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domingo, 21 de novembro de 2021

APESAR DE HAVER REDE DE FIBRA ÓPTICA E WIFI GRATUITA EM MALCATA A JUNTA PARECE NÃO QUERER RENTABILIZAR!

 

Página Oficial da Freguesia de Malcata em 21 de Novembro 2021
    

   Os malcatenhos há muito que se acostumaram a uma junta de freguesia movida a carvão, ainda trabalham devagar, não estão para se apressar e tal como o carvão, que os carvoeiros faziam lá em cima na serra de Malcata, numa época que tinha bastante procura e por isso se vendia bem,  com a chegada da electricidade foi o fim dos carvoeiros, também a junta de freguesia está a ser ultrapassada e lenta, porque apesar de existir fibra óptica na freguesia, ainda não se ligaram como deviam para alargar o seu raio de comunicação e melhorar significativamente os serviços prestados à população. Quem tem burro e anda a pé...aplica-se na perfeição a esta junta de freguesia. Tem uma autoestrada para caminhar e informar, para servir mais depressa e bem, que é a internet. Prefere esperar que o cidadão procure, pergunte, deixe os assuntos para aqueles quatro horas semanais em que a porta está aberta, desprezando os canais da internet. Eu não compreendo esta aversão à utilização da internet para comunicar com o cidadão e este poder responder de igual para igual e em minutos.
   O tempo de ir todos os dias, às três da tarde, para o comércio da Ti Deolinda e do Ti Varandas, para ouvir a quem se destinava a carta ou a encomenda postal, onde já vai esse tempo!!!
   De nada adiantou a junta de freguesia ter mudado a página e ter anunciado que se ia aproximar mais ao freguês. Ainda pensei que desta vez eu me ia enganar e que a página ia ser mais dinâmica e actualizada. Mas não, regressámos ao passado e ao marasmo a que já estávamos acostumados. A Freguesia tem fibra óptica e cidadãos com internet e computadores e telemóveis para lhes dar acesso. Há até internet WIFI gratuita (dizem eles) ! Então se existem as estruturas principais e as ferramentas, porque razão estamos como estamos? Abrir e manter a página da junta de freguesia actualizada e também a outra página nas redes sociais, é prestar um serviço público, tal como estar com a porta aberta da sede da junta, às quartas e aos sábados. E lembrem-se que somos todos malcatenhos, vivamos em Malcata, no Porto, em Lisboa ou nos arredores de Paris. Todos gostam de uma junta aberta, acolhedora, pronta para trabalhar pelo bem da comunidade e ver esse esforço e dedicação reconhecido. Sim, mas é necessário trabalhar bem e aperfeiçoar os procedimentos, lutar diariamente pelos objectivos que querem alcançar e então sim, o povo reconhecerá os feitos alcançados.
   É desta vez que vamos poder consultar e ficar informados quando abrimos a página oficial da Freguesia de Malcata, que o executivo da Junta de Freguesia, tem obrigação de manter aberta e actualizada?

sábado, 20 de novembro de 2021

MALCATA: REBANHO DO SÉCULO XI

 

     QUEM QUER SER GUARDADOR DE CABRAS E DE SONHOS?





