quarta-feira, dezembro 17, 2025

O NATAL NÃO ESTÁ CANCELADO

 


 A Comissão de Mordomos das Festas de Malcata 2026 cancelou o Jantar de Natal previsto para o próximo dia 20 de Dezembro.

 Em publicação divulgada na página Festas Malcata, os mordomos justificaram esta decisão com a baixa adesão nas inscrições.
 Nessa mesma publicação, a comissão de festas acrescenta que “contamos com o apoio e compreensão em futuras iniciativas”.
 Terminam agradecendo a todos os que demonstraram interesse e se inscreveram.


 O mês de Dezembro é um tempo cheio de eventos, seja jantar ou almoço de Natal das empresas, das instituições/associações. E tanta quantidade de realizações festivas ou de angariação de fundos, por vezes torna difícil que as pessoas participem em todos. E ainda, quando é para pagar, sabendo as pessoas que existem outras realizações gratuitas, mesmo quando se trata de jantar de angariação de dinheiro para a festa, optam pelo mais barato!
 O cancelamento do Jantar de Natal que a comissão de mordomos das Festas de  Malcata não é um fracasso dos mordomos, mas consequência das circunstâncias e das dificuldades das pessoas em marcar presença em todos os eventos.

Jantar de Natal cancelado

 Não vai realizar-se o jantar, mas houve iniciativa e trabalho que deve ser reconhecido. Há que seguir em frente e tomar outras iniciativas com o mesmo objectivo. Mostraram ter vontade de fazer alguma coisa pela própria freguesia e não devemos criticar negativamente os mordomos pelas insuficientes inscrições. E cancelamentos estão a acontecer noutras aldeias, vilas e cidades, portanto, a culpa não é da comissão de mordomos, pois não são eles que controlam a vida das famílias e das pessoas. A festa é o grande dia e será no mês de Agosto. Poupem as vossas cabeças e vontades e o que realmente interessa é aprender a melhorar o planeamento das iniciativas futuras. Sugiro que os mordomos se unam, se reúnam eles mesmos para conviver e conhecerem-se uns aos outros e porque não à volta duma mesa com boa comida e deliciosos doces de Natal?
 Olhem, gostei e apreciei a informação que deram sobre o cancelamento, da maneira simpática como agradeceram aos que se tinham inscrito e a porta que deixaram entreaberta para os próximos meses.
 O meu desejo é que todos sintam que, apesar do percalço, a Mordomia da Festa está unida e com vontade de trabalhar.
 Boas Festas.
 



segunda-feira, dezembro 15, 2025

QUEM VAI EMBARCAR RUMO AO FUTURO?

  

  




  A nossa aldeia é em quase tudo, igual a outras aldeias vizinhas.
    Cada ano que passa, vive menos gente, aumenta o número de pessoas a precisar de descansar, por ser de idade avançada e só souberam trabalhar durante a vida. 
  Os casamentos diminuíram e também baixou o número de nascimentos.       O 
crescimento não avança como noutras eras da história, não há condições para criar muitos filhos e hoje em dia, vivem o presente com preocupação. 

   Nesta terra, a vida é levada com muita calma, sem grandes preocupações e as notícias só aquelas que as televisões e redes sociais divulgam a toda a hora. Mas às vezes, lá aparece uma notícia local, que diz  respeito à nossa terra, à nossa freguesia e ao  mundo calmo e tranquilo, dos que nasceram aos pés da serra. 
  
 Quando isso acontece é porque alguma coisa e pouco habitual, aconteceu ou está para acontecer.  Até compreendo o entusiasmo e os sentimentos de alegria  das pessoas e aumentam as esperanças e os desejos em participar e estar presente,  ajudar a difundir essa boa notícia. Até a própria autarquia (junta)tem necessidade de anunciar a notícia, em forma de apelo à participação, à união das pessoas e assim, garantir que a Freguesia consegue mostrar ao mundo a vida bela que se tem na aldeia esquecida.
  Pergunto a todos se a vida normal na aldeia, é a que estão a querer mostrar numa manhã de Dezembro?
   Sempre que um paisano anda pelas ruas poucos se aproximam e apenas observam os seus passos. Ouve-se um bom dia ou boa tarde e pouco mais do que essas palavras. Portas e janelas mantêm-se encerradas e fazem com que o paisano se sinta estranho, um estrangeiro que  não compreende esta gente da serra e do interior profundo. 
 É bom e compreendo até certos limites o interesse manifestado pela Junta de Freguesia, em preparar bem o evento do próximo dia 28 de Dezembro. Recusar esta oportunidade que a Câmara Municipal oferece, era bem pior que correr contra o tempo e fazer tudo o que estiver ao alcance para Malcata fazer boa figura. Há certamente um compromisso com o Município e agora é necessário chamar as pessoas a colaborar com a Junta e  um canal de televisão, para fazer acontecer um momento especial e marcante para todos. Empenho vai haver e de coração aberto, haverá gente disponível para o que for preciso, nem que seja para aplaudir ou pegar na pá do pão e esperar que o calor do forno coza bem. Fico feliz se as pessoas colaborarem e desfrutarem do momento que ajudaram a criar.
 Bem diferente, é aceitar que a união, a colaboração, a ajuda e participação se pode mostrar como um valor identitário da nossa aldeia, pois mesmo mostrando as  tradições, que mais não são as memórias da vivência dos nossos antepassados, cujo êxito e longevidade se devem às suas vivências de verdadeira união,  amor ao genuíno e à força  comum. Promover os valores, tão fundamentais da vida comunitária, como a união, a alegria, as cantigas, as tradições, só quando há a presença da televisão, é querer fazer esquecer que há mais vida e mais dias do ano que também é preciso  mostrar por palavras e obras como são os beirões.
 O dia 28 vai ser um dia especial, marcante para a freguesia, para os que nela vivem todos os dias do ano e para as crianças. Também é satisfação para os malcatenhos que longe seguem o pulsar da vida da nossa terra. Valha a existência da internet e de diversas ferramentas de comunicação, é graças a elas, que todos sabem que vai acontecer a magia natalícia na aldeia.  Quem conhece o dia a dia na freguesia, sabe bem que é diferente e quase  não acontece nada, porque se acontece alguma coisa boa ou má, dali não sai e ninguém se dispõe a divulgar. Não  interessa ser divulgada ao mundo. Eu o que não compreendo é a mudança das pessoas em relação aos mensageiros dos nossos dias. Quem foi assinante e leitor do semanário "AMIGO DA VERDADE", que trazia um suplemento dedicado ao concelho do Sabugal, lembrar-se-á do desejo de receber esse jornal em casa e não descansava para ler as novidades das aldeias e da nossa Malcata. Tudo era importante publicar para se dar a conhecer ao mundo. Aquele suplemento dedicado às aldeias do Sabugal, comparo-o aos actuais blogues ou publicações nas redes sociais, com maior lentidão mas sabiam bem à alma e matavam muitas 
saudades dos que viviam longe a trabalhar ou a cumprir o serviço militar. 
 Há que aprender a caminhar com os pés no chão e ao mesmo tempo subir ao cimo da torre do relógio ou ir ao alto da Machoca e 
observar o que a vista alcança, entender as mudanças no mundo.

