7.8.12

REABERTURA DA IGREJA MATRIZ DE MALCATA

No dia 5 de Agosto, domingo, a aldeia de Malcata reuniu-se para celebrar a "reabertura" da Igreja Matriz da paróquia. Foram tempos complicados para as pessoas participarem nas celebrações religiosas durante todos estes meses em que a igreja se encontrou em obras. A igreja ficou agora muito mais segura, mais confortável e mais airosa. Muitas pessoas contribuíram com o seu generoso trabalho e todos estão de parabéns pelo sonho agora concretizado. Mas, hoje venho aqui lembrar estas pessoas simples e que não gostam de novas tecnologias mas nem por isso mostram que o seu trabalho, em especial, a sua disponibilidade têm muitíssimo valor e é graças à sua generosidade e dedicação que o templo religioso ficou ainda mais acolhedor. Com estas fotografias venho prestar-lhes uma singela homenagem e reconhecer que valeu a pena o trabalho delas.



























29.7.12

MALCATA: CAMINHAR EM NOITE DE LUAR

Foto de acdmblogspot.com

   Sábado, a de Agosto a Associação Cultural de Desportiva de Malcata, desafia-nos para participar numa aventura diferente: uma caminhada nocturna em Malcata. O que a ACDM nos propõe é uma caminhada "aberta a todos os interessados mas com uma atenção especial à participação dos nossos emigrantes. Vamos ao encontro da lua, percorrendo os diversos caminhos, saboreando as belíssimas paisagens que iremos visualizar, com "olhos de lince", sob um requintado manto de luar. A serra, a barragem, as povoações próximas e longínquas, os sons, os silêncios, os rumores, os odores; as lendas, as estórias e os contos - são um apelo à participação e ao convívio. Com sorte, até podemos encontrar "nharros", linces e até algum lobisomem" . Foi com estas palavras que o presidente da ACDM, Rui Chamusco, explicou ao Jornal Cinco Quinas a ideia e os objectivos desta iniciativa.
   O início da caminhada vai ter lugar na sede da ACDM, na Rua da Escola Primária, pelas 21:00. Embora não haja informação, é importante levar uma lanterna, calçado confortável e água.
   Voltar a ter o prazer de ver o pôr do sol, caminhar com a lua cheia a iluminar o caminho pode ajudar a passar por uma experiência nunca vivida.

24.7.12

MALCATA CORRE ATRÁS DO LINCE

   Malcata está a despertar para o atletismo. A ACDM ( Associação Cultural e Desportiva de Malcata ) apresentou, a seu tempo, a candidatura à organização da última prova da 9ªTaça de Portugal de Corrida em Montanha e este sábado passado foi a realização desse sonho.  Com a presença de mais de uma centena de atletas, representantes de várias Associações Desportivas nacionais, tudo correu bem, tendo disso dado conta o próprio Presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, senhor Fernando Mota, que felicitou a organização e se mostrou satisfeito pelo êxito da jornada e dos objectivos que pretendem alcançar a longo prazo.
   E a ACDM, a nossa associação fez-se representar com muitos atletas, tendo havido alguns vencedores e outros mostraram que têm vontade e capacidade para ir mais longe.
   Parabéns aos atletas da ACDM:
   Joana Marques (1ªna prova Benjamins A ),
   Diniz Nabais ( 1º Benjamins em 400 metros M ),
   Inês Varandas ( 1ª Benjamins em790 metros F),
   Eva Corceiro ( 2ª Benjamins em 790 metros F),
   Leonor Nabais ( 4ª Benjamins em 790 metros F ),
   Jessica Silva ( 5ª Benjamins em 790 metros F),
   Bruno Fernandes ( 2º Benjamins em 790 metros M ),
   Jacinta Almeida ( 6º Infantis, em 1580 metros F ),
   Carlos Oliveira ( 5º Infantis, em 1580 metros, M ),
   Tiago Nabais ( 7º Infantis, em 1580 metros, M ),
   Telmo Caetano ( 4º Iniciados, em 2580 metros, M ),
   Carolina Fidalgo ( 2ª Juvenis, em 3400 metros, F ),
   Sérgio Afonso ( 5º Juvenis, em 3400 metros M ),
   Na prova dos Veteranos, em 12.220 metros M, participaram extra competição:
   Rogério Cruz, Fernando Barros, José Garcia, Luís Duarte e Pedro Carvalho.
 