   O projecto do rebanho das cabras sapadoras, que os Baldios estão a levar a cabo nos baldios da freguesia, já está no terreno, as máquinas e os homens lá andam para a serra a construir as estruturas de apoio: armazéns, sala de ordenha, escritório, instalações sanitárias, vedações, etc.
  A entidade responsável pela gestão e acompanhamento da obra é a Junta de Freguesia, na pessoa do senhor presidente. Como é do conhecimento de todos, o rebanho vai ser instalado num terreno baldio. Como o conselho directivo dos compartes está entregue à Junta de Freguesia, entidade que já vem empurrando este empreendimento de há uns anos atrás, foi-lhe atribuído a responsabilidade de acompanhar permanentemente a obras contratada.
  Para além das obras relacionadas com a construção das instalações de apoio, pouco mais sabemos sobre o próprio projecto e como é que se vai desenvolver no futuro.
  Sabemos que se trata de um projecto financiado pelo Estado e que esse dinheiro não vai suportar todas as despesas necessárias. É uma enorme ajuda, sem dúvida que sim, mas há necessidade de ir procurar mais capital.
  Trata-se de um investimento avultado e se for bem gerido, pode muito bem ser um caminho que leve a freguesia e os seus habitantes a desenvolverem-se e a obter grandes benefícios. Há que fazer tudo o que estiver ao alcance e se necessário, pedir auxílio e adoptar os procedimentos correctos e mais capazes de alcançar o êxito.
  Atempadamente e com o desejo de colaborar, uma associação com sede em Malcata, apresentou numa reunião pública, uma proposta concreta, séria, objectiva e potenciadora de ajudar a desenvolver o rebanho principalmente quanto à fórmula de financiamento de capital, que com toda a certeza irá ser necessário possuir, isto se todos ambicionem obter rendimentos e depois serem distribuídos pelos seus habitantes. A proposta foi dada a conhecer e nunca mais se ouviu falar dela, o assunto parece não ter interessado e dada a sua importância trouxe-a aqui novamente, porque eu e outros como eu ainda acreditamos que se podia aplicar no projecto em curso. Quem sabe...Vamos imaginar que há pessoas interessadas em querer participar com dinheiro no desenvolvimento deste projecto, que mais não é que querer ajudar a fazer crescer o rebanho de cabras, com o crescimento e aumento das cabeças de gado, nascem cabritos, produz-se leite, faz-se queijo ou vende-se leite, vende-se cabrito ou ficam para aumentar o rebanho, vem a necessidade de renovar e vendem-se os animais mais velhos...ou seja, a fileira do pastoreio de cabras a funcionar assim só pode vir a dar rendimento. E agora imaginemos que a cada malcatenho que invista ( ajuda e dá dinheiro ) tem direito a adquirir uma cabra, ou duas ou outros quatro ou dez, paga o valor acordado, acompanha a evolução das suas cabras e as do rebanho, que hoje alguns até as poderiam seguir via internet, ou até acompanhando os pastores a pastorear todo o rebanho, ou simplesmente aplicar dinheiro no rebanho, na condição de anualmente lhe ser dado a sua quota parte de lucro a que teria direito! Está aqui a tal fórmula inovadora, transparente, esclarecedora, democraticamente aceite e que iria beneficiar quem tivesse investido no projecto. O projecto encontraria uma via de financiamento, envolveria o povo de Malcata, pois se lá tiverem cabras ou dinheiro metido, interessar-se-iam mais pelo rebanho e pelos resultados a alcançar no futuro.
  Ah, e os que não são de Malcata não podem investir? E achas que isso é boa ideia? Respondo que se devia marcar reuniões de esclarecimento, de consulta e de reflexão sobre este tema. Atempadamente e com clareza, convidar as pessoas a um debate e com certeza que se acenderá alguma luz. Já imaginaram um malcatenho a viver em França, em Lisboa, em Viseu, no Porto ou no Brasil, ser parte e também dono do rebanho? O rebanho é comum, é de todos e a todos beneficiaria...é sonho, mas o que é a nossa
vida e a realidade se não a realização progressiva de um sonho?
  E como sonhar não custa dinheiro...


quarta-feira, 17 de novembro de 2021

HOMENAGEAR OS NOSSOS

 

  A todos os que nasceram na nossa freguesia ou que a ela se encontram ligados por vários tipos de afinidade, lanço um desafio. Com certeza que nomes não faltam e o desafio sendo só um, as respostas poderão ser muitas e todas importantes e a ter em conta.   Há  aquelas pessoas que conhecemos ou ouvimos falar e por elas passou a vida de muitos de nós, desde um quilo de arroz, um litro de petróleo ou de leite, a um cântaro cheio de água fresca, a um registo de nascimento ou até uma cura e a uma simples injecção, que ajudou a salvar vidas. É tempo de pôr a mão na consciência e acabar com o medo de escrever a nossa história verdadeira e lembrar quem nela participou e deixou marcas. É tempo de homenagear os nossos heróis e pessoas com valor na nossa aldeia.
  Pergunto eu:
 Quem são os malcatenhos merecedores de uma homenagem pública ?

sábado, 13 de novembro de 2021

AS CASTANHAS E OS CANIÇOS

 