    Vai ser uma manhã excelente e aplaudo a decisão demonstrada pela  Junta . Ficamos a saber que sempre que há uma oportunidade e interesse, o mundo sabe o que se passa na aldeia. Saibamos todos retirar bons conselhos e lições para o futuro da freguesia.
   Construir uma comunidade unida, forte, aberta à inovação, com visão e ambição de alcançar êxitos que a todos beneficie, é o que nos pode impulsionar a nossa canoa e se não queremos ir à toa, temos de decidir para onde vamos. São os malcatenhos que, como comunidade, não querem continuar no cais porque são eles que têm de tomar a decisão para onde querem ir. 

                              José Nunes Martins

FESTAS NATALÍCIAS EM MALCATA

Praça do Rossio

 
Igreja Matriz

Rua da Estrada


Senhora dos Caminhos

      Fotos retiradas das redes sociais este mês de Dezembro.


domingo, dezembro 14, 2025

ONDE TEM ANDADO O MENINO JESUS?

   


  O Mundo anda mesmo virado do avesso. E não há como parar esta reviravolta, todos os anos por esta altura só se fala no Pai Natal que vai chegar de helicóptero, de trenó, de mota, eu sei lá mais o quê e toda a gente se esquece do Menino Jesus! Vamos ser realistas, não podemos comparar o que não se pode comparar, eram outros tempos e não havia tanta fartura como a de agora. Na minha infância o Menino Jesus é que estava encarregue de distribuir as prendas às crianças.    Eu acreditava que chegava à aldeia, subia aos telhados das casas e descia pela chaminé para deixar as prendinhas dentro dos sapatos ou das botas, porque nelas cabia uma prenda maior! Nesses tempos,
não se ouvia falar do Pai Natal, o Menino Jesus é que era verdadeiro.  O Pai Natal apareceu uns anos mais tarde, perto de 1970, com um nome afrancesado, diziam ser o Papa Noel, vestido de vermelho e branco, transportando um saco grande às costas, cheio de prendas. E aos poucos e poucos, quando dei por ela, o Menino Jesus deixou de aparecer na noite da consoada. Todos falavam do velhinho de barbas brancas e garruço na cabeça, casaco e calças à Benfica, luvas brancas e fazia-se transportar num trenó puxado por várias renas. Pois, com o Menino Jesus as estradas e o meio de transporte ninguém falava, talvez viesse nas asas dos anjos celestes, isso não me lembro de como os pais diziam às crianças…falavam que vinha o Menino Jesus e deixava prendas aos que se tinham comportado bem.
  A melhor prenda que o Menino Jesus alguma vez me deixou na lareira da cozinha, foi uma bicicleta. Só mais tarde percebi que tinha sido o meu pai que trouxe a bicicleta quando veio de França passar connosco o Natal. Isso sim, foi uma prenda grande! O engraçado disto é que há uns meses, estando eu na aldeia e a propósito dessa bicicleta, o que nos rimos quando me recordaram das aventuras vividas por causa da bicicleta de pneus bem grossos. Outra prenda que me lembro, mas essa era para a minha mana, foi uma boneca bem grande, ficava de pé, parecia mesmo uma menina de verdade!
  E durante a minha infância, ficava sempre à espera que no Natal, o Menino Jesus arranjasse tempo e maneiras de vir à aldeia e à nossa casa.

terça-feira, dezembro 09, 2025

JANTAR DE NATAL DA COMISSÃO DE FESTAS


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  A Comissão de Festas em honra de São Barnabé, da freguesia de Malcata, vai organizar um jantar de Natal, com entradas variadas, bacalhau à Gomes de Sá ou arroz de frango com enchidos no forno, bebidas, sobremesas, café e boa música, na Associação Cultural e Desportiva de Malcata.

