Quem afirma que pagar festas é “investimento” devia
esclarecer o povo e sem rodeios,
apresentar os valores “investidos” nas festas. Todos os valores e não parte
deles!
Aquela justificação que se ouve é que
“não havia mordomos para a fazer” …”o São João desaparecia” …ou outras
desculpas parecidas, levam-me a pensar que essas são as razões e a realidade da
maioria das festas das freguesias do concelho do Sabugal…
se salva as festas da cidade, também deve salvar todas as outras festas?
Os políticos quando são eleitos é para
fazerem obra. Seja no Governo do país, na Câmara Municipal ou na Junta de
Freguesia. Portanto, quando fazem obra com o dinheiro dos impostos ou de outras
proveniências públicas, estão a usar o dinheiro dos cidadãos, logo, não devem
ficar à espera de palmas e agradecimentos dos que até lhes pagam para fazer as
obras.
Terminaram as Festas da Cidade do
Sabugal-São João 2025. Será que daqui a uns dias
a “comissão organizadora” municipal nos vai apresentar as contas?
Quando a Câmara Municipal é
responsável pelas festas da cidade, ela também tem a obrigação de apresentar as
contas referentes a esses eventos. A câmara municipal do Sabugal, como
órgão público, deve prestar contas das suas atividades financeiras, incluindo
as despesas e receitas relacionadas com a organização de festas municipais,
conforme diz na lei de finanças locais e nos princípios da gestão pública
transparente.
Como todos sabemos, quando a Câmara
Municipal assumiu a organização das Festas da Cidade e também de outros
eventos, essas decisões implicam o uso de dinheiro público e como tal, devem
ser aplicados os princípios de boa gestão económica e a prestação de contas.
Agora que a cidade voltou à
normalidade, já que os orçamentos para as festas raramente são tornados
públicos, resta esperar pelo relatório detalhado e que explique ao zé povinho
os cinco dias de festa, ou seja, o deve e o haver, como sempre fazia a comissão
das festas São João da Vila e cidade Sabugal. Portanto, a apresentação de
contas e se for até sexta-feira, era bom.
Isso é estar a pedir demais!
ALGUMAS CURIOSIDADES DAS FESTAS SÃO JOÃO 2025:
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sexta-feira, 27 de junho de 2025
FESTAS DA CÂMARA MUNICIPAL DO SABUGAL não há igual!
terça-feira, 24 de junho de 2025
AVISO IMPORTANTE AOS RESIDENTES NO CONCELHO DO SABUGAL
AVISO + AVISO + AVISO + AVISO + AVISO + AVISO + AVISO + AVISO + AVISO +AVISO
APAL-SIM – Águas Públicas em Altitude
(Empresa que agora é responsável pelas Redes de Abastecimento de Água ao
Concelho do Sabugal)
Foram detetadas tentativas de fraude
por parte de indivíduos que se fazem passar por colaboradores dos APAL-SIM –
Água Públicas em Altitude serviços para
agendar falsas colheitas de água em residências.
APAL-SIM – Água Públicas em Altitude, INFORMAM QUE:
" não agendam visitas sem aviso prévio
pelos canais oficiais (telefone oficial, email institucional ou carta);
- Nenhum colaborador está autorizado a entrar nas residências sem identificação
visível e motivo justificado;
Avisam-se as pessoas para :
Ter cuidado com qualquer contacto suspeito e em caso de dúvida, não forneça
qualquer informação e contacte de imediato 271 232 740 ou email
geral@apal-sim.pt.
QUEM AVISA...AMIGO É !
Saber mais aqui:
sexta-feira, 20 de junho de 2025
RUAS, BECOS E TRAVESSAS DESCONHECIDAS
O que é uma
placa toponímica?
É uma placa que indica o nome de lugares públicos, como ruas, becos, travessas,
parques, praças, entre outros. É, portanto, uma peça importante para orientação
destes lugares para quem passa a pé ou de outro meio de transporte.
(Foto de exemplo)
Na nossa freguesia já é comum vermos
este tipo de sinais e recentemente a Junta de Freguesia procedeu à substituição
das velhas placas por outras novas. Durante muitos anos em Malcata este tipo de
sinalização tem sido negligenciada e ignorada pelas várias Juntas de Freguesia.