Os segredos de assar castanhas

  Os dias de hoje já são diferentes de antigamente. A época que estamos a viver que envolve a apanha das castanhas é vivida de forma diferente dos anos 60 ou 70. Nas aldeias onde havia castanheiros, por esta altura do ano, viviam-se momentos de alegria e festa. Em Malcata ainda há bons castanheiros que nos fazem recordar outras tradições que o povo vivia. Mesmo as pessoas que não tivessem castanheiros, não ficavam sem as castanhas. Depois da apanha das castanhas vinha o tempo do “rebusco”. Durante esses dias toda a gente tinha o direito de ir apanhar castanhas onde as houvesse, sem receio de ser repreendida ou acusada de roubo.
  Nesta altura do ano juntavam-se aos grupos de amigos, de vizinhos ou famílias e faziam o magusto, por vezes faziam a fogueira mesmo no meio da rua ou dos largos da aldeia. Não faltava castanha assada com caruma e uma copa de jeropiga para ajudar a empurrar.
  Mas a castanha nesses tempos de miséria tinha um importante lugar na alimentação. Então havia que guardar e poupar para ter castanha durante todo o ano. Durante o tempo frio e neve, nada como pegar num punhado de castanhas e metê-las num púcaro com água e deixá-las cozer para comer, para juntar ao caldudo, muitas vezes a refeição mais forte do dia.
   E para guardar as castanhas durante tanto tempo, os meus pais despejavam-nas no caniço que havia por cima da lareira. Os caniços não era mais do que um estrado de varas direitas e suspensas horizontalmente, mantendo-se afastadas entre elas, mais ou menos um centímetro, a distância suficiente para não deixar furar as castanhas e elas caíssem no chão da cozinha ou em cima da cabeça de alguém. O caniço enchia-se com as castanhas e ali permaneciam a receber o calor do lume até ficarem secas e rijas. Dali iam para um cesto de vergas, o meu pai calçava os tamancos e entrava para dentro do cesto baloiçando o corpo e os pés até a casca sair. O par de tamancos eram especiais e estavam preparados para executar a tarefa de descascar a castanha, que por estar seca e dura, os cravos que preenchiam toda a sola do tamanco, por muito aço que tinham, apenas retiravam a casca às castanhas. Após o tempo da dança dos tamancos, a minha mãe chegava com uma saca de pano para a encher e guardar num lugar seco lá de casa até que um dia chegasse a oportunidade de fazer um daqueles caldudos.
  As pessoas da minha idade, provavelmente como acontece a mim, também se recordam destas coisas de antigamente. Será que ainda existem caniços na aldeia?
  Vivemos num mundo cheio de inovações e de tecnologias.  Tenho orgulho das minhas origens e para mim, escrever estas memórias que eu vivi, são uma singela homenagem a toda essa gente boa da nossa aldeia, que mesmo não entendendo de computadores e telemóveis, nem andam pelas redes sociais, têm segredos e saberes que os ajudaram a viver. Saibamos nós encontrar formas de guardar todas estas memórias e sabedoria dos nossos avós e pais. Dar maior atenção e importância ao espólio e às tradições mais antigas, para que as gerações presentes e futuras nunca esqueçam as suas raízes, é o mínimo que podemos fazer.

Nota: Dia 13 de Novembro vai ter lugar o Magusto 2021, na Associação Cultural e Desportiva de Malcata. Os meus desejos são de que seja uma tarde de festa e são convívio.



quarta-feira, 10 de novembro de 2021

COMPARTES DOS BALDIOS DE MALCATA DELEGAM CONSELHO DIRECTIVO NA JUNTA DE FREGUESIA



ASSEMBLEIA DE COMPARTES 
DOS BALDIOS 
DA FREGUESIA DE MALCATA 
Delegou poderes de gestão na Junta de Freguesia

   

Freguesia de Malcata



   A Junta de Freguesia de Malcata assumiu os destinos dos baldios da freguesia. Este ano, foram convocadas duas Assembleias de Compartes, a fim de tudo ficar devidamente delegado. Com o início de mais quatro anos de mandato, a actual junta de freguesia iniciou um ciclo novo como gestor dos baldios da freguesia.

