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2.3.19

MALCATA: JUNTAR PESSOAS E ÁGUA



   
Visita à aldeia de Malcata

   O concurso de ideias “Juntar água para a autossustentabilidade” é parte integrante de um projecto muito mais ambicioso conhecido pelo nome de “Malcata-Aldeia Autossustentável”, apresentado em Dezembro de 2016.

   Da autoria de José Escada Alves da Costa, presidente da AMCF ( Associação Malcata Com Futuro), homem formado em engenharia, com uma ligação de longa data com a EDP. Entre 1982 e 1995 foi quadro superior do grupo e entre 2004 e 2006 foi também adjunto do conselho de administração da EDP Produção e vogal em sete conselhos de administração de empresas participadas do grupo EDP, nomeadamente a Turbogás, a LBC tanquipor,a Soporgen, a Energin, a Enerfin, a carriço Cogeração e Centro de Biomassa para a Energia.  Licenciado em Engenharia Mecânica, pelo Instituto Superior Técnico, e mestre em Política, Economia e Planeamento Energético pelos ISEG/IST, este responsável foi ainda, entre 2011 e 2004, vogal executivo do Conselho de Administração da REN. Escada da Costa foi ainda, entre 1995 e 1996, adjunto do Secretário de Estado da Indústria e Energia do Governo de António Guterres. É desde 2015 presidente da Associação Malcata Com Futuro e tem sido nesse âmbito que continua a acreditar no futuro autossustentável para Malcata.

   Trata-se de uma ideia ambiciosa e todos sabemos que até alcançar esse objectivo teremos que vencer etapas intermédias. E uma dessas etapas é esta ideia de um concurso com a participação da secção de arquitectura da Universidade da Beira Interior e nesta primeira fase envolver os alunos do primeiro ano do curso de arquitectura. Foi o que aconteceu no passado dia 20 de Fevereiro. Com certeza que as pessoas em Malcata se aperceberam da presença de 80 jovens a visitar a aldeia. Esses jovens vieram acompanhados dos seus professores de curso e tiveram a oportunidade de ficar a conhecer a nossa aldeia e os espaços onde poderão criar um anfiteatro ao ar livre e um auditório multi-usos, tendo em conta a existência do plano de água da barragem. Foi a pensar nessa ideia que decorreu a visita pelos sítios mais significativos a nível do património material e imaterial, tendo ficado a conhecer a Praça do Rossio, a Rua da Ladeirinha, a Igreja e o Adro, o moinho de água e a barroca do Bradará, o quartel da Guarda Fiscal, a Rua do Cabeço, a Rua da Moita até ao Calvário, a Rua da Fonte e a Fonte de Mergulho, o busto de Camões, a Zona de Lazer de Malcata (praia fluvial), Senhora dos Caminhos e Capela de São Domingos.

   Esta foi a primeira visita de trabalho e os alunos levaram os seus blocos de notas os primeiros rabiscos dos locais e também algumas fotografias de cenários que lhes chamou a atenção.

   Esta iniciativa mereceu o apoio da Junta de Freguesia de Malcata. Ambas as entidades, Junta de Freguesia e Associação Malcata Com Futuro, estiveram bem representadas e à altura da importância deste evento. Tenho informação segura que o presidente da Junta de Freguesia, João Vítor, ofereceu os levantamentos topográficos e outros elementos necessários para o conhecimento dos terrenos onde os alunos irão trabalhar nos próximos seis meses. Já o presidente da Associação Malcata Com Futuro, assinou o protocolo com a Universidade da Beira Interior, tendo participado em várias reuniões na universidade para preparar as acções no terreno, preparou textos e memorandos descritivos da nossa aldeia e manteve sempre a via aberta do diálogo entre todos.

   Dada a importância desta iniciativa, ambas as entidades concordaram em partilhar os custos associados e ambas disponibilizaram os seus espaços e pessoas para que no fim da jornada, se sentissem recompensados pelo trabalho.

   A cooperação entre todas as instituições existentes em Malcata é de suma importância e crucial para que as grandes iniciativas e projectos inovadores sejam realmente realizados. Alguém um dia escreveu que “os homens passam e as instituições ficam”. Temos todos a ganhar, não se trata de cantar vitória, trata-se de celebrar o bem comum.


