22.1.10

MÃE








O Teu Rosto Mãe

O teu rosto, mãe, dava-me Esperança
O teu rosto, mãe, era de uma Santa.
Ainda que o espaço nos separe,
Ainda que a vida se acabou ...
O teu rosto, mãe, é harmonia
O teu rosto, mãe, dá-me alegria.
Ainda que de ti me afastei,
Ainda que o perigo me persiga...
És mãe, sempre mãe, és mãe, minha mãe...








21.1.10

A MINHA RUA


Durante muitos anos o mundo para mim acabava no Sabugal. Fui crescendo e descobri que se queria continuar os estudos tinha que descobrir outro mundo. Esqueci a minha rua e parti à procura do outro mundo. E de facto encontrei outro Mundo.
O outro Mundo é tão grande que me perdi nele e  nunca mais vivi na minha rua. Mas sinto saudades da minha rua. É que a minha rua não era só o chão de terra batida, o muro de pedra, os três enormes carvalhos e as casas em volta. A minha rua era muito mais do que isso. Hoje já não vive lá o carpinteiro que fazia os carros de vacas, as grades para alisar a terra e as janelas de madeira para as casas. Os sapatos deixaram de ser arranjados pelo Ti Quim e também já não vai com a sua mulher, a Ti Rosa, levar o centeio e o trigo ao moinho de água. Hoje, não há moleiros e os moinhos jazem na água da barragem.


Hoje a minha rua já não é a mesma, até o nome lhe tiraram. Eu conhecia-a por Rua do Carvalhão e os três carvalhos serviam de testemunho. Agora, dizem que o meu pai vive na Rua de Braz Carvalhão. Disseram-me que é o nome do dono da última casa lá da rua. A minha rua, a rua do Carvalhão, de tão estreita que era, só passava um carro de vacas e a camioneta tinha que ficar no Camões porque era muito larga. Até o Ti Coxo era obrigado a levar a malhadeira lá pela rua do Cabeço, mesmo que as vacas o não quisessem. As casas de um lado e o muro de pedra do outro obrigavam a estas alterações de tráfego e por vezes as teimosias deitavam as pedras abaixo.
No Verão, depois da escola, a minha rua era o nosso parque infantil. Desde pontapés na bola, jogar ao fite ( malha), à macaca, ao pião e aos feijões, até ao jogo do lenço e fazer corridas de carros de madeira, eu e os meus amigos éramos os donos da rua.


A minha rua era o cheiro da chuva no pó, ou na sua ausência em tempo de Verão, era a Ascensão que se encarregava de regar o pó para ele não entrar pela casa dentro, a manta de farrapos no chão cheia de gravanços a secar ao sol, a minha mãe e a Ti Cilda na varanda.
Por essa altura, o mundo era só do tamanho da minha rua e todas as pessoas que eu conhecia eram ainda vivas. Agora, encontrei estas fotografias velhas e voltei a ser feliz na minha rua outra vez.



Ai se a rua fosse minha, se esta rua fosse minha eu mandava-a ladrilhar...

CAMPANARIOS DE AZABA E MALCATA

No passado dia 14 de Janeiro, no Colégio Mayor Fonseca, Salamanca, decorreu a apresentação do projecto “Conservação da Biodiversidade no Oeste Ibérico”. Teve a participação de muitas organizações ambientalistas e outros peritos no ambiente, tendo estado também presente o Dr.Fernando Queirós, em representação do ICNB ( Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade).







                                            E Sabugal está tão perto...

O Projecto LIFE+NATURE colocará em funcionamento este ano de 2010 a Fundación Naturaleza y Hombre a defender o Campo de Azaba, na província de Salamanca, em Espanha e Malcata, em Portugal.

