29.8.17

ONDE SE ESCONDEM OS CANDIDATOS?

                                                     Prometeu uma casa e cumpriu
  

   Na freguesia de Malcata não tem havido, no meu entender, e claro está, com o devido respeito, uma intervenção das pessoas e deveria ter havido. Desde 1976 até 2017 os presidentes foram sempre escolhidos pelas suas cores partidárias e de lado ficaram as competências e os projectos de candidatos bastante interventivos na vida da comunidade malcatenha. Malcata tem sido sempre freguesia do CDS ou do PPD/PSD, nunca o PS alcançou a cadeira do poder. E dos outros partidos, apesar de pelo menos numa das eleições, se ter candidatado uma pessoa muito determinada e reconhecida por todo o povo, só porque se apresentou nas listas da CDU, apanhou um balde de água fria lançado pelas mesmas gentes que antes o elogiavam e ainda hoje lhe dizem que é o melhor dos melhores, daria um bom presidente, mas noutra lista que não onde ele se candidatou. Isto já se passou há muitos anos atrás e eu ai
nda não o esqueci. Será que a cor política é o mais importante atributo para se ser presidente de Junta de Freguesia?
   A pouco mais de um mês das eleições ainda não se sente o aparecimento dos candidatos. Estas eleições são as mais difíceis e quem melhor campanha fizer de porta a porta, contactar directamente com as pessoas, e escute a voz do povo, lhes dê confiança e boas expectativas, lhes apresentem bons projectos e aqueles que tragam benefícios para toda a comunidade, mais perto estará da vitória.
  
A população de Malcata merece conhecer, e bem, não só o candidato a presidente de junta de freguesia, mas também a sua equipa. Pelas informações que tenho, este ano os candidatos partem mais ou menos do mesmo ponto da linha de partida da corrida pela cadeira do poder. Ambos os candidatos são malcatenhos e participam regularmente em actividades que se realizam na nossa aldeia, ambos conhecem a realidade da freguesia e querem o melhor para todos.
   Então que candidato escolher?
   Ora para que todos possam fazer a sua escolha é preciso conhecer os projectos e actividades concretas, quem são os elementos da equipa, o que os motiva a candidatarem-se ao lugar de presidente.
   É chegado o tempo de se apresentarem e cada um dizer ao que vem, para onde quer ir e como lá vai chegar.
   Eu sou malcatenho, não voto na freguesia de Malcata, voto na freguesia onde moro, mas não ficarei calado a promiscuidades, a ânsias da continuação do poder, a oportunistas e oportunismos.
   Há um tempo para tudo. E para algumas pessoas esse tempo esgotou-se, não volta atrás por muito que se deseje. Ser presidente de junta de freguesia exige muita responsabilidade política e as políticas devem servir para aproximar os cidadãos, estar ao serviço do bem comum e nunca como um meio para alcançar objectivos pessoais ou familiares, favorecer amigos, etc.
  

   Uma certeza já tenho para estas eleições: este ano Malcata vai ter a sorte de poder escolher uma mulher ou um homem para presidente. E deixo aqui o meu aplauso aos dois cidadãos que se apresentam a estas eleições.
                                                                                     
                                                                         
        José Martins

22.8.17

ESCOLHER UM CAMINHO

              