  O jantar tem data marcada para o dia 20 de Dezembro. As reservas para o jantar devem ser feitas até ao dia 12 de Dezembro, junto de um membro da Comissão ou através destes números:
966 920 234 – Eva Corceiro
915 344 859 – Rita Varandas
  O jantar está a ser preparado com dedicação, carinho e orgulho de pertencer a Malcata e os mordomos estão a preparar tudo para receber bem os que desejarem participar no Jantar de Natal da Comissão de Festas.
  O jantar é para angariação de fundos para a festa que há-de
ser no 2º Domingo de Agosto do próximo ano.
  Os valores por cada pessoa são estes:
  Adulto: 20 Festas (€)
  Dos 7 aos 12 anos: 10 Festas (€)
  As crianças até aos 6 anos é gratuito
  Colaborem com a Comissão de Festas Malcata 2026 e reforcem os espírito de Natal, a amizade e a união são a força da nossa aldeia.
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quarta-feira, dezembro 03, 2025

NA ALDEIA DE MALCATA OS MORADORES EXIGEM RETIRADA DO POSTE DO MEIO DA RUA

    ALERTA : HOJE, 4 DEZEMBRO, FUI CONTACTADO                                   PELA  E-REDES (Edp)
                       PARA LHES DAR MAIS INFORMAÇÕES 
                       SOBRE O PROCESSO DO "POSTE". 
                                                  

Foto 1 - 2ºDomingo de Agosto 2025


Malcata, 22 de Julho de 2025
Fotos 2, 3, 4, 5 e 6



Foto 2

Foto 3


Foto 4


Foto 5


Foto 6


Foto 7


ANTES DAS OBRAS ERA ASSIM:





Garantir o fornecimento de electricidade à freguesia com qualidade e em condições de total
segurança, salvaguardando sempre os interesses dos residentes na freguesia, é a missão da
E-Redes, da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia. Eu presumo que durante estes meses que passaram desde Julho até hoje, os senhores da autarquia já por ali tenham passado a pé ou
com o seu automóvel, tractor ou carrinho de mão. O que se vê ali não é bom e um dia, pode causar 
algum embaraço a alguém. Há falta de segurança para todos e também para os animais. 
A mim o que me preocupa são as pessoas, principalmente as mais distraídas e que, mesmo sem o querer e desejar, não se apercebam do perigo e o acidente inesperado, improvável de acontecer, acontece mesmo e depois não vale a pena lamentar ou dizer que o poste não teve culpa. 
Vamos acreditar que, as entidades envolvidas nesta obra, façam o que devem fazer nestes casos. 
Fico à espera de boas decisões, entretanto enviei esta reclamação:



Foto 10 - Reclamação de cidadão

                                                       
Para os moradores na freguesia de Malcata, a situação retratada pelas imagens já não é novidade para ninguém. Tenho vindo a alertar para a situação e os perigos que a falta de segurança pode causar. Quando estive na aldeia em Julho deste ano, fui ver como estavam a decorrer as obras da demolição da casa de habitação que foi decidido derrubar. Foi nessa visita que captei as imagens que aqui reproduzi. Achei uma situação normal o facto de ainda ali se encontrar o poste de iluminação pública, pois a seu tempo, as entidades responsáveis e com a competência da sua retirada o iriam fazer. Ora não foi assim que aconteceu. Estamos em Dezembro e aquele perigo continua na mesma. 
Para que não aconteça nenhum acidente, no passado dia 2 de Dezembro, enviei uma reclamação para a E-Redes, empresa com responsabilidades na notícias problema.
Vamos ver o que acontece.
Como já disse, mandem notícias das boas.













terça-feira, dezembro 02, 2025

MALCATA TEM UM POSTE NO MEIO DA RUA

  
No meio da rua há um poste à espera de ser derrubado!


  Parece uma piada, mas não é. Na aldeia de Malcata, há um poste de iluminação pública no meio da rua! O que parecia ser um sonho de ter uma rua mais larga, um adro mais aberto e desafogado depois das obras de demolição da casa que ali havia, o poste permanece hirto e preso ao chão e tem estado a ver passar as procissões e o circo. Os moradores de Malcata continuam a aguardar uma solução e que é a retirada do poste que passou a ser um perigo para a circulação dos veículos motorizados, principal- mente, se os condutores não conhecerem as ruas da aldeia. Como cidadão e como malcatenho, é minha obrigação cívica, estar atento ao que se vai passando na terra onde nasci há 65 anos. E assim tenho feito e, continuarei a fazer. Uma vez que não resido na freguesia, é através da internet que me tenho manifestado e partilhado o que me vai na alma, conforme as notícias que vou conhecendo e que são públicas. Também sei que estas situações são muito comuns e que se costumam arrastar pelo tempo.
   
   Atualmente há formas de saber o estado em que se encontram os pedidos dos clientes, neste caso, contactando a EDP (E-REDES): https://www.e-redes.pt/pt-pt.

 E se isso não tiver evolução, há também a apresentação duma reclamação e até, se for caso disso, entrar em contacto com a ERSE: https://www.erse.pt/inicio/     que é a Entidade Reguladora dos Serviços de Energia).

