "Caros Malcatenhos e Amigos da Malcata
   Com o vosso contributo, com trabalho sério e honesto, com tempo, com uma gestão assente no princípio da transparência, os resultados naturalmente surgirão e a AMCF vai emergir como uma entidade de referência no Concelho.
Adiram à AMCF 
JUNTOS vamos fazer FUTURO em MALCATA

   

18.8.15

TUDO TEM UMA PRIMEIRA VEZ

A festa acabou e a porta fechou
 

Foi com alguma espectativa que este ano fui à festa de Malcata. A novidade era a separação da festa religiosa e a festa pagã. Toda a gente sabia que os mordomos e a igreja não tinham chegado a um acordo e que este ano as coisas seriam mesmo organizadas separadamente.
   As cerimónias religiosas tiveram lugar no domingo, 9 de Agosto, com Missa Solene e depois a procissão dos santos. As cerimónias tiveram início às 10 horas com a celebração da Eucaristia celebrada pelo pároco, padre Eduardo. O grupo coral dirigido pelo Rui Chamusco, que também tocou órgão, acompanhado pela jovem violinista------,filha de Isabel Varandas. Este ano registo a ausência da banda da música a quem era atribuída a responsabilidade de animar a Missa e depois a procissão. Pela mesma razão de ausência, a procissão decorreu sem música, mas animada pelo padre Eduardo. Também saíram menos andores do que é habitual, pois foram três os santos que deram a volta ao povo, a saber: Senhora da Conceição, Sagrado Coração de Jesus e o de São Barnabé.
   Os festejos paralelos, ou seja, a festa organizada pelos mordomos da festa “Malcata 2015” decorreram um pouco por toda a aldeia, com bastante participação popular. Notei que o cartaz da divulgação da festa deste ano destacava o título “Malcata 2015” e seu respectivo programa para cada dia. E este ano foi assim: houve pessoas que participaram na festa em honra a São Barnabé e outras pessoas que escolheram apenas participar nos festejos populares dos jogos, garraiada, artesanato e eventos musicais, sem esquecer o habitual Ramo da festa. Enquanto decorreu o Ramo, ouviu-se Banda da Musica de Carvalhal Redondo, que chegou à nossa aldeia às 14 horas, para uma actuação que terminou às seis da tarde. Sempre animou o pessoal que se juntou na Praça do Rossio e o mesmo aconteceu com as danças e cantares do grupo de folclore vindo de Amarante. É claro que às noites houve animação musical e à medida que o dia da festa se ia aproximando, a qualidade dos grupos musicais também ia aumentando.
   Ora então tivemos este ano uma festa um pouco diferente, com cada uma das partes a trabalhar para que as coisas corressem bem. E para bem de todos, assim aconteceu.
   Como sabem a festa de Malcata sempre foram um acontecimento agregador para os malcatenhos e nesta altura do ano muitos naturais de Malcata, mesmo os que durante o ano não residem na terra, aproveitam essa data para regressarem e rever a família, os amigos e participar nos festejos.
   Esta festa deu trabalho a preparar e tenho a certeza que as duas partes colocaram o seu melhor e alegria para que o povo vivesse bem estes dias. Parabéns porque alcançaram esse objectivo.
   A festa acabou.
   E que opinião tem cada malcatenho acerca da festa deste ano?
   A festa de Malcata vai continuar a ser realizada com duas partes, a religiosa e a profana, ou voltamos ao modelo mais tradicional?
   Qual o verdadeiro sentido da festa de Agosto em Malcata?
   A festa chegou ao ponto em que está porque as pessoas assim o quiseram. Não julgo ninguém mas tenho a minha opinião e respeito a dos outros.
  
   

3.8.15

UMA FORMA DE SER MALCATENHO



Agosto é sinal de férias. As minhas passava-as quase sempre numa pequena aldeia da raia sabugalense, próxima do ponto mais alto da Serra da Malcata.
   Durante as férias grandes passava o tempo a brincar com os meus amigos, garotos da mesma idade que eu e que comigo andaram na mesma escola. Lembro-me de alguns: Joaquim António, Porfírio, Domingos, Augusto e outros que me esqueci. O nosso parque de brincadeiras preferido, porque não tínhamos outro, era a rua do Carvalhão e a barreira que hoje chamam rua Braz Carvalhão. Com poucos brinquedos passávamos os dias todos alegres e o nosso mundo era ainda um mundo maravilhoso. Era a verdade e quer acreditem ou não, era o melhor mundo para viver.
   Muitos anos passaram e essa pequena aldeia continua a exercer na minha pessoa um fascínio e uma vontade de lá regressar. Os dias que lá estou são bons para recuperar alguma saúde, a alegria e alguma paz interior. A minha família quando vai comigo a algum lado, fartam-se de me chamar, pois cada pessoa que encontro na rua e que pára a conversar comigo, os assuntos faz lembrar aquele dito popular que diz que a conversa é como as cerejas. É difícil parar as conversas quando os assuntos despertam interesse aos seus interlocutores. Eu sou pessoa que gosta de conversar, de partilhar alegria e interesso-me pela vida desta pequena comunidade de gente. E com tanta conversa, às vezes perco a noção do tempo. Mas são estes momentos passados a conversar nas ruas e nos cafés que ao fim do dia me enchem a alma. Ah, como eu gosto de Malcata!
P.S.:Bem vindos todos aqueles que vêm a Malcata, em particular aquelas pessoas que trabalham fora da aldeia e agora regressam.