   Vamos lá analisar a nossa freguesia deixando de lado o coração e a cor política de cada um. O vinte e cinco de Abril já lá vai e desde 1976 a nossa freguesia nunca deixou de eleger a sua Assembleia de Freguesia. Em todas as eleições que houve sempre concorreram duas listas e nestas últimas eleições autárquicas, realizadas em 2013, concorreu também um cidadão com uma lista independente de qualquer partido político.
   Olhando para o passado é notória uma clara falta de estratégia global a longo e a médio prazo para Malcata. Ou seja, foi-se governando com a preocupação de resolver os problemas do presente, do imediato. Esta falta de estratégia é um problema que se arrasta há muitos anos e dos mandatos das pessoas que têm estado à frente do leme da nossa aldeia, os sucessivos executivos que têm passado pela Junta de Freguesia. Mudando pontualmente algumas caras e com a particularidade de mudarem de camisola, tudo ficava como dantes. E o povo, pouco interessado na dança das cadeiras do poder, continuou apático e inoperante, porque tudo se tem feito sem que se note muita diferença na vida diária das pessoas.
   A obrigação da Junta de Freguesia, eleita democraticamente, é traçar um rumo e planificar o caminho e percorrê-lo na companhia do povo, dialogando, cooperando, unindo e influenciando as pessoas, as instituições e em conjunto adquirirem 
a força e a coragem de ultrapassar as dificuldades que vão aparecendo ao longo do caminho.
 É assim que passo a passo Malcata chegará onde quer chegar. Para lá chegar, primeiro há que saber o destino, depois planear as maneiras de lá chegar e com quem queremos ir.
   Malcata é uma terra de oportunidade e uma aldeia cheia de potencialidades naturais e onde ainda vivem e trabalham pessoas de valor, com um capital humano invejável, que aguardam a vinda de um D. Sebastião que lhes ensine o caminho certo para sair do marasmo em que têm vivido.
   Estejam atentos e não adormeçam.
   Vale a pena pensar no presente e no futuro!

                                                                                       José Martins


19.8.17

FAZER BEM DESDE O INÍCIO

    Parque infantil em Malcata
             

                                            
   Em Julho visitei Malcata e fui até á Zona de Lazer da Rebiacé. Foi para este espaço que a Câmara Municipal do Sabugal atribuiu dez mil euros e uns trocos para a aquisição e construção de um bar e um parque infantil. Recentemente fiquei um pouco confuso porque a câmara rebaptizou o mesmo espaço como Zona Balnear de Malcata.
   Guerra de nomes à parte, vou falar-vos sobre o parque infantil situado junto à piscina fluvial e parque de lazer. Trata-se de um equipamento recente, construído pela Junta de Freguesia, com o apoio da Câmara Municipal e do qual toda a gente gosta e muitas crianças já experimentaram e de lá vêm felizes.
   Tudo naquele parque infantil se apresenta em bom estado de utilização e até agora, que tenha informação, não ocorreram acidentes.
    Como é do vosso conhecimento agora em Malcata existem dois parques infantis. Pela sua localização e por quem os decidiu executar, são ambos da responsabilidade da junta de freguesia.
   Pois é assim, não basta construir ou mandar fazer. Quando se trata da construção destes equipamentos de jogos e recreio, maioritariamente utilizado pelas crianças, há regulamentos que não devem ser ignorados e que têm que ser implementados.
   Penso que em ambos os parques infantis da nossa freguesia há falta de informação, ou seja, a ausência dessa informação embora não ponha em causa a utilidade e uso dos parques e já o mesmo não se pode dizer da preciosa ajuda e eficiência em casos de situações imprevistas ou acidentes inesperados só porque uma criança ali está a divertir.se. Mesmo quando se ouve pelo povo que as crianças são irrequietas, os acidentes acontecem na mesma com avisos ou sem nada, a lei é muito clara quanto aos bom funcionamento dos espaços de jogos e recreio, nomeadamente quanto à colocação de avisos ( ou informação ) em local bem visível e de leitura fácil, indicando a entidade responsável pelos espaços em causa, a identificação da entidade que fiscaliza ( no caso dos parques de jogos e recreio públicos das autarquias, é a ASAE), informação sobre a localização do telefone mais próximo, a localização e o número de telefone da urgência hospitalar mais próxima e ainda o número nacional de socorro.
   Sabemos todos que não foi por falta de espaço que não está afixada essa preciosa informação, que contribui para uma ajuda mais rápida e dá alguma tranquilidade aos pais ou familiares das crianças.
   Aproveito também para deixar um alerta para que a autarquia verifique se os parques infantis estão ou não abrangidos por algum seguro de responsabilidade civil e se está em vigor, bem como a existência do livro de inspecção e manutenção devidamente preenchido onde contenha também as datas e os trabalhos feitos e/ou a realizar.
   Tudo isto porque pode estar em causa a saúde e a segurança das crianças que utilizem aqueles parques infantis, seria bom para todos a afixação da informação que a lei determina. Lembro que, no caso destes espaços públicos, fiscalizados pela ASAE, o não cumprimento da lei constitui contra-ordenação punível com coima.
                                                                                        José Martins

                             

17.8.17

MALCATA UMA TERRA DE SONHOS?