                

    

sábado, novembro 29, 2025

AS COSTUREIRAS E OS ALFAIATES

   

Costurar para mais durar


  Hoje há muita oferta e muita variedade de peças de roupa para as pessoas. E a industrialização do ramo têxtil democratizou o uso do chamado "pronto-a-vestir". Mas apesar destas mudanças, a profissão de alfaiate e modista continua a ser uma arte nobre e que resiste a todos os avanços das máquinas. 
  Quem ainda se lembra dos Cursos de Bordados e Costura que eram ministrados nas aldeias deste país?
  Nessa época a roupa tinha que ser mandada fazer. As pessoas iam a casa do alfaiate ou da costureira com os metros de tecido necessários para uma blusa, uma camisa, uma camisola, uma saia, um par de calças, um casaco ou um fato completo, um vestido de comunhão ou um vestido de noiva. Tiravam medidas, regressavam para fazer as provas e os ajustes necessários e por fim, vestiam a peça de roupa já à medida do seu corpo, gosto e conforto. Um espaço pequeno, normalmente com uma janela, uma mesa comprida, um espelho, giz, fita de costureira, moldes de papel, linhas e alfinetes e a máquina de costura. As marcas mais conhecidas eram a SINGER e a OLIVA.  
  Quem ainda usa estas máquinas de costura? Por Malcata havia muitas e praticamente em todas as casas havia sempre uma Singer ou uma Oliva que as mulheres tanto queriam ter. 

  Vou então deixar as primeiras imagens com histórias relacionadas com máquinas de costura:
  



                                                                     Estas eram as máquinas de costura                                                                  mais vendidas nas aldeias de Portugal

MALCATA: CARTA ABERTA À JUNTA E AOS MALCATENHOS

 

  Aos membros da Junta de Freguesia de Malcata,
  aos malcatenhos em geral,
  

 Venho através desta carta aberta, em meu nome, cidadão natural da freguesia de Malcata, mas residente na região norte do país, apresentar a minha insatisfação relativamente às falhas e, muitas vezes, inexistente informação nas páginas digitais da nossa freguesia, a cargo da Junta de Freguesia, que lembro, são canais oficiais na internet.
 É incompreensível que, depois de duas renovações do website da Junta de Freguesia e das páginas das redes sociais Facebook e Instagram e ainda a subscrição das Newsletter da freguesia, não estejam a cumprir o seu papel de uma verdadeira ponte entre a Junta de Freguesia e os cidadãos naturais de Malcata. A falta de informação institucional actualizada e acessível a todos, independentemente do ponto geográfico em que residem os cidadãos, não é apenas inconveniente, preocupante; é uma falha e uma atitude de desrespeito pela lei, pelos direitos dos cidadãos ao acesso a informação, no fundo, é um obstáculo à clareza do trabalho da autarquia.
 A ausência crónica de informação importante, como o acesso a documentos e notícias essenciais, como as actas das reuniões da Junta, das Assembleias de Freguesia, dos Avisos e Editais, deixa qualquer malcatenho indeciso, baralhado e impedido de poder vir a participar mais activamente na vida política, social e comunitária, porque ao não ser informado a tempo, é como se não se desejasse que o cidadão comum participe na vida cívica da freguesia.
 E a solução destas falhas de informação até são fáceis de executar, não exige gastos avultados, apenas o compromisso e o cumprimento das propostas apresentadas pelo senhor presidente, na mensagem de apresentação da actual página oficial da freguesia. E para começar a funcionar melhor a informação, basta começar por nomear e responsabilizar um membro da Junta de Freguesia pela manutenção, verificação e actualização diária do conteúdo da página oficial, dando as garantias possíveis de que a informação está correcta.
 Hoje numa era da digitalização, a Junta de Freguesia deve dar o exemplo de abertura, de bem-receber e informar, de transparência e de desejar que a freguesia se mostre ao mundo como lugar de união, de proximidade e felicidade.
 A resposta a esta minha carta também pode ser pública. Aguardo então que implementem medidas no sentido de melhorar as relações com todos os cidadãos, em especial com os malcatenhos. Isto sim, é importante.
 Saúdo todos os membros da Junta de Freguesia e subscrevo-me, com
os melhores cumprimentos, sempre em defesa dos interesses comuns dos malcatenhos, de todos os malcatenhos,
                                           José Nunes Martins

  

quinta-feira, novembro 27, 2025

SE BEM ME LEMBRO...HÁ 56 ANOS JÁ ISTO ACONTECIA!

 



Surpreendidas? Não, é o costume...não interessa.

   Lê-se no Jornal que:
  "Aristides da Fonseca Prata, deslocou-se a Lisboa para tratar de vários problemas do concelho, junto dos respectivos departamentos do Estado.
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PLANO DE ELECTRIFICAÇÃO
  Os atrasos na Electrificação das aldeias são motivo de descontentamento. Ficou marcada uma nova reunião de trabalho para o próximo ano.

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  APROVEITAMENTO HIDRÁULICO DO RIO CÔA
  O sr. Aristides lembrou a necessidade de estudar a construção de duas represas no Rio Côa, para fins agrícolas e de turismo.

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  ABASTECIMENTO DE ÁGUA
  Foi tratado o assunto sobre o abastecimento de água a Quadrazais, Rendo e Casteleiro.

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  VARIANTE DA ESTRADA NACIONAL NA TRAVESSIA DA SEDE DO CONCELHO
  Na Junta Autónoma de Estradas o sr. Aristides expos mais uma vez o
magno problema do prosseguimento da variante da Estrada Nacional, tendo sido solicitado que, a verificar-se a impossibilidade de satisfação imediata da grande aspiração da Vila do Sabugal, fosse marcado definitivamente o seu trajecto a fim de possibilitar a urbanização da zona contígua - das mais adequadas para a expansão da sede do concelho.
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VIAÇÃO RURAL
  Numa reunião com o sr. Governador Civil, foi passado em revista a situação das estradas rurais do concelho.
  Foi também falado o problema das ligações entre as freguesias que são do maior interesse para o desenvolvimento económico das povoações e para o fomento dos transportes colectivos e criação de novas carreiras. Contam-se entre estas as ligações entre Baraçal e Vila de Touro, Ozendo-Soito, Penalobo-Bendada, Vilar-Maior-Estrada Nacional de Vilar Formoso".
     Lido no Amigo do Sabugal, 30 de Novembro de 1969 . Estas notícias foram dadas pelo Governador Civil da Guarda, à época dos factos. Câmara Municipal ficou calada.