   PARTICIPANTES  E  PARTICIPAÇÕES
 
   Associação de Atletismo de Aveiro: 33 atletas;
   Associação de Atletismo do Porto: 28 atletas;
   Associação de Atletismo de Castelo Branco: 14 atletas;
   Associação de Atletismo da Guarda: 41 atletas ( 18 da ACDM );
 
  Como se pode observar, a Associação Cultural e Desportiva de Malcata, filiada na Associação de Atletismo da Guarda, tem já uma presença assinalável no atletismo. A secção de atletismo da ACDM, através do seu responsável técnico, o nosso conterrâneo José Manuel Domingues, tem levado a cabo um fantástico trabalho e que começa a ser possível ver os seus frutos.
   A Localvisão fez a reportagem e aqui está o vídeo:

20.7.12

A CORRER PELA SERRA DA MALCATA





   A final da Taça de Portugal de corrida em Montanha concretiza-se no dia 21 de Julho, em Malcata (Sabugal- Guarda) amanhã.A competição organizada pela Federação Portuguesa de Atletismo, Associação de Atletismo da Guarda e pela anfitriã a Associação  Cultural e Desportiva de Malcata.
   A final terá lugar às 18h e 30m  e inclui atletas federados seniores, veteranos e juniores, com provas para o sexo  feminino e masculino, contando com 19 equipas inscritas.
   





VELHOS SÃO OS TRAPOS


A 3ª idade: Uma força a ter contaVelhos são os trapos!...
A velhice é uma força! A 3ª idade é uma força a ter em conta. Chegar aos 65 anos menos ou mais e ser beneficiado por uma reforma de direitos adquiridos em dinheiro ou em condições, é algo muito bom e com certeza bem merecido.

A velhice é um posto! É verdade… Quantos não desejaram ou desejam chegar quanto antes à idade da reforma. Para gozarem os rendimentos, para terem mais tempo, para cuidar dos netos, para viajarem e conhecer o mundo… tantos e tantos desejos que o tempo da reforma poderá proporcionar. Os mais novos lamentam que, por este andar, quando eles chegarem a velhos, já não haverá condições para usufruírem destes benefícios. Oxalá Deus não os oiça!...A velhice é um dom! É uma etapa da vida característica, em que o sabor das recordações, a vivência de cada momento e a perspectiva do futuro se acentuam e se entrelaçam. Quem não gosta se ser velho (idoso), de contar os dias e os anos, de celebrar aniversários de 100, 105 ou mais anos? E embora as mazelas e os achaques nos atormentem, as peças da máquina já gastas ou com ferrugem precisem de ser cuidadas ou reparadas a miúdo, nada nos tira esta vontade de viver. Ninguém diga que não gosta da vida, pelo menos enquanto for possível vivê-la com alguma dignidade. Um grande amigo meu, que sabia de antemão a notícia da sua morte vitimado pela doença dos pezinhos (paramiloidose), escrevia um artigo corajoso numa revista de que era director: “Sei que vou morrer, mas tenho uma enorme vontade de viver… E quando esta vida chegar ao fim, já estamos preparados para começar uma outra. Nada se perde, tudo se transforma”.A velhice é uma força! A 3ª idade é uma força a ter em conta. Chegar aos 65 anos menos ou mais e ser beneficiado por uma reforma de direitos adquiridos em dinheiro ou em condições, é algo muito bom e com certeza bem merecido. Mas quem é que, havendo saúde, pode chegar a esta idade e ficar parado? Quanta força mental e até física não tem a maior parte dos reformados? Parados. Nunca! Há muito que fazer, há muitas coisas onde os mais velhos podem ser muito úteis. E como Sebastião da Gama escrevia numa célebre frase que circulava em postais de mensagem, a quem nos perguntar “Tens muito que fazer?” Todos podemos responder: “Tenho muito que amar!” Cada um entenda este “amar” como quiser.É reconfortante e animador constatar, a nível local, regional e nacional, os testemunhos influentes de tantos e tantos idosos que, recusando a inércia e o desalento, se entranham em actividades, associações, autarquias, organismos de interesse social. Quantos projectos e realizações, quantos grupos organizados, quantas universidades seniores!...A disponibilidade de tempo, o saber acumulado ao longo de uma vida, a vontade de partilhar e de ajudar são valores que a terceira idade tem ao dispor, em serviço da nossa sociedade. Haja quem seja sensível a esta realidade. Não para nos aproveitarmos dos idosos, mas para os integrar, apreciar, respeitar e tratar com o carinho que eles tanto merecem.Nota: Também o autor já chegou aos 65 anos, sabendo portanto daquilo que escreve.    
Por: Rui Chamusco, publicado no Cinco Quinas ( On Line )leia aqui no Cinco Quinas:http://www.cincoquinas.com/index.php?progoption=news&do=shownew&topic=3&newid=6172

