13.3.08

MALCATA NO "OLHO DO MUNDO"

Imagem de Malcata ( Virtual Earth)



Barragem do Sabugal e Malcata (Virtual Earth)

Imagens como estas estão agora ao alcance de qualquer pessoas que tenha acesso à internet. O acesso é gratuito e estão disponíveis em www.maps.live.com. Para já, em Portugal, apenas temos 9 capitais de Distrito com imagens ultradetalhadas(o suficiente para se distinguir um automóvel estacionado na rua, por exemplo) e com efeito tridimensional. Vejam o exemplo da fotografia que se segue. É uma foto da rua onde vivo e ainda dá para aproximar mais a imagem.


Senhora da Hora


A cidade do Sabugal pode agora ser observada a partir de qualquer canto do mundo. Embora as imagens não sejam "on-line" são razoáveis. Quem sabe se daqui a uns meses as imagens sejam mais actuais...gostava de poder ver a estrada de ligação do Sabugal à A23, a estrada de Malcata com cara lavada, o parque de campismo do Sabugal cheio de tendas, caravanas, autocaravanas...crianças a brincar com os pais, os avós...

12.3.08

O TURISMO E A SERRA DA MALCATA


Já lá vão mais de 25 anos que foi criada( por decreto) a Reserva Natural da Serra da Malcata. Depois de tantos anos para a população da aldeia de Malcata poucos benefícios receberam . A Serra da Malcata apenas passou a ser mais conhecida por muito mais gente. Para a população de Malcata não trouxe as prometidas compensações. Arranjaram-se alguns caminhos rurais e pouco mais. A Serra da Malcata é extensa e para além do concelho do Sabugal, está também inserida no concelho de Penamacor. Agora que o lince desapareceu por completo, os políticos começam a falar que o turismo "assume uma grande importância, para o País e para uma região que procura apostar no turismo como uma das opções de futuro e de fixação de populações. A Serra da Malcata é cada vez mais um centro de turismo rural e de Natureza". Quem falou assim foi José Seguro, deputado do PS (Castelo Branco).
O Turismo rural e de Natureza para ter êxito necessita de infra-estruturas e de pessoas formadas na área do turismo. Como sabemos, isso é coisa que na região da Reserva da Malcata, nada ou pouco temos para oferecer. É urgente e necessário reforçar e incentivar os recursos humanos, se queremos mesmo, que a população que vive ao redor da Malcata deixe de ir para as grandes cidades e se fixe nesta região. E é bom que os investimentos turísticos sejam bem pensados e não se aglomerem apenas para os lados de Penamacor. O concelho do Sabugal tem de ser mais activo e dinâmico e fazer valer as potencialidades e capacidades que possui. A tão falada construção do Parque de Campismo quando se torna realidade? Estão à espera que outras estruturas apareçam primeiro? O Parque de Campismo, embora seja um investimento a construir junto às águas da barragem do Sabugal, não deixa de ser uma estrutura necessária para o desenvolvimento do Turismo Rural e de Natureza. Acordem! Sonhem e o Sabugal pulará e avançará rumo a um futuro mais feliz.

3.3.08

OBRAS COM NOVAS REGRAS


As obras em casa não precisam de licença camarária a partir de hoje e quem assinar os projectos pode ficar até quatro anos sem exercer se violar as regras urbanísticas.

O novo Regime Jurídico da Urbanização e Edificação, que entra hoje em vigor, reduz o controlo administrativo dos licenciamentos, mas reforça a responsabilidade dos promotores e técnicos responsáveis pelos projectos e o peso das multas, que podem ir até aos 450.000 euros no caso das empresas.

«Passa-se de um clima de desconfiança e de um sistema burocrático responsável pela má construção e por atrasos enormes em projectos importantes para um sistema de controlo diferente», disse à Lusa o secretário de estado da Administração Local, Eduardo Cabrita.