  Toda a gente deseja que uma aldeia tenha vida, pessoas com trabalho, bem-sucedidas e com muita esperança no futuro. Está nas mãos de cada um de nós contribuir para um desenvolvimento sustentável da nossa terra. O sucesso da nossa aldeia é o de todos. O mérito também é de cada malcatenho, da nossa paróquia, das nossas associações e também daqueles cidadãos que ao longo dos anos têm exercido funções na Junta de Freguesia.
   Na aldeia de Malcata não conheço nenhuma pessoa que faça milagres e o mesmo digo em relação a todas as instituições. Contudo, era bom que não nos esqueçamos ou apaguemos da nossa memória aquilo que era a aldeia de Malcata há 40, 50 anos atrás. E essa é mesmo a pergunta importante que devemos fazer:
   Sabemos o que queremos?
   Queremos uma aldeia que faz jus à sua tradição autêntica de uma aldeia ligada à serra e à floresta, aos rebanhos e ao cabrito, ao queijo e ao mel?
   Queremos uma aldeia que aproveita e valoriza uma albufeira e um parque eólico que proporcionam uma atração invulgar a quem nos visita?
   As infraestruturas existem, mas há muito trabalho por fazer para que a albufeira, a floresta e o parque eólico sejam efectivamente bem aproveitadas e sejam fontes de rendimento. Para além do paredão, que permitirá a manutenção do nível da água junto ao Parque de Lazer junto à aldeia, a construção de alguns ancoradouros para pequenas embarcações, a construção de um parque de campismo, a melhoria da ASA de Malcata (Área Serviço Autocaravanas junto ao campo de futebol), são elementos de valorização e de aproveitamento da albufeira, uma beleza natural que ninguém fica indiferente, fazendo de Malcata uma aldeia também voltada para o turismo de natureza, com tranquilidade, com sítios onde dormir e comer um delicioso cabrito assado, um naco de saboroso pão cosido no forno comunitário e uma não menos deliciosa fatia de queijo entregue pela queijaria da rua do Meio.
   Ou então queremos uma aldeia cada vez mais velha, com os seus idosos acomodados confortavelmente num lar e a guardar para si próprios todo o seu saber viver, deixando que todas as suas memórias, ricas de experiências, de conhecimento da vida da aldeia desapareça assim como estamos a deixar cair as casas mais antigas, aumentando o número de casas vazias e o silêncio nas ruas porque não há crianças a correr acima e abaixo, nem precisamos de baloiços no parque infantil, uma terra vencida, sem ambição e sem futuro?
   Eu não tenho dúvidas sobre a aldeia que sonho e desejo. E este desejo não começou com aminha participação numa associação, mas aumentou em muito essas minhas esperanças porque também acreditam que é possível dar a volta a nossa terra. E mesmo longe, ao longo destes anos, tem sido pelos malcatenhos que continuo a falar e a escrever sobre o passado, o presente e o futuro de Malcata.
   É urgente e importante trabalhar em conjunto, em rede, como dizemos agora. O longe torna-se mais cerca porque hoje temos ferramentas que nos permitem uma maior aproximação.
   Para mim e para muitos malcatenhos, quando a liberdade de pensamento e acção ligada a um associativismo activo, sério, visionário em união com o poder local e os cidadãos, será aquele tão desejado milagre de Abril.
   Este verdadeiro milagre só será realidade quando cada um de nós entender e agirmos de forma diferente do passado. O dia de amanhã será bem diferente quando hoje fizer algo diferente daquilo que ontem fiz. Porque se hoje faço o mesmo que ontem fiz, o dia de amanhã será igual ao dia de hoje. Temos que mudar o paradigma e pensar, acreditar, trabalhar para o futuro diferente.