  Todas estas informações que aqui vos trouxe, foram publicadas no Jornal A Guarda, que depois foram também aproveitadas para serem divulgadas no semanário “AMIGO DA VERDADE” (Suplemento amigo do Sabugal)!
  Este é um exemplo do péssimo serviço de informações da Câmara Municipal desta época, pois reporta-se ao ano de 1969, 30 de Novembro. Vão passados 56 anos…e pouco se alterou.
  No passado e no presente, as pessoas gostam de saber como vai a actividade da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia, como estão os autarcas a zelar pelos seus interesses e por isso, se interessam por informação para satisfazer esse desejo de ficar ao corrente do que se passa à sua volta.
  A Freguesia de Malcata tem escolhido uma política oposta à transparência e à informação, não partilha a informação obrigatória e opta pelo silêncio e que eu condeno. Como é possível a Junta de Freguesia não publicar aqueles documentos a que está, por lei, obrigada a cumprir? Porque não usa as suas páginas da internet para exercer uma política verdadeiramente próxima e aberta a todos? Eu sei que a Junta de Freguesia tem obrigação de prestar contas, de informar e solicitar à Assembleia de Freguesia a análise de várias matérias e decisões que deseja levar a cabo. E os fregueses que moram na freguesia? Então e os malcatenhos que vivem longe e continuam com diversos interesses em território da aldeia?
  A Junta de Freguesia de Malcata só tem a beneficiar e a ganhar com a disponibilidade de informação de interesse para os malcatenhos e para a sua comunidade. E se precisarem de ajuda ou mais espaços na internet, ofereço este meu “sítio” para publicar o que for importante publicar, sem pagar por isso. Basta que enviem a informação e como desejam ser divulgada.
  A Junta de Freguesia só faz bem em comunicar com os malcatenhos e hoje é tão fácil e tão rápido!


Ano de 1969, 30 de Novembro, 
as notícias sacadas a ferros!

José Nunes Martins

domingo, novembro 23, 2025

SERÁ QUE ME CONTARAM BEM?

As obras e o poste que passou a incomodar. 
   

  A obra de requalificação do adro da igreja paroquial de Malcata, no cruzamento da Rua da Ladeirinha e da Rua de Baixo, com ligação ao adro da igreja, na freguesia de Malcata, parou por causa de um poste de iluminação pública. Foi demolida uma casa e a questão que eu aqui deixo é se ainda continuam à espera da entidade competente para remover o poste?
   Dizem que em Portugal, para se remover um poste de iluminação pública, há necessidade de preencher uma série de requerimentos: uma equipa para desligar os fios eléctricos, para que se possa agendar a deslocação ao local e depois outro requerimento para se poder deslocar o poste de cimento para outro sítio, que precisa de novo buraco, sem esquecer de tapar o buraco antigo e depois novamente a equipa que se responsabilize pela ligação dos cabos e deixar a electricidade passar sem problema.
  Será que o poste ainda está lá? Até é natural que já tenha sido feito o pedido para remover o poste de iluminação. As obras, que se fizeram neste último Verão, foram feitas com a colaboração da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia. Sendo esta obra uma melhoria para a igreja paroquial e para a freguesia, não deixa de ser uma situação de algum perigo que aquele poste no meio da rua pode vir a causar. A demolição da casa de habitação que ali existia, permitiu o alargamento daquele espaço e fez com que o poste de iluminação pública pareça deslocado. O que aqui podemos estar a assistir, é que pode não ser só a deslocação do poste para outro buraco mais afastado.
  Esta operação, que até parece fácil de se realizar, pode muito bem tornar-se mais difícil, pois se houver necessidade de alterar a rede eléctrica existente (que me parece haver alteração), obrigará a outros estudos técnicos e a demorar mais tempo a resolver a situação. A pergunta, que também quero aqui deixar é esta: A EDP foi avisada do início dos trabalhos?
  A mudança do poste deve ter sido coordenada com quem estava a fazer as obras de demolição. Se assim fizeram, então já a situação devia estar resolvida. Que fazer quando mesmo no uso de cidadania a preocupação e resposta, ou falta dela, de quem tem a obrigação é de indiferença? A retirada do poste do local onde agora se encontra (caso lá continue) representa uma melhoria para a população e um total respeito pelo mobilidade, principalmente para quem usa automóvel e que se vê obrigado a circular pela rua com todos os riscos que isso representa.
  Por isso, se o poste ainda lá continua, que fazer? 

                                              
Em Agosto, lá estava o poste a incomodar

  PS: Agradeço informação mais actualizada. Obrigado. 

quinta-feira, novembro 20, 2025

ASSEMBLEIA GERAL NO LAR DE MALCATA

 

Um agradecimento eterno

ao Ti Manel Cidades

A Associação de Solidariedade Social de Malcata é a concretização progressiva de um sonho.
Uma ideia que é hoje uma realidade e o resultado do trabalho de muitos que importa recordar na certeza de que a instituição continua a seguir com o mesmo espírito de solidariedade dos tempos em que o sonho despontou. É bom que todos os sócios e utentes se lembrem disso. 