As novas tecnologias passam igualmente a ter outro peso e é criada uma nova figura: o gestor de procedimento, responsável por todas as fases da obra e por assegurar o cumprimento dos prazos.

A nova legislação dispensa de licença, por exemplo, as obras em casa desde que não alterem a estrutura do edifício, a cercea ou os telhados.

Já os trabalhos de preservação de fachadas de prédio ou a construção de piscinas em moradias precisam apenas de uma comunicação à autarquia.


Mas a isenção de controlo estatal nalguns casos é compensada com um alargamento dos poderes de embargo ou demolição das autarquias e um aumento da responsabilidade dos autores dos projectos e dos valores da coimas, que podem chegar até aos 450.000 euros no caso das empresas.

Até agora, as licenças de utilização das casas implicavam uma vistoria da Câmara, que passa apenas a ser necessária nos casos em que o técnico da obra não assume um termo de responsabilidade.

Nessas situações, as autarquias passam a ter também um prazo máximo de 20 dias para a fiscalização. Se o município não enviar os técnicos a tempo o projecto fica automaticamente aprovado.( Eu comento: e depois passados esses 20 dias a obra fica mesmo aprovada? Será que a Câmara do Sabugal tem o número de fiscais suficientes para fiscalizar no prazo de 20 dias todas as obras ? Nem a Câmara do Sabugal nem outra autarquia do país está preparada para tanta acção de fiscalização).

Dependentes de licença ficam as obras de reconstrução, ampliação ou demolição de edifícios que façam parte do património, o mesmo acontecendo com os prédios situados em zonas históricas ou protegidas, que merecem uma maior atenção e vigilância por parte das câmaras municipais.(Eu comento: a aldeia de Malcata está inserida numa Reserva Natural, ou seja, uma área protegida. Ao pretender fazer obras em casa o melhor é informar-se primeiro e depois iniciar os trabalhos).

Nos casos em que a obra obriga a consulta da Administração Central – por estar em zona de Reserva Ecológica, perto de um leito de rio ou de um monumento classificado – esse pedido de parecer ocorre ao mesmo tempo em todos os organismos.

Para que tudo funcione via electrónica o Governo está preparar uma plataforma informática para facilitar a relação entre municípios, CCDR’s e os restantes serviços da administração central.
In Lusa / SOL de 3 de Março de 2008

2.3.08

A MODA DAS CIDADES




Em Portugal as cidades medem-se pelo número de "obras" apresentadas. Há uns anos atrás, cidade que não tivesse uma "rotunda"digna desse nome, não era uma cidade moderna. E o resultado foi o aparecimento de rotundas à entrada e saída das cidades. Conheço uma que, coitada, é constantemente criticada porque uma das suas saídas não tem escapatória, ou seja, a estrada apenas tem uns metros de alcatrão e acaba num monte de terra. Bom, mas pelo menos a senhora rotunda veio dar a sua graça a quem visita a cidade do Sabugal.
Mas a moda agora mudou. A moda agora são os Centros Comerciais. E em Portugal existem já 89 centros comerciais. Lisboa e Porto estão a esgotar o espaço e as pessoas vivem nos e para os centros comerciais. Poucas são neste momento as capitais de distrito que não têm o seu Centro comercial.


O comércio nas cidades mexeu e de que maneira. Está a aontecer o mesmo quando surgiram os Hipermercados e os Inter e Eco mercados. É uma festa de arromba e claro que alguém acaba por sofrer com tanto estrondo.
Na zona da Guarda o comércio anda em reboliço. Para além dos Hiper, Super, Mini-super agora aparecem os Sierras, os Vivaci e outros que dizem vir desenvolver o comércio e dinamizar as cidades.
É verdade que com a abertura destes grandes comércios vão criar-se muitos postos de trabalho. Mas também é verdade que outros "comércios" acabarão por encerrar e engrossar o número dos negócios fechados e o número de desempregados. E a verdade é que nas cidades do Porto e Lisboa há já muitos centros comerciais às moscas.E que aconteceu aos comerciantes e aos empregados? Procuraram outras saídas, outros caminhos.
E no interior a moda dos centros comerciais vai esvaziar ainda mais as vilas e aldeias. A vida nas aldeias já é de sobrevivência. Veja-se o que está a acontecer em Malcata. Na época de 60/70 havia dois comércios abertos e três cafés. Nos anos 80/90 fechou o comércio do Ti Varandas(por morte dos proprietários) e abriram dois estabelecimentos novos. Hoje, na aldeia de Malcata há apenas um comércio, o do Sr.Armindo( antigo comércio do Ti Tó Rovino) e 4 cafés(Café Lince, Café Camões, Tasca do Manel e Bregas Bar). Todos vão tendo clientela e lá vão vivendo.