27.7.15

MALCATA: AS SUAS GENTES E HISTÓRIAS


Quem foi Jerónimo Gonçalves Pedro? E Maria Adelaide Martins? Se acrescentar que o senhor Jerónimo foi Cabo da Guarda Fiscal no Sabugal, tendo exercido as funções de Comandante do Posto da Guarda Fiscal em Malcata até à saída de uma lei que o proibiu de continuar no município da qual era natural a sua mulher, o que era o caso da esposa, Maria Adelaide Martins, nascida no Sabugal.
   A 11 de Maio de 1932, deste casamento, nasceu um rapaz de nome José Martins Gonçalves Pedro. Foi para o Seminário do Fundão, ingressou na Faculdade de Teologia da Guarda e aos 23 anos cantou a sua primeira missa na Capela das Aparições, em Fátima.
   Em 1991, numa visita que o Padre Miguel ( do Meimão…) e o Padre José Pedro fizeram à Dona Dulce, a irmã do Padre Miguel, que vivia ali à Courela, em Malcata, num desabafo do Padre José Pedro, este terá comentado que “alguns diziam que eu cantaria missa só quando as galinhas tiverem dentes! Pois bem, as galinhas ainda não têm dentes e eu já cantei missa!”
   A 10 de Outubro de 1966, o padre José Pedro partiu para França e ficou destacado numa paróquia nos arredores de Paris. Todos gostavam dele e do seu trabalho. E a 3 de Janeiro de 1970, o padre deixou o sacerdócio e casou-se.
   O padre José Pedro deixou a sua marca no Sabugal. Os mais velhos atribuem-lhe a ele e às palavras usadas numa das suas homílias no Santuário da Senhora da Graça, ele disse ao povo que era uma vergonha aquele lugar não ter uma estrada em condições. Ora, estas palavras provocaram de todos e a estrada construiu-se.
   José Martins Gonçalves Pedro faleceu em Léon, Espanha, a 27 de Janeiro de 2010.
   Nota:Voltarei ai assunto, pois há mais para revelar. Se algum leitor souber mais sobre esta família, envie a sua participação para aqui.

Busto do Padre José Pedro, em Aldeia do Bispo(Penamacor)
( Obra do escultor Eugénio Macedo )

25.7.15

CIDADANIA PARTICIPATIVA

   
As associações locais, quando funcionam bem, assumem-se como uma peça importante na participação para o desenvolvimento social dos cidadãos e da região ou lugar onde elas exercem a sua missão.
   A resolução de alguns problemas sociais, culturais ou até mesmo económicos, juntamente com a organização e realização de actividades em favor do bem da comunidade, exigem das instituições ou associações, organização, motivação e uma dedicação que tenha como objectivo a alcançar das metas a que se propuseram, deixando de lado o individualismo, o pensar que ”a minha quinta” é melhor do que as outras e eu é que sei, dando mas é importância aos objectivos que todos querem alcançar.
   É sabido que Malcata está cada vez mais atractiva, mais conhecida e muitos eventos têm a dedicação e a entrega da comunidade que se tem agregado ao trabalho organizado por algumas  associações existentes da nossa terra e apoiadas pelo poder local, ou seja da Câmara Municipal do Sabugal e Junta de Freguesia de Malcata.
   A lei civil portuguesa consagra o associativismo como um direito e no artigo 157º do Código Civil, define as associações como pessoas colectivas que não tenham “por fim o lucro económico dos seus associados”.
   Para se formar uma associação é necessário haver união, é necessário haver um grupo de pessoas reunidas num interesse e num espírito comum de grupo.
   Qualquer cidadão é livre de constituir e pertencer a uma associação. Também ninguém pode ser obrigado a pertencer a uma associação no nosso país, na nossa aldeia.
   As associações nascem porque as pessoas sentem a necessidade de se associar, de se reunir para alcançar um bem comum, um bem para a comunidade.

4.7.15

FESTAS E TRADIÇÕES


Procissão a passar na Fonte Velha

Nas procissões de outros tempos, os homens iam à frente, alinhados em duas filas de cada lado da rua, levavam o chapéu na mão e as mulheres iam sempre atrás do padre, com a cabeça coberta por um véu ou um lenço. Naquele tempo, todos os santos desciam dos seus altares e saiam à rua na procissão e o estandarte maior e mais pesado era o mais pretendido pelos homens tidos como valentões.