Recepção aos alunos da Universidade
Reforço alimentar ao meio da visita
   
                                          por   José Nunes Martins
                                           

9.8.18

LASER E PRAZER COM OS PÉS NA ÁGUA



   A época balnear das praias fluviais do concelho do Sabugal está a decorrer até ao dia 31 de Agosto. Em Malcata, a Zona de Lazer, com piscina fluvial, areal com guarda-sóis, parque infantil, w.c’s e chuveiros, grelhadores e mesas de uso livre, com bar e esplanada aberta, podemos dizer que todas estas estruturas são um chamariz a que um maior número de pessoas visitem a nossa aldeia e também um local de eleição para os residentes. Toda a Zona de Lazer da Rebiacé é um espaço agradável e com condições para viver um dia relaxante. Ao sol ou à sombra, deitar uma soneca numa das espreguiçadeiras seguras entre duas árvores ou aproveitar para ler um livro, mergulhar na água da barragem e ir depois até à esplanada do bar comer “tremoços e uma imperial”, ou “um pratinho com caracóis”, bem temperados, umas sandes de bifanas à “ moda da Sandra”, café mesmo no copito de plástico branco, nada mais desejamos que continuar por ali e ir para casa quando o sol se for também embora.
   Até parece que estamos a passar pelo paraíso…mas será verdade que a Zona de Lazer com a praia e piscina flutuante e restantes equipamentos são mesmo bons e recomendáveis a todos? Quais os pontos positivos? Gostaríamos que um amigo nosso voltasse mais vezes? Que aspecto melhorava? 
   A Zona de Lazer de Malcata  está rodeada por mata de carvalho negral e possui mesas, grelhadores de uso gratuito, tudo num ambiente calmo e tranquilo. Quem estiver em Malcata ou por aí passar, até pelo menos fins de Agosto, a Zona de Lazer de Malcata é uma boa escolha. Na minha humilde opinião, de pessoa que não vai a banhos naquelas águas, era importante que os utilizadores daquele espaço tivessem toda a informação importante quanto à qualidade das águas, dos perigos a que se podem expor e dos cuidados que devem ter. É que há coisas que nunca acontecem até que um dia acontecem coisas que pensamos que nunca acontecem.
                                                                                                                     Josnumar
  


31.1.18

EM MALCATA VIVER SEM ÁGUA NÃO PRESTA

   A população da nossa freguesia é abastecida pela água da rede pública que vem do furo situado num terreno ali para o Bradará. Nesta última vez que estive na aldeia, soube que a nascente que alimenta esse poço está com um caudal insuficiente para satisfazer as necessidades dos consumidores. Daí que o depósito de água tenha andado a ser cheio com água transportada por camiões cisterna. E está assim explicada a mangueira que encontrei no depósito da Rasa aquando da minha visita a este local.

   A falta de água no poço que abastece toda a aldeia merece a atenção da autarquia, pois com um Inverno tão seco é de prever ainda um agravamento da situação na Primavera e no Verão.
   Na minha opinião, aquele poço que abastece de água a povoação, não devia ter sido feito naquele lugar. É um terreno que está a uma cota muito mais baixa que o povoado e está muito afastado do depósito de armazenamento, o que obrigou à construção de uma rede para transportar a água e ainda ao seu bombeamento para o único depósito
situado numa cota mais elevada. Outra razão da má escolha do local do poço é a proximidade a que está a Etar de tratamento das águas e esgotos.
   A falta de água no depósito é um problema que deve ser resolvido agora e não no Verão.
   Outro problema por resolver é a falta de água da rede pública em algumas casas, principalmente nas que estão construídas em lugares elevados, como é as moradias e o lar, todos situados na Rua Carvalheira de Jorge.
   Esta falha no abastecimento já não é de agora e já se arrasta há uns anos. Os moradores estão cansados de lutar por água nas torneiras fornecida pela rede pública
e até ao presente nada foi resolvido. Continuam a consumir a água dos poços artesianos, mas temem que essa mesma água comece a não cumprir os parâmetros exigidos para ser consumida, pois o número das construções foram aumentando e aumentou também os riscos de contaminação da água, colocando em risco a saúde dessas pessoas.
   É preocupante o facto de haver casas na nossa freguesia que não estão servidas ou ligadas, à rede pública de água. A lei obriga as pessoas a ligarem-se à rede de água pública quando esta se encontra disponível. Todos os cidadãos têm direito ao abastecimento de água e ao saneamento no seu local de residência, de trabalho e em quantidade e qualidade adequadas à sua segurança e ao seu conforto.
   As pessoas sem água também pagam os seus impostos, mas não têm água pública!
   O direito à água, é reconhecido pelas Nações Unidas, como um dos direitos fundamentais e faz parte do direito à vida.
   Faço daqui um apelo à Junta de Freguesia de Malcata e à Câmara Municipal do Sabugal no sentido de resolver quanto antes a falta de água na torneira destes cidadãos.
                                                                                 José Martins

8.8.17

ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM MALCATA SEM PRESSÃO

 

