05/01/2025

MALCATA: VAMOS CANTAR AS JANEIRAS?

 

                                             Venha dar as Janeiras,
                                                                  uma morcela ou uma chouriça!

   Em Malcata, mesmo com ventania e chuva que é próprio dos Invernos, há muitas casas vazias, como em muitas outras aldeias raianas. Durante décadas, a emigração, a saída de gente para as cidades portuguesas, transformou por completo a vida que se fazia.  As pessoas que ficaram continuaram a fazer o mesmo que os seus antepassados lhes ensinaram. Aos poucos e poucos, à medida que a idade avançava, iam-se deixando as culturas, as hortas, o gado e até os marranos já se podem contar pelos dedos das mãos! Vacas amarelas ou às manchas brancas e pretas, nem uma cabeça, não precisam destes animais e pronto, é mais fácil comprar o leite de pacote, os frangos e os coelhos fazem a mesma coisa, o que levou ao abandono dos lameiros, do cultivo de nabos, milho…e das consequências destas “desnecessidades” nota-se uma tranquilidade demasiado silenciosa, até dá sono e deixou-se de ouvir os chocalhos, as campainhas de outros tempos. Agora, os netos/as nem sequer têm como andar com um cabrito nos braços, ou pedir aos avós que lhe mostrem a vaca, o burro, só na televisão ou ter a sorte de ter uns avós com carta de condução e carro para os levar à quinta do Ramalhas ou do Albano.
  
   E, como se esta descaracterização da nossa terra não fosse preocupante, mais uma vou acrescentar e que era uma tradição geradora de bons momentos de alegria, de confraternização e partilha. Estou a referir-me à tradição de “cantar as janeiras” por toda a aldeia. Noutros tempos, era a associação a entidade que anualmente, fazia questão de que, no seu programa de actividades, estivesse incluído o evento “Cantar as Janeiras” na aldeia. No presente, a Associação Cultural e Desportiva de Malcata, deixou de organizar o evento e não há iniciativa para retomar esta tradição natalícia. O mês de Janeiro tem sido pródigo em muitas coisas, mas nada que se compare ao cantar das janeiras.
   Que razões e justificações tem a ACDM para ter desistido das Janeiras?
   Gostava que este ano se retomasse esta tradição. Para não haver mal-entendidos, as pessoas deviam questionar a ACDM e esta responder se pretende retomar o cantar das janeiras ou se abdica definitivamente de as organizar. E esta dúvida deve ser clarificada o mais depressa possível. Enquanto isso não acontecer, ou seja, se a ACDM se mantiver em silêncio, é mau sinal e o meu apelo de nada valeu, ou não conhecesse eu os malcatenhos!
   PS: Recordar é reviver, consulte aqui o Cantar das Janeiras em Malcata:


    https://acdmalcata.blogspot.com/2012/01/janeiras-8-de-janeiro-de-2012.html

    Um resto de Boas Festas!
   
José Nunes Martins

   

03/01/2025

CARLOS, O PADRE DO POVO

                                       

                                   HOMENAGEM A UM HOMEM VISIONÁRIO    


Nome: Carlos Alberto Marques Pereira

   Nasceu no dia 30 de Julho de 1931, na freguesia de Malcata, baptizado na igreja paroquial de Vale de Espinho. Filho de João Lopes Pereira, professor, e Emília Gomes Freire Marques. Os avós paternos chamavam-se José Pereira Ramos, natural do Ozendo e Isabel Lopes; os avós maternos foram Bernardino José Luís Marques, natural do Baraçal e Isabel do Socorro Gomes Freire, natural de Quadrazais. Os seus bisavós, paternos chamavam-se José Pereira Ramos e Marta Afonso Segura; Diogo Lopes e Maria Bernarda Dias; os maternos foram José Luís e Maria Janela, Augusto António Vieira e Isabel Gomes Freire.
  
    O seu pai, professor primário, estava destacado em Malcata quando ele nasceu e ali frequentou a escola primária.  No fim da Escola Primária, foi continuar os estudos para o Seminário do Fundão. Ordenado sacerdote, assumiu a paróquia de Vale de Espinho e Fóios e ainda ensinava na Escola Regional do Outeiro de S. Miguel.
   As doenças nunca o largaram. Um AVC enviou-o para o Lar de S. João de Deus, na cidade da Guarda. Faleceu na Guarda em 4 de Janeiro de 2014 e sepultado no dia 6, no cemitério de Vale de Espinho.
   O padre Carlos, foi um homem com visão e sonhou com um grupo de leigos que eram capazes de construir um lar para os mais idosos de Vale de Espinho.. Hoje, o Lar de São José, é a maior entidade empregadora da freguesia de Vale de Espinho, graças ao incentivo do padre Carlos.
Em Malcata sempre ouvi dizer bem deste Homem.

Fonte: 
 https://capeiaarraiana.pt/2024/06/02/recordando-o-padre-carlos-alberto-pereira/



01/01/2025

MALCATA: BALANÇO DE 2024

   


 Todos desejamos ter saúde, paz, prosperidade, trabalho. Por uns minutos esquecemos as preocupações e as asneirolas feitas durante o ano velho e só pensamos no novo.
   Saímos das nossas casas para olhar e admirar o fogo de artifício e por uns momentos nada dói, não há preocupações e há que aproveitar o momento de luz, som e champanhe nas primeiras horas do novo ano. E agora que já estamos em 2025, é chegado o momento de recordar o ano que passou fazendo um balanço e fazer uma lista de coisas a fazer nos próximos meses. Por estes dias é este o meu propósito e quando estiver pronto, aqui será publicado.

   Um detalhe: ajudem-me a escrever o balanço enviando uma lista de assuntos, acontecimentos que ocorreram em 2024, contribuindo assim para um trabalho mais abrangente. Têm até este sábado para enviar via mail: josnumar@gmail.com.
   Resta-me agora desejar um Próspero Ano Novo e um 2025 melhor ou, no mínimo, igual que o ano de 2024.