6.12.15

Comunicado AMCF - uma resposta coerente ao comunicado da Junta de Freguesia de Malcata







28.11.15

MALCATA E A IMPORTÂNCIA DA FLORESTA



   O que é a floresta?
   Os malcatenhos têm realmente a consciência da importância da floresta?
   Estão os malcatenhos conscientes da necessidade em potenciar e valorizar a floresta?
   Como se aumentam os benefícios da floresta?
   Os engenheiros florestais dizem que aumentando a produção florestal também se conseguem retirar mais benefícios da floresta.
   E como podemos aumentar a produção florestal em Malcata?
   Criando em Malcata as condições que garantam a existência de uma floresta ordenada, limpa e bem gerida, de forma profissional.
   A ZIF ( Zona de Intervenção Florestal ) que foi criada em Malcata, é a solução capaz de, a médio e a longo prazo, alterar a floresta.
   Com uma ZIF organizada e empenhada na gestão responsável, podemos esperar pelo aumenta da floresta e do aumenta da sua potencialidade, trazendo mais benefícios para todos, em especial para os proprietários e membros da ZIF.
   É por isso muito importante participar na anunciada reunião da ZIF de Malcata, que se vai realizar no próximo dia 6 de Dezembro.

23.10.15

LOUVORES E AGRADECIMENTOS


José Escada, presidente da AMCF rodeado pelos ilustres oradores na mesa redonda

da 1ª audição pública desta associação.


   Celebrar faz parte da nossa vida privada e comunitária. São momentos que nos marcam, porque nos reconhecem o trabalho, o esforço e a ambição. Porque estamos unidos, estamos juntos e todos vestimos a mesma camisola.
   Por isso a AMCF (Associação Malcata Com Futuro) está de parabéns, sem inveja, mas com prazer, com orgulho daquele povo que acredita  nos projectos da associação e deles querem fazer parte e porque agora sabem que está apoiada por instituições e pessoas talentosas, porque só unidos e em associação cada um de nós podemos desenvolver a nossa aldeia e o seu potencial.
   O erro vai existir sempre e não o devemos ignorar ou mesmo esquecer, mas não tem que ter o papel principal, muito menos ser o único motivo de conversa entre as pessoas, entre os amigos ou entre as instituições públicas e movimentos associativos. Ninguém deve ser penalizado, todos devemos aprender com os erros que cometemos porque todos erramos, mesmo os grandes líderes. Importante é saber o que fazemos com os erros que cometemos e não deixar que eles nos condicionem o sucesso e o nosso futuro pessoal e comunitário. Assim, depois da audição realizada pela AMCF, devemos realçar os momentos de celebração, dizer que a associação fez um bom trabalho, porque todos nos alimentamos de elogios e todos gostamos de reconhecimento.
   “Porque acreditamos num melhor presente e num melhor futuro de comunidades vizinhas se, em ambiente de cooperação e de complementaridade, formos capazes de revisitar problemas velhos e encontrar soluções novas”,
como escreve José Escada da Costa, presidente da direcção da AMCF.
   Estamos contentes e celebramos aqueles momentos que se sentiram e viveram naquela sala enquanto lá fora a chuva e o vento não pararam, porque temos a certeza que são as pessoas que nos levam a trabalhar assim.
   Só quem arrisca ir mais longe
   é que sabe quão longe
   consegue chegar.


21.10.15

UMA PEDRADA NO CHARCO DE MALCATA

 

   A hora aproximava-se e lá fora a chuva e o vento não parava de me inquietar. Aos poucos as pessoas iam entrando na sala a escorrer água da cabeça aos pés, olhavam à volta e não sabiam onde deixar o guarda-chuva a escorrer.
   Por momentos pensei que a audição ia ser um autêntico fracasso e que ninguém estaria naquela sala para ouvir os ilustres oradores que a associação tinha convidado. Sair do conforto da casa ou do convívio do café da aldeia, caminhar uns bons dois quilómetros de guarda-chuva na mão e esperar que o vento não mande para o lixo o raio do chuço para passar umas horas a ouvir uns fulanos a falar de Malcata, do futuro de Malcata, valerá o sacrifício?
   À medida que os ponteiros do relógio iam avançando, também as pessoas iam chegando, cumprimentavam quem estava e iam tomando o seu lugar. E poucos minutos após a hora marcada no programa, com a sala já bem composta,deu-se início aos trabalhos.
A meio da tarde, depois de todos os oradores terem dito ao que vinham, depois do café e alguns momentos de convívio, seguiu-se uma mesa redonda, com a presença de gente com saber e experiência de vida dando uma autêntica lição de boa cidadania.
   Hoje, uns dias após esse encontro, continuo a interrogar-me acerca daquele participante que entrou mudo e saiu calado. Aguentou durante horas em silêncio e nem uma frase em público, nem para o  povo que nele confiou e elegeu como líder . Se estava à espera que lhe fosse dada a palavra, era do seu conhecimento que o poderia fazer durante o decorrer da mesa redonda, nunca antes, como  era sua pretensão. E porque apenas lhe era dada a oportunidade de falar sobre o tema em discussão na altura devida, ou seja, durante a mesa redonda, recusou o convite para participar mantendo a cadeira ficou. Sabia que iria ter ao seu lado uma senhora que, por sinal, tem uma concepção de exercício de poder local diferente e que, nas diferenças encontra desafios onde primeiro está o dever como autarca e representante do seu povo, num momento em que qualquer político gostaria de mostrar que é líder de um povo acolhedor e simpático e que apoia quem se dispõe a ajudar essa gente,que muitas vezes vive abandonada e desamparada.
   Durante as horas que durou a reunião, falou-se da Malcata e de Malcata. Falou-se do território da Malcata, das pessoas da e de Malcata, do lince da Malcata, dos desafios que Malcata tem pela frente.
   Que lição de cidadania se viveu naquela sala, onde não aconteceu aquilo que alguns desejavam que acontecesse! Houve lição, fizeram perguntas e ouviram-se respostas e até algumas informações que foram do agrado dos participantes. Houve responsabilidade, respeito, café e bolinhos misturados com sorrisos e sonhos, muitos sonhos e muita vontade de os realizar, porque afinal o associativismo no território da Malcata tem muito mais valor que aquele que muitos pensam que tem. Saímos da audição convencidos que o rumo traçado pela Associação Malcata Com Futuro   e respaldado e apoiado por parceiros institucionais, como a Universidade da Beira Interior, a Associação Para a Economia Cívica de Portugal e a Associação Portuguesa de Marketing Rural e Agronegócios, pela Junta de Freguesia de Quadrazais, pela Associação Cultural e Desportiva de Malcata, pela Associação de Solidariedade Social de Malcata e outras associações da região, é o caminho certo para assegurar o futuro das pessoas da Malcata.
   Mais informação aqui:
 (http://malcatacomfuturo.pt) e https://www.facebook.com/malcatacomfuturo