   O abastecimento de água é um serviço de carácter estrutural, essencial ao bem-estar, à saúde pública, à segurança da população, às actividades económicas e à protecção do ambiente.
   Este serviço deve ser universal e todas as pessoas a ele devem ter acesso, com continuidade e qualidade de serviço, de preço justo.
   Nesta época do ano, há pessoas na freguesia de Malcata que ficam sem água nas torneiras. Essa falha de abastecimento já vem de outros anos e é sentida pelos habitantes que vivem nas zonas mais altas da aldeia. Ao fim da tarde o consumo de água aumenta bastante e à medida que chegam mais pessoas á terra, a situação agrava-se e prolonga-se por mais tempo. Quem desespera com a falta de água ou pouca pressão na rede são aquelas pessoas que desejam tomar um duche, cozinhar as refeições, lavar a loiça. O que dizem as pessoas é que a água sai da torneira com pouca pressão e há casas que não sai gota!
   Era conveniente fazer-se uma campanha de sensibilização para a necessidade de poupar água e alertar o município para encontrar uma solução válida e duradoura para este problema da água.
   Será este o preço a pagar por ter construído a casa na parte alta da aldeia?
   O que é verdade é que o preço da água é o mesmo para todos e uns pagam e  bebem, outros pagam e nem gota.
   Senhores das águas do concelho do Sabugal venham a Malcata e resolvam lá esta situação.
                                                                                               José Nunes Martins

14.2.16

A FONTE DOS AMORES EM MALCATA

 
Fonte dos namoros ( Fonte da Torrinha )


 Hoje em Portugal, muitos celebram o Dia dos Namorados, ou de São Valentim. O marketing comercial tomou conta desta data e de há uns dias para cá a sedução anda por todos os lugares. Dizem que é uma data especial e que celebra a união amorosa entre casais e namorados, é um dia para demonstrar ternura e afeição entre amigos.
   Noutros tempos, na aldeia de Malcata não se celebrava dia dos namorados. E era preciso ir até à Torrinha para garantir momentos românticos e de galanteio. Ali se situa a Fonte da Torrinha e era o local usado pelas raparigas e rapazes como oportunidade de namorar.
   As raparigas faziam fila para levar a água da fonte e enquanto o faziam, os rapazes apareciam ali pelo largo da Torrinha e à volta dos tanques, para vê-las passar com os cântaros de barro à cabeça e poderem dar dois dedos de conversa. E muitos namoricos ali começaram, às vezes até se esqueciam das horas e quando chegavam a casa ouviam o que não queriam ouvir.
   Outros tempos com outras histórias e outras memórias…

29.4.15

FONTES E NASCENTES



FONTES E NASCENTES 
Antes de 1937 onde iam as pessoas de Malcata buscar a água para beber, para a sua higiene pessoal, para cozinhar e para alimentar o gado?
Bem, antes da construção da Fonte da Torrinha em 1937, a algum lado as pessoas deviam ir. Talvez fossem encher os cântaros de barro à Fonte Velha, na Rua da Fonte e que é uma fonte de mergulho que já existia. Ou então, na Fonte das Fontainhas, muito perto das casas da Moita.
A Fonte da Torrinha é de construção em granito, sem grandes floreados, muito simples e funcional. Possui duas saídas de água e que cai num pequeno tanque, passando depois para outros três tanques maiores. A Fonte da Torrinha é um dos monumentos emblemáticos da aldeia. A água sempre foi fresca e de boa qualidade. Os que vivem em Malcata e aqueles que já lá viveram, sabemos que antes da existência do sistema de água ao domicílio, a água que se bebia em casa ou que se dava aos animais, vinha desta fonte. Ia-se buscar a água nos cântaros que eram colocados na cantareira. A água que se bebia vinha directamente desses cântaros, retirada com a ajuda de um copo, um copo usado por toda a gente, que depois era pousado sempre no mesmo sítio para usar quando necessário.
Hoje em dia, com a chegada da água canalizada e das torneiras, desapareceram as cantareiras das casas e vão ficando esquecidas as memórias desses objectos e dessa forma de consumir a água. Quando era necessária água para o gado, iam encher  os caldeiros de lata ao tanque pequeno, pois toda a gente sabia que era aí que o gado bebia quando ali passava nas idas ou vindas do campo.
Porque não recordar estes tempos?
Porque não recordar as fontes e as nascentes esquecidas?
Outrora, eram locais onde muitos namoros se iniciaram. Eram locais de encontros e grandes conversas. Mas hoje em dia, as fontes e nascentes ou fontaínhas, pouco dizem à maioria das pessoas porque já nasceram no tempo em que basta abrir uma torneira para beber água ou tomar um banho de água quente.

8.5.12

ÁGUA QUE ALIMENTA UM POVO

Todos na aldeia conhecem a Fonte da Torrinha e a água fresca, leve e saborosa que há mais de um século jorra dia e noite nas suas duas bicas. Todos concordam que na aldeia não existe água como aquela. Ainda agora,apesar de haver água canalizada nas casas, muitas pessoas continuam a ir todos os dias a esta fonte encher de água os cântaros de plástico e assim poderem beber e dar de beber desta preciosa água.