                                                    José Martins

16.8.17

O CASTANHEIRO QUE MATOU ESTAVA VERDE E DAVA CASTANHAS

O CENTENÁRIO CASTANHEIRO DE MALCATA TIROU-ME O SONO!
   
Assim começa a história:
  

  “Tinha acabado a missa do aniversário do lar da aldeia. Por isso as pessoas vieram até ao jardim enquanto lá dentro se preparavam as mesas para o lanche ajantarado. Como estava muito calor, as pessoas esperavam sentadas no banco e à sombra do castanheiro, pois lá corria uma ligeira brisa de ar e estava muito mais fresco.

   De repente a árvore caiu sobre as pessoas, sobre o jardim e ainda partiu algumas telhas e vidros. Morreu uma pessoa idosa e para o hospital foi transportada num automóvel uma criança ferida”.
  Subitamente toca o despertador na mesinha de cabeceira. Abro o olho direito e olhei para o tecto do quarto e vi escrito a vermelho as sete horas da manhã. Sobressaltado e um pouco confuso, sacudi a cabeça e voltei a olhar para as horas do despertador. Tinha mesmo que sair da cama e sem demoras ir trabalhar.
- Que raio de noite a minha! Não é que acordei sarapantado, sonhei que tinha caído o castanheiro do lar? Fogo, tira-me daqui e atira-me ao mar…aquele carvalho que caiu ontem provocou-me um pesadelo!
- Vai rápido lavar a cara e fazer o resto, são horas de ires.
- Ok, está bem, já vou!
  Foi assim que hoje começou o meu dia. Não sei como vai terminar.
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   Foi apenas um sonho, imaginação minha para deixar aqui um alerta para que o castanheiro que parece "verde e saudável", se não for devidamente tratado e acarinhado, pode deixar as marcas que não merece e nem as pessoas sequer imaginam um fim desta notável árvore de interesse municipal, a que lhe atribuíram o nº17 e que está lá num dos ramos. 
   Desde 2008 que eu e o Dr.Pedro Nuno Teixeira dos Santos, um acérrimo defensor das árvores em Portugal, tentamos que o castanheiro seja considerado património imaterial de interesse municipal e também nacional. Não tem sido fácil, mas se quiserem saber mais sobre o assunto, deixo aqui os links. Perante a indiferença de algumas pessoas o assunto da classificação do castanheiro ficou aguardar novos desenvolvimentos. A árvore lá continua, verde e tem dado sombra e castanhas na devida época, não fugiu daquele lugar porque as suas raízes ainda o mantêm agarrado aquele bocado de terra e sabe que é muito querido nos tempos de muito calor pelos mestres seniores que o trataram nestes anos todos. E claro, nunca vai esquecer o seu dono, o Ti Manel Cidades.
   Deixo aqui novamente um alerta para que o castanheiro continue a ser uma das marcas da nossa aldeia, um símbolo do respeito que os malcatenhos têm pelas árvores e pelo património.
Uma batalha perdida, espero a chegada de reforços para ganhar a guerra!

5 de Agosto de 2008 e por aí fora:
https://aldeiademalcata.blogspot.pt/2008/08/monumento-vivo-de-malcata.html
                                                                                                               José Martins





                                                                    Nº17

13.8.17

ZONA BALNEAR DE MALCATA AINDA NÃO ESTÁ CLASSIFICADA




   




             

             
                       

Apesar de a Câmara Municipal considerar a piscina e a praia de Malcata uma das Zonas     Balneares do concelho do Sabugal em 2017,  ainda não obedece aos requisitos que a lei impõe para assim ser classificada. A falta de análises periódicas à qualidade da água são uma das causas!   