29.2.08

AS VOLTAS DA TERRA


O dia de hoje está a terminar. Agora só daqui a quatro anos é que iremos ter um dia "extra" no mês de Fevereiro. Trata-se de uma correcção para acertar o movimento da Terra: um dia (um dia solar tem 24 horas) é o período de rotação da Terra e um ano, o tempo que a Terra demora na translação em torno do Sol, não é um número inteiro de dias.
O dia 29 de Fevereiro foi criado porque a Terra demora 365 dias e 6 horas para dar uma volta completa pelo Sol, o que determina um ano do nosso calendário. Como não poderiamos ter um dia com apenas 6 horas foi criado um dia de quatro em quatro anos, tendo sido escolhido o mês mais pequeno, o mês de Fevereiro.
Os que nasceram no dia 29 de Fevereiro podem registar-se com data de 28 de Fevereiro ou de 1 de Março, conforme a escolha dos pais da criança.

28.2.08

AINDA HOJE É PRECISO PARTIR



António, é preciso partir!

O moleiro não fia,
a terra é estéril,
a arca vazia,
o gado minga e se fina.
António, é preciso partir!
A enxada sem uso,
o arado enferruja,
o menino quer pão,
a tua casa é fria;
É preciso emigrar!
O vento anda como doido,
levará o azeite;
a chuva desata noite e dia,
inundará tudo;
e o lar vazio,
o gado definhado,
a morte e o frio
por todo o lado,
só a morte, a fome e o frio
por todo o lado,
António!

É preciso embarcar!
Badalão, badalão!
O sino já chora a despedida.
Os juros crescem;
o dinheiro e o rico
não têm coração.
E as décimas, António?
Ninguém perdoa-que mais para vender?
Foi-se o cordão,
foram-se os brincos,
foi-se tudo!
A fome espia o teu lar.
Para quê lutar
com a braveza da terra,
com a indiferença do céu,
com tudo, com a morte,
com a fome, com a terra,
com tudo!
Árida, árida a vida.
António, é preciso partir.
António partiu.
E em casa, tudo ficou sem jeito,
desamparado, vazio,
ficou a solidão.