19.6.15

COSTUMES E TRADIÇÕES EM MALCATA

 Procissão na Fonte Velha(1984)

   O nosso planeta Terra está sempre em rotação e não pode parar de percorrer esse caminho porque as consequências seriam catastróficas e tudo acabaria para todos. E porque o mundo não pára, a vida continua, mesmo que a cada instante ocorram mudanças. Dou razão ao poeta que escreveu que “mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”.

   Toda e qualquer mudança afecta em maior ou menor escala a nossa consciência e depressa chegamos à conclusão que tudo neste nosso Mundo é transitório e nada é para sempre. E esta transitoriedade aplica-se aos regimes políticos, aos governantes, aos lugares, aos costumes e às pessoas e todos seres vivos.
   Aquilo que foi já deixou de ser. Aquele lugar, aquela rua ou aquela casa mudou, desapareceu e deixámos de ver como víamos, deixámos de ver como era. O mesmo no que respeita ao desaparecimento de pessoas, porque são mortais, mas pelo seu carácter, ensinamentos e originalidade de vida, deixaram marcas em Malcata; também desapareceram profissões e estilos de vida com o desaparecimento das pessoas que aprenderam uma arte e a invasão tecnológica ajudou a que fossem substituídas por ferramentas mais produtivas e mais ao alcance de mais pessoas. Também desapareceram algumas expressões e palavras que foram substituídas por outras, algumas até estrangeiradas e que acabaram com outras mais simples mas carregadas de realismo.
   Acredito que o tomarmos consciência de uma Malcata em desaparecimento, porque a nossa aldeia também está em constante mudança, torna-se urgente e importante salvaguardar os costumes, os usos e as memórias desta terra, destas pessoas. É importante salvaguardar o passado e esta coisa dos usos e costumes interessa a todos. Aos mais velhos, dá-lhes a oportunidade de reviver e lembrar as suas vidas e que ainda vivem quotidianamente; para as gerações mais jovens, esta salvaguarda e registo é mais uma ferramenta ou instrumento de contacto com as suas origens e em que assenta o seu presente e identidade; para os outros cidadãos desligadas de Malcata, mas interessados por alargar os seus conhecimentos, é a oportunidade de conhecer um conjunto de valores que levou à construção da comunidade malcatenha e que faz de cada pessoa,em especial, de cada malcatenho, aquilo que hoje é na vida.

Albufeira da Barragem do Sabugal
(Foto by Liliana Corceiro)

   

11.6.15

APOIOS AOS EMIGRANTES QUE QUEIRAM INVESTIR NO CONCELHO DO SABUGAL - E HÁ TANTO PARA FAZER !



  É costume dizer que a vida está cheia de oportunidades e que o importante é estar atentos e quando elas nos surgem, o melhor a fazer é apanhar a oportunidade que pensamos ser a nosso favor.
   Li um jornal desta semana que o Governo quer apoiar os emigrantes portugueses que desejem e queiram criar negócios em Portugal.
   “Vamos ajudar as pessoas a estruturar as suas ideias  a sair com um dossier, ou podemos ser nós a dizer às pessoas: “Olhe, não avance, o projecto precisa de ser afinado”, disse um secretário de Estado português.
   Trata-se de promover o regresso de portugueses ao nosso país. Há apoios para grandes projectos e micro-projectos, que não existiam para os emigrantes. Os projectos  ligados às regiões e os empreendedores que conheçam a realidade empresarial dos locais onde se quer realizar o negócio assumem enorme importância  para a concretização dos mesmos.
   E as coisas vão passar-se assim: as comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional vão dirigir ao Alto Comissariado para as Emigrações um convite, com as medidas que querem ver executadas.
   Cerca de três milhões de euros  até 2017 estão inscritos nos Programas Operacionais Regionais(POR) para apoiar as iniciativas dos emigrantes no nosso país, na nossa região do Sabugal também. E para além deste dinheiro, outros milhões também vão estar ao dispor dos emigrantes para concretizarem negócios, alguns mais pequenos, através de concursos de ideias, como o VEM-Valorização do Empreendedorismo Migrante. Outra parte servirá para criar um sistema que ajude os emigrantes a concorrer com as suas ideias a outros programas de financiamento comunitário do Portugal 2020, nomeadamente o POISE ( Programa Operacional Inclusão Social), e o POCH (Programa Operacional Capital Humano) com muitos milhões disponíveis para apoio de iniciativas.
   Ora, sendo o nosso concelho, o Sabugal,  uma região com um grande número de emigrantes, esta pode ser uma excelente oportunidade para que alguns dos nossos conterrâneos regressam à nossa região e nela decidam investir, criar negócios que gerarão trabalho, desenvolvimento, bem estar para todos.
   Os emigrantes do nosso concelho devem estar atentos a estas oportunidades e aqueles que se acharem com capacidade empreendedora, têm aqui uma boa ajuda.
   No aproveitar é que está o ganho!