E se alguém pensa que está um trabalho bem pensado e executado,
não está a ser verdadeiro. Isto de trocar uma placa por outra, com a mesma
informação, todos nós estamos de acordo. Podemos não gostar do formato da
placa, da sua matéria e cor, do seu tamanho ou até da sua afixação. Isto até se
pode considerar de menos importante e como cada cabeça sua sentença…aceita-se
opiniões variadas. Agora, o que está mal pensado e executado é mudar a placa e
mudar o texto, o nome que a placa velha sinalizava, ou pior, afixar novas
placas com topónimos novos, desconhecidos e/ou sem que anteriormente se tenham
acautelado, respeitado, discutido e aprovado esses novos nomes. E aqui está-se
perante a violação das leis relativas às autarquias locais. Em todos os
concelhos de Portugal, pelo menos a lei a isso obriga, existe um Regulamento
Municipal da Toponímia. E o concelho do Sabugal tem esse dito regulamento
aprovado e
pode ser consultado aqui: https://www.cm-sabugal.pt/wp-content/uploads/regulamento-municipal-reg_urbanizacao_e_edificacao_concelho_sabugal.pdf
.
Aconselho a todos os malcatenhos uma
leitura deste documento. Depois, talvez compreendam melhor o que está a
acontecer na nossa freguesia.
A afixação e manutenção das placas com
o nome das ruas e afins, é responsabilidade da Junta de Freguesia. Mas isso não
lhes dá poder e direito de acrescentar ou mudar o mapa toponímico da freguesia.
Nos dias que estive na aldeia não vi qualquer informação pública sobre este
assunto, nem existe qualquer informação nas páginas da internet sob
responsabilidade do executivo da nossa freguesia. Todos sabem que as mudanças
de nomes das ruas podem trazer problemas sérios às pessoas, que, coitadas, não
podem ser depois responsabilizadas pelo que de mal possa acontecer.
Estas pequenas coisas merecem ser
feitas com critérios e respeitando as pessoas, as leis e a história dos
lugares. O cidadão comum pode até não conhecer as regras, mas a uma autarquia
exige-se que conheça e execute em conformidade.
Este assunto é importante, por isso
voltarei a ele.
Exemplos de topónimos novos e desconhecidos os procedimentos para se terem afixado estes e não outros! Há explicações por fazer!
quinta-feira, 19 de junho de 2025
SÃO JOÃO NA CIDADE DO SABUGAL
Obrigado a todos, todos todos.
(Foto da internet)
À medida que a cidade é transformada pelo homem que dá as ordens para executar as obras, sentimos que esquecem as tradições e o passado. E as Festas Populares, que também fazem parte da vida da cidade, não se reduzem à notoriedade dos grupos de bandas musicais ao tamanho do recinto onde tudo se desenrola. Ou seja, as Festas da Cidade do Sabugal estão cada vez mais animadas, mais promovidas fora do concelho e até já chegou aos espanhóis do outro lado da fronteira. Tudo está bonito e eu próprio vi o trabalho dos homens que, numa tarde escaldante de domingo, espalhavam passadas de areia sobre a terra e cobriam com “relvite” verde. É preciso muito amor à “camisola” e dedicação aos Santos Populares para alguém trabalhar naquelas condições. Esta foi a imagem que eu guardo das festas e do tão anunciado investimento do município que só acontece porque quem comanda os destinos do território sabugalense se esforça, pensa e planeia para outros executarem conforme manda quem pode.
Se ao “investimento” deste ano, juntarmos os outros
“investimentos” como o do Largo da Fonte, o que fizeram na Rua Cinco de
Outubro, da Praia das Devesas, a Via pedonal (!!) lá para cima, o que podemos
dizer é isto: vestimos a cidade e mandamos as pessoas festejar fora das suas
muralhas. A festa passou para as mãos de quem se acha dono de todo o reino,
quem tem vida na urbe antiga que apanhe o comboio da modernização…
Umas Festas da Cidade tão compactadas e de costas voltadas para o
passado, por mais dias que lhe acrescentem e nomes sonantes paguem para nela
participar, por mais palavras bonitas de transformação da temática das festas
populares, nem sequer aos calcanhares dos Açores e da Madeira nós chegamos. Até
as cidades de Lisboa, Porto, Braga…perceberam que as Festas da Cidade são para
ser feitas por toda a cidade! E chamar investimentos no concelho, é afirmar e
querer convencer o eleitor que aprenderam a investir na promoção do território
organizando as Festas da Cidade, que são 4 a 5 dias pagos a preço de ouro, sem
controlo e sem contabilizar o retorno. Isso já não é importante, o povo vai de
barriga cheia e alegre, nem se importa de onde veio e para onde vai. Nos
arquipélagos gasta-se dinheiro na promoção do território, da sua história,
gastronomia, paisagem, festas, investem criando nos visitantes a necessidade de
ir conhecer e ficar uns dias a dormir, a passear, a comer, a apanhar flores ou
sol ou saborear um cozido especial…sim é retorno financeiro que fica graças
também às festas
espalhadas por todo o território.