Autor: Fernando Namora,in As Frias Madrugadas






20.2.08

OS NOVOS EMBAIXADORES DO INTERIOR

EMBAIXADORES
DO SABUGAL PRECISAM-SE


A Câmara Municipal do Sabugal, a meu ver, devia seguir o exemplo da autarquia da Guarda. As ideias muitas vezes surgem e ninguém sabe bem como. A verdade, é que às vezes, algumas ideias quando ganham vida transformam uma região, uma cidade ou até pessoas.
Isto vem a propósito de um artigo de opinião publicado hoje, 20 de Fevereiro, no Jornal de Notícias e assinado pelo empresário Manuel Serrão. Dada a importância do tema abordado não podia deixar de transcrever
algumas ideias nele contidas.
Então, o empresário, Manuel Serrão, escreve que a Câmara da Guarda, aproveitando as comemorações dos 35 anos do programa de rádio "Escape Livre", programa que todos no distrito da Guarda conhecem há muitos anos e alguns ouvem através das ondas da Rádio Altitude, convidou doze personalidades provenientes essencialmente das regiões da Grande Lisboa e do Grande Porto, pessoas intervenientes em vários sectores da vida pública e empresarial nacional, para promoverem a região da Guarda. A convite da edilidade egitaniense, com a presença do presidente Joaquim Valente, assinaram e assumiram um compromisso público de estarem na disposição de dar o seu melhor em prol do desenvolvimento da região. A Câmara confiou-lhes a missão de promoverem a região e colaborarem com os seus agentes e as suas empresas nas oportunidades profissionais que detectassem.
Estas pessoas são agora uma espécie de embaixadores da região da Guarda. Os nomes dos doze embaixadores escolhidos e que aceitaram o convite são:Albérico Fernandes, António Catarino, Esmeralda Dourado, Fernando Monteiro, Helder Barata Pedro, Hermínio Loureiro, Isabel André, Jorge Mira Amaral, Jorge Neves da Silva,José Raúl Pereira, Pedro Queiróz Pereira e Manuel Serrão.

Sejam sempre bem vindos e promovam também o Sabugal.

13.2.08

SABUGAL: AR PURO E TRANQUILIDADE



Sabugal, concelho da Beira Interior, é um dos maiores do país. Os letrados da UBI publicaram um estudo cujos resultados colocaram o concelho do Sabugal mesmo no fundo da tabela.
Todos já deram conta, até os autores desse estudo, que os critérios utilizados deixaram de fora índices que também são importantes para classificar a qualidade de vida das regiões.
A Câmara Municipal do Sabugal tem discurdado das conclusões do estudo e as vozes dos seus responsáveis não se têm calado. Hoje, o Jornal de Notícias publica as declarações do Presidente da Câmara Municipal, Manuel Rito, anotadas pelo jornalista Luis Martins e que transcrevo:
« Este estudo não nos merece credibilidade
e parece-nos que os indicadores seleccionados não serão
os mais correctos para aferir a qualidade de vida que
efectivamente temos»....e continua dizendo:
«A análise do Observatório é paralisadora e desmotivadora para
quem vive no Sabugal, além de ser intelectualmente desonesta.
Temos indicadores que provam o contrário do estudo,
como o caso do Indicador de Desenvolvimento Municipal, da Municípia SA, que em 2006,
colocou o Sabugal no primeiro terço da tabela, isto nos 308 municípios do país e não
nos 278 do continente conforme o estudo da ODES».

E o presidente mostra alguns índices favoráveis:
«A escola Secundária do Sabugal foi a melhor do distrito,
nos últimos Exames Nacionais;
-Mais de 95% da população já é abastecida com água ao domicílio;
-Cerca de 90% da população já beneficia de saneamento básico;
-Os equipamentos sociais, culturais e desportivos existentes já são
de salientar;
- Somos das Câmaras do país a pagar a tempo e horas aos fornecedores;
- Quanto à qualidade do ar e a tranquilidade nem se discutem».

MAS QUEREM MAIS?

- O Sabugal tem actualmente a funcionar 29 Lares e Centros de Dia;
- Todos os alunos das 40 freguesias(em todos os níveis)
a Câmara garante o transporte;

- O Sabugal tem 60% do seu território integrado na Rede Natura;
- O concelho do Sabugal em 2005, ganhou o 1º lugar Distrital e o 8º Nacional
do "O Prémio Nacional dos Municípios de Futuro", organizado pelo
jornal "O Primeiro de Janeiro";
- O Sabugal tem aldeias históricas;
- O Sabugal tem um castelo com cinco quinas,e mais castelos...;
- O Sabugal tem automóveis, mas não tem engarrafamentos nas horas
de ponta;
E tantas outras coisas importantes que o concelho do Sabugal possui...mas meus amigos, o Sabugal tem riquezas humanas e ambientais únicas e que outras regiões do nosso país
bem ambicionariam possuir.
O concelho do Sabugal é um dos maiores do país. São 40 freguesias que, cada uma com a sua identidade própria, ambicionam, sonham e lutam todos os dias pela felicidade dos seus filhos.
Todos desejam uma região mais desenvolvida, todos dizem que o poder político se tem esquecido destas terras e só tem pensado no litoral. Os que ficaram no concelho do Sabugal ainda acreditam no futuro e só não gritam mais alto porque essa não é a atitude nem a postura que os caracteriza, mas sim os sonhos, o trabalho e um conceito de qualidade de vida bem diferente daquele que os letrados têm defendido.
Viva o Sabugal!