27.5.15

MALCATA: FESTA DA CARQUEJA 2015


Carqueja na serra da Malcata
(Foto de Maria Helena Antunes)





Com ou sem flor da carqueja, a relação das pessoas com a serra é inseparável, sobretudo para aqueles e aquelas que em determinada altura das suas vidas a percorreram no pastoreio, no contrabando, na feitura do carvão, na apanha dos medronhos.

Este ano foi no dia dezassete de Maio. Como sempre, a “carqueja em flor” é a atração que justifica este evento há mais de vinte anos. Uma festa que em cada realização leva até à Serra, mais concretamente ao Espigal, algumas centenas de pessoas de Malcata e amigos a fim de viverem uma jornada de convívio com os outros e com a natureza. Com ou sem flor da carqueja, a relação das pessoas com a serra é inseparável, sobretudo para aqueles e aquelas que em determinada altura das suas vidas a percorreram no pastoreio, no contrabando, na feitura do carvão, na apanha dos medronhos. Há uma identificação de valores dos malcatanhos que os liga perpetuamente à nossa Serra da Malcata, que mais não seja pelo nome que orgulhosamente ostentam.
Esta festa surgiu a pensar em todos os que por motivo de emigração e à procura de uma vida melhor a tiveram de abandonar, e que regressados à terra natal sentiram necessidade de a revisitar, de lhe pedir desculpa pelo abandono e de a proteger.
Mais uma jornada repleta de sol, de amigos, de plantas e de flores em que se deu asas à alegria rezando, cantando, partilhando o almoço, brincando aos jogos tradicionais. Cada um à sua maneira, saboreando o dom da vida que renasce, cresce e se multiplica. Não sei se Francisco de Assis não teria trocado o Monte Subasio pela Serra da Malcata para continuar o Cântico do Sol ou Cântico das Criaturas. Dezassete de Maio, domingo da Ascensão, foi passado nas alturas em festa, convívio e partilha. Sursum corda (corações ao alto)!…
Rui Chamusco

 Texto copiado do Jornal Cinco Quinas
  Pode ler aqui: 
http://www.cincoquinas.net/?news=malcata-festa-da-carqueja-de-2015



14.5.15

PRECISAMOS DE ESPAÇOS VERDES EM MALCATA

 
A nossa aldeia é conhecida por muitos por causa da Serra da Malcata, uma floresta natural que um dia foi decretada "reserva natural". Na serra abundam árvores de várias espécies, mas o pinheiro é rei e senhor.
   A serra é um lugar apetecível para a realização de muitas actividades lúdicas e para descontrair. Mas para as pessoas mais idosas e as crianças, fica longe e não é lá muito atractivo ir para tão longe.
   A existência de pequenos espaços verdes no espaço urbano da nossa aldeia permitiriam que os habitantes usufruíssem de espaços mais aprazíveis para confraternizar, para conversar, jogar umas cartas, ver os netos a brincar...
   A ausência de espaços verdes é notório. Para além do pequeno espaço verde junto à sede da Junta de Freguesia, no miolo da aldeia, não conheço outro.
   Uma aldeia saudável e fresca também passa por proporcionar aos seus moradores momentos de descontracção, espaços para o lazer e promoção de boa vizinhança. Os espaços verdes, sejam eles ajardinados ou não, ajudam no desenvolvimento sustentável da nossa terra. E o desenvolvimento sustentável pode começar também por isto, ou seja, pela criação de pequenos espaços verdes. Ganha a comunidade de Malcata e cada um dos seus habitantes e torna a nossa aldeia mais tranquila e acolhedora para quem nos visita. A responsabilidade de criar mais espaços verdes em Malcata passa pela Junta de Freguesia e também pelos empresários da terra que deveriam ser os melhores e os primeiros promotores na criação de uma aldeia mais sustentável e mais desenvolvida.
   

12.5.15

MALCATA VIVA

   

Malcata, a nossa querida aldeia, é continuamente tema de notícia nos jornais e nas televisões. Já não é só falada por causa do lince ibérico, mas pela albufeira da barragem do Sabugal, pela existência do Parque Eólico e das pessoas que mostraram que Malcata não é um deserto, é uma aldeia onde também vivem pessoas. Que em Malcata há espírito de entre-ajuda e de comunhão, é uma realidade que só não a sente quem não vive ou não viu como o povo se une para que os eventos realizados na aldeia tenham êxito. Organizam-se caminhadas, corridas de atletismo, maratonas de bicicletas, festas da carqueja, magustos e ciclos do pão. Quando o povo é chamado a colaborar aí estão eles e elas prontas a dar a sua ajuda. Que força é esta meus amigos e amigas? Onde aprenderam esta nobre forma de viver em comunidade? Haja quem me responda!