   

8.10.15

MEMÓRIAS DA NOSSA HISTÓRIA

 

A obra "As Memórias Paroquiais de 1758" tem uma parte referente às freguesias dos concelhos do Distrito da Guarda. Foram 257 anos dificeis, com guerras pelo meio com vários anos de turbulências sociais, políticas, económicas e ambientais. Ora as guerras acabaram por condicionar o desenvolvimento deste terrritório, obrigando as pessoas a abandonar as suas terras e quem ficou, foi sobrevivendo. Depois das guerras de 1640-1668 ( 28 anos de guerra ) e 1702-1714, restaram ruínas, campos abandonados, casas vazias, castelos e fortalezas a desmoronarem-se, o comércio quase inexistente e pouco rentável.
   E hoje como esão as freguesias dos concelhos do Distrito da Guarda?
   Quais são as queixas que ouvimos na rua e nos cafés?
   As mesmas de há 257 anos: despovoamento, terrenos ao abandono, agricultura de subsistência, fraca economia...ou seja, continuamos a queixar-nos dos mesmos problemas de antigamente, o problema afinal não é de agora e não é tão recente como às vezes nos dizem.
   A pobreza e a miséria entranhou-se tão fortemente na vida das pessoas que vivem no interior que continuamos a sentir, hoje, dificuldades para a implementação de qualquer espécie de projecto inovador que possa dar a volta à este estado de coisas.
   A fartura de tanta água que hoje vemos na albufeira da barragem do Sabugal faz esquecer que, segundo está escrito nas  Memórias Paroquiais de 1758, nos anos 1753 e 1754, o Rio Côa secou completamente e em Quadrazais, até se passava o rio a pé enxuto.
   As terras junto às margens do Rio Côa foram sempre aproveitadas para o cultivo de boas batatas, feijão, linho, centeio, milho...de tão ferteis que eram.
   Coube ao padre Apolinário José Silva Rebelho, pároco de Malcata, redigir as Memórias Paroquiais de 1758.
   Nessas Memórias Paroquiais a certa altura, o pároco do Sabugal escreveu:
  "Muito se poderia produzir na terra
    se os moradores a trabalhassem, deixando de haver tanta gente ociosa,
    povoando as tabernas".
 
   Vale a pena pensar nisto!

7.10.15

E SE MALCATA TIVESSE MELHORES PLANOS PARA O FUTURO?