“Conservação da Biodiversidade no Oeste Ibérico: Reserva Campanários de Azaba”, é um projecto ambicioso apoiado pela União Europeia e conta com a colaboração de inúmeros patrocinadores como a Fundación MAVA da Suíça, Junta de Castilla e Leão, Fundación Património Natural, Ministério do Meio Rural e Marinho, Fundación Biodiversidad, Obra Social Caja Madrid, Red Eléctrica Española e Cementos Portland.
O trabalho está a desenvolver-se na reserva Campanários de Azaba, uma quinta com 522 hectares, que vai funcionar como um espaço fornecedor de biodiversidade, já que se encontra no epicentro de outros espaços Natura 2000, como o Campo de Azaba, o Campo de Argañán , em Espanha e Malcata em Portugal, com um total de 132.878 hectares.

Trata-se de uma zona situada na fronteira entre Espanha e Portugal, onde ainda predomina a floresta mediterrânica, pretendendo com este projecto a gestão activa e integral na defesa das espécies com maior eficácia dispersora como as aves, as plantas e insectos.

O projecto prevê dois grandes objectivos: o meio ambiente pretende a melhoria das populações de grandes aves como a Cegonha Negra, o Abutre Negro ou a Águia Imperial. Nos invertebrados temos o Porco Cerambyx, ou Euphydias aurinia e outras espécies de máximo interesse de conservação como é o caso do lince ibérico
Mas também dos diferentes habitats e ecossistemas de floresta presentes na área da qual devem ser elaborados indicadores de qualidade e métodos de gestão sustentável.
Também tem um eixo social de sensibilização e consciencialização tanto da população escolar como as pessoas que habitam na área através de campanhas de educação ambiental, com voluntariado, que “valorizem a biodiversidade da área”.



18.1.10

AS MARAVILHAS DO NOSSO PORTUGAL




DIVERSÃO NA NEVE




Há pessoas, como o Sérgio e amigos, que mesmo com neve, adoram passear na Serra da Malcata.

12.1.10

A NEVE NA SERRA DA MALCATA

Caro Conterrâneo:

Depois de ter dado uma fantástica volta de bicicleta, responsabilidade das fantásticas paisagens da Serra da
Malcata, com uns amigos durante a manhã de hoje dia 11, ficam alguns registos fotográficos do denso manto branco que cobria toda a serra para que possa colocar no seu blog, do qual sou visitante habitual.
Cumprimentos
Sérgio Vaz Correia




















Estes são os aventureiros que proporcionaram estas belas fotografias da neve na Serra da Malcata. Nem o frio e a neve os impediram de fazer aquilo que gostam. Ora, meus queridos, lanço-vos daqui um desafio: contribuir para a boa classificação da Serra da Malcata ( também chamada Reserva Natural ) na eleição das "7 Maravilhas de Portugal". A internet está a ficar já com muita informação e os adversários já mostram o que defendem. E vocês com essa genica toda, mesmo de bicicleta e máquina fotográfica, podem ajudar a divulgar essa maravilha.AGUARDO MAIS FOTOS E OUTROS CONTRIBUTOS.
Já agora, quem foi o fotógrafo? Para além do Sérgio, quem são os outros aventureiros?

11.1.10

OPERADO DE MANHÃ E IR PARA CASA À TARDE:

UCA EM FUNCIONAMENTO NO HOSPITAL DA GUARDA ( UNIDADE CIRURGIA AMBULATÓRIO )