  Como não estive presente nas assembleias anunciadas, supõe-se que as coisas correram como o descrito nas convocatórias. E como não foi divulgada qualquer informação da forma como decorreram as duas assembleias de compartes, creio que a presidência do Conselho Directivo estará sob a responsabilidade do senhor presidente da Junta de Freguesia. Nada a que o povo já não esteja acostumado, pois já antes o Conselho Directivo dos Baldios era dirigida pela junta de Freguesia.
   Agora o importante é trabalhar com os olhos focados no futuro, nomeadamente na concretização da instalação da exploração pecuária que está a ser construída em terrenos baldios. O grande objectivo será fiscalizar esse arrojado projecto das “cabras da serra”, criando assim condições à Assembleia dos Compartes para gerar riqueza e desenvolver a economia local. O facto de se ter convocado uma assembleia de compartes destinada exclusivamente para a delegação da gestão na Junta de Freguesia, é um claro sinal que foi dado no que respeita aos procedimentos normais e legais que havia a fazer. Neste momento o projecto das cabras é uma prioridade e acredito que tudo será feito para dar certo e ser um instrumento apropriado para desenvolver a economia local. Já agora, deixo aqui um pedido de esclarecimento por parte da Assembleia de Compartes: qual o tempo de duração da delegação de competência na Junta de Freguesia como responsável do Conselho Directivo dos Baldios da Freguesia de Malcata?
   Obrigado.
                              
José Nunes Martins

sexta-feira, 5 de novembro de 2021

CASTANHAS QUENTES E BOAS

 


   CASTANHAS
   QUEM QUER QUENTES E BOAS?

   A castanha já teve mais importância na alimentação de muitas famílias de Malcata. Noutras épocas, a nossa terra orgulhava-se dos castanheiros e da qualidade da castanha. Eram árvores adultas, de tronco bem grande e uma copa que ia até aos 30 metros de altura. O castanheiro, sempre foi e continua a ser, uma espécie de árvore que dadas as suas características e o seu desenvolvimento, não é espécie de árvore para o jardim de casa, mas que muitas pessoas não se importariam de ter perto. A sua copa frondosa nos dias de calor fascina qualquer amante da sombra.
   No Outono, as folhas amarelecem e os ouriços mudam dos tons verdes para acastanhados. São os sinais da aproximação da apanha da castanha longal, judia, negral, martainha ou avelã, conforme a variedade que a árvore produz.
   Eu gosto de castanha assada. Mas há pessoas que gostam mais de castanha cozida, seca ou pilada, na sopa ou em caldudo, num assado de carne com batata assada e castanha, ou seja, é um alimento muito versátil na cozinha.
   A castanha assada pede um acompanhamento de jeropiga, água-pé ou vinho do Porto. Dizem que se digere melhor!
   Lembro aqueles magustos que se faziam na escola primária e também pelas ruas da aldeia. Com a caruma e as castanhas no meio, deitava-se o lume e esperava-se que assassem as castanhas.  Eram tardes alegres e a criançada brincava ao redor da fogueira e entre duas ou três castanhas assadas, molhava-se a garganta, enfarruscava-se o amigo, o avô ou o pai...uma enfarruscadela não fazia mal e não podia faltar!
   Eu cresci a ver castanheiros por todos os sítios da aldeia. Hoje a paisagem é diferente e esses velhos castanheiros desaparecem e como já são velhos, há que deitá-los abaixo. Esquecemo-nos com muita facilidade os tempos em que davam muitas e boas castanhas.  E elas, as castanhas, são hoje apreciadas como sempre foram. É um fruto que faz bem ao nosso organismo, tem é que se consumir com moderação.
   Boas lembranças...
   Quem quer quentes e boas?
   Quentes e boas!
                             José Nunes Martins

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

QUANDO A LUZ SE VAI, CHEGA A ESCURIDÃO

 


A IMPORTÂNCIA DA LUZ



  O Nicho da Senhora dos Caminhos está a pouco mais de um quilómetro da povoação. Por ali passa muita gente de dia e também de noite, esteja o tempo como estiver. Desde 2004, que foi o ano da inauguração daquele novo lugar, tornou-se num espaço ajardinado, algumas árvores dão sombra aos bancos e o chafariz até lá se enquadra e quando a sede aperta é só abrir a torneira. Durante a luz do dia é um lugar tranquilo e calmo e há pessoas que vão até lá para descansar, ler, rezar...ouvir e ver aquelas andorinhas que se apaixonaram pela ponte e ali vivem.
   Acontece que, durante o dia, quem por ali passa de automóvel ou a pé, reconhece a beleza daquele espaço e gosta do que lá está. Quando vem o entardecer vai-se a luz e chega a noite e tudo parece que se esfuma, com toda a serenidade quem ali está fica envolto juntamente com a noite. Ora se é de noite, o normal é ficar escuro à nossa volta! É o mais natural que acontece em qualquer lugar deste mundo, a não ser, e lá vem a excepção, haja luz que ilumine o lugar e o caminho.
   Quer isto dizer que aquele espaço fica escondido durante a noite e também dificulta a passagem dos que, a caminhar, por ali passam. E sendo um sítio de ida e passagem, as pessoas que têm o saudável hábito de fazer uma caminhada ao fim da tarde, assim que vai a luz e chega a noite, ou ligam o botão da lanterna e continuam a ver por onde caminham, ou então continuam mais devagar, colocando pé ante pé, até passar a Senhora dos Caminhos às escuras.
   Eu sei que alguns de vós estais a murmurar, mas também sei que outras pessoas pensaram na necessidade de alumiar aquele lugar e a Senhora dos Caminhos.
   A coisa até nem parece que seja assim tão dispendiosa e se todos pensarmos um pouco, com certeza que encontraremos outras razões, também elas importantes, para que se ilumine aquele lugar durante as noites de Verão e de Inverno.
                                            