14.7.12

NÃO HÁ CABRAS BOMBEIRO NA MALCATA

   

   O projecto "Self-Prevention" está com dificuldades para se implantar no concelho do Sabugal. As dificuldades financeiras e,  a falta de terrenos em área suficiente, estão a atrasar a introdução das cabras nos montes da região. No passado dia 13 de Julho, no jornal Público o responsável pela comunicação na Câmara Municipal do Sabugal, o senhor Vítor Proença, dizia que " não existe a área mínima necessária. É necessário no mínimo uma área de 200 hectares ( de terrenos públicos ) para este tipo de projecto e o município não tem esta área disponível".
   Leia aqui:http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1554816
   Mas esta exigência de área mínima não foi tida em conta em Espanha. Na província de Salamanca, em Robleda, o projecto avançou no ano passado e em terrenos de 53 hectares introduziram 200 cabras. Para além dos animais outras infraestruturas foram construídas e até o negócio está a funcionar.
   Em 31 de Dezembro de 2011, José Luís Pascual, director geral da AECTD disse numa reunião de esclarecimento que decorreu na cidade do Sabugal ser "o objectivo para o1º semestre deste ano é colocar em andamento duas explorações: uma em Espanha  e outra em Portugal".
   Que aconteceu daí para cá? A exploração espanhola está já a funcionar e a de Portugal dizem estar com falta de financiamento e de terrenos. Vejam o que os espanhóis já avançaram:



BARRAGEM QUASE VAZIA

Li a notícia e fiquei íncredulo:

Malcata: O estado da Barragem



     Albufeira da Barragem do Sabugal na periferia de Malcata
( Foto de Vitor Fernandes)

Assistimos, incrédulos, à transferência da água para a barragem da Meimoa, satisfazendo aqueles que, de mão beijada, recebem todos os benefícios que a barragem proporciona, sem se lembrarem dos prejuízos causados a Malcata e freguesias limítrofes.




A população Malcatenha assiste incrédula e revoltada ao esvaziamento diário e constante da barragem, sem nada poder fazer, o que aumenta o seu descontentamento.

O País atravessa um período de seca, que há muitos anos não se verificava, levando a barragem, mesmo no inverno, a nunca atingir o pleno armazenamento.

Contudo, continuamos a assistir, incrédulos, à transferência continuada da água para a barragem da Meimoa, para satisfazer aqueles que, de mão beijada, recebem todos os benefícios que a barragem proporciona, sem se lembrarem dos prejuízos causados a Malcata e freguesias limítrofes.

Será que depois de tudo o que nos foi retirado com a barragem, o Côa, a paisagem, os terrenos, a piscina natural do lameiro da mansa, as tardes de lazer passadas no Côa, ainda merecemos que nos retirem o espelho de água, que com toda a justiça nos é devido?

Para quando a construção do paredão, localizado junto à ponte, que nos foi prometido?