   Há uns anos não muito distantes, as cantareiras das casas estavam sempre com os cântaros de barro cheios de água desta fonte. Por comodidade e por serem mais leves, ao lado da cantareira, era costume existir uma ou duas cantarinhas, também de barro, para beber água quando havia sede ou então sempre que alguém amigo ou familiar entrava na casa.

   Ainda me lembro as filas que se faziam ao fim das tardes dos meses de calor. Vinham da Moita, domCimo da Estrada ou do Cabeço com os cântaros vazios à cabeça e enquanto aguardavam a vez para encher, conversava-se e muitos namoros ali tiveram início.
   A água da Fonte da Torrinha era escolhida por todos, ficando a água da Fonte Velha a servir apenas para regar as hortas e os outros campos. Isso explica-se porque a água da Fonte Velha provinha de uma mina mais superficial, era uma água menos saborosa e não gozava do selo de confiança que a água da Fonte da Torrinha sempre soube exibir. Ainda hoje, a água desta fonte é própria para consumo e é sujeita periodicamente a análises laboratoriais.
   A história da Fonte da Torrinha está para sempre ligada à aldeia e à vida dos seus habitantes. Bem que gostava de conhecer histórias de namoricos, cântaros partidos, raspanetes do pai ou da irmã porque o cântaro com água fresca demorava a pousar cheio na cantareira...soltem as memórias e escrevam para nós sabermos mais sobre a importância desta fonte. Vamos lá, sem medos.
 

13.11.11

A BURRA E AS HORTAS

A BURRA





                 








No Vale da Fonte  muitas eram as hortas onde se cultivava de tudo um pouco: couves, cebolas, feijões, pepinos, nabos, tomates, pimentos… tudo o que faz falta à alimentação das pessoas.


Há muito tempo que estas hortas deixaram de existir, sendo actualmente locais onde proliferam as ervas daninhas, as silvas e demais vegetação espontânea, restando ainda umas poucas. A água excedentária da Fonte Velha era guardada na presa que havia no início da barroca. As primeiras hortas do lado esquerdo tinham necessidade de fazer um poço com mais ou menos profundidade, conforme o local, dado que o terreno estava mais alto do que o fundo da barroca.  Para retirar a água desses poços usavam a "burra", também conhecida noutras terras pelo nome de picota ou cegonha.









A  burra é um aparelho rudimentar, de elevar água dum poço para a superfície, normalmente com fins de irrigação das plantações vizinhas.
 Mas noutras terras tinha outros nomes: Cegonha, balança, burra, picanço, saragonha, varola, zabumba, zangarela, bimbarra, variando de região para região.
             O seu funcionamento baseia-se nas alavancas inter fixas. A burra é composta por um poste de madeira enterrado no chão que é encimado por uma forquilha, onde se coloca uma vara, fixada num eixo. Numa das pontas da vara é colocada uma pedra a servir de contrapeso. Na outra ponta é colocada em posição vertical outra vara mais fina e comprida, de maneira a ser puxada pelas mãos. Na ponta inferior desta vara é colocado um balde preso por uma argola. O peso do contrapeso deve ser de forma que não seja custoso levantá-lo quando se pretende descer o balde vazio até ao fundo do poço e que quando ele estiver cheio de água tenha o peso suficiente que permita retirar o balde cheio de água até à superfície.
   No Vale da Fonte Velha ainda há alguns exemplares destes engenhos. Na época das regas é frequente vermos os donos das hortas a tratar das suas alfaces, dos pimentos, das cenouras e das "tomatas", que é o mesmo dizer tomates, bem como daquela infinidade de legumes típicos da horta raiana.
   Por agora ficamos por aqui. Voltarei ao assunto das hortas daqui a uns dias.
   



  







  
























    


27.7.10

O CÔA DOS DESENCANTOS DE ALGUNS

Foi assim que eu vi as águas do Rio Côa, aquele que passa ao lado do Castelo do Sabugal, o único com uma torre de cinco quinas.


   E se as imagens não são esclarecedoras, aqui vai um pequeno filme feito na manhã de 23 de Julho :
    A poluição é visível a quem olha para o leito do rio. Essas substâncias oleosas vêm de algum lado, disso ninguém pode duvidar. Há que investigar e acabar com este atentado ao meio ambiente. E já agora, para quando a requalificação das margens do Rio Côa? Tanta beleza natural desperdiçada e sem utilidade para as pessoas que bem podiam passar uns momentos agradáveis à beira rio, desfrutando de um passeio, de uma sombra ou simplesmente ver as pedras polidas no fundo do rio e ouvir o chilrear dos pássaros.