A partir de hoje, o Hospital Sousa Martins ( Hospital da Guarda ) passa a ter condições para operar doentes em regime  de ambulatório. Ser operado de manhã e regressar a casa durante a tarde é possível com a abertura da Cirurgia de Ambulatório. O Dr. Dias Costa, director desta nova unidade cirúrgica está convencido que com este novo serviço, as listas de espera  vão diminuir, pois, este novo serviço vai operar 10 doentes por dia.
O que é a Cirurgia de Ambulatório?
Responde o Dr. Dias Costa:
"Todos os doentes operados serão contactados 24 horas depois para aferir do seu estado e do seu grau de satisfação com o serviço".
Com instalações próprias no rés-do-chão e primeiro andar do edifício mais antigo do antigo sanatório, a unidade é composta por gabinetes de triagem, uma área de preparação e o bloco operatório, complementado com a zona de recobro com quatro camas e cinco cadeirões para os doentes poderem recuperar. As obras de adaptação e o equipamento custaram cerca de 100 mil euros.
Para o presidente do Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS), a unidade garante "mais comodidade ao doente e rapidez assistencial, além de aliviar muito as listas de espera em cirurgia". Fernando Girão acrescentou que a meta para este primeiro ano de actividade é "tentar ultrapassar os mil casos", sendo que a área de influência do serviço são dez concelhos do distrito. "Este tipo de cirurgia já funciona em Seia desde Setembro, onde foram operados 200 doentes", justificou. No entanto, o responsável alerta para a necessidade de informar os pacientes sobre esta nova forma de trabalhar: "Para algumas pessoas, ainda é muito difícil compreender que se vá para casa no mesmo dia em que se é operado", disse, realçando também a importância que os médicos de família e os cuidados domiciliários vão ter no acompanhamento daqueles doentes. 


Esta notícia é de extrema importância para os que vivem na zona abrangida pelo hospital da Guarda. Desde que o hospital garanta todas as condições exigidas para  bom funcionamento desta unidade, os doentes têm muito a ganhar. Já fui submetido a uma operação efectuada numa unidade de cirurgia de ambulatório e tudo correu bem. Recordo-me que entrei às 8h30 no bloco operatório e por volta das quatro da tarde estava a ir para minha casa pelo meu pé, embora ajudado pela minha mulher, pois, é necessário que o doente seja acompanhado nas primeiras horas. Comigo trouxe uns comprimidos e uns números de telefone. Tudo correu bem e houve a preocupação do médico da UCA me telefonar saber do meu estado clínico. Portanto, o serviço de ambulatório, quando funciona bem, vem contribuir para melhorar os serviços de saúde prestados pelos hospitais. Os doentes não devem recear estas unidades de cirurgia, pois, são sempre cirurgias que permitem aos doentes recuperar em suas casas, acabando também por ser mais baratas do que as que exigem internamentos no hospital. Nada melhor que a casa e a ajuda da família, sempre que essa seja a melhor opção para que o enfermo fique curado, claro está.
Oxalá a UCA do Hospital Sousa Martins seja uma unidade de referência nas cirurgias de ambulatório. Ganhamos todos.











10.1.10

MALCATA CANTA AS JANEIRAS





Dia 16 de Janeiro de 2010 pelas 19h30, Malcata vai dar um salto no passado para relembrar uma antiga tradição que é cantar as Janeiras.
Saiba mais aqui:






A RAIA E AS BOAS PRÁTICAS



A Cáritas Diocesana da Guarda apresentou em Novembro de 2008 um estudo intitulado "A RAIA: REALIDADE PROBLEMÁTICA, FUTURO DE ESPERANÇA".
Trata-se de um estudo levado a cabo pela Cáritas Diocesana da Guarda, de Ciudad Rodrigo e de Salamanca. Contou também com a colaboração da Fundação FINSOA e do Observatório Económico e Social da Universidade da Beira Interior.
O estudo visava alterar a situação raia portuguesa e espanhola e os promotores acreditaram que era possível que algo se mexesse na raia.
O documento foi notícia em muitos meios de comunicação social e também em blogues. Alguns exemplos:









http://aldeiademalcata.blogspot.com/2008_11_01_archive.html

O texto do documento pode ser lido aqui:


Dada a importância deste documento, volto novamente a falar do tema.  Neste estudo são dados a conhecer 9 casos de "Boas Práticas" levadas a cabo em Espanha e em Portugal. Da Zona da Raia Portuguesa são referidos estes casos:

- PISCICULTURA E RESTAURANTE TRUTACÔA
   Freguesia de Quadrazais, concelho do Sabugal
   ( No Sabugal e aldeias é mais conhecido pelo Viveiro das Trutas )


                                                                                                     

                                                                         
   O lago das trutas, foi uma excelente ideia e proporcionou
momentos de alegria, prazer e boa disposição a todos que por lá passam.