Apelo aqui às entidades competentes para que os transvases parem de imediato, porque o futuro é desconhecido e a água que agora nos “desviam” pode vir a fazer-nos falta.



Por: Vítor Fernandes

Leia aqui e veja mais fotografias:
http://www.cincoquinas.com/index.php?progoption=news&do=shownew&topic=3&newid=6166




3.6.12

A VISITA DA SAGRADA FAMÍLIA PELOS LARES DE MALCATA

 Dª.Armanda mostra a Sagrada Família

   


Quem não se lembra da visita da “Sagrada Família” de casa em casa?
Vem de muito longe a tradição em Malcata, em que as imagens de São José, de Nossa Senhora e do Menino Jesus, devidamente resguardados num pequeno oratório, percorre as casas da aldeia numa verdadeira manifestação de fé.
 “No princípio havia só uma imagem. Como muitas pessoas queriam ter a “Sagrada Família”, decidiram comprar outra. Agora uma só imagem dá várias voltas à aldeia porque há menos pessoas que pedem para receber a imagem” revelou a Dª. Armanda, enquanto abria as portinhas do oratório. E continuou dizendo que “habitualmente a permanência da Sagrada Família em cada casa era de 24 horas, mas agora é de 2 dias”, e, no seu percurso, as pessoas vão colocando esmolas num pequeno compartimento. Após ter circulado em todas as habitações, uma zeladora encarrega-se de recolher as ofertas que, por sua vez, as entrega à paróquia para obras de caridade.
   Com a população a diminuir, com muitas casas fechadas por motivos de ausência dos seus proprietários e ainda por muitas das pessoas não mostrarem interesse em receber a Sagrada Família, a mesma acaba por estar dias seguidos na mesma casa.
   Aos poucos vai-se perdendo uma tradição, ainda na recordação de muitos, em que a Sagrada Família não era entregue à vizinha seguinte sem ter rezado o terço em família.



Dª.Armanda entrega o oratório à vizinha


2.6.12

MALCATA: OBRAS NA IGREJA MATRIZ

Interior da Igreja Matriz de Malcata está irreconhecível
   
      Os emigrantes quando chegarem no Verão à aldeia, já vão encontrar a igreja matriz de cara lavada. Para já, o interior da igreja está transformado num emaranhado de ferros e madeiras e todos os altares encontram-se tapados com plásticos negros para ficarem resguardados das poeiras que invadem o espaço.
   A população da aldeia não está incomodada pelo facto das cerimónias religiosas estarem a ser realizadas na Capela Mortuária, mesmo ali ao lado da igreja. O povo aplaude as obras de requalificação da igreja, pois, eram necessárias, a começar pelo telhado que precisava de ser mudado. A obra do telhado é mesmo completa, foi retirado o forro velho de madeira azul, retiraram todas as telhas e todas as madeiras. Na última semana de Maio as placas de subtelha já tinham sido colocadas e as novas telhas já aguardavam que os operários as colocassem no seu devido lugar.

Novo telhado quase pronto

Interior da igreja sem forro

   No dia que fui visitar as obras, fui surpreendido pelo achado que os operários tinham feito quando picavam o cimento da parede do campanário. À medida que iam avançando e as pedras ficavam nuas e limpas, foram surgindo umas pedras em granito que dada a sua forma e colocação indicavam que se poderia tratar de uma antiga porta. As obras pararam e alertaram os elementos da Comissão Fabriqueira e o pároco, Pe. Cesar Cruz acerca desta descoberta e dessa forma saber os passos que deviam ser tomados. Quanto à porta agora encontrada, talvez as pessoas mais idosas se lembrem da sua existência. Sabe-se agora que essa porta dava para um "buraco" que só termina na actual placa onde têm que estar para tocar os sinos. Ou seja, tudo leva a crer que antigamente existiam duas cordas para tocar os sinos, pois há quem diga que as escadas para o campanário foram construídas depois da igreja. Que a porta está lá e o tal túnel existe agora todos sabemos que assim é. Deixemos passar mais tempo e com certeza que o mistério da porta será melhor esclarecido.
Túnel agora descoberto