 O nosso mundo é feito de mudanças. Compreendo que há formas de pensar, hábitos e modos de viver que fazem com que não seja fácil fazer mudanças rapidamente. Mas isso não quer dizer que não devemos tentar, que não tentemos fazer melhor. O envelhecimento, a emigração e migração, o desinteresse ou esquecimento por parte do Estado pelos territórios do nosso Interior são um problema que já é velho e não é assim tão recente como muitos pensam. A Europa sofre deste mesmo problema, logo o concelho do Sabugal, também.
   A boa notícia é que estamos vivos, graças a Deus e há financiamentos disponíveis da União Europeia e do Estado Português para ajudar.
   Deixem-me colocar o assunto desta forma: sempre que entramos numa igreja e assistimos à missa, ouvimos o padre dizer-nos para não pecar, para sermos boas pessoas, para vivermos em paz e harmonia. Ora, todos já sabemos, por experiência própria, que isso é difícil de levar à prática e de concretizar. Mas, apesar disso, precisamos de saber para onde vamos e como fazer para lá chegar. Compreendo que não é fácil fazer o que está certo, mas é bom saber como fazer o que está certo, mas é bom saber como fazer melhor e trabalhar para isso.
   Tudo isto precisa de tempo, não vamos mudar a situação actual, de hoje para amanhã, só porque estamos aqui reunidos. Tudo tem o seu tempo, mas com um bom planeamento e trabalho os resultados aparecerão. As pessoas têm que entender que se não fizerem nada de diferente do que foi feito até hoje, nada vai mudar no futuro.
   É muito importante e necessário que a comunidade perceba a importância do planeamento, seja ele a curto, médio ou longo prazo. Planear é uma forma importante para resolver os problemas que hoje estamos a viver. É responsabilidade das instituições públicas e privadas, de cada membro da comunidade garantir que coisas más não aconteçam. As pessoas reagem e o normal é que isso aconteça sempre que há decisões a tomar.
   Malcata é uma comunidade notável. Muitas coisas já se fizeram ao longo dos anos. Muitas outras coisas precisam de ser feitas e queremos e devemos lutar para que sejam feitas. O trabalho das várias Juntas de Freguesia está à vista de todos e há que lhes reconhecer o trabalho realizado, os projectos que não realizaram e ajudar a actual Junta de Freguesia naquilo que for preciso para o bem da comunidade.
   Eu sempre fui uma pessoa positiva e optimista. Malcata tem que continuar a criar condições para que as pessoas possam viver uma vida tranquila, com mais independência económica e com mais esperança.
   As coisas estão a melhorar e mesmo vivendo fora da aldeia, olho para ela e para esta comunidade com muito entusiasmo quanto ao seu futuro.
   Dia 17 de Outubro é um dia importante para toda a comunidade de Malcata.
   Lá estaremos para afirmar que a união faz a força!
                   “TEMOS QUE COMEÇAR A ENSINAR AS PESSOAS
                      PARA UM FUTURO QUE VAI MUDAR” escreveu Richard de Neufville
                    

5.10.15

MALCATA QUE FUTURO?


  
No próximo dia 17 de Outubro de 2015, realiza-se em Malcata a partir das 14 horas, a primeira audição pública intitulada “Malcata Que Futuro”. 
   O evento tem entrada gratuita e vai ter lugar no  Pavilhão Carlos Clemente, também conhecido como o Salão  multiusos do Lar de Malcata.
   José Escada, presidente da AMCF ( Associação Malcata Com Futuro );
Maria do Carmo Marques Pinto, presidente da Associação para a Economia Cívica de Portugal; Carlos Castanheira, da Afloestrela, entidade gestora da Zif de Malcata;
 Frederico Lucas, director executivo da Associação Portuguesa de Marketing Rural e Agronegócio;
Vitor Cavaleiro, ex-vice-reitor da UBI, Professor do Departamento de Engª Civil e Arquitectura;
ainda com a colaboração de Viitor Andrade, jornalista do Expresso, Câmara Municipal do Sabugal, ASSM de Malcata, ACDM de Malcata, Junta de Freguesia de Malcata e Quadrazais, todos juntos vão participar nesta iniciativa.
   Durante a tarde vai decorrer uma mesa redonda  com debate com  Rui Chamusco a fazer as conclusões da mesma.
   Malcata que futuro?
   Como estamos hoje?
   Onde queremos estar daqui a 10 anos?
   Que fazer para lá chegar?
   Com quem queremos caminhar?
   Esta é uma oportunidade  para cada cidadão, em especial, cada malcatenho, pensar e reflectir sobre o futuro da nossa terra. A iniciativa da Associação Malcata Com Futuro é de louvar e trata-se de reunir boas vontades e através da partilha de experiências e vivências que outras pessoas já viveram e continuam a lutar pelo sucesso das suas actividades, economia cívica e novos povoadores são bons exemplos de que vale a pena olhar para os territórios do interior do nosso país. Malcata tem valor, Malcata tem pessoas e acredito que há mais vida em Malcata e num futuro risonho para todos.
   A audição pública está a chegar e no dia 17 de Outubro os malcatenhos vão poder ouvir,  criticar e sugerir caminhos que levem Malcata ao êxito.
   Um apelo especial aos jovens que vivem em Malcata: participem, serão bem vindos .
   ENTRADA LIVRE
 Comparece e Participa no debate sobre FUTURO da Malcata.

28.9.15

MALCATA COM FUTURO



AMCF nasceu de uma iniciativa de cidadãos livres, desejosos de exercer uma cidadania pró-ativa, fora das lógicas político-partidárias- administrativas habituais....
Aos espíritos receosos queremos frisar e deixar claro que não pretendemos substituir, mas complementar, juntando, cooperando. Não pretendemos constituir uma ameaça, mas antes ser uma oportunidade. Não pretendemos enfraquecer, mas fortalecer. Haja vontade politica e tudo será mais fácil, para todos, a bem da Malcata.
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Na sua primeira reunião alargada a Direção da AMCF, tomou 7 iniciativas:

1
) Para, simbolicamente, contrariar a dinâmica de envelhecimento e desertificação social e económica:
Passar a atribuir, mediante determinadas condições, cheques – brindes a jovens famílias residentes.