  Restaurante Trutalcôa




-EUROMEL
   Concelho de Penamacor
                                                   






-ENAT-ENERGIAS NATURAIS
  Sede em Lisboa, mas com filial no Sabugal











-QUINTA DO CARDO
  Figueira de Castelo Rodrigo



Estes exemplos de "Boas Práticas" mencionadas no estudo, eram apresentadas como exemplo de algo que se estava a fazer bem, que estavam a gerar uma actividade que alcançavam resultados positivos e eram exemplos susceptíveis de ser aplicada noutros locais. De facto, não conheço todos os projectos escolhidos. A Trutalcôa é conhecido por muitas pessoas no concelho do Sabugal. Eu já lá passei uns bons momentos de boa disposição na companhia da minha família e de amigos que me acompanharam. Actualmente, as informações que tenho são bastante cinzentas e o empreendimento está a passar por maus momentos. Oxalá aquilo que já foi considerado uma "Boa Prática", um bom investimento, com características inovadoras, realizáveis e sustentáveis, não caia no esquecimento e no desinteresse dos seus promotores e das entidades que deviam apoiar e ajudar a continuar a ser um projecto com futuro e importante para o concelho do Sabugal.

   O estudo sobre a Raia, foi levado a cabo entre Julho de 2007 e Junho de 2008. A ideia de "não nos resignarmos ao desaparecimento das populações presentes, há séculos, na Raia, e à sua conversão num deserto" esteve subjacente no cerne deste projecto.
   Solicitaram as opiniões de mais de uma centena de pessoas, conhecedoras e responsáveis das povoações de ambos os países, de Salamanca e da Guarda.
   
   Ao então presidente da Junta de Freguesia de Malcata, foi feita esta pergunta:
   "Quais são, na freguesia de Malcata, os projectos reais, possíveis e viáveis, de iniciativa privada ou pública, que possibilitem a criação de empregos"?
    RESPOSTA:-Reserva Natural da Serra da Malcata
                          - Campismo
                          - Criação de gado (cabras)
                          - Produção de doces
                          - Parque eólico
   Principal ideia da conversa com o Presidente da Junta de Freguesia de Malcata:


"Estamos muito isolados, estamos fora de contexto do desenvolvimento programado a nível do litoral, sofremos muito com esta situação porque não há investimentos".
   
ALGUMAS CONCLUSÕES DOS ESTUDIOSOS:
"Julgamos que é necessário falar, escrever, projectar e debater mais, para começar a fazer algo porque, apesar do cansaço de algumas pessoas mais participativas, é necessário criar uma corrente de opinião pública, dentro e fora da Raia, que pressione, estimule ou, inclusivamente, force a tomar decisões e a começar ou a continuar a agir.
Nesta linha, assumimos a nossa responsabilidade e queremos que este esforço não seja inútil, pois, pensamos que os estudos, os congressos, os fóruns, as reuniões e todos os contributos a este nível podem ser benéficos para ajudar a melhorar a situação na Raaia. O pior que poderia acontecer é que ninguém tivesse em conta, nem se falasse nada desta zona e dos seus problemas".


   Amigos, entendem agora a importância das reuniões, congressos, fóruns, associações, blogues, jornais e outras coisas tais?
   Seá que os nossos responsáveis políticos conhecem este estudo? Não lhes fazia mal se o lessem.