                                      Josnumar
                             
(José Nunes Martins)

Antigo Nicho da Senhora dos Caminhos, Malcata
                                                    (Fotos de Maria Lourenço, in internet )



segunda-feira, 25 de outubro de 2021

MALCATA: APESAR DE HAVER FIBRA ÓPTICA, A PÁGINA DA JUNTA DE FREGUESIA DE MALCATA ESTÁ OFF LINE, OU QUASE ! ATÉ QUANDO?

       

                                     Uma página que pouco se alterou e em 2021 continua
                                    com défice de informação e de aproximação ao cidadão.
                    

      PRECISAMOS DE UMA AUTARQUIA MAIS ON

   É habitual que os malcatenhos pouco ligam à gestão da junta de freguesia e muito menos ao que faz ou manda fazer a Câmara Municipal. E pior ainda é que não há quem se preocupe ou pelo menos, tenha a curiosidade, de seguir mais de perto aquilo que a junta faz. Ainda há dias, decorreu no dia 11 de Outubro a instalação dos novos elementos da junta e da Assembleia de Freguesia. Bem, sendo praticamente as mesmas pessoas que já estavam, ainda menos interesse despertou. Eu, infelizmente, não me foi possível estar presente nessa cerimónia que tem importância para os malcatenhos, ou devia ter. Como passado uma semana não encontrei notícias acerca da dita cerimónia, perguntei, através da internet, o que se tinha lá passado. E não é que a resposta foi dada pouco depois, na página oficial da Freguesia de Malcata, que existe numa das redes sociais?! Agradeço desde já a informação disponibilizada, não só para mim, mas para todos os leitores e malcatenhos que quiserem saber.
   Para mim há mais a exigir a esta junta de freguesia. É que a página  https://www.freguesiamalcata.pt/ continua muito desactualizada e ainda lá consta a anterior Junta de Freguesia. E custa abrir esta página e ler “informação em breve”, as Notícias ainda são as de Setembro de 2019, pasmem-se! Malcata, naturalmente, não é isto e promessas como esta de
       “Bem-vindo à página oficial da Freguesia de Malcata. Com novos conteúdos,     mais rica em informaçãomais atualizada” ; ou esta mensagem:
   “ queremos que esta seja uma ferramenta útil aos habitantes de Malcata mas também um cartão de visita e uma plataforma de promoção da nossa região”!!!
    Mas o que é isto? Qual é o problema de inserir informação actualizada, que seja importante para o cidadão, que incentive o cidadão a interagir com as novas formas de comunicação e no conforto da sua casa, escritório situe-se ele na Guarda, Coimbra, Lisboa ou em Paris? Não consigo compreender o desinteresse pelas novas ferramentas de comunicação. Fico a pensar por que raio publicam o anúncio de uma corrida ou uma Feira e anúncios em nome das produtoras de cinema e matérias mais importantes que a Junta de Freguesia deve divulgar e disponibilizar, simplesmente nada de nada. Quem quiser andar informado, dirija-se naqueles dias de atendimento ao público, caso contrário, só com carta registada e cumpra-se a lei. A democracia e o poder local já não funciona assim! Em Malcata talvez nem se interessem, mas não lembrem-se que o cidadão também usufrui de direitos. E não bastam aquele tipo de justificações, do género, a junta que lá está é a mesma dos últimos quatro anos, já sabem como é e quando estão abertos. Não, não é resposta que se dê ao cidadão.
   Pergunto eu: vão ou não empenhar-se na actualização e utilização da página oficial que a Junta de Freguesia abriu na internet?
   Há anos que protesto contra este marasmo. Dois exemplos:
 
https://aldeiademalcata.blogspot.com/2017/06/entre-quem-vier-por-bem.html

 https://aldeiademalcata.blogspot.com/2019/08/afinal-para-que-serve-internet-em.html

                                                                                  Josnumar
                                                                           ( José Nunes Martins )


 

domingo, 24 de outubro de 2021

OS ESPAÇOS PÚBLICOS NA ALDEIA DE MALCATA

 

  

Muitas vezes é assim!
                          