No próximo dia 22 de Novembro, sábado, realiza-se uma Assembleia Geral-cuja convocatória foi já divulgada e, porque estar presentes nas assembleias para além de um dever é também a melhor forma de sentir o pulsar do lar, saber das suas dificuldades e êxitos, é bom que os sócios participem. 



Convocatória para a A.G.

FESTAS DE MALCATA: OS TEMPOS SÃO OUTROS

 



  As festas da nossa freguesia têm de ser rijas, barulhentas, com muita música, diversão e bar aberto.
  Têm sido assim as Festas de Malcata nestes últimos tempos, bem diferentes das festas que eu vivi na minha infância. Nesses anos 60,70 e 80, era uma festa simples, humilde, em que participavam os moradores da nossa aldeia e os filhos que trabalhavam fora, mas que queriam marcar a sua presença na festa. Dias de festa e de muita devoção, muito trabalho para os mordomos e as suas famílias, as contas só se faziam no fim, mas havia duas ou três coisas que não podiam faltar: alvorada de foguetes, banda da música e procissão, missa solene e outra procissão, as duas em volta da aldeia. E ainda havia outra coisa que era fundamental ser feita e bem: o Ramo, com música de concertina e da banda da música, que muito contribuíam para animar-nos e o sucesso da arrematação das ofertas das pessoas. Pouco importava se a rua era de terra batida ou de pedra polida e gasta ou o Rossio se mostrasse com o chão aos remendos, nada impedia a animação, não havia palco, bastavam uns bancos de madeira para os músicos tocarem sentados e uma cadeira para o acordeonista poder tocar sem se cansar. As gargantas dos homens gritavam alto e bom som os lances  das pessoas, faziam-se ouvir bem na fonte e não precisavam de microfone, tinham era de ir bebendo para manter a forma.

  Toda a aldeia vivia e sentia os dias que antecediam a festa. Era uma festa grande, a maior da nossa aldeia, sempre com muita gente.
  Mudam os tempos, mudaram as vontades e hoje a nossa aldeia mais parece uma terra que se quer aproximar de Lisboa. Tenho a sensação de caminharmos para uma espécie de Rock In Rio, ou NOS ALIVE em formato muito mais reduzido.
  A fé e a devoção já pouco interessa e as Festas Malcata no segundo domingo de Agosto, são apenas um pretexto para uma semana de diversão, de farra e olhos inchados da falta de descanso nocturno. A tradição, os costumes autênticos e o descanso que todos têm direito a gozar, não são tidos em consideração, pois festa é festa e enquanto houver um festivaleiro na praça, a festa não acaba.
  E não adianta nada dizer contra os programas das festas ou como elas são programadas, pagas, apresentadas e no fim mostrar a factura, o lucro e o destino a dar ao dinheiro que sobrou. 
  Cada comissão de mordomos faz como quer, todos os mordomos são responsáveis e por isso nem é preciso atribuir os cargos de “presidente”, de “secretário” ou de “tesoureiro”, muito menos de “fiscal”, pois tudo tem de correr bem. Estão a esquecer-se da história e do passado. Uns conseguiram, mas outros meteram a mão onde não era suposto. Ainda hoje há coisas e comportamentos por explicar.
  Tendo em conta a realidade da nossa aldeia, importa preservar e procurar manter as tradições de pé e sempre que for possível de forma transparente e que prestigie a nossa gente, a nossa freguesia.
  Ajudar, colaborar, com certeza que sim. Mas sempre com a apresentação da festa, da prestação clara das contas e isto é o mínimo que se pode exigir. As pessoas da freguesia não devem disporem-se a pagar a festa sem qualquer controlo e pagar alguns desmandos.
  Isto é a minha opinião, porque aos mordomos não lhes é atribuído liberdade total para organizar e realizar a festa, é-lhes confiado naquele ano a missão de servir e estar ao serviço do povo.
  Apesar de tudo, sabendo eu, que os tempos de hoje são diferentes, ainda há muito de positivo na nossa grande festa. Continua a ser uma semana que anima e que chama as pessoas à nossa terra. Portanto, aos mordomos da Festa, desejo que continuem a sentir orgulho da missão que têm nas mãos e que se sintam com vontade e força de trabalhar, na certeza de que, não agradando a toda a gente, tudo farão por isso e se dedicarão com empenho e compromisso à organização da próxima festa. 
                                             
                                                                  José Nunes Martins  

                                                                                                                              Recordações de outras festas
                                                                                                                                         em Malcata

                                                                     



    









segunda-feira, novembro 17, 2025

MAGUSTO NA ASSOCIAÇÃO DE MALCATA

 


  A notícia foi posta a circular nas redes sociais. No passado dia 15 de Novembro, pelas 16 horas, a Associação Cultural e Desportiva de Malcata organizou um magusto. Não participei, não tenho imagens, por isso coloquei esta.
  Ainda bem que o fizeram e oxalá tenha corrido bem. A tradição está cumprida. Siga !

domingo, novembro 16, 2025

PODE UM MALCATENHO DEIXAR DE O SER?