7.5.15

AS OPORTUNIDADES SÃO PARA SE APROVEITAR

  Estamos na Primavera e pelos montes e vales nascem flores de todas as cores a que se junta a frescura dos lameiros e a água fresca das fontes.  Os dias agora nascem mais cedo e adormecem mais tarde. Faz de conta que temos mais horas para aproveitar o dia. Sair de casa, caminhar pelos caminhos e veredas que nos levam para lugares tranquilos e floridos. O tempo anda devagar e somos empurrados pelos cheiros e aromas campestres. Lá para a serra a natureza anda nos preparativos para a festa que está para chegar. A natureza sabe que os malcatenhos sobem à serra para celebrar e louvar o Criador pela carqueja e sua bonita flor. Talvez, sem o saberem, os malcatenhos já estão a aprender que é importante salvaguardar os recursos naturais e o ambiente.
   Malcata vai receber esta sexta-feira gente que diz ser a favor do desenvolvimento sustentável e do turismo sustentável. No programa dessa reunião lê-se que interessa a três municípios e que estarão representados no 1ºFórum de Turismo Sustentável da Malcata, a saber: Almeida, Penamacor e Sabugal.
   Turismo Sustentável na Malcata não é só para a nossa aldeia, mas para toda a região abrangida pela Serra da Malcata. Foi feliz a escolha de Malcata para a realização deste primeiro encontro. É um tema e uma oportunidade única que a nossa aldeia tem para mostrar o valor e a riqueza que a região da Malcata pode significar para o presente e o futuro do turismo alternativo, do turismo de natureza. Não somos o Algarve e nem devemos pretender sê-lo. O turismo sustentável é uma actividade que gera desenvolvimento e contribui activamente na melhoria económica das famílias, respeitando sempre a natureza, o meio ambiente, reconhece e respeita as culturas e as tradições locais ( no nosso caso, as pessoas, as culturas e tradições de Malcata ), é também reconhecido o valor que tem a água e a energia.
   Ora, à volta de Malcata, temos muita água, muita floresta e energia eólica. Temos casas florestais espalhadas pela serra, actividades de caça e pesca e muitas outras poderão ser realizadas. Há fornos, moinhos, percursos pedestres, parques de merendas, fontes e muitos caminhos. Os malcatenhos só têm a ganhar com o desenvolvimento sustentável e do turismo ecológico. Este é um dos investimentos que aliado à melhoria da nossa hospitalidade, trará para Malcata uma mudança qualitativa que beneficiará a todos e ajudará a melhorar a vida de todos nós.
   Este é o momento. Saibamos aproveitar esta oportunidade.

6.5.15

1ºFÓRUM DE TURISMO SUSTENTÁVEL DA MALCATA



Carta de Turismo Sustentável da Malcata?
Isso é o quê? Que interesse tem para Malcata e para os seus habitantes?
A resposta a estas perguntas vai ser ouvida na próxima sexta-feira, 8 de Maio de 2015 pelos que participarem no 1ºFórum de Turismo Sustentável da Malcata. A Serra da Malcata estende-se pelos concelhos do Sabugal e Penamacor. A serra modificou-se com a criação da Reserva Natural da Serra da Malcata, com a construção das barragens da Meimoa e do Sabugal. Mais recentemente, a instalação do parque eólico com 19 aerogeradores,  actualmente em funcionamento, mas a empresa promotora tem planos para a instalação de mais seis aerogeradores. O processo encalhou porque o Movimento Malcata Pró-Futuro  levou às autoridades competentes as preocupações do povo e desde então é o tema das conversas de café, dos jornais e das televisões.
O Movimento Malcata Pró-Futuro defende um desenvolvimento sustentável e tem a noção da responsabilidade que têm estas entidades no futuro desta região. O desenvolvimento sustentável aliado a um turismo também sustentável, são ferramentas que podem ajudar a população de Malcata a viver melhor e a aprender a conservar o seu mundo rural. O desenvolvimento sustentável e o turismo sustentável, segundo a Organização Mundial de Turismo, proporcionam novas oportunidades de desenvolvimento e vão de encontro às necessidades dessas regiões. Quer isto dizer, Malcata tem ou vai ter oportunidade para se desenvolver e oferecer ao mundo aquilo que tem de natural e humano. Vamos lá ver se é desta vez que Malcata agarra esta oportunidade. A realização do Fórum do Turismo Sustentável da Malcata no salão da Associação de Solidariedade Social ( Lar ) é um primeiro passo. Um longo caminho, começa com um primeiro passo.