      
   O rio Côa é o afluente mais importante da margem esquerda do rio Douro (em Portugal). Nasce na serra das Mesas, freguesia dos Fóios e corre até encontrar-se com o rio Douro. Quem nunca visitou a nascente do Côa nos Fóios ainda acredita que é aí a origem da água armazenada na albufeira da Barragem do Sabugal. Dos Fóis até a Malcata outras nascentes vão aumentando o caudal do rio. A água é considerada por todos como sendo limpa, sem poluição industrial e de boa qualidade.
   Segundo a página oficial do município sabugalense, existem sete Zonas Balneares em funcionamento este ano: Alfaiates, Badamalos, Malcata, Quadrazais, Rapoula do Côa, Sabugal e Vale das Éguas.
      Malcata, aproveitando o facto de a água da barragem em bordejar a aldeia (enquanto o nível de água é aceitável) e de um terreno espraiado por uma pequena mancha florestal de carvalhos e pinheiros, também vai construindo o seu próprio espaço de lazer. Um espaço de lazer com utilização muito limitada no ano, porquanto o nível de água desce acentuadamente por via dos transvases, do abastecimento de aeronaves de combate a incêndios, e pela seca. A situação seria muito diferente se o desejado PAREDÃO existisse!
      Com o calor e tempo de férias as zonas balneares são locais bastante procurados e frequentados, tanto pelas crianças e jovens, como adultos e mais idosos.
   Malcata, aproveitando a proximidade da água da barragem e de um terreno espraiado por uma pequena mancha florestal de carvalhos e pinheiros, também vai construindo o seu próprio espaço de lazer. Aqui o visitante encontra uma piscina flutuante, insufláveis, canoas, uma área com areia e chapéus para fazer sombras, um parque infantil, área de merendas com mesas e assadores, um bar com uma esplanada voltada para uma paisagem magnífica e tranquilizadora e ainda instalações sanitárias e de chuveiros.
   As obras vêm sendo feitas pela Junta de Freguesia, tendo a piscina sido o primeiro equipamento a ser instalado. Seguiu-se a preparação do terreno e o seu ajardinamento, a montagem das instalações sanitárias, a aquisição e colocação de um parque infantil e de um bar que a Câmara Municipal pagou no valor de 10.445.02 euros.
   Eu mesmo já visitei o Parque de Lazer-Praia Fluvial, ou Zona de Lazer da Rebiacé ou ainda Zona Balnear de Malcata. Afinal, qual o
nome da coisa?
   Que é um espaço apetecível para repousar, ler ou conviver na companhia de pessoas amigas e uns petiscos, lá isso é e para as crianças, poder molhar os pés, andar no escorrega ou no baloiço, enquanto ali andarem, não há nada mais que os retire dali.
   Um destes dias tomava um café na esplanada do bar, à minha frente dois meninos de sorrisos até às orelhas, balançavam e era ver a cara babada dos pais a assistir. Na água, outros garotos e adultos não paravam de mergulhar nas águas da barragem.
   A água é mesmo limpa e fiável para tomar banho? Pensei eu.
   A Zona Balnear de Malcata (digam lá que não é um nome pomposo!) cumpre ou não os requisitos legais para que as entidades oficiais a possam identificar como zona de banhos?
   Uns dias depois, verifico que realmente a Zona Balnear de Malcata, apesar de ser uma das identificadas pela Câmara Municipal do Sabugal, não cumpre a lei em 2017, ou seja, é desconhecida a qualidade da água desta zona. Claro que as pessoas estão-se borrifando para a realização ou a falta de análises laboratoriais às águas da piscina e arredores. E se acontecer uma ocorrência menos agradável? Ora bem, a época balnear no nosso concelho está a decorrer até ao dia 31 de Agosto; a água da "menina dos olhos"  não está analisada e nem classificada como tendo condições para tal função; se a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia consideram esta zona de lazer como Zona Balnear Classificada, têm que trabalhar nesse sentido e a sua legalização é um dos passos a seguir, daí a importância das análises às águas. Até por uma questão de segurança e saúde pública há requisitos que não podem e não devem ser esquecidos. Há necessidade de um histórico de análises periódicas e com resultados positivos, para que se alcance a classificação pretendida. Esses passos e esses objectivos alcançados contribuem para a garantia de um serviço com qualidade, bem-estar para todos os utilizadores e uma quase certeza de não haver problemas com a Junta de Freguesia, porque mostra que sabe fazer bem as coisas.
   Lembro, para terminar, a intervenção da vereadora Felismina Rito, que na reunião da Câmara Municipal, realizada no recente dia 7 de Julho, deixou a sua preocupação bem expressa quando deixou esta pergunta:
   "Considero que quem tem equipamentos disponíveis, sobretudo para crianças, como é o caso de Malcata, também deveria ter alguma avaliação. Porque não é feita?".
   O senhor presidente da Câmara respondeu que iria pedir esclarecimentos aos serviços!
   Deixo aqui a mesma pergunta ao senhor presidente da Junta de Freguesia de Malcata: Porque não está classificada a Zona Balnear de Malcata?
 