 


  Nasci em Malcata, mais precisamente em casa, num dia de Outubro. E de Malcata, guardo memórias de infância marcantes e boas: tinha uma rua para brincar e hoje é uma coisa que já não existe. Ia a pé para a escola, vinha jantar a casa a pé e voltava a ir até às três ou quatro da tarde. Cresci perto dos meus avós maternos que me marcaram para a vida. Também tive sempre a minha mãe, o meu pai emigrou para a França no ano em que nasci.
  Para mim, Malcata é o meu mundo de brincar, de aprender a ler e escrever e é a minha aldeia, a minha princesa de estimação.
  Estou triste relativamente ao que se passa na minha terra natal. Malcata é mais uma terra sem rei nem roque, é um território desaproveitado e nem sabe ganhar com as vantagens que a natureza oferece há séculos. A freguesia tem uma mancha florestal extensa, há espaço para quase tudo, mas está de costas voltada para o céu, não beneficia com a água da albufeira, não aproveita a pastorícia, os percursos pelos caminhos e ribeiros.
  Já gostei mais de voltar a essa aldeia, e não deixo por completo porque as coordenadas do
sítio onde nasci não quero que sejam apagadas. Já fiz viagens sem parar para poder desfrutar da aldeia, da natureza e sentir o amor das pessoas. Há muitos anos que vivo a olhar para as ruas da cidade, mas nunca perdi o meu norte e sempre soube o meu ponto de partida. Eu fiz o que outros também tiveram de fazer, sair do ninho e aprender a voar. Aliás, tenho a perfeita consciência de que a maior parte dos malcatenhos com a mesma idade que eu, abalaram para a cidade.
   Vivo ligado a uma família de boa gente que nasceu, cresceu, aprendeu, trabalhou na aldeia que se chama Malcata. E eu acredito que os malcatenhos somos todos os que vivemos dentro e fora da aldeia. Há malcatenhos.
                                                      
                                                              José Nunes Martins


 

sábado, novembro 15, 2025

FREGUESIA DE MALCATA SEM JUNTA DE FREGUESIA?

 

 

Tomadas de posse das Juntas de Freguesia

   Já lá vão 30 dias depois das eleições de Outubro. Pela terceira vez, João Vítor candidatou-se à presidência da Junta de Freguesia de Malcata… e voltou a ganhar. Todos sabem que foi o único a candidatar-se ao lugar e antes de contar os votos já todos previam que assim fosse. Mais uma vez ganhou e pronto, silêncio porque ele é que é o presidente! Nem se deu ao trabalho de publicar um agradecimento público aos eleitores, nem uma “selfie” com a sua equipa, nada sobre a sua tomada de posse na Assembleia de Freguesia de Malcata. Por mero acaso, tive ocasião de visualizar a sua tomada de posse como membro da Assembleia Municipal do Sabugal. E jurou solenemente cumprir com lealdade as funções que lhe foram confiadas pelo povo.
  Pois, bem pregam eles, todos! Continuo a perguntar aos ventos, quando é que a Junta de Freguesia de Malcata tomou posse? É que não há qualquer sinal oficial nas páginas da Freguesia sobre o assunto! Pensava que, a proximidade do poder local aos cidadãos, também se fazia com a publicação das datas e do local das reuniões públicas da tomada de posse! Por que razão não dizem uma palavra? Desta vez, nem aa casa precisa de ser arrumada, porque afinal são os mesmos e só falta revelar quem vai assinar a escrita diária, quem guarda o dinheiro e quem manda na mesa da assembleia!
  Ou quem manda na Junta de Freguesia julga que os malcatenhos ainda não têm idade nem precisam de saber a verdade toda?
  Ou basta uma malga de “canja de codorniz” e um canário cantor para se distraírem os parolos?
  Por isso, aqui estou, como malcatenho, à espera de notícias da minha, da nossa aldeia. E não estou a pedir o impossível! Ou estou?

                                                                        José Nunes Martins

sexta-feira, novembro 14, 2025

O RETRATO DOS LARES EM PORTUGAL

    Os lares residenciais têm como objetivo acolher, temporariamente ou permanentemente, idosos e pessoas com deficiência por já não poderem receber o apoio e os cuidados de enfermagem necessários nas suas casas.
    O Jornal Expresso publica esta semana um estudo sobre os lares de idosos em Portugal:
   
https://pdf.leitor.expresso.pt/html5/reader/production/default.aspx?pubname=&edid=e6e443be-2695-4fdb-a39b-2bacd66d139b   
    Escolhi estes destaques:

  






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quinta-feira, novembro 13, 2025

MALCATA: O sol quando nasce é para todos!

 


  A nova Junta de Freguesia de Malcata já deve ter iniciado funções.
Como é uma continuidade do 2ºmandato, suponho que a constituição do Executivo continua composto pelas mesmas pessoas. Mas cada dia que passa, ao aceder à página da Junta de Freguesia, verifico que não existe qualquer alteração ao que já havia. É uma página quase vazia, sem interesse, sem documentação que devia estar acessível aos cidadãos. Não há Editais, os últimos referem-se ao problema do abastecimento de água à freguesia…e na galeria, reluzem as imagens do evento “Feira dos Santos”.
  Não quero estar a interpretar à minha maneira, mas que é um facto real e está à vista dos que visitam a página na internet. Estes factos não se justificam com problemas técnicos, são factos que apenas mostram algumas falhas e falta de cuidado na prestação do serviço público a que se comprometeram.       Mesmo que a transição de poder seja uma continuidade e uma mera formalidade, não pode ser tratado com a ligeireza que estão a dar, o povo merece ser respeitado, os malcatenhos merecem respeito por parte da autarquia.
  Estou aqui a expor esta situação para que todos os malcatenhos compreendam que o trabalho da Junta de Freguesia tem de melhorar, tem de mudar e tem de ser orientado para servir bem o cidadão, o freguês e os malcatenhos, independentemente do lugar onde acedam à página da freguesia.
  Hoje, a internet passou a ter a mesma importância que os malcatenhos atribuem à Praça do Rossio. A página da Freguesia de Malcata, que tem na internet e nas redes sociais, tem de se apresentar limpa, imaculada, arrumada, com informação, notícias, documentos, avisos, elogios, obras, fotografias, eventos, lugares e locais de lazer, de gastronomia, de oração…que funcione como a Grande Porta de entrada. Agradeço que façam alguma coisa.
                                                       José Nunes Martins

terça-feira, novembro 11, 2025

OS CASTANHEIROS DA MINHA INFÂNCIA

  