   



 

9.1.10

SABER VALORIZAR



Vivemos numa sociedade dominada pelo dinheiro, pelos bens materiais, por coisas descartáveis e que depois de usadas se deitam para o lixo. A sociedade de consumo e as evoluções tecnológicas dominam praticamente a nossa vida. Felizmente que vão surgindo testemunhos que nos mostram que nesta sociedade também há coisas que são imunes às influências do tempo, que podemos preservar o nosso direito à alegria, à sabedoria e à humanidade.
Os sinos do campanário da Igreja de Malcata também têm influenciado a vida das pessoas desde há muitos anos. As novas gerações estão mais voltadas para os computadores e as consolas de jogos. Na minha adolescência e quando estava na aldeia, sempre que ouvia as badaladas dos sinos da igreja, ficava assustado e corria a perguntar à minha mãe o que se passava. É que quando os sinos tocavam era porque alguma coisa aconteceu ou ia acontecer na aldeia. Cada toque tinha o seu significado. Pelo toque do sino as pessoas ficavam a saber se alguèm morreu, se era hora de ir à missa, se era preciso apagar algum incêndio, ou simplesmente, um aviso para rezar. E nos dias de festa, durante as procissões, os sinos não se calavam.

A preservação do toque dos sinos é uma acção que se devia levar a cabo. Talvez o exemplo vindo das nove cidades históricas de Minas Gerais, no Brasil, que quiseram preservar o toque dos sinos, influencie as gentes de cá a dar mais valor a coisas tão simples e imateriais, como são os sinos das igrejas.




8.1.10

A NOVA OPORTUNIDADE




IEFP

(Instituto Emprego e Formação Profissional)

da Guarda vai levar a efeito uma sessão de esclarecimento sobre o processo RVCC (Reconhecimento,Validação e Certificação de Competências), no próximo dia 12 de Janeiro, pelas 15h30, no Salão Nobre da Câmara Municipal do Sabugal.

Esta reunião é dirigida ao público em geral e em especial, às pessoas que desejem alcançar uma formação equivalente ao 9º Ano de Escolaridade.

Em Malcata e noutras aldeias do nosso concelho, é sabido que há pessoas à espera desta oportunidade. A Junta de Freguesia de Malcata, já tentou lançar esta formação na aldeia, mas parece que a ideia não avançou, com bastante mágoa para o Vitor Fernandes. Muito se tem falado das Novas Oportunidades e destas iniciativas para aumentar a qualificação das pessoas. É claro que politicamente falando, o programa tem objectivos que para muitos de nós,são duvidosos. Contudo, o importante e o que interessa para agora, é agarrar a oportunidade que nos estão a oferecer.

Esta oportunidade deve ser aproveitada por aquelas pessoas, homens ou mulheres, rapazes ou raparigas que por variadas razões e circunstâncias das suas vidas, nunca tiveram a oportunidade de terminar os estudos do 7º,8º ou 9ºAnos de Escolaridade e também para aqueles/as que tenham só a antiga 4ªClasse…nunca é tarde para aprender.

Eu próprio já passei por este processo de qualificação. É um processo que  nada tem a ver com a ideia de regressar à escola, mas é mais um tempo em que as pessoas vão ser ajudadas a mostrar aquilo que a vida lhes ensinou, através das profissões, dos conhecimentos, das experiências e de tudo o que viveram, sentiram e alcançaram até ao presente, mas que nunca lhes foram verdadeiramente reconhecidos e validados.

E não me canso de chamar a atenção às gentes de Malcata, só têm a ganhar com esta oportunidade. Falem com o senhor Vitor Fernandes, presidente da Junta de Freguesia, que vos esclarecerá mais acerca desta reunião. Eu já agarrei esta oportunidade e consegui alcançar aquilo que ao princípio me parecia incapaz de ganhar.

As oportunidades só são boas oportunidades quando elas passam por nós e não as deixamos fugir e quando de facto essas oportunidades nos deixam mais ricos.

Compareçam à reunião do dia 12 de Janeiro. Quem lá for e depois necessitar de ajuda, pode contar com a minha, basta que entre em contacto comigo.