12.2.08

TODOS À PESCA NO SABUGAL



16º CAMPEONATO DO MUNDO

DE PESCA À TRUTA COM ISCO NATURAL,

do 18 ao dia 22 de Setembro de 2008, na cidade do Sabugal.

O Campeonato é este ano disputado na região

centro-este de Portugal (Beira Interior), região bem conhecida

pelo seu gosto nas capeias raianas e gastronomia.

Uma autêntica visita turística ao Sabugal durante 5 dias magníficos,

com uma recepção agradável e acolhedora, cerimónias de abertura

e encerramento para os participantes, manjares com gastronomia tradicional

e muita animação!

Para mais informações detalhadas poderá consultar o website da

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE PESCA DESPORTIVA,

disponível em:

http://www.fppd.pt/fppd/XVICampeonatodoMundocomIscoNatural2008/tabid/692/Default.aspx

OS ESCUTEIROS AGRADECEM

A PUBLICIDADE TEM
CÓDIGOS DE ÉTICA



A campanha da Media Markt onde é dado a conhecer os habitantes da Parvónia, foi suspensa pelos seus responsáveis. Os escuteiros portugueses, que rondam os 70.000, andavam indignados por serem considerados os mais parvos, os mais estúpidos, que não conseguem subir nas escadas rolantes, que confundem a sanita com máquinas de lavar roupa...e a petição de protesto nacional começou a engrossar dia a dia, reclamando a suspensão da dita campanha.
Os dirigentes nacionais vão aguardar a alteração que a Media Markt vai fazer na campanha de publicidade.
Quanto não vale o diálogo...
EIS ALGUNS NOMES FAMOSOS QUE UM DIA JÁ FORAM ESCUTEIROS E DE PARVOS NADA POSSUÍAM:

11.2.08

SERRA DA MALCATA A CONCURSO

CONCURSOS SOBRE A SERRA DA MALCATA: As inscrições estão abertas até ao dia 15 de Fevereiro.

Concursos de Poesia e de Prosa «Serra da Malcata em Palavras»
Faça aqui o download
Concursos de Fotografia «Serra da Malcata – Instantes»
Faça aqui o download

jcl(www.capeiaarraiana.wordpress.com)

10.2.08

A DESERTIFICAÇÃO

















"Sinto que é urgente parar a hemorragia de pessoas no Interior. As pessoas concentram-se em caixotes em Lisboa, Porto, criando mais problemas. Não me cabe a mim definir políticas, mas algo deve ser feito. Desde sempre que os reis portugueses deram regalias e incentivaram a fixação no Interior do país."
Quem o disse foi D.Amândio Tomás, novo Bispo coadjutor de Vila Real.



7.2.08

GUERRA DAS TORRES

QUEM ME DERA TER UM FILHO "MINISTRO"

TORRE DE SANTO ANTÓNIO ( COVILHÃ )



TORRE COUTINHO (VIANA DO CASTELO)


Duas edificações polémicas. Ambas têm andado nas bocas do povo. O prédio Coutinho, em Viana do Castelo, é considerado uma aberração e desvirtua a paisagem da cidade. Está habitado desde que foi construido e quem ainda lá vive não troca a sua casa por nada. Para além de uma paisagem lindíssima, a qualidade da construção é boa.Desconheço quem foi o arquitecto, ou o engenheiro que concebeu a obra. A demolição que a Câmara quer levar a cabo, com o apoio total e incondicional do Governo, está a demorar tempo de mais e o caso vai-se arrastando nos tribunais.