4.9.09

AS BOCAS DE INCÊNDIO SEMPRE OK


Por trás destes três contentores do lixo há uma "boca de incêndio". Será que está operacional e pronta a ser utilizada se tal for necessário? Lembro-me de que há um ano ou dois, após a festa da espuma, desistiram de ligar a mangueira porque as ligações não eram compatíveis. Ou seja, nesse caso era para limpar o lixo deixado no Rossio e a solução foi virarem-se para os tanques de água. E a Boca de Incêndio então não serve para nada? Será que actualmente esse ponto de água e os outros que estão espalhados pela aldeia estão prontos a ser utilizados se ocorrer uma situação de emergência? Aconselho a Junta de Freguesia de Malcata a vistoriarem todas as "bocas de incêndio" e providenciar o seu estado de conservação e manutenção afim de em momentos de aflição a população saber que dessas boca jorrará água em abundância. Prevenção, prevenção...

16.5.09

A ÁGUA E O POÇO

Esta foto é da minha autoria e retrata a Burra ( cegonha para alguns ) que está no Vale da Fonte. Já tem uns anitos e guardo-a como testemunho, pois hoje burras como esta eu já não conheço nenhuma. Ao clicar na foto a imagem aumenta e dá para observar o monumento mais em pormenor. Se o compararmos com a foto que apresento a seguir, compreenderão imediatamente da urgente necessidade de acautelar o seu futuro. Há quem não se interesse por estas "coisas", mas eu sim e gostava que estas coisas a que eu chamo monumentos não desaparecessem de vez.

Os poços sempre estiveram presentes no dia a dia das pessoas da aldeia de Malcata. A água foi sempre um recurso abundante no subsolo dos terrenos da nossa aldeia. E para que a água pudesse ser utilizada as pessoas abriam poços e minas. A água das minas era fácil ficar armazenada numa presa, pois, bastava que houvesse um rego limpo que o desnível do terreno fazia o resto. O mesmo não se passou com a água que brotava no fundo dos poços. As pessoas engendraram dois métodos para esvaziar os poços: a burra e a nora. Geralmente, os poços eram abertos na parte mais elevada do campo, o que facilitava a rega do campo.Claro que não foram os malcatenses os inventores das Burras ( há quem lhes chame Cegonhas ) e as Noras.
A Burra era um engenho de tirar água a pouca profundidade. Eram feitos de madeira e basicamente eram constituídos por dois troncos articulados. Um deles era fixo na vertical e em cima tinha a forma de um V. Nesta extremidade era colocado um ferro que fazia de eixo em torno do qual rodava o outro tronco que era furado a meio para poder ser trespassado
pelo eixo de ferro.




Assim era possível a movimentação do caldeiro que ficava suspenso por um gancho metálico na extremidade do braço móvel, para se poder baixar até ao fundo do poço e retirá-lo cheio de água. Na outra extremidade do tronco móvel eram amarradas algumas pedras para fazerem de contrapeso e assim tornar o caldeiro mais leve e mais fácil de manobrar.
Junto aos poços faziam uma pequena presa onde despejavam o caldeiro de água para depois seguir pelo rêgo e assim poder regar o terreno.
No Vale da Fonte havia muitas burras ao longo da barroca que levava a água vinda da Fonte Velha. As hortas que ali existiam eram regadas com as burras ou com a água da fonte. As que ficavam situadas do lado direito tinham que utilizar a burra, dado que ficavam a um nível mais alto que a água vinda da fonte. As hortas e campos situados à esquerda da barroca, aproveitavam o desnível dos terrenos e armazenavam a águas nas presas entretanto construídas.
Normalmente nas hortas regava-se ao rêgo. Eram cavados vários rêgos na parcela de terra a regar. Cavava-se um principal e vários secundários que eram abertos ou fechados com terra, conduzindo assim a água, com a ajuda de um sacho. Chamava-se a isto virar o rêgo.
Água, bom terreno, bem estrumado e amanhado com muito carinho, as alfaces, as “tomatas”, as cebolas e as “cenoiras”, os alhos e os pimentos eram um manjar divino a que nenhum tomate ou pimento espanhol ainda não conseguiu alcançar. Os legumes cresciam nas hortas e quando eram levados para casa, ninguém resistia a uma deliciosa salada a acompanhar o jantar ou a ceia. Ainda hoje a qualidade das alfaces é notória e para demonstrá-lo basta guardar no frigorífico um pé de alface comprado num qualquer super ou hiper e ao lado colocar um pé de alface da horta que o meu pai tem no Vale da Fonte. O resultado é que ao fim de uma semana o bonito exemplar comprado no melhor super dos frescos, apresenta-se com folhas negras, parecem podres e impróprias para consumir e acaba por ir para o caixote do lixo. O mesmo não acontece com o pé de alface cultivado na horta do meu pai. Está sã, faz-se uma saladinha e ainda aguenta mais uns dias para uma boa e apetitosa salada. Não acreditam? Perguntem às pessoas que ainda amanham as suas hortas no Vale da Fonte.