6.1.10

CINCO QUINAS EM MALCATA

    O Jornal "Cinco Quinas" andou pela freguesia de Malcata a fazer um trabalho de reportagem e o vídeo que se segue é uma peça desse trabalho. Vejam lá a reportagem :




   Cruzeiro? Chamem o CSI da judite, porque ninguém sabe do paradeiro do Cruzeiro que existia lá para a Rua da Moita. O seu desaparecimento deveu-se a quê? Era por ser de granito? Ficava ali mal? Claro que o cruzeiro, a ser verdade o que é dito no vídeo, nunca devia ter sido retirado dali. 
   A visita do "Cinco Quinas" está integrada num trabalho que o jornal tem feito por todas as freguesias do concelho. Há muito que aguardava por esta reportagem. O vídeo sobre Malcata é mais uma forma de divulgar a nossa aldeia, pois neste momento está também disponível no Youtube, indo assim acrescentar o número de vídeos já lá existentes. Outro dos vídeos realizado pelo "Cinco Quinas" durante esta visita à aldeia foi uma rápida entrevista a Vitor Fernandes, na qualidade de Presidente da Junta de Freguesia, reeleito recentemente para um segundo mandato. Ficou aquém daquilo que eu esperava. Não disse nada de novo e não entendi essa de arrumar a freguesia. Que me interessa a mim ter um forno público arrumado e limpo, ou um moinho bem arrumado se estes dois "motores" passam muito tempo parados e fechados? Qual foi a razão da recuperação do forno ou a construção do moinho? Vamos lá pôr estes equipamentos a trabalhar e façam o que fizeram com a Queijaria Tradicional. 
   Podem ver os vídeos aqui:



5.1.10

FICA MAL NA FOTOGRAFIA


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As casas retratadas nesta foto estão como podem observar. As portas e as janelas fechadas indicam-nos que estão desabitadas a maior parte do ano, se mesmo há muitos anos. A única porta que se vai abrindo é a porta da garagem da casa pintada de vermelho. Durante as festas da aldeia todas as comissões de festas fazem da garagem o armazém do bar que anualmente é montado aos pés da Torre do relógio.
No ano passado, a Junta de Freguesia, e bem, colocou um piso novo no Rossio.
As obras do forno já foram feitas há uns anos e o mesmo aconteceu ao antigo comércio que ali havia e está em obras de restauro a casa da esquina. Ora, esta fotografia vem chamar a atenção da urgente necessidade de embelezar mais o Rossio. Afinal, este local é a sala de visitas da aldeia. Há muitos anos que ali se realizam muitas actividades culturais, desportivas, lúdicas e tem servido para a realização dos bailes das festas de Malcata. Com esta fotografia quero alertar e denunciar esta situação.

4.1.10

O PRESENTE E O FUTURO DA CIDADE DO SABUGAL




O futuro da cidade do Sabugal passa por pôr a trabalhar as pedras centenárias da sua zona histórica. O castelo e a zona que o envolve não pode ficar adormecido a olhar para o passado. É preciso fazer desse passado um activo, um recurso de desenvolvimento.


   A "Casa do Castelo" e o ciber-bar "O Bardo" são dois fantásticos exemplos da afirmação e valorização da zona histórica da cidade do Sabugal. Tratam-se de dois projectos criados por gente criativa, inovadora e empreendedora. O último exemplo desta criatividade é o compromisso que assumiram com a realização da "Feira Franca" no Largo do Castelo. A iniciativa tem sido um êxito e muitas pessoas têm marcado presença nessas feiras. A valorização do património também se faz com estes eventos e com este tipo de projectos. São a demonstração da força daqueles que, para além do negócio, reconhecem o valor e a riqueza que os nossos antepassados nos legaram.