A Festa da Cidade do Sabugal – São João 2025 já começou. Os
sabugalenses que vivem no concelho são os primeiros a desejar festejar. Também
são eles que diariamente sentem as necessidades de que precisam e são eles que
mandam nas suas próprias vidas e terras. Vivemos em democracia e estamos
conversados. Isto não vai para lá do desabafo de quem também se sente
sabugalense mesmo não residindo junto de vós.
Viva o Sabugal e todos os que vão por bem.
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Abertura das Festas da Cidade Sabugal 2025 (Foto da internet) |
segunda-feira, 9 de junho de 2025
MALCATA: CONHECER A HISTÓRIA
1- “Vai bastante adiantada a construção do nicho de Nossa
Senhora dos Caminhos”
A iniciativa veio das professoras D.
Maria do Carmo Corrais, D. Isabel Borges Alexandrino. Um mês depois, a 7 de Julho
do mesmo ano, foi solenemente inaugurado.
Generosidade do sr. Joaquim Vieira,
construtor e que desde 1964 vive na aldeia, oferecendo a direcção e a mão de
obra do nicho e anexos.
in Amigo do Sabugal, ano 7,
nº23 de 09-06-1968
O primeiro nicho
construído na nossa freguesia era uma obra simples e ao mesmo tempo, rara de
encontrar igual. E a sua primeira localização, à saída da aldeia e junto à
estrada antiga, a uns 20 metros da ponte velha foi inaugurado em 1968.
De acordo com o jornal “Amigo do
Sabugal”, de Junho de 1968, que pode ser consultado na Biblioteca do Sabugal, a
sua construção foi uma iniciativa das no âmbito professoras primárias, que com
o apoio e o espírito da Mocidade Portuguesa propagandeava uma campanha nacional
para construir nichos dedicados à Nossa Senhora dos Caminhos. Ainda, de acordo
com o “Amigo do Sabugal”, a inauguração solene aconteceu a 7 de Julho de 1968.
E a história vai continuar…estejam atentos! Houve muita colaboração do povo e algumas histórias após a inauguração...
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Nicho dedicado a Nª Senhora dos Caminhos na antiga estrada da aldeia de Malcata. |
A ALDEIA JÁ FOI ASSIM
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Escola Primária da aldeia encerrada! |
Nasci numa aldeia e lá passei toda a minha infância. Andei
pelas ruas a brincar e a respirar os aromas campestres. Na casa dos meus pais
aprendi o que era trabalhar a terra, a importância dos animais, como o burro e
as vacas, as cabras, coelhos, galinhas e porcos. Foi na Escola Primária que
havia na aldeia que aprendi a ler e a escrever. Depois do exame da 4ª Classe,
para continuar a poder estudar, tive de sair e fui parar bem longe. Nas férias,
voltava à aldeia porque ali viviam os meus pais, a minha família e os meus
amigos de infância. Que bem me fazia aquele regresso!
A aldeia era pequena e tinha sempre
saudades e vontade de estar uns dias naquele paraíso, com pessoas a ir e a vir,
uns carregavam coisas e outros carregavam os carros de vacas e os burros com
tudo e mais alguma coisa, até acharem que estava com a carga completa. A aldeia
tinha vida de dia e de noite. Começava a fervilhar ao nascer do sol e sossegava
ao fim da noite. Moravam muitas pessoas e pareciam felizes, mesmo com pouco,
não havia muita coisa, portanto, não fazia falta nenhuma, logo chegariam dias
melhores e vida mais desafogada era bem-vinda.
Hoje, ainda há gente à espera que algo
de diferente aconteça!
NOUTROS TEMPOS...
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A ponte era uma passagem |
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Igreja de São Barnabé |
sexta-feira, 30 de maio de 2025
BEM VINDOS A MALCATA
Rio Côa |
Ainda não passou
muito tempo em que muitos dos nossos avós e pais eram analfabetos. Mesmo depois
de haver escola em Malcata, havia muitas crianças que não frequentavam a escola
e viveram a sua vida até ao último dia, sem saber ler e escrever.
Isto justifica ainda hoje o estado cultural
e económico do nosso povo. A subordinação dos mais fracos pelos mais fortes,
poderosos e que sabiam ler e escrever, que ao longo do tempo construíram barreiras
invisíveis, mas permanentes.