                                                                                                 
José Martins

 Imagens da Zona Balnear de Malcata:






12.8.17

QUE PORREIRA ESTÁ A FESTA!

 Fotografias de Manuel Castilho
   A aldeia está em festa, tocam os sinos na torre da igreja, preparam-se os santos e os andores, a cada momento chegam flores e mais flores. Todos trabalham para que amanhã à hora combinada esteja tudo bem composto e alinhado.
   Esta semana a aldeia transforma-se num festival de Verão. As pessoas andam para cá e para lá, é normal encontrar grupos de pessoas a conversar no meio das ruas que apesar do aumento da circulação de veículos motorizados de duas e quatro rodas, ninguém vive com a preocupação de procurar outros espaços, mesmo até as crianças brincam ali à volta dos pais numa despreocupação tal que nas ruas das cidades não seria imaginável.
   Com tanta azáfama e movimento nas ruas, cafés e as filas de espera no único comércio, agora chama-lhe "Armindo - Mini-Mercado", não afastam os clientes que pacientemente aguardam a sua vez.
   Festa é festa e as pessoas em Malcata ainda  reservam o segundo domingo do mês de Agosto para passar pela aldeia. Durante a semana anterior à festa e até ao domingo da festa propriamente dito, abundam actividades recreativas, desportivas, bailes e discotecas ao luar. Uns jogam as cartas no Rossio, outros entram num campo de plástico e transformam-se em matraquilhos humanos durante o tempo de jogo. À volta correm e saltam as crianças de cara pintada e a alegria é tanta que entre os gritos dos golos e das crianças, as badaladas do relógio da torre nem se ouvem. Os mórdomas e mórdomas ainda não tiveram tempo para se sentarem um pouco que fosse e descansar. A clientela está sempre a aparecer, há pratos de tremoços para colocar em cima do balcão, garrafas de minis para abrir, copos de sumo para servir, gelo para refrescar as bebidas, frangos, febras, salsichas e entremeadas para virar e não deixar queimar nas brasas do carvão. E nem as meninas da barraca das rifas têm descanso, é um desenrolar de papeis e verificar os prémios que não deixa descansar quem tem de enrolar novas rifas.
   Olhem que quem assim trabalha durante uma semana, aquela semana de férias, digo-vos que depois destes dias seguidos de muito trabalho e pouco sono, rebentam o mais forte dos malcatenhos!
   Estou em crer que durante estes dois dias, o sábado e o domingo da festa, o assunto e tema de conversas são os de sempre, ou seja, como está o tempo, como vai estar nestes dias, o baile ontem esteve bem composto, o grupo soube animar a gente e diversão é o que se quer, vamos ver como vai ser amanhã, agora não há foguetes e já não se apanham as canas, como eu gostava de ir às canas!!!!
    Viva a festa, viva a vida dos malcatenhos alegres e contentes com o padroeiro Barnabé!
                                                                                                            José Martins