A Burra que resta



Hoje, os hábitos estão a mudar e a agricultura está a sofrer com essa mudança. No meu entender, estas hortas e este tipo de agricultura familiar devia continuar a ser apoiada e até penso que os senhores das cadeias de distribuição alimentar têm aqui a oportunidade de dispôr no seu supermercado uns legumes de excelente sabor e qualidade. Tenho pena que não olhem para estas hortas e esta maneira de cultivar com visão de quem prefere vender produtos realmente de qualidade. Ganhavam todos aqueles que interviessem na cadeia e com certeza as hortas em Malcata seriam uma boa fonte de rendimento.
Como vêem, uma pessoa começa a escrever sobre burras ou cegonhas para tirar a água do poço e acabo a sonhar com os malcatenses a ganhar dinheiro com as alfaces e os tomates da horta.
Como, por agora, sonhar não paga qualquer taxa ou imposto, às vezes escrevo com as letras do alfabeto alguns sonhos que tenho quando daqui do Porto me foco na aldeia de Malcata. São apenas sonhos. Quem sabe se alguém os torna um dia em realidade! Afinal, todas as coisas começam com um sonho…

Nota: Faço um apelo ao dono da "burra" aqui mostrada que a mantenha como foi concebida.Um bom pau não apodrece e o ferro acaba ferrujento e desvirtua o monumento.

9.1.09

O FRIO E OS CONTADORES DE ÁGUA


Frio e gelo são inimigos dos contadores de água.
A protecção civil da Guarda aconselha que as pessoas protejam os contadores de água.
Eu aconselho que podem utilizar pedaços de tecidos, algumas folhas de jornais, alguns bocados de esferovite, um pouco de lã de vidro umas horas antes de começar a gear... e talvez o contador continue a contar a água. É que o frio origina o congelamento da água no interior dos tubos durante a noite. De manhã, com o degelo, muitos não aguentam e acabam por rebentar. E dizem que no Sabugal já rebentaram 11 contadores, um ramal e duas bocas de incêndio...é pena que não rebentem de vez as taxas que indevidamente as Câmaras nos estão a cobrar em vez do aluguer dos contadores. E já agora se o contador rebenta por causa do frio e do degelo quem é que paga a sua substituição?

28.8.08

MALCATA: A FONTE ESQUECIDA

As fontes foram um marco importante na vida da aldeia de Malcata. Ainda hoje as fontes de Malcata são importantes para muitas pessoas que continuam a ir lá buscar água para consumir em casa, ignorando a torneira que têm em casa. Exemplo disso é a Fonte da Torrinha, que continua a jorrar água fresca e cristalina , própria para consumo e aquela que não se bebe é armazenada nos três tanques até ser utilizada na rega dos campos.


Mas hoje vou escrever sobre outra fonte: Fonte de São Domingos.


Fonte de São Domingos(Malcata)

É debaixo destas pedras que sai a água. Limpa, transparente, leve e refrescante. É mesmo uma fonte com boa água e todos devemos preservar este local. Há que mandar analizar a qualidade da água. A verdade é que sempre lá bebemos água e nada de anormal aconteceu até agora. Mas há cuidados a ter em conta e hoje os exames da água até são mais fáceis e económicos.







Fonte de São Domingos(Malcata)


Esta foto é feita a partir do caminho que passa ali ao lado. À volta da fonte há muito mato, alguns carvalhos e freixos e claro que a erva icupa agora as antigas hortas.


Fonte de São Domingos(Malcata)


A água jorra da fonte e segue pelo rego, até à primeira presa ficando ali retida até ser usada na rega dos campos.








Fonte de São Domingos(Malcata)

A fonte vista a dois metros de distância. É pouco visível por causa das ervas altas, mas é mesmo aqui que está a Fonte de São Domingos.





Fonte de São Domingos(Malcata)
Lá para o fundo, do lado direito , ficam os campos de cultivo(o Bradará).Poucos são os que ainda estão cultivados, mas ainda há alguns.