 "Pelo São Martinho, 
   vai à adega e prova o vinho"
                                   Ditado popular

   Hoje é o tal dia dedicado ao São Martinho, aquele soldado romano que dividiu a sua capa com o mendigo que, cheio de frio e cansado, lhe estendeu a mão pedindo esmola. O cavaleiro ia a caminho de casa, o dia estava frio e cinzento, um bom agasalho era o que mais ajudava nessa viagem pela serra.
   Quando o pobre se sentiu amado, o milagre aconteceu, o sol brilhou, as nuvens esfumaram-se e até parecia um dia normal de Verão...o Verão de São Martinho!
   
   O mundo não parou e chegado a 2025, aí está o Verão de São Martinho. As tradições perduram e passam de geração em geração, algumas conservam a fama de sempre, outras são esquecidas e substituídas porque as pessoas já não sabem a origem e as razões da tradição e dos rituais a seguir. 
   O vinho novo é cada vez menos, água-pé e jeropiga daquela verdadeira é cada vez mais difícil de encontrar num magusto. 
   Nos meus tempos de garoto da aldeia, neste dia de São Martinho, toda a aldeia cheirava a castanha assada e o sol espreitava por entre a fumaça da caruma onde estavam as castanhas a assar. No meio da rua, do largo ou no recreio da escola, acendiam o monte da caruma onde se tinham lançado as castanhas cruas e sem qualquer corte, por isso, a partir de certa altura, ouviam-se algumas castanhas a rebentar. 
   À medida que o tempo passava as castanhas lá se iam retirando do lume com a ajuda de um pau que também ajudava a que  não se queimassem demasiado. Saíam pretas por fora e douradas depois de descascadas. Ninguém escapava a uma farruscadela na cara ou na testa e ninguém levava a mal. 
   Neste dia dos magustos, com as coisas mais simples e à mão de todos, a festa durava a tarde toda e o povo dormia uma das noites mais tranquilas do ano. 
                   

                                                      José Nunes Martins
    

sábado, novembro 08, 2025

QUEM TEM BURRO E ANDA A PÉ...

   


Será que tudo o que não se publica não existe?

   
E tudo o que se publica existiu como publicado?

Sede de Freguesia de Malcata




   É que as pessoas precisam de saber se o que se publica/anuncia na nossa aldeia acontece mesmo conforme o que foi publicado ou anunciado. O exemplo (mau por sinal) da forma de comunicar da Freguesia de Malcata continua a não funcionar como todos esperaríamos, com afixação de papeis nas vitrines que existem, pelo aviso no fim da missa ou celebração da Palavra e já que estamos na era da internet, nas páginas oficiais da Freguesia. Mas todo este trabalho e dedicação não serve para nada se depois da publicação/informação/aviso/edital ou lá o que lhe quiserem chamar, porque não informam mais nada, não transmitem o que aconteceu e se aconteceu. 
   As fotos que enchem as páginas da Freguesia é só dos eventos e acontecimentos que interessa e são quase sempre partilhas de eventos já realizados e muitos deles divulgados pelo município ou outras entidades.
   Este é um caminho que não nos leva a lado nenhum.
   Em democracia há regras e protocolos que devem ser seguidos pelos políticos. Ao fim de quase 50 anos de democracia, das primeiras eleições livres de 1976, é tempo mais que suficiente para que a Junta de Freguesia de Malcata, sem esperar pedidos de ninguém, ou prestar um favor, trazer para a internet as informações e as notícias mais importantes sobre a sua actividade autárquica. Não se compreende a fuga e a reserva que é praticada pela junta da freguesia. E este terceiro mandato que está agora a começar, tinham tudo para começar bem. Há experiência, adquiriram competências e continuam a afirmar que exercem o poder com paixão. E com esta carga de positivismo levou-me a acreditar que agora tudo ia ser diferente e melhor. Mas não foi isso o que fizeram e este início do caminho do 3º mandato, optaram por continuar a caminhar sozinhos, sem companhia e sem dar a saber por onde vão e para onde. E o que mais me espanta é que os malcatenhos não se indignam, não se mostram descontentes, dormem e acordam e vivem completamente alheados da vida comunitária. Vejam só isto, estamos a 8 de Novembro, as eleições decorreram a 12 de Outubro e até hoje, quem vive longe da aldeia, só sabe que ganharam as mesmas pessoas e que vão estar na junta de freguesia até 2029.
   Todos sabem quem é o presidente, é verdade. O que se espera da Junta de Freguesia é que caminhe às claras e não faça truques nem percorra atalhos. A democracia é feita de regras, de respeito e decência. Trabalhem com todas as ferramentas que têm ao dispor e façam prova do vosso compromisso, da vossa competência, experiência adquirida em tantos anos de autarcas. Mostrem e façam crescer a paixão por Malcata.