   As obras vão prosseguindo e todos anseiam pelo seu fim. Não sei quando é que estarão terminadas. Desconheço o custo total das obras, mas será um valor muito elevado, até porque neste tipo de obras há sempre intervenções com que ninguém conta e que podem influenciar os custos.
   A comunidade de Malcata tem contribuído sempre quando há obras na igreja ou nas outras instituições da aldeia e nunca uma obra ficou por acabar e muito menos por pagar.
   E tenho a certeza que não faltarão ideias aos malcatanhos para simpaticamente e alegremente organizarem actividades que contribuam para a angariação de dinheiro para esta grande obra. Também vou pensar e exporei as minhas ideias a quem de direito.
Porque, como afirma o D.José Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda
                                      "A igreja não é instituição,
                                      não é uma associação,
                                      não é um movimento,
                                      É UMA COMUNIDADE DE PESSOAS"

15.5.12

MALCATA: UMA REGIÃO COM VALOR NATURAL




Com o Decreto-lei nº 294/81, de 16 de Outubro criou-se a Reserva Parcial da Serra da Malcata( . E com o Decreto-lei nº 384-B/98, de 23 de Setembro criou a ZPE ( Zona de Protecção Especial) para Aves Selvagens da “Serra da Malcata”, integrando a Rede Natura 2000.
   Em 1999, foi reclassificada e de Área Protegida passou a Reserva Natural da Serra da Malcata, através do Dec. Regulamentar nº 28/99, de 30 de Novembro, tendo sido também redefinidos os seus limites.
   A Serra da Malcata era nos anos 70/80 considerada um dos últimos refúgios naturais em Portugal de fauna e flora e também um dos habitats do Lince Ibérico, espécie em perigo de extinção. E na sequência da campanha nacional da LPN a que chamaram “Salvemos o Lince Ibérico e a Serra da Malcata” a Reserva Natural da Serra da Malcata passou a ser conhecida pelos portugueses e estrangeiros graças ao enorme trabalho de divulgação pela comunicação social. Malcata ( a serra ) deixou de ser ocupada pelas empresas de celulose e conseguiu alcançar alguma credibilidade e notoriedade. Contudo, passados mais de 20 anos, pouco se fez para preservar os valores então defendidos. A floresta tem crescido naturalmente, as casas florestais, que foram remodeladas, estão há anos abandonadas e sem utilidade nenhuma, cada vez há menos seres vivos e o Lince Ibérico desapareceu do seu espaço natural. Surgiram e em grande número as torres eólicas que ficaratem para m impunemente instaladas a escassos metros dos terrenos da reserva natural. Pela serra e pela Reserva Natural vão andando alguns vigilantes e os sapadores florestais de Malcata. Há ausência de equipas locais que abracem projectos com alma e coração, que os façam avançar. Os decretos governamentais nada valem se depois nada se fizer. O município do Sabugal como responsável por parte da Reserva Natural da Malcata, devia estar disposto a gastar dinheiro. É tempo de se perceber a importância que uma área protegida como é a Serra da Malcata, tem para o desenvolvimento local. Para a cidade do Sabugal, por exemplo, é ou não muito importante poder dizer aos seus visitantes e turistas e até aos seus habitantes, que têm ao lado uma Reserva Natural?
    Até que ponto a natureza pode ser importante para o desenvolvimento local?
    O que é que o Sabugal, como concelho, lucra com a Reserva Natural da Serra da Malcata?
    E a aldeia de Malcata tem ou não sido beneficiada?
    Continuamos a não entender que a paisagem é fundamental para o desenvolvimento económico do concelho do Sabugal, da aldeia de Malcata e para o turismo da região. Aqui no Sabugal, não temos água salgado do Atlântico, mas temos capeias únicas, castelos, muralhas, construções medievais, vestígios judaicos, floresta, rio Côa, muitas aves e repteis, para além de pessoas íntegras, humildes e trabalhadoras.
    Esta semana a senhora ministra do Ambiente defendeu a reintrodução do Lince Ibérico em Portugal e dizia que isso podia atrair pessoas para as zonas desertificadas, tendo sublinhado que as regiões para onde está prevista a introdução do lince serão valorizadas economicamente.
  