2) Para progredir no conhecimento do nosso território e enaltecer o contributo científico de um saudoso malcatenho:
Estabelecer o prémio “José Rei”, para uma tese de mestrado, na Universidade da Beira Interior (UBI), que, partindo dos estudos realizados e traduzidos em livro, por aquele nosso conterrâneo, identifique os potenciais de crescimento e as barreiras ao desenvolvimento do nosso território

3) Para pugnar pela ampliação de valores de cidadania:
Avaliar, anualmente, a possibilidade de atribuição de três menções honrosas, a pessoas que se distinguiram, no nosso território, pela prática de valores sociais, ambientais, económicos, desportivos, etc, sendo uma para uma pessoa singular, outra para grupos de pessoas singulares e a terceira para pessoa coletiva. A decisão será anunciada no início de cada ano e será reportada ao ano anterior. Em cada ano a Direção reserva-se o direito de não atribuir alguma ou todas.

4
) Para valorizar a beleza da nossa aldeia:
Estabelecer um Prémio a atribuir, em finais da Primavera de 2016, a proprietário (a) de casa com o melhor enquadramento floral.
Será uma realização conjunta entre a AMCF e a ACDM (Associação Cultural e Desportiva de Malcata)
5) Para divulgar Malcata:
Lançar um concurso de fotografia em 2016 
Será uma realização conjunta entre a AMCF e a ACDM (Associação Cultural e Desportiva de Malcata)

6) Para apresentar oportunidades de investimento:
Divulgar, desde já, nas redes sociais, e no site da AMCF (www.malcatacomfuturo.pt), o conjunto de projetos que a AMCF se propõe apoiar, estimular e valorizar.
Veja "Oportunidades" no site www.malcatacomfuturo.pt

7) Para envolver a população na preparação do Plano de Atividades 2016:
Efetuar, em meados de Outubro, uma audição pública, centrada no tema: “Como gostaria de ver Malcata daqui a 10 anos?”
 Consultem a página da AMCF aqui:

18.9.15

O PAREDÃO SALVADOR

Planta da albufeira da barragem do Sabugal
 A Barragem do Sabugal foi concluída no ano 2000 e integra o projecto de Regadio da Cova da Beira. A albufeira desta barragem funciona como reservatório de água, permitindo a transferência da água para a albufeira da Barragem da Meimoa, através do túnel de ligação existente entre estas duas barragens.
   A albufeira da Barragem do Sabugal tem capacidade para armazenar 114 milhões de metros cúbicos de água e uma superfície inundável de 732 há, ao nível de pleno enchimento.
   Tratando-se de uma albufeira situada numa zona de protecção ambiental, como é a Reserva Natural da Serra da Malcata e dado que a sua água também é utilizada para abastecimento de populações, foi necessário aprovar o Plano de Ordenamento para a albufeira.
   A 11 de Setembro de 2008 o então Conselho de Ministros aprovou o POAS (Plano de Ordenamento Albufeira Sabugal).
   A 19 de Março de 2015, o Conselho de Ministros aprovou a alteração do Plano de Ordenamento da Albufeira do Sabugal, deliberação que foi recebida com satisfação pelo presidente da câmara que iniciou o processo em Março de 2010. E a Resolução do Conselho de Ministros n.º 17/2015, foi publicada no Diário da República 1.ª série — N.º 66 — 6 de Abril de 2015.
   A decisão foi tomada "de forma a adequar as opções do plano [de ordenamento] para o espaço de recreio e lazer da referida albufeira, mantendo a capacidade de carga estipulada e a área de ocupação delimitada na respectiva planta de síntese", indicava esse comunicado do Conselho de Ministros.
   Também a Câmara Municipal do Sabugal, através da voz do seu Presidente, António Robalo, se congratulou com a decisão tomada e ficou registado como “ um dia feliz. É uma boa nova, porque vai permitir outra capacidade de edificação, outra distribuição espacial do edificado e mais qualidade num projecto de alojamento turístico".
   Então quais foram as alterações ao primeiro POAS da albufeira?
   O Conselho de Ministros resolveu:  1 — Alterar o artigo 21.º do Regulamento do Plano de Ordenamento da Albufeira do Sabugal, aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 172/2008, de 21 de Novembro, que passa a ter a seguinte redacção:
«Artigo 21.º
Espaço de recreio e lazer da albufeira do Sabugal
4 — As novas construções não devem exceder o limite máximo de dois pisos, salvo quando se tratar de estabelecimento hoteleiro, que pode dispor de três pisos, desde que a respectiva construção se revele adaptada às características morfológicas do terreno e tenha uma distância do NPA de, no mínimo, 150 m.
10 — A piscina flutuante admitida nesta área deve localizar-se na zona de recreio balnear e o respectivo projecto deve prever soluções técnicas que se adaptem às variações do plano de água.

Continua....




Albufeira cheia...
mas quando a Cova da Beira precisa de água para
regar...


 ...vem à memória de todos os malcatenhos aquele "paredão" que prometeram construir e que tanta falta faz para alavancar o desenvolvimento da vertente económica e turística da albufeira que rodeia Malcata. Observem as duas fotografias e partilhem o que sentem, o que poderia ser diferente se esse tal "paredão" já estivesse construído.
   É claro que o dito paredão deve ser objecto de projecto e deve ser aprovado pelas entidades competentes. Será para quando? Alguém que nos ouça!