A Fonte de São Domingos fica perto da Capela de São Domingos, num sítio a que todos chamam Bradará. Muitos sabem onde fica esta fonte, principalmente as pessoas mais velhas, que a souberam preservar até agora. A água que brota desta fonte é cristalina, fresca e tem sido ao longo de muitas gerações um local respeitado por quem ali tem passado. Para além da qualidade da água, o nome de "Fonte de São Domingos", tem contribuido para que o local seja uma expansão da influência religiosa cristã ou não estivesse ali perto a Capela de São Domingos.
A água desta fonte ainda hoje é utilizada para regar as parcelas de terreno localizadas a juzante. Noutros tempos, aos seus pés, existiam umas pequenas hortas cheias de bons pimentos, vistosos tomates e grandes cebolas. Uma delas pertencia à minha mãe e lembro-me vagamente dessas hortinhas e de ter que acompanhar a minha mãe nos dias em que lhe pertencia regar a horta e o chão do Bradará carregado de milho e feijão. O tempo que a água demorava a encher a presa e a distância que a agua tinha que percorrer pelo rego até ao chão era mesmo muito. Havia que tapar muito bem a saída da presa e com o sacho na mão, seguir atentamente a corrente da água. Ao longo de todo o rego havia que verificar se os tornadouros para os terrenos dos outros vizinhos estavam bem fechados e sempre que aparecia um buraco de rato ou toupeira tinha que o tapar bem e dessa forma permitir que a água seguisse o seu caminho até ao destino. E claro, fazer esse trabalho levava algum tempo, mas era o método mais usado e conhecido pela minha mãe para conseguir levar a água a bom moinho.


Foi neste mês de Agosto que visitei a Fonte de São Domingos. Fiquei contente por ainda saber onde se situava e quando olhei para a sua água, a minha memória reviveu outros tempos e momentos de paz e prazer. É um local longe da aldeia. O silêncio mistura-se com a frescura dos freixos e carvalhos. Olhei para cima e vi a capela de São Domingos. Voltei-me para a direita e deu para observar os terrenos cheios de erva alta, misturada com juncos. Já não vi tomates, nem milho, muito menos a rama verde dos batatais. Restou-me meter as mãos na água que saía da fonte, mesmo por baixo das pedras da parede, tentar manter a concha inventada e beber aquilo que há séculos ali nasce.

Esta fonte devia ser preservada. Ao manter e cuidar desta fonte estamos a contribuir para manter a memória do colectivo da aldeia de Malcata que merece e deve ser mantida.

6.12.07

QUAL A MELHOR ÁGUA? A DO "FURO", A DA FONTE OU A DA BARRAGEM?


Albufeira da Barragem do Sabugal ( Junto ao ínício do túnel de transvase para a Barragem da Meimoa, em Malcata). Não será deste local que Malcata irá ser abastecida, mas esta água também faz parte da albufeira da barragem do Sabugal. Ao lado da torre é o início do túnel de transvase para a barragem da Meimoa.





Aqui, podemos ver a Estação de Tratamentos de Águas Residuais e Pluviais de Malcata. Lá ao fundo, naquela casinha branca, está o "furo" que abastece actualmente Malcata. A estação de tratamento veio mais tarde mas, digamos que os dois aqui tão perto é de começar a duvidar da qualidade da água que sai nas torneiras. A Etar está nos seus princípios e pouco "lodo" recebeu. Mas quando a água ali andar dias e dias a marinar será que uma hipotética fuga daqui até ao "furo", ali mesmo ao lado, trará consequências gravosas para as pessoas e animais? Há que defender a saúde dos consumidores e garantir água potável e com todas as qualidades dignas desse nome. E a Câmara do Sabugal pensou que a solução está aqui:



MALCATA VAI SER ABASTECIDA COM ÁGUA DA BARRAGEM DO SABUGAL










Subsistema do Sabugal


A água que neste momento abastece os habitantes de Malcata vai deixar de correr com tanta intensidade nas torneiras de casa. Para o próximo ano de 2008 está previsto pela empresa Águas do Zêzere e Côa e também pela Câmara Municipal do Sabugal, que o abastecimento de água a Malcata venha a ser feito a partir da água da barragem. Actualmente já há localidades que consomem água retirada da albufeira, como por exemplo,Santo Estevão e Sortelha, Casteleiro e a própria cidade do Sabugal.
A Câmara do Sabugal ficará responsável pela água que sairá dos depósitos até às casas, enquanto que as Águas do Zêzere e Côa se responsabilizarão pela captação, elevação e tatamento.

O Subsistema do Sabugal serve o município de Sabugal, Almeida, Belmonte, Figueira de Castelo Rodrigo e algumas freguesias dos municípios da Guarda e de Penamacor.
POPULAÇÃO SERVIDA:População residente – 53.703 habitantes
População flutuante – 24.290 habitantes
ÁGUA ABASTECIDA (2005): Caudal médio diário – 10.366 m3
diaCaudal médio anual – 3.783.414 m3/dia
INFRA-ESTRUTURAS:1 Captação de Água1 Estação de Tratamento de Água (ETA)
12 Estações Elevatórias
12 Reservatórios
382 km de Adutoras
INVESTIMENTO: Investimento total – 27 milhões de euros
Investimento realizado – 26,11 milhões de euros
Projecto co-financiado em 63% pelo Fundo de Coesão da União Europeia.






















































26.9.07

ONDE FORAM PLANTAR AS ÁRVORES?PROCUREM NA SERRA DA MALCATA, QUEM SABE...