 “ Se daqui a uns anos, tivermos na nossa terra o lince ibérico com uma convivência sustentável com as actividades que aqui há, vamos ter zonas muito interessantes para  serem visitadas por portugueses e estrangeiros” palavras da ministra.

    Está a implementar-se o Plano de Acção para a Conservação do Lince-Ibérico em Portugal. A Reserva Natural da Serra da Malcata tem que fazer parte activa deste plano, pois, caso contrário não se justifica a sua existência. 

11.5.12

FESTA DA CARQUEJA EM MALCATA

PROGRAMA 2012

   O tempo não pára e a data da festa aproxima-se. Nos dias 19 e 20 de Maio a aldeia de Malcata volta à Serra e por causa da carqueja as pessoas vão divertir-se à brava e rezar a Deus durante a missa campal. Este ano a ACDM ( Associação Cultural e Desportiva de Malcata ) preparou um programa diferente do que apresentou na festa do ano passado. Este ano, a Mostra de Sabores de Malcata vai trazer outro sabor à Festa da Carqueja de Malcata.
   Esta festa da carqueja está viva e o sucesso destes últimos anos deve-se à capacidade de inovar e da procura de novas ideias que a ACDM se tem empenhado. Este é um desafio e uma oportunidade de chegar mais longe, de chamar mais pessoas a participar nesta festa.
  

8.5.12

ÁGUA QUE ALIMENTA UM POVO

Todos na aldeia conhecem a Fonte da Torrinha e a água fresca, leve e saborosa que há mais de um século jorra dia e noite nas suas duas bicas. Todos concordam que na aldeia não existe água como aquela. Ainda agora,apesar de haver água canalizada nas casas, muitas pessoas continuam a ir todos os dias a esta fonte encher de água os cântaros de plástico e assim poderem beber e dar de beber desta preciosa água.

   Há uns anos não muito distantes, as cantareiras das casas estavam sempre com os cântaros de barro cheios de água desta fonte. Por comodidade e por serem mais leves, ao lado da cantareira, era costume existir uma ou duas cantarinhas, também de barro, para beber água quando havia sede ou então sempre que alguém amigo ou familiar entrava na casa.

   Ainda me lembro as filas que se faziam ao fim das tardes dos meses de calor. Vinham da Moita, domCimo da Estrada ou do Cabeço com os cântaros vazios à cabeça e enquanto aguardavam a vez para encher, conversava-se e muitos namoros ali tiveram início.
   A água da Fonte da Torrinha era escolhida por todos, ficando a água da Fonte Velha a servir apenas para regar as hortas e os outros campos. Isso explica-se porque a água da Fonte Velha provinha de uma mina mais superficial, era uma água menos saborosa e não gozava do selo de confiança que a água da Fonte da Torrinha sempre soube exibir. Ainda hoje, a água desta fonte é própria para consumo e é sujeita periodicamente a análises laboratoriais.
   A história da Fonte da Torrinha está para sempre ligada à aldeia e à vida dos seus habitantes. Bem que gostava de conhecer histórias de namoricos, cântaros partidos, raspanetes do pai ou da irmã porque o cântaro com água fresca demorava a pousar cheio na cantareira...soltem as memórias e escrevam para nós sabermos mais sobre a importância desta fonte. Vamos lá, sem medos.
 

5.5.12

MALCATA NO MÊS DE MAIO

Malcata, terra de encanto e hospitalidade. Com simpatia e singeleza o malcatanho recebe todos os que por lá passam. E não podia ser de outra forma, pois a natureza é um exemplo de beleza e simpatia. Maio é um autêntico raio de luz e as flores da carqueja atraem gente sedenta de ar leve e natural que invade os montes da serra por onde o lince andou, na companhia de coelhos, lobos, raposas, águias e um infindável mundo animal e vegetal.