A GRANDE APOSTA PARA MALCATA GANHAR

Envolvida pela Serra da Malcata, pela Reserva Natural da Serra da Malcata, pelo Parque Eólico e pela Albufeira da Barragem do Sabugal, a freguesia de Malcata, com um pouco mais de trezentos habitantes, tem no associativismo uma força que merece ser tida em conta. Veja-se o caso da AMCF (Associação Malcata Com Futuro) que foi criada em Julho de 2015 e tem objectivos bem definidos: desenvolvimento sustentável de Malcata. José Escada, presidente da associação e a sua equipa, querem manter activa a aldeia e acreditam que projectos e ideias não lhes faltam.
   Nos dias de hoje, Malcata é essencialmente caracterizada pela agricultura de subsistência não tendo assim uma fonte forte e específica que gere rendimentos suficientes para que as pessoas possam depender economicamente dela.
   Com os olhos postos no presente e no futuro, os objectivos da Associação Malcata Com Futuro, passam sem dúvida por ajudar a garantir um modo de vida digno aos malcatenhos e a todos os que venham para cá viver.
   Malcata conta já com uma forte força associativa e colectividades como a ASSM (Associação de Solidariedade Social de Malcata), que gere o Centro de Dia, o Lar e Residência para idosos, a ACDM (Associação Cultural e Desportiva de Malcata) que tem organizado diversas actividades culturais e desportivas. São dois exemplos da dinâmica e da participação na vida da comunidade.
   E desde Julho de 2015, a AMCF (Associação Malcata Com Futuro) vem juntar-se e reforçar o movimento associativo em Malcata.
   Sendo o turismo um dos pontos fortes de Malcata, que em boa verdade, não está devidamente aproveitado, com o meio natural que envolve Malcata, não é difícil concluir que o futuro desta terra passa pelo desenvolvimento do turismo sustentável, pelo turismo rural e de natureza. Desta forma, não é difícil para a Associação Malcata Com Futuro afirmar que Malcata tem mesmo um futuro risonho à sua frente.
   Como membro da AMCF quero aqui deixar uma mensagem de esperança nos próximos anos, quero que acreditem nos objectivos e capacidades desta nova associação, deixando também uma mensagem de confiança porque penso que na verdade os malcatenhos vão ser mais pro-activos, mais corajosos e aventureiros.





4.9.15

OS SONS DE MALCATA



 Quais são os sons de Malcata?
 O que se ouve na nossa aldeia quando paramos para ouvir o que se passa à nossa volta? Alguns ruídos, música e silêncio sentimos quer queiramos ou não.


  Malcata tem  património
sonoro?
  O que distingue ou distinguiu a paisagem malcatenha das outras?
   Olhamos muitas vezes para a paisagem que nos rodeia, mas raramente a escutamos.


   Hoje os sons de Malcata começam a ser outros. Antigamente, por exemplo, em Agosto, lançavam-se muitos foguetes, tocavam-se muitas vezes os sinos da igreja. Hoje em Agosto deixámos de ouvir o estoirar dos foguetes e os sinos da igreja já não tocam tantas vezes, até durante as procissões deixaram de se ouvir.
   É desejável saber ouvir a paisagem, os seus sons e os seus silêncios, as pessoas e os animais em Malcata.

 

 

2.9.15

PARAFUSOS À MOSTRA SÃO PERIGO NA PONTE NOVA DE MALCATA



   Costumamos dizer que cada panela tem a sua tampa. E no caso que vos trago aqui hoje posso afirmar que também cada parafuso tem o seu capacete, a sua tampa.


Ponte Nova de Malcata

   Até hoje, que eu saiba, ninguém teve problemas ao atravessar a ponte para lá ou para cá. Por esta ponte não passam só veículos motorizados, bicicletas e carros puxados por um burro, porque em Malcata as juntas de vacas desapareceram, já não há vacas a puxar carros de estrume e outras coisas para os campos. Por aqui também passa muita gente a pé. E pelo que podemos ver na fotografia, os automobilistas que por aqui passam sentem-se seguríssimos, porque protecção lateral não falta. E para as pessoas que passam a ponte a pé em passeio com os amigos e conversando enquanto vão caminhando, outras em passo mais de corrida para manter a linha, o passeio é seguro? 



 Pouco espaço entre dois postes e parafusos
podem causar vítimas






Uns são pequenos demais...





 Outros parafusos estão altos demais...





A luz do dia não afasta o perigo




 Altura de parafuso desnecessária e sem protecção




A ponte é uma passagem
    Lanço aqui um alerta às entidades responsáveis pela segurança e manutenção desta obra para procederem a uma rigorosa inspecção, nomeadamente aos parafusos que suportam os postes de iluminação e aos suportes dos railes metálicos, que ainda por cima têm a forma de um U e que também podem representar um enorme perigo se uma pessoa ao tropeçar num dos parafusos que sobressaiem do chão, batam com o corpo nas suas afiadas arestas.
   A segurança para todos os que atravessam esta ponte é prioritária e a tranquilidade das pessoas e veículos deve ser a prioridade a ter em conta.