A Torre de Santo António, na Covilhã, está por acabar, nunca lá habitou ninguém e os moradores que vivem ao lado acham que aquilo é um "masmarracho" que nunca devia ter sido construido.Com a fuga do empreiteiro a obra ficou parada e o Montepio acabou por ficar com o prédio(era o maior credor) e agora colocou-o à venda. A ideia parece ser acabar a sua construção e dizem que vai ser orientada pelo seu primeiro autor, nada mais nada menos que o arquitecto Fernando Pinto de Sousa, que é o pai do nosso Primeiro Ministro, José Sócrates que viveu e trabalhou alguns anos na Covilhã.

Para casos iguais, fins iguais, não acham?
Se a ASAE já estivesse a funcionar há 30 anos atrás, garanto-vos que estas coisas não se construiam...(up's...).

5.2.08

O ENTRUDO


O entrudo na aldeia de Malcata tem destas coisas. Ainda me lembro destas partidas engraçadas que os rapazes, durante a noite de segunda para terça de carnaval, pregavam aos descuidados.


Em grupo, os rapazes "assaltavam" as lojas e "roubavam" os burros, os carros de vacas, os vasos de flores...e na manhã de terça-feira as ruas apareciam diferentes, os donos que não evitaram o "roubo" tinham que ir pelos currais da aldeia saber do seu jumento. Nunca ninguém levou estas brincadeiras a mal, afinal era carnaval...entrudo como se diz na aldeia.

Posted by Picasa

3.2.08

SALVEMOS A ALDEIA DE MALCATA



Foi no princípio dos anos oitenta que a campanha "Salvemos o Lince da Malcata" fez andar muita gente, principalmente muitos jovens, a angariar assinaturas para um "abaixo assinado" a defender a preservação do lince na Malcata.
Tomás de Montemor foi um dos que encheu onze folhas com assinaturas e números de B.I. e participou activamente na campanha destinada a pressionar as entidades nacionais a proteger a Serra da Malcata da destruição que os "senhores" da Portucel/Celnorte que planeavam plantar grandes manchas de eucaliptos e outras espécies de árvores apenas para aumentarem a produção da pasta de papel. Se esses planos não tivessem sido impedidos, hoje, a Serra da Malcata e o lince estavam definitivamente mortos.
Um dia, Tomás de Montemor, na companhia de uns amigos, apareceu na aldeia de Malcata com um grupo de amigos à procura do lince e conhecer a serra que tanto defendeu.
A aventura na aldeia de Malcata e na serra é hoje descrita num artigo escrito por Tomás de Montemor, na "Notícias Magazine" que acompanha o Jornal de Notícias(3/02/2008)do qual transcrevo algumas passagens:
«... Queria ver os montes arredondados, o bosque rasteiro, os vales de vegetação frondosa, os ribeiros irrequietos...mas principalmente queria ver o lince.
Então lá fui com alguns bons amigos, mochila e tenda às costas, no comboio e autocarros que rumavam à aldeia de Malcata.»

E Tomás continua:

«Dos dias de acampamento ficam dois episódios insólitos.
Numa tarde, quando regressávamos suados e exaustos de mais uma busca infrutífera, encontrámos espalhados à «porta» da tenda, em cima de uma saca, tomate, pepinos, alfaces e pimentos que os aldeões tinham trazido na nossa ausência. Advinhava-se a preocupação que estas espectaculares pessoas tinham por uns desconhecidos malucos que deixavam o conforto da cidade para passear pelos montes e vales sem aparente objectivo.»

«Conhecendo a história da minha relação com o lince da Malcata é mais fácil perceber a alegria que senti quando li que se está a criar um centro de reprodução e reintrodução na Malcata do felino mais raro do mundo...mas a população da Malcata terá sempre um lugar especial na história e no meu coração».
Tomás de Montemor continua a escrever sobre o lince e os futuros projectos que estão em construção. É um excelente artigo que recomendo ser lido por todos os que apreciam estas matérias. Em meu nome e em nome de todos os malcatenses, expresso aqui um sincero agradecimento e já sabe, estimado Tomás de Montemor, tem sempre a porta aberta quando decidir visitar a aldeia de Malcata.