A Sociedade de Águas da Serra da Estrela está a promover,há meia dúzia de anos, uma campanha de "Plante uma árvore ". O Grupo Sumol, detentor da marca "Água Serra da Estrela", diz que desde o início da campanha já foram " angariadas mais de 600 mil novas árvores que foram disponibilizadas para plantação ao Parque Natural da Serra da Estrela e ao Instituto da Conservação da Natureza", segundo as palavras do director de marketing da empresa, João Nuno Pinto, referiu ao Jornal de Notícias. A empresa, que recusa comentar a intervenção do ICNB(Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade), diz que as 600.000 árvores já foram pagas aos viveiros, estando apenas por liquidar parte da campanha do ano passado, cujas árvores ainda vão ser plantadas.
Armando Carvalho, director do Departamento de Gestão e Áreas Classificadas Litoral Centro do ICNB apenas diz que "o ICNB vai proceder a um registo exaustivo dos locais, das espécies e do número de árvores plantadas".
A verdade, é que ninguém sabe onde estão essas árvores e a Associação Amigos da Serra da Estrela afirma que "não ser visível no terreno a reflorestação. O programa teve início em 2002 e cinco anos depois não são visíveis no terreno as plantações, que, pelos números divulgados pelas Águas Serra da Estrela, rondariam no mínimo, 300 hectares".
Onde páram as árvores que eu comprei, pois, muitos litros de água Serra da Estrela eu ingeri até hoje. Se a empresa promotora afirma que pagou as facturas, não interessa a quem, mas que desembolsou o dinheiro e agora ninguém consegue ver árvores de nenhuma espécie.
É por estas e por outras campanhas parecidas que muitas boas intenções não passam apenas de boas intenções...e o povo diz que"de boas intenções, está o inferno cheio". É que água, felizmente, em portugal há muita e os consumidores merecem transparência e clareza quando lhes pedem para beber "Serra da Estrela" e não água da fonte de Malcata, por exemplo.

6.7.07

TÚNEL DE LIGAÇÃO DAS BARRAGENS DE SABUGAL E MEIMOA VAI ALIMENTAR MINI-HÍDRICA











"Finalmente vai avançar" disse Domingos Torrão na Assembleia Municipal de Penamacor.



Li no Jornal Reconquista(http://www.reconquista.pt/) esta notícia,
na secção Raia (5/7/2007)





O Secretário de Estado do Desenvolvimento Rural e das Florestas andou pela Cova da Beira e com certeza que deve ter falado sobre o assunto. Tanto a Câmara de Penamacor como os agricultores da Cova da Beira reinvindicam há muito tempo a construção da mini-hídrica aproveitando a água transportada através do túnel da barragem do Sabugal(cuja entrada da água é feita em Malcata) para a barragem da Meimoa.















Albufeira da Barragem do Sabugal(Malcata)
É daqui que a água vai para a barragem da Meimoa. A construção do túnel já está terminada há uns meses. Na fotografia de cima podemos ver a construção do final desse túnel, que corresponde a uma queda de 200 metros, que vai ser aproveitada para produzir energia eléctrica através de uma central com uma potência de 10 Megawatts.





Segundo dizem os técnicos, a construção do túnel com 4.127 metros de comprimento,
com 3,00 metros de diâmetro , foi construido tendo em conta a preservação do ambiente e da
biodiversidade das espécies presentes nas duas albufeiras.
Para isso foi instalado na tomada de água do túnel, um sistema de protecção e repulsão das espécies, de forma a minimizar a "fuga de peixinhos" das águas de Malcata para a s da Meimoa. E como a saída do túnel se localiza na RNSM(Reserva Natural da Serra da Malcata), os inertes das obras de escavação foram depositados a montante e utilizados como camada de revestimento de caminhos agrícolas e rurais do Meimão e Malcata. Tenho a referir que um dos topógrafos que trabalharam no registo dos "pontos" topográficos do túnel se chama Gaspar e é natural de Timor. Um dia tive o prazer de lhe fazer companhia num passeio pelas Cavadas( nome que as pessoas de Malcata dão à zona final do túnel) tendo ouvido do técnico algumas curiosidades acerca desse trabalho que tanto prazer lhe deu realizar.








Barragem da Meimoa












22.6.07

NASCENTE DO RIO...Vouga




Todos os rios "nascem".
Todos os rios iniciam a sua viagem e nenhum sabe como vai chegar ao mar.
Conhecia a Nascente do Rio Côa. Agora também conheço a nascente do Rio Vouga.
Ambos os rios mostram que não importa o modo de nascer, nem o sítio onde tudo começa. O que nós sabemos é que o seus leitos vão crescendo, crescendo até serem Rio com letra grande. O Rio Vouga nasce na Serra da Lapa, a 864 metros de altitude.