27.8.15

APRESENTAÇÃO DAS CONTAS DA FESTA

Contas da Festa Malcata 2015

   Desde o passado dia 15 de Agosto, que se encontra exposto na porta da Torre do Relógio, um comunicado da Comissão de Festas de Malcata 2015 com as contas da festa deste ano. Conforme se pode ler na imagem, que me foi hoje enviada por um malcatenho, a festa teve um saldo positivo digno de registo, são 9.060 euros que sobraram depois de descontadas as despesas efectuadas. Deste saldo positivo, a Comissão da festa deste ano vai entregar 2.800 euros à Comissão de 2016 e o restante será para obras a efectuar nas casas que têm servido de apoio às festas, ou seja, 6.260 euros aproximadamente.
   Recorrendo às minhas notas de arquivo, lembro que a Comissão de 2013 deixou para a de 2014 uma quantia de 1.230 euros e a Comissão de 2014 entregou à de 2015 uma quantia no valor de 1.650 euros.  Como já referi, a comissão de festas de 2015 vai entregar à comissão de festas de 2016 uma quantia no valor de 2.800 euros.
   
E aqui estão os números da festa deste ano.
   Parabéns à Comissão das festas de Malcata 2015. Votos de bom trabalho e boas ideias para a Comissão de Festas Malcata 2016.
 
   

21.8.15

FALAR DA FESTA

 

 O mês de Agosto é sinónimo de férias e de festa, sobretudo para quem vive fora da nossa aldeia. A chegada dos emigrantes e de outros malcatenhos que não vivem em Malcata foi-se notando à medida que os dias da festa se aproximavam. Todas estas pessoas trouxeram mais animação ao povo.
   A festa deste ano decorreu conforme a programação do programa previamente pensado e organizado.
   Para aqueles que não estiveram presentes, aqui vos deixo uma pequena reportagem acerca da festa deste ano.
   E a pergunta que fiz a cerca de 30 pessoas, publico a resposta dos que responderam:
   Malcata.net : Qual a sua opinião acerca da festa "Malcata 2015"?
   
Emanuel Filipe: "Penso que correu bem. Foi equivalente à de anos anteriores";

 
 Ana Maria Martins:Este ano não fui a Portugal, mas muito agradecida na mesma;
 
 Chica Chiquita:A meu ver, na festa de Malcata correu tudo bem. Concordei com a decisão assumida pelos mordomos em fazer a festa separada da igreja, visto a atitude interesseira do padre. Agora que a festa passou, também gostava que o padre mudasse e que aceitasse fazer a festa como era feita antes, pois seria melhor, claro!
 

Tatiana Gomes:
A festa foi muito fixe!
   

Victorino Lourenço:Sobre a festa julgo que houve menos gente do que nos outros anos e talvez um pouco pobre na cativação dos jovens.
   

Sara Fernandes: Da festa não posso dizer nada, uma vez que este ano não estive presente.
  

Bruno Fernandes:Infelizmente, este ano não desfrutei da festa.
  Maurício Martins: Festa fraca!
  

Tiago Ramos: Este ano, não estive na festa de Malcata, devido à escola. 

Alberto Le Toss
:A festa para mim correu bem. Notei que faltava pessoas no domingo!
  

Bárbara Corceiro:Sinceramente vi grandes melhorias em relação a 2014. Bandas de sexta-feira e sábado foram muito boas. No entanto, a de domingo pareceu-me bastante mais fraca. Em relação à discoteca, adorei o DJ de sexta, o melhor de todos. O bar, sempre com stock, rápido no atendimento e simpáticos. As pizzas foram uma boa ideia!
   

Raquel Jorge: Este ano a festa foi bastante diferente, uma vez que mudar as tradições nunca resulta muito bem, sendo assim, acho que este ano a festa foi mais fraca do que o habitual, mas havendo alguma inovação não foi a suficiente. Não julgo os mordomos, uma vez que estes apenas jogaram pelo seguro e fizeram tudo para que a festa corresse pelo melhor.
   
   Lionel Dos Santos:Eu gostei muito da festa deste ano. Gostei das pizzas à noite. Foi uma excelente ideia. Não gostei da banda de sábado à noite!
   E aqui está a opinião de alguns malcatenhos acerca da festa de Malcata deste ano. Agradeço, em nome da página Malcata.net, a disponibilidade  das pessoas que aceitarem responder a uma simples pergunta que lhes coloquei. Podem continuar a enviar as vossas respostas, mesmo que sejam opiniões diferentes ou iguais a estas.
 
   Agradeço a colaboração das pessoas que aceitaram livremente responder à pergunta que lhes coloquei, via mail. Quem quiser pode também responder ou comentar o mesmo assunto. 