                                                           MAIS LIMPEZA É PRECISA

   A Praça do Rossio, que é composta pelo Rossio e Largo da Torrinha, é a “sala de visitas” da nossa freguesia, espaço de que muitos nos orgulhamos.
   Pena é que nem sempre o aspecto do espaço se apresenta nas melhores condições. Já é tempo de olharmos com mais cuidado e atenção e por exemplo, já era tempo de se retirarem definitivamente os contentores metálicos onde se deposita o lixo doméstico e outros objectos de maior dimensão ali encostados à parede ou ao próprio contentor. Muitas vezes o chão do Rossio está inundado de lixos diversos, a sua maioria empurrada pelos ventos. Também o abrigo da paragem dos transportes públicos se apresenta muitas vezes num abrigo de aranhas e outros lixos que o vento e as pessoas para ali empurram.
   É deveras desolador, pelo menos para os que apreciam a nossa aldeia, o aspecto que nos oferece esta praça, pela falta de limpeza e aprimoramento. Impõe-se que os habitantes da nossa aldeia, exijam da autarquia e de cada cidadão, um pouco mais de brio e que aquele amor à freguesia os leve a verificar que o desleixo e o abandono dos espaços públicos em nada contribuem para o bom nome da terra.
   Exige-se o bom nome da aldeia e dos espaços públicos.
                                                    José Nunes Martins

     Este foi o cenário que encontrei no interior da paragem das camionetas que está na Praça do Rossio ( Torrinha ). Perante aquilo que se observa, lá se arranjam formas de afixar informação oficial da autarquia sem perturbar quem ali faz de lar!


                                     Fotos de Josnumar, a 8 de Setembro de 2021
Nota:  Caso alguma pessoa se sinta ofendida ou que esta "achega" é dirigida para ela
            ou qualquer outra, é pura coincidência, pois limitei-me a fotografar e a escrever 
            sobre o que observei e que é necessário dar uma solução melhor. Se isso acontecer, ganha a freguesia e ganham os residentes na nossa aldeia e agrada a quem nos vem visitar e deseja ter vontade de repetir.
                                                                          Josnumar
                                                                ( José Nunes Martins)




sábado, 23 de outubro de 2021

MALCATA: MEMÓRIAS COMUNITÁRIAS

 


  MEMÓRIAS quem as não tem?

  Em que canto da aldeia se escondem? Andamos tão consumidos com a pandemia e à espreita, para ver se vimos passar o vírus, que esquecemos o nosso passado. O que fica para lembrar depois? Para recordar depois? O que vai ficar para os mais novos assimilarem as raízes e a identidade malcatenha? O pouco que resta é a memória dos mais idosos. Até quando? É urgente ouvir e gravar as memórias das pessoas que ainda vivem e avançar com o tal projecto da Sala das Memórias. Se não fizermos nada, se continuarmos a fazer de conta, vamos mesmo perder muitas das memórias da nossa comunidade. É muito triste perder a história, perder o caminho de onde viemos. Se isso acontecer, se esquecermos de onde viemos, como vamos saber para onde vamos?
   
Este é um, entre outros assuntos com importância para a comunidade malcatenha, que aqui vou querer partilhar convosco.    
   A Memória Colectiva da comunidade de Malcata é algo mais abrangente que as ferramentas de trabalhar a terra ou o cântaro de barro. É através das memórias colectivas que os descendentes de malcatenhos podemos criar a nossa identidade comum. E como cada povo tem as suas memórias, são elas que alimentam o sentimento de pertença, de partilha e união fortalecendo os laços entre todos.   Escrever sobre o passado de Malcata, sobre o presente e perspetivar, na medida do possível, sobre o futuro, porque temos que ser nós, os malcatenhos, a fazer algo que salvaguarde para o futuro de uma forma digna e responsável. E é por isso que continuo a divulgar e a tornar público e acessível a todos os conhecimentos e as informações que possuo ou que me chegue às mãos.

                                                            José Nunes Martins