Alguns destes erros foram corrigidos
outros não tiveram remédio e também permaneceram durante muitos anos.
A aldeia de Malcata tinha uma única estrada
para entrar e para sair. O rio Côa era mais uma barreira e não unia os de cá
com os de lá. As pontes não existiam, só os pontões e poldras. Nenhuma destas
ligações permitia a circulação de automóveis ou mesmo carros puxados por uma
junta de vacas. Quando os lavradores se afoitavam a atravessar o rio para a
outra margem, faziam-no nos sítios de menor caudal de água e
com maior segurança nas épocas de maior calor.
E o povo de Malcata aguentou o
isolamento, uma única estrada e uma única ponte que unia as duas margens da ribeira
que passava pelas terras do Bradará, em direcção ao Rio Côa. Foi assim que a
nossa aldeia saiu do beco em que estava, porque as saídas que havia para
Quadrazais e Meimão, eram caminhos de passagem para as terras de cultivo e só
iam até certo ponto, seguindo depois pelos carreiros que os animais de carga
serpenteavam até chegar às duas povoações vizinhas de Malcata.
A abertura da estrada florestal,
conhecida também pelo nome de Caminho Rural, que liga Malcata ao Meimão e a
Quadrazais, acabou com o beco sem saída. Duas novas saídas que resolveriam as
dificuldades (na opinião geral), o isolamento, a vinda de pessoas de outras
terras, mais negócios e mais entreajuda, não passou de uma miragem.
Os tempos estão a mudar e agora quem não
for de Malcata e desejar casar com uma moça malcatenha, está livre de pagar o
dote de outros tempos. Não há fronteiras, nem portas fechadas com trancas e
qualquer pessoa que, venha a Malcata, se vier por bem,
venha ela e mais cinco dos seus amigos.
Caminho Rural para Quadrazais |
terça-feira, 27 de maio de 2025
A PISCINA DE MALCATA
![]() |
No princípio foi assim em Malcata |
O caso
que vos trago aqui é o que diz respeito à praia fluvial. Sim, e bem, a Junta de
Freguesia teve a ideia de construir uma praia fluvial. Então porque se deixou a
ideia de “praia fluvial” e ser Zona de Lazer? O que falhou? A piscina flutuante
foi saudada por toda a gente e até 2019 era a estrela da “praia fluvial de
Malcata”.
Deve ter acontecido coisa muito gravosa para desde a pandemia não regressar às
águas da albufeira. Aconteceu o que aconteceu e daquilo que eu conheço, ou seja
as pessoas da aldeia, lamentam, e com razão, já que a piscina foi abandonada à
sua sorte, como as imagens mostram. Ora o que se passa é que, de uma forma
resumida aquilo não se trata de uma praia fluvial, mas sim de uma Zona de
Lazer, porque o Plano de Ordenamento da Albufeira do Sabugal não permite estruturas
sobre as águas naquela área próxima da ponte porque é uma área de protecção
às estruturas e à segurança das pessoas.
Infelizmente, os habitantes da nossa
aldeia não se interessam e delegam todas as decisões e discussões na Junta de
Freguesia. Há muitos anos que esta regra está estabelecida na freguesia e
ninguém parece preocupar-se, nem sequer se manifestam publicamente do seu
descontentamento sobre a forma de trabalhar dos senhores da Câmara e da Junta.
Até hoje, todas as minhas análises e todos os alertas que lancei, não deram em
nada e não mudou para melhor. E sendo um espaço maravilhoso, que todos elogiam,
tudo podia ser diferente com a construção do tão falado e já prometido paredão.
Com essa obra feita com responsabilidade,
Malcata passava a desfrutar de um lago com água permanente, as estruturas de
segurança da barragem ficariam fora desse lago, logo desapareceriam as
restrições e a piscina flutuante podia ser instalada de novo.
Termino com a publicação de uma das
promessas que foi feita publicamente aos malcatenhos em 2021. Leiam devagar e
tirem as conclusões.
Promessa de Vítor Proença em 2021 |
quarta-feira, 14 de maio de 2025
MALCATA: A PROCISSÃO VAI NO ADRO
A requalificação do
adro penso que é pacífica para a maioria das pessoas de qualquer aldeia. E no
caso do nosso adro da igreja paroquial, vai ficar mais amplo, mais desafogado e
mais aberto e coloca a nossa igreja mais em harmonia com o espaço
envolvente. Para que isso seja assim, os
familiares que eram os donos legítimos da casa que vai ser demolida, por muitas
saudades e nostalgias possam ainda sentir, merecem um agradecimento e
consideração de todos.