20.8.15

VISÃO SOBRE O FUTURO DE MALCATA



   Se há tema de conversa ou reflexão sobre o qual não consigo ser desapaixoando, esse tema é Malcata, a aldeia onde nasci, cresci e passei os melhores momentos da minha infância e juventude. Era na aldeia de Malcata que passava as minhas férias e se há visitas que me têm permitido recuperar parte das minhas memórias, únicas, desses tempos, é precisamente aquelas experiências vividas na aldeia. Experiências únicas, porque Malcata é única, não existe outra aldeia igual e as outras nenhuma a consegue igualar.
   Para mim é assim mesmo, o que Malcata tem, mais nenhuma outra terra tem. Malcata não tem centros comerciais, com salas de cinema e muitas sessões de filmes, muitas lojas de pronto a vestir ou restaurantes. Não, em Malcata não há nada disso e também não vai haver. Por saber que nada disto lá existe, o que eu procuro quando lá vou são outras coisas e outras experiências que só o mundo rural me pode oferecer, que só podem ser vividas na aldeia de Malcata e no seu espaço territorial.
   Malcata tem pela frente desafios muito importantes e os malcatenhos já possuem o mais difícil de obter: valor e riqueza humana, florestal, patrimonial, material e imaterial. Muito ainda está por explorar. Precisamos de potenciar toda esta riqueza humana e natural e colocá-la ao dispor dos outros cidadãos, os nossos vizinhos raianos, os outros portugueses e todos os europeus ou até americanos, vivam onde vivam.
   Desafio dificil, não é? Pois é, mas os malcatenhos têm que enfrentar estes desafios, pois, se os ganharmos, teremos um desenvolvimento mais real e efectivo, melhores condições económicas, uma vida presente e futura bem melhor. Malcata tem que definir os seus valores principais e fortalecê-los como imagem de marca, aproveitar melhor os nossos recursos, desenvolvê-los através de parcerias com empresas, com o poder local e também com as associações locais e outras, dedicadas ao desenvolvimento rural e social. Actualmente estou particularmente empenhado na divulgação e no arranque da Associação Malcata Com Futuro ( AMCF ). A nova associação ( AMCF ) pretende ajudar a criar condições para que os bons projectos e as boas iniciativas tenham sucesso em Malcata. Confio no apoio e no empenho dos malcatenhos, na experiência e saber daqueles que já experimentaram, pois sei que não sei tudo e que sózinho nada poderei fazer. Por isso contem comigo para ajudar, porque acredito que os objectivos da AMCF de promover e fomentar o desenvolvimento económico, social, ambiental e cultural da nossa Malcata, com uma base de confiança, com humildade, seriedade e honestidade os resultados surgirão.
José Nunes Martins
Nota: visitem a página da AMCF na internet aqui:
          
http://www.malcatacomfuturo.pt

19.8.15

NASCEU A ASSOCIAÇÃO MALCATA COM FUTURO


   Nasceu a 21 de Julho de 2015, está quase com um mês de vida, uma nova associação de cidadãos em Malcata. O momento foi registado no Cartório Notarial do Sabugal, através de escritura pública. A nova entidade associativa tendo ela fortes ligações ao movimento cívico "Malcata Pro-Futuro", adoptou o nome de Associação Malcata Com Futuro ( AMCF ).
   A sua apresentação está anunciada pelos cafés da nossa aldeia, foi anunciada a sua constituição ao povo de Malcata pelo padre Eduardo, no final de uma missa dominical e está apresentada oficialmente aos diversos poderes locais e nacionais, nomeadamente à Junta de Freguesia de Malcata, Câmara Municipal do Sabugal e aos orgãos de comunicação social.
   Neste momento já tem disponível informação na internet nestes dois sítios:


   Retiro da sua página de apresentação estas palavras:
   "Caros Malcatenhos e Amigos da Malcata
   Com o vosso contributo, com trabalho sério e honesto, com tempo, com uma gestão assente no princípio da transparência, os resultados naturalmente surgirão e a AMCF vai emergir como uma entidade de referência no Concelho.
Adiram à AMCF 
JUNTOS vamos fazer FUTURO em MALCATA

   

18.8.15

TUDO TEM UMA PRIMEIRA VEZ

A festa acabou e a porta fechou
 

Foi com alguma espectativa que este ano fui à festa de Malcata. A novidade era a separação da festa religiosa e a festa pagã. Toda a gente sabia que os mordomos e a igreja não tinham chegado a um acordo e que este ano as coisas seriam mesmo organizadas separadamente.
   As cerimónias religiosas tiveram lugar no domingo, 9 de Agosto, com Missa Solene e depois a procissão dos santos. As cerimónias tiveram início às 10 horas com a celebração da Eucaristia celebrada pelo pároco, padre Eduardo. O grupo coral dirigido pelo Rui Chamusco, que também tocou órgão, acompanhado pela jovem violinista------,filha de Isabel Varandas. Este ano registo a ausência da banda da música a quem era atribuída a responsabilidade de animar a Missa e depois a procissão. Pela mesma razão de ausência, a procissão decorreu sem música, mas animada pelo padre Eduardo. Também saíram menos andores do que é habitual, pois foram três os santos que deram a volta ao povo, a saber: Senhora da Conceição, Sagrado Coração de Jesus e o de São Barnabé.
   Os festejos paralelos, ou seja, a festa organizada pelos mordomos da festa “Malcata 2015” decorreram um pouco por toda a aldeia, com bastante participação popular. Notei que o cartaz da divulgação da festa deste ano destacava o título “Malcata 2015” e seu respectivo programa para cada dia. E este ano foi assim: houve pessoas que participaram na festa em honra a São Barnabé e outras pessoas que escolheram apenas participar nos festejos populares dos jogos, garraiada, artesanato e eventos musicais, sem esquecer o habitual Ramo da festa. Enquanto decorreu o Ramo, ouviu-se Banda da Musica de Carvalhal Redondo, que chegou à nossa aldeia às 14 horas, para uma actuação que terminou às seis da tarde. Sempre animou o pessoal que se juntou na Praça do Rossio e o mesmo aconteceu com as danças e cantares do grupo de folclore vindo de Amarante. É claro que às noites houve animação musical e à medida que o dia da festa se ia aproximando, a qualidade dos grupos musicais também ia aumentando.
   Ora então tivemos este ano uma festa um pouco diferente, com cada uma das partes a trabalhar para que as coisas corressem bem. E para bem de todos, assim aconteceu.
   Como sabem a festa de Malcata sempre foram um acontecimento agregador para os malcatenhos e nesta altura do ano muitos naturais de Malcata, mesmo os que durante o ano não residem na terra, aproveitam essa data para regressarem e rever a família, os amigos e participar nos festejos.
   Esta festa deu trabalho a preparar e tenho a certeza que as duas partes colocaram o seu melhor e alegria para que o povo vivesse bem estes dias. Parabéns porque alcançaram esse objectivo.
   A festa acabou.
   E que opinião tem cada malcatenho acerca da festa deste ano?
   A festa de Malcata vai continuar a ser realizada com duas partes, a religiosa e a profana, ou voltamos ao modelo mais tradicional?
   Qual o verdadeiro sentido da festa de Agosto em Malcata?
   A festa chegou ao ponto em que está porque as pessoas assim o quiseram. Não julgo ninguém mas tenho a minha opinião e respeito a dos outros.
  