   O Sabugal necessita de adoptar uma estratégia de desenvolvimento que não passe exclusivamente pela criação de infra-estruturas e equipamentos ( obras físicas ) e que, pelo contrário, invista na captação de "talentos"- pessoas com capacidade e projectos para enriquecer económica e socialmente a cidade e o concelho. Quem defende este pensamento é o investigador de Planeamento Regional, José Mendes, actual reitor da Universidade do Minho.
   "Durante décadas, as cidades portuguesas investiram quase exclusivamente em infra-estruturas. Mas só conseguirão sobreviver. As cidades estão a cair no "vale da morte" e só uma mudança de prioridades e de discurso, no poder local, poderá ajudá-las a ultrapassar essa fase terrível". diz José Mendes numa conversa que teve com o jornalista Paulo Coentrão, publicada neste domingo no jornal "Público".
   "Há vários aspectos que me preocupam: que o discurso autárquico continue centrado nas obras; que tenhamos rede, mas pouca sociedade a trabalhar em rede; que, em suma, cidades onde até existem plataformas de conhecimento - como universidades e politécnicos, mas não só - não consigam transformar o investimento feito nessas áreas em factores de competividade, em algo que as distinga das demais e as torne atractivas num mundo cuja fronteira não é sequer a que separa concelhos vizinhos, porque essa, como na economia, deixou de existir. E, neste cenário, o que devem as cidades atrair? "Talentos". Ou seja, "pessoas que, nas mais diversas áreas, sejam criativas, abertas à inovação e que tenham ideias capazes de enriquecer, económica e socialmente, o espaço onde vivem".
   O investigador continua dizendo que "os autarcas portugueses já deveriam estar a utilizar o dinheiro dísponível no quadro comunitário de apoio menos em obras físicas e mais em iniciativas imateriais que fomentem a qualidade de vida e uma identidade própria; que identifiquem e fixem as pessoas interessantes".
   Interessante a conversa que este investigador teve com o jornalista.
   No mesmo artigo também Fernando Ruivo, coordenador do Observatório de Poderes Locais, da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra,afirma que "a mentalidade do autarca português não está assim tão avançada. A partidarização do sistema político, muito dependente do imediatismo dos resultados eleitorais, somada à fraqueza da própria sociedade civil, dá este resultado".
   Percorram as ruas na cidade do Sabugal e perguntem a cinco cidadãos qual é a visão que os responsáveis da Câmara Municipal têm para a cidade. Qual ou quais são as estratégias para mudar a cidade e transformá-la numa cidade criativa, com qualidade de vida e orgulhosa do seu passado.
   
   
   

2.1.10

MALCATA: A BIODIVERSIDADE DA SERRA E DA ALDEIA



Centro Recuperação do Lince Ibérico

« A recuperação do lince ibérico depende 
da conservação do seu habitat. A cria em cativeiro é apenas 
uma ferramenta de apoio, não a solução».
   A Revista "Notícias Sábado" distribuida hoje com o jornal de Notícias, dedica quatro páginas ao lince ibérico.
   É sabido que este felino está em vias de desaparecer e em Portugal, depois dos programas de recuperação falhados levados a cabo na Serra da Malcata, está a renascer a esperança do seu reaparecimento graças ao Centro Nacional de Reprodução do Lince Ibérico, actualmente dirigido por Rodrigo Serra.

Centro de recuperação dos linces


Rodrigo Serra diz que "depois de criado em cativeiro, o estabelecimento da espécie numa área que, em algum momento, fez parte da sua distribuição histórica mas onde acabou por se extinguir. Em Portugal, como já se ouviu, surge a Serra da Malcata à cabeça, uma zona emblemática porque foi criada em 1978 para esse fim, para a conservação do lince ibérico".
Mas há outras localizações possíveis, da Beira Alta ao Algarve, passando pelo Alentejo: Moura, MOurão, Barrancos e vale do Guadiana. Se tudo correr bem, prevê-se que em 2013 os jovens linces comecem a ser libertados num habitat natural .
   Depois, quando isso acontecer, "importa que a reconstituição dos habitats garanta o máximo possível de condições e sobrevivência em plena natureza, ou não seja este o grande objectivo final".