1.2.08

O QREN QUE TANTO DEMORA A CHEGAR AO SABUGAL



Li no Capeia Arraiana a carta que o ex-presidente da Junta de freguesia do Soito, Rui Meirinho, escreveu e a quem pediu para divulgar. O senhor Rui Meirinho através da dua carta vem revelar aquilo que deve ir na cabeça dos outros 39 presidentes de Junta de Freguesia do Concelho do Sabugal. Refiro-me ao agora tão falado QREN. Diz o ex-autarca:
« A presidência da Câmara Municipal do Sabugal propôs às 40 Juntas de Freguesia do Concelho, reter 50% da Verba de Capital do ano de 2006, que serviria para criar um fundo, de modo a que quando abrisse o IV Quadro Comunitário (QREN), que na altura se previa ser em Outubro(de 2006)candidatar-se-iam projectos de grande vulto, comuns a grupos de freguesias, que iriam tornar-se o «motor» de desenvolvimento sustentado do nosso concelho.
A maioria dos presidentes de Junta aderiu a esta proposta. Em vez de recebermos da C.M.S. a totalidade da Verba Capital a que teríamos direito, durante o ano de 2006...(receberam menos 40%) na perpspectiva de se vir a fazer obras estruturais cujo projecto fosse abrangido pelo QREN.
Estamos em Janeiro de 2008 e nem ainda hoje se sabe a que tipo de projectos as juntas de freguesia e os municípios se poderão candidatar.»

É assim que se desenvolve o nosso país...as freguesias ficaram com os sonhos, mas ficaram sem o dinheiro. Ele já é tão pouco e quando um Estado demora tanto tempo a dar o efectivo andamento ao QREN já os autarcas estão cansados de esperar. Acredito que o presidente do Soito não seja único a sentir a falta de inércia do poder instalado em Lisboa. Por essas aldeias do nosso concelho há obras atrasadas ou que não começaram porque, dizia-se, vem aí o QREN. Onde está?
Não conheço o senhor Rui Meirinho. Pelo que li acredito na sua entrega e dedicação e o esforço que fez, enquanto presidente de Junta, para desenvolver a terra que o viu nascer. No Soito há um tempo antes do Sr.Rui Meirinho e um tempo depois. Essa é que é essa!

OS PARVOS DA PUBLICIDADE

Parvónia, o país onde os habitantes são chamados "parvos". Nesse país imaginário, quatro parvos decidem conhecer uma loja de electrodomésticos inaugurada há poucos dias. Dos quatro curiosos também faz parte um escuteiro mais ou menos bem" uniformizado", mas todos o reconhecemos como um dos milhares que há em Portugal. Depois de ver o vídeo, fui informar-me e parece que a empresa de electrodomésticos ainda foi mais parva do que os parvónios da Parvónia. Mal ela sabe o que a espera nos próximos dias. Temo que se a empresa em causa não se redimir e não pedir desculpas aos escuteiros, vão sentir mesmo o que é aproveitar ideias parvas e ainda por cima pagar por isso. A petição on line está a decorrer na net e os escuteiros, que de parvos não têm nada, pois eu tenho duas em minha casa, estão a mostrar quem é que de facto é curto das ideias, pois eles sabem mais do que ninguém que televisores, frigoríficos, telemóveis, dvd's e todas essas coisas, felizmente, em Portugal há muitas opções e locais de compra. Há é que ter cuidado com os "xicos espertos" que com campanhas destas...os parvos vão ser eles.



31.1.08

LIGA BOMBEIROS PORTUGUESES

«Nos últimos três anos, o número de novos voluntários que ingressaram nos corpos de bombeiros foi superior aos ingressos verificados no triénio anterior», afirmou o presidente da LBP no decorrer de um fórum nacional sobre «o voluntariado nos bombeiros portugueses», hoje realizado em Pinhel, no âmbito do Ano Nacional do Voluntariado.