   

3.8.15

UMA FORMA DE SER MALCATENHO



Agosto é sinal de férias. As minhas passava-as quase sempre numa pequena aldeia da raia sabugalense, próxima do ponto mais alto da Serra da Malcata.
   Durante as férias grandes passava o tempo a brincar com os meus amigos, garotos da mesma idade que eu e que comigo andaram na mesma escola. Lembro-me de alguns: Joaquim António, Porfírio, Domingos, Augusto e outros que me esqueci. O nosso parque de brincadeiras preferido, porque não tínhamos outro, era a rua do Carvalhão e a barreira que hoje chamam rua Braz Carvalhão. Com poucos brinquedos passávamos os dias todos alegres e o nosso mundo era ainda um mundo maravilhoso. Era a verdade e quer acreditem ou não, era o melhor mundo para viver.
   Muitos anos passaram e essa pequena aldeia continua a exercer na minha pessoa um fascínio e uma vontade de lá regressar. Os dias que lá estou são bons para recuperar alguma saúde, a alegria e alguma paz interior. A minha família quando vai comigo a algum lado, fartam-se de me chamar, pois cada pessoa que encontro na rua e que pára a conversar comigo, os assuntos faz lembrar aquele dito popular que diz que a conversa é como as cerejas. É difícil parar as conversas quando os assuntos despertam interesse aos seus interlocutores. Eu sou pessoa que gosta de conversar, de partilhar alegria e interesso-me pela vida desta pequena comunidade de gente. E com tanta conversa, às vezes perco a noção do tempo. Mas são estes momentos passados a conversar nas ruas e nos cafés que ao fim do dia me enchem a alma. Ah, como eu gosto de Malcata!
P.S.:Bem vindos todos aqueles que vêm a Malcata, em particular aquelas pessoas que trabalham fora da aldeia e agora regressam.

27.7.15

MALCATA: AS SUAS GENTES E HISTÓRIAS


Quem foi Jerónimo Gonçalves Pedro? E Maria Adelaide Martins? Se acrescentar que o senhor Jerónimo foi Cabo da Guarda Fiscal no Sabugal, tendo exercido as funções de Comandante do Posto da Guarda Fiscal em Malcata até à saída de uma lei que o proibiu de continuar no município da qual era natural a sua mulher, o que era o caso da esposa, Maria Adelaide Martins, nascida no Sabugal.
   A 11 de Maio de 1932, deste casamento, nasceu um rapaz de nome José Martins Gonçalves Pedro. Foi para o Seminário do Fundão, ingressou na Faculdade de Teologia da Guarda e aos 23 anos cantou a sua primeira missa na Capela das Aparições, em Fátima.
   Em 1991, numa visita que o Padre Miguel ( do Meimão…) e o Padre José Pedro fizeram à Dona Dulce, a irmã do Padre Miguel, que vivia ali à Courela, em Malcata, num desabafo do Padre José Pedro, este terá comentado que “alguns diziam que eu cantaria missa só quando as galinhas tiverem dentes! Pois bem, as galinhas ainda não têm dentes e eu já cantei missa!”
   A 10 de Outubro de 1966, o padre José Pedro partiu para França e ficou destacado numa paróquia nos arredores de Paris. Todos gostavam dele e do seu trabalho. E a 3 de Janeiro de 1970, o padre deixou o sacerdócio e casou-se.
   O padre José Pedro deixou a sua marca no Sabugal. Os mais velhos atribuem-lhe a ele e às palavras usadas numa das suas homílias no Santuário da Senhora da Graça, ele disse ao povo que era uma vergonha aquele lugar não ter uma estrada em condições. Ora, estas palavras provocaram de todos e a estrada construiu-se.
   José Martins Gonçalves Pedro faleceu em Léon, Espanha, a 27 de Janeiro de 2010.
   Nota:Voltarei ai assunto, pois há mais para revelar. Se algum leitor souber mais sobre esta família, envie a sua participação para aqui.

Busto do Padre José Pedro, em Aldeia do Bispo(Penamacor)
( Obra do escultor Eugénio Macedo )