Quando foi apresentada a ideia da
requalificação do adro, todos os que participavam na reunião concordaram e
apoiaram a iniciativa. A intenção e as ideias para as obras que ali irão
decorrer, devem ser coordenadas por pessoas credíveis e com experiência na área
de planeamento e arquitectura. Um dos elementos que vai fazer parte das obras é
uma escultura alusiva aos carvoeiros de Malcata. Esse elemento tanto pode ser
uma estátua, como até um painel exposto e integrado num suporte, por exemplo,
na parede da casa que vai ali
continuar a existir e que tem entrada pela Rua da Ladeirinha. Assim se pode
transformar o adro valorizando o património da freguesia. Como sabem, o adro
noutros tempos era o palco das festas, da arrematação de bens para as pagar,
era lugar de encontro e conversas. Hoje é um espaço vazio, confinado e sem
grandes vistas para o horizonte. Tal como no passado, acreditamos que depois
das obras,
voltaremos a ter ali um espaço de encontro, de conversas, de manifestações
culturais.
O adro para além do seu símbolo
religioso que representa, ao ter melhores acessibilidades das pessoas à igreja,
à Casa Mortuária e sanitários, vai também servir de homenagem aos carvoeiros,
uma das actividades que tanta dinâmica e importância trouxeram à freguesia.
O primeiro passo já foi feito com a compra da casa que vai ser demolida.
O local já mereceu a visita de uma arquitecta credenciada e bem-conceituada
neste género de obras. Depois de reunir com a AMCF e a Fábrica da Igreja,
estando presentes todos os membros, incluindo o sr. Padre Eduardo, mesmo
debaixo da chuva, fomos visitar o lugar e recolheu informações e imagens, que
mais tarde a ajudarão na elaboração do projecto. Falta só dizer o nome da
arquitecta que, achamos ser uma boa escolha: Andreia Garcia Rodrigues.
terça-feira, 13 de maio de 2025
MALCATA É O REFLEXO DE SI MESMA
Não basta chegar a presidente, a secretário ou
tesoureiro da junta de freguesia ou ser membro da assembleia de freguesia. E não basta ir às sessões da Assembleia de Freguesia. Há que fazer mais do que marcar
a presença física nas reuniões. É preciso estar motivados para resolver os
problemas da nossa comunidade. E entre os vários problemas que hoje enfrentam
os cidadãos é a falta de informação nas redes da internet. Não há forma de
ignorar a sociedade em que vivemos. Hoje, a internet é o veículo que tem
capacidade de levar as boas e as más notícias às comunidades. A ausência das
Juntas de Freguesia na internet deve ser motivo de protesto dos cidadãos da
freguesia. As instituições políticas e administrativas públicas, como são as
autarquias, são mais importantes e mais fortes que as acções dos que exercem os
lugares do Poder Local Administrativo, nomeadamente as Juntas de Freguesia.
A confiança e a transparência são
essenciais para garantir que todos se sintam bem representados e informados.
Uma Junta de Freguesia é essencial para a construção de uma sociedade
democrática, livre e deve construir pontes que aproximem os cidadãos. E nas
freguesias como Malcata, a Junta de Freguesia continua a ser uma instituição respeitada
por todos. Da mesma forma, quem nela trabalha, está ao serviço dos cidadãos. Na
minha opinião, um dos melhores exemplos de confiança na Junta de Freguesia é
confiar nas pessoas que se voluntariaram para servir a comunidade. E nunca deve
ser banalizada e devia ser
uma preocupação constante manter os caminhos e as pontes ao serviço da
democracia participativa.
A verdade é que em Malcata, e mais
precisamente nos últimos mandatos, o que acontece é que se ignora o papel da
informação, o valor da transparência e banaliza-se tudo ou quase tudo aquilo
que não nasça no berço do poder. Facilmente esquecemos o papel da Junta de
Freguesia e até parece que não existem caminhos e pontes que nos permitem viver
em liberdade.
O povo merece ser respeitado e quem
governa esse povo tem de se dar ao respeito. Como cidadão e malcatenho não
posso aceitar tanta falta de comunicação e informação de interesse geral para
quem vive na freguesia e quem vive mais distante. Os valores alcançados com o
25 de Abril de 1974 têm de ser valorizados e praticados todos os dias.
Quando é que
Malcata tem motivos para sorrir?
Quando é que em Malcata vamos ter uma
Junta de Freguesia empreendedora, sonhadora e cortês, transparente, a governar
com empatia e elevação?
José Nunes Martins