  A Reserva Natural da Serra da Malcata deve continuar a preparar-se para receber de volta o lince ibérico. O passado pode servir de incentivo para criar todas as condições para um bom acolhimento. Se o lince vai demorar três anos a estar preparado para ser lançado no seu habitat natural, a Serra da Malcata tem que ser o primeiro espaço de acolhimento. A Câmara de Penamacor e a Câmara do Sabugal devem interessar-se por acompanhar todo este processo. Sendo eu um malcatense, muito me agradaria que a Câmara do Sabugal,independentemente dos projectos que a Câmara de Penamacor venha a realizar, estude e peça ajuda a todos para que Malcata e a Reserva da Serra da Malcata beneficiem de medidas e apoios para em 2013 sejam escolhidos para receber o lince ibérico. Haja vontade, haja empenho e nunca se esqueçam de envolver a população de Malcata nos projectos que pretendam realizar na Serra da Malcata. Também a aldeia é merecedora de receber compensações por causa da constituição da Reserva Natural, que juntamente com a albufeira da barragem do Sabugal, muito alterou a vida destas pessoas.
   O ano de  2010, Ano Internacional da Biodiversidade, é uma oportunidade que a Câmara do Sabugal tem para sensibilizar os sabugalenses e o país sobre a importância da Serra da Malcata e da aldeia de Malcata na preservação das espécies que por aqui habitam. Para além do lince, ainda há muitas aves e árvores a preservar. Há que saber aproveitar a disponibilidade da ministra do Ambiente, Dra.Dulce Pássaro, que disse "queremos sensibilizar o cidadão comum sobre a importância da preservação das espécies na qualidade de vida de cada um. Não queremos que seja uma preocupação de elites técnicas, queremos que desça ao cidadão porque temo-nos dado conta que mesmo técnicos de outras áreas olham para a diversidade com desconhecimento". A ministra planeia, por isso, desenvolver várias acções de sensibilização e divulgação ao longo do ano para "levar a temática da  biodiversidade ao cidadão". Por cá, serão postas em marcha várias iniciativas de alerta para a importância da biodiversidade na qualidade de vida dos cidadão. "Sentimos que é uma área relativamente à qual o cidadão não conhece a importância que tem", referiu a ministra. As áreas protegidas vão ter, cada uma, um guia de biodiversidade, tema que levará à realização de vários worshops, além de um ciclo de conferências que o Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade realizará em parceria com uma instituição bancária sobre "Biodiversidade:Economia/Sociedade".

  Dulce Pássaro-Ministra do Ambiente  
                                               
      A oportunidade está em aproveitar estas ideias da ministra. Os worshops bem podem ser alguns realizados com os cidadãos de Malcata. Basta pensar e pôr mãos à obra.
                                                   

1.1.10

2010 - ANO INTERNACIONAL DA BIODIVERSIDADE




 “Celebrar a diversidade da vida na Terra e contrariar a perda da biodiversidade no mundo”. Na verdade, o ritmo de extinções é “alarmante”, ou seja, mil vezes o ritmo que seria natural, estima a ONU. “Esta perda é causada pelas actividades humanas e estima-se que seja agravada pelas alterações climáticas”.
“O ano 2010 será um ano de mobilização internacional em relação a este desafio global, que nos irá permitir ir mais longe nas nossas acções”, declarou Gerald Tremblay.

 Reserva Natural da Malcata

«A biodiversidade é a vida. A biodiversidade é a nossa vida», eis o mote que as Nações Unidas associam a 2010, Ano Internacional da Biodiversidade.
A ministra do Ambiente quer aproveitar 2010, Ano Internacional da Biodiversidade, para sensibilizar o cidadão comum sobre a importância da preservação das espécies na qualidade de vida de cada um.
“Não queremos que continue a ser uma preocupação de elites técnicas, queremos que desça ao cidadão porque temo-nos dado conta que mesmo técnicos de outras áreas olham para a biodiversidade com desconhecimento”, disse Dulce Pássaro. 



A ministra planeia, por isso, desenvolver várias acções de sensibilização e divulgação ao longo do ano para “levar a temática da biodiversidade ao cidadão”.

Pode ler mais aqui:

http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1415978