29.4.15

FONTES E NASCENTES



FONTES E NASCENTES 
Antes de 1937 onde iam as pessoas de Malcata buscar a água para beber, para a sua higiene pessoal, para cozinhar e para alimentar o gado?
Bem, antes da construção da Fonte da Torrinha em 1937, a algum lado as pessoas deviam ir. Talvez fossem encher os cântaros de barro à Fonte Velha, na Rua da Fonte e que é uma fonte de mergulho que já existia. Ou então, na Fonte das Fontainhas, muito perto das casas da Moita.
A Fonte da Torrinha é de construção em granito, sem grandes floreados, muito simples e funcional. Possui duas saídas de água e que cai num pequeno tanque, passando depois para outros três tanques maiores. A Fonte da Torrinha é um dos monumentos emblemáticos da aldeia. A água sempre foi fresca e de boa qualidade. Os que vivem em Malcata e aqueles que já lá viveram, sabemos que antes da existência do sistema de água ao domicílio, a água que se bebia em casa ou que se dava aos animais, vinha desta fonte. Ia-se buscar a água nos cântaros que eram colocados na cantareira. A água que se bebia vinha directamente desses cântaros, retirada com a ajuda de um copo, um copo usado por toda a gente, que depois era pousado sempre no mesmo sítio para usar quando necessário.
Hoje em dia, com a chegada da água canalizada e das torneiras, desapareceram as cantareiras das casas e vão ficando esquecidas as memórias desses objectos e dessa forma de consumir a água. Quando era necessária água para o gado, iam encher  os caldeiros de lata ao tanque pequeno, pois toda a gente sabia que era aí que o gado bebia quando ali passava nas idas ou vindas do campo.
Porque não recordar estes tempos?
Porque não recordar as fontes e as nascentes esquecidas?
Outrora, eram locais onde muitos namoros se iniciaram. Eram locais de encontros e grandes conversas. Mas hoje em dia, as fontes e nascentes ou fontaínhas, pouco dizem à maioria das pessoas porque já nasceram no tempo em que basta abrir uma torneira para beber água ou tomar um banho de água quente.

15.4.15

ALTERAÇÃO AO PLANO DA BARRAGEM DO SABUGAL


Foi publicado há uns dias no "Capeia Arraiana" um texto a propósito da Barragem do Sabugal. O seu autor, Dr.Ramiro Matos, ex-Presidente da Assembleia Geral da C.M.Sabugal, pessoa conhecedora do assunto, revela-nos a sua preocupação acerca do futuro dos terrenos que foram vendidos, a baixo preço, para a construção do "hospital" a construir lá para a Rasa. Vale a pena ler e reflectir sobre o assunto.
Escreve assim o Dr.Ramiro Matos:
A alteração ao Regulamento do Plano de Ordenamento da Albufeira do Sabugal pode transformar-se num grande imbróglio!…
O Plano de Ordenamento da Albufeira do Sabugal foi aprovado em 2008 e alterado em Abril de 2015, sendo a alteração mais relevante o facto de que as novas construções a licenciar nos «espaços de recreio e lazer» podem localizar-se a 150 metros do Nível de Pleno Armazenamento (NPA), que, na versão original, era de 250 metros.
Esta alteração seria, e é, uma coisa boa, mas pode conduzir a uma situação com a qual não poderei estar de acordo.
Em 2008, apareceu no Sabugal um arrivista que se propunha transformar o Sabugal no oásis do interior, através de um investimento mirabolante, de nome Ofélia Clube.
Propunha-se, então, construir um empreendimento em Malcata na área da saúde, polivalente, integrando: Residência medicalizada multiservisos; Colónia para jovens deficientes mentais; Creche; Equipamentos desportivos e de lazer; Mini Centro Comercial; e Habitações, destinadas a activos independentes da terceira idade, podendo beneficiar de todos os serviços destacados nas residências medicalizadas, criando 201 postos de trabalho diretos e 43 como consultores.
Era, a ser verdade, e no meu entender, uma aposta muito importante para o Concelho e, por isso, embora tenha levantado desde o início reservas à viabilidade do empreendimento, nunca assumi uma posição de rejeição do mesmo.
Mas o projeto necessitava de solos disponíveis e, por isso, o Executivo Municipal aprovou em Janeiro de 2009, adquirir os terrenos necessários a 0,60€/m², ficando ainda esclarecido que, se o investimento se não concretizasse, da indemnização que a Câmara recebesse (valor em dobro), 50% desse valor será distribuído por todos os proprietários dos terrenos vendidos, sendo que os terrenos ficariam sempre propriedade da Câmara.
Face ao interesse aparente do investimento para Malcata, muitos dos proprietários de terrenos rurais abrangidos aceitaram vender os mesmos ao município por um preço baixo, se se atendesse ao fim em vista.
Saliente-se que, embora o Plano de Ordenamento permitisse as construções previstas (na altura com a condicionante dos 250 metros), tal só seria verdadeiramente permitido se, conforme o artigo 39º, os planos municipais de ordenamento do território existentes à data da entrada em vigor do Plano (nomeadamente o PDM), fossem objeto de alteração. Isto é, o Município deveria ter procedido à alteração do uso do solo, para permitir as construções previstas no Plano de Ordenamento e no tal Ofélia Club.
Abortado o Ofélia, fica a questão dos terrenos entretanto adquiridos a preço baixo e que são atualmente propriedade do Município, e é aqui que reside o problema principal.
É que, não havendo o investimento proposto, o Município pode ser tentado a entrar num processo de venda dos mesmos para ali se construir, por exemplo, um estabelecimento hoteleiro, ou um aldeamento turístico.
Mas tal desvirtua o motivo por que os proprietários aceitaram vender os terrenos, pelo que, no meu entender, a verificar-se esta situação os proprietários originais têm direito a receber parte, ou mesmo a totalidade, do lucro que o município vier a arrecadar.
Cá estarei para falar quando for o momento…
Nota: podem ler este artigo e os comentários aqui:



28.3.15

VALORIZAÇÃO DO PATRIMÓNIO AMBIENTAL DE MALCATA

Contra as espécies de crescimento rápido que invadiram a serra

   No seu livro “Malcata e a Serra”, José Rei apresenta-nos uma proposta para valorizar a serra e o povo de Malcata, que se pode também aplicar às outras aldeias que estão próximas da serra da Malcata.
   Passo a apresentar, então a proposta de valorização do património ambiental da serra da Malcata:
   “A nossa proposta assenta numa valorização que passa pela sua ligação à vivência das populações e às expectativas de todos aqueles que visitam a nossa região.
   A defesa do nosso património ambiental passa pela sua valorização que deve ter em atenção os interesses do povo e admitindo um certo desenvolvimento baseado nos parâmetros convencionados pela modernidade.
   Mas como conciliar desenvolvimento com preservação?
   Será isso viável?
   Talvez! Possivelmente através de um ordenamento do território que entre em linha de conta com os interesses das pessoas que vivem e residem em Malcata, como também com a tendência actual da humanidade.
   E qual a importância económica da serra da Malcata?
   Propomos o seu aproveitamento económico, dada a sua importância, mas conforme os modelos tradicionais. Somos contra aqueles que defendem um desenvolvimento económico baseado na plantação de espécies de crescimento rápido. Assim, devem ser incentivados os rebanhos de cabras, a apicultura, pontualmente a cultura de cereais. De igual modo pode ser rentabilizada a serra da Malcata através da florestação, mas apenas recorrendo a espécies autóctones e árvores que produzam madeira de qualidade e não provoquem a poluição genética e degradação dos solos. Bons exemplos são os carvalhos, os sobreiras, as azinheiras, os castanheiros, as nogueiras…Dos lucros obtidos através da exploração silvícola, que uma boa parte das verbas seja utilizada na limpeza, manutenção e construção das estruturas tradicionais ( sebes, caminhos-vicinais, moinhos…) que devem ser preservados. Optando-se pela reflorestação nos moldes propostos, que se eliminem os corta-fogos de terra batida, substituindo-os por prados de montanha, os quais poderão permitir uma diminuição da poluição visual que os corta-fogos actuais provocam, facilidade de circulação, pastos para os gados e, em particular, redução da erosão dos solos.” InMalcata e a Serra”, de José Rei.
  


23.3.15

O CORPO VAI MAS FICAM OS PENSAMENTOS E ACÇÕES


   O Ti Eugénio, de vez em quando gostava de visitar a família que vive nesta casa em Malcata. Cheguei a vê-lo a ele e à sua família em sã e alegre conversa e além da saudação mútua pouco conversei com este senhor pois os meus pais vivem mesmo em frente. Mas nunca deixava de ler as suas crónicas publicadas no jornal Cinco Quinas, a quem lhe deu o título "Baú de Memórias". Soube que faleceu e foi uma notícia que me deixou triste. Acabei de ler no Cinco Quinas um texto escrito por um dos seus três filhos, o professor João Duarte. O jornal Cinco Quinas que me desculpe, mas vou partilhar essas palavras que expressam bem quem foi Eugénio Duarte e desta forma homenagear este homem simples, alegre, trabalhador, afável e sempre pensou por ele e agiu de acordo com as suas crenças e liberdade de pensamento. O artigo diz:


"Sei que pode parecer pretensiosismo ser um filho a escrever um artigo sobre um pai, recentemente falecido, mas não pretendo que estas palavras sejam interpretadas assim.
Eugénio do Santos Duarte, nascido a 25 de Abril de 1927, no Soito, era filho de José Francisco Duarte e de Elvira dos Santos. Faleceu no passado dia 16 de Março de 2015, aos 87 anos de idade, no Soito, após internamento no Hospital da Guarda.
Do seu pai herdou as características de homem íntegro, com convicções e amigo do seu amigo. Quem o conheceu, sabe que não estou a mentir.
Cedo aprendeu a arte de carpinteiro com o seu pai. Trabalhou, como carpinteiro, em diversas obras particulares e comunitárias. Muitas igrejas do concelho foram, no que diz respeito à carpintaria, reconstruídas por ele. Também trabalhou no antigo Cinema D. Dinis, no Sabugal. Para além disso, fazia móveis para casas particulares. Trabalhou para pessoas ricas e para pessoas pobres, sendo por todos estimado. Embora não fosse homem de ir à igreja, muitos padres das freguesias onde trabalhou eram seus amigos.
Ainda criança foi viver para Quadrazais, onde terminou a 4.ª classe do Ensino Primário. Quadrazais marcou-o muito, a tal ponto que sabia as alcunhas de toda a gente que vivia nessa freguesia, naquele tempo. Mais tarde viveu em Aldeia Velha, onde participou no “Passeio dos Rapazes”, um facto que o marcou e de que, constantemente, falava. Referia ele que, tal como se dizia naqueles tempos em Aldeia Velha, “andou a passear”.
Casou com Alice Dias Aristides e teve três filhos: o João Manuel, o Luís Carlos e a Dulce Helena.
Tal como muitos seus contemporâneos tentou a sua sorte como emigrante em França, para onde foi com “carta de chamada” e passaporte legal, trabalhar como carpinteiro. Apenas foi emigrante durante nove meses, tendo regressado a Portugal.
Dedicou-se à construção civil e trabalhou nas terras da Raia, sobretudo na Lageosa, Aldeia do Bispo e Aldeia Velha, onde granjeou muitos amigos.
Esteve na génese das Festas de S. Cristóvão, no Soito, tendo sido por vários anos mordomo das mesmas, a última das quais em 1988.
Amante de música, sobretudo das Bandas Filarmónicas (mas não só), era a sua opinião que era atentamente escutada quando acontecia o concerto no adro da igreja. A opinião do Ti Eugénio era definitiva sobre a “performance” da Filarmónica.
Teve a suprema honra, de no dia do seu aniversário, em 1974, ter visto o país liberto da Ditadura, que ele tinha combatido, característica que herdou do seu pai.
Tornou-se membro do PCP, facto que nunca renegou até ao fim da sua vida, mas era amigo de pessoas de todas as ideologias políticas ou credos religiosos.
Participou nos peditórios para a compra da “carreta funerária” que existiu no Soito e contava, sempre, um facto muito cómico que aconteceu num desses peditórios. Ao dirigir-se a uma determinada pessoa e perguntando-lhe se queria ajudar nessa compra a pessoa responde: “Eu não dou nada! Eu vou a pé!”
Esteve na fundação da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Soito, sendo o seu sócio número 5. Foi membro de várias direcções dos Bombeiros do Soito, nomeadamente da sua Assembleia Geral. Participou nos peditórios iniciais realizados no Soito para a compra da primeira ambulância e foi ele o Ti Zé Ferreiro que foram ao Porto buscar a primeira ambulância para os Bombeiros.
Foi ele que construiu, em madeira, a primeira maqueta do futuro Lar da 3.ª Idade da Santa Casa da Misericórdia do Soito, que esteve exposta no adro da igreja.
Quando se reformou dedicou-se a pequenos trabalhos de carpintaria, tendo executado inúmeros artefactos, nomeadamente bancos, “irgadilhos”, mesas, “talhadores”, etc., etc. que tiveram muita saída.
Começou a colaborar no jornal “Cinco Quinas”, em 2006, com a sua crónica mensal “Baú da Memória”, que durou meia dúzia de anos. Nestas crónicas, sobre o século XX do Soito (e também de Quadrazais e algumas outras terras do concelho), o Ti Eugénio contava episódios de antigamente que tinha guardado na memória, sem nunca ter tirado apontamentos. Cessou a sua colaboração com o “Cinco Quinas” em 2012.
Os textos sobre o Soito foram reunidos em livro, sob o título “Baú da Memória – O Soito de Antigamente”, que já teve duas edições. O livro foi lançado em 2009 no Auditório Municipal do Sabugal. O prefácio do livro é da autoria do Director do jornal “Cinco Quinas”, António Rito Pereira, que refere, a determinada altura, que “ a partir de agora, sobre o século XX do Soito passa haver uma referência indispensável de informação. É o livro do Ti Eugénio.”
A recordação que fica dele é de um homem livre, amigo do seu amigo, com fortes convicções, com grande memória e muito sentido de humor.
João Manuel Aristides Duarte