O encontro nacional reuniu cerca de 500 participantes que durante o dia ouviram falar de temas como «voluntariado para uma sociedade de valores», «voluntariado a uma só voz» e «o voluntariado e o homem do futuro».
«Saio daqui muito mais reforçado para dizer ao senhor ministro da Saúde que Alijó, como outros pontos do país, precisa de uma rede hospitalar para servir os 15 mil cidadãos que vivem no concelho», disse Duarte Caldeira no final dos trabalhos.

Segundo Duarte Caldeira, os participantes no congresso hoje realizado na cidade de Pinhel, concluíram que é necessário «reinventar o voluntariado, afirmando-o com convicção».
«Os portugueses não podem continuar a querer dispor do voluntariado nos bombeiros, como quem dispõe de mão-de-obra barata», frisou.

«Têm que reconhecer socialmente esta estrutura, os homens e mulheres que voluntariamente, mas competentemente, querem servir as comunidades na trincheira do socorro», disse.

O fórum sobre voluntariado foi organizado pela Federação Distrital de Bombeiros da Guarda, associação de bombeiros local, Liga de Bombeiros e Câmara Municipal de Pinhel.

in LUSA
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Socorro – O papel dos Bombeiros

Pouco adepto dos alarmismos como a Comunicação Social caseira, sobretudo as televisões,

tratam as notícias, preferencialmente referidas à discussão mais na moda, seja do foro económico

e financeiro (vulgo BCP), ou da área da saúde de todos nós (vulgo MS/SAP/INEM/Bombeiros).

Sou mais de aproveitar uma soneca no sofá que de ver/ouvir as mesmas notícias tratadas da mesma forma 365 dias no ano.

Razão mais que suficiente para não ter ouvido em primeira mão a já famosa chamada Codu/Bombeiros/ Vmer, tristemente ocorrida no distrito de Vila Real. (Poderia ter sido noutro

qualquer distrito, incluindo o da Guarda onde tenho algumas responsabilidades).

Alertado para o facto na tarde de sexta-feira, 25 de Janeiro, estive com atenção à notícia no «Jornal da Noite», e procurei na Internet notícias e comentários sobre o assunto.

Não posso, porque mais de 20 anos à frente de uma Associação de Bombeiros e o conhecimento que julgo ter do sistema mo não permitem, atribuir responsabilidades aos Bombeiros/pessoas

(aos muitos «senhores Machado» existentes no país) na sua qualidade de voluntários e

disponíveis mais vezes e mais tempo do que muitas vezes seria de esperar para uma acção

em prol dos outros. Sem querer assacar responsabilidades, ao ministro que terá algumas,

à estrutura do INEM, que terá a sua quotaparte, à descoordenação da comunicação entre as várias entidades envolvidas na emergência pré-hospitalar, não posso no entanto deixar

de produzir a minha opinião sobre o assunto.

E essa leva-me direito ao binómio voluntário/profissional, cada vez mais a merecer, a cada vez mais inadiável discussão clara, objectiva e sem restrições.

Ou não são os Bombeiros que apregoam o lema «Voluntários por opção, profissionais na acção»?

Antes de mais porque nos Corpos de Bombeiros, Voluntário, se é para entrar e sair: Durante a

permanência obrigam-se a cumprir as normas emanadas pelos superiores e os Corpos de Bombeiros são estruturas de comando único e vertical, pelo que a escala de serviço emanada

pelo Comandante ou por quem este delegue deveria ser a forma de ter a disponibilidade humana

para socorrer em qualquer momento. (ou avisar as populações que servem

e perante as quais assumem tantas não há socorro).

Uma responsabilidade moral e social, pelo menos pela tradição, de que das tantas às

As alterações sociais das últimas décadas fizeram com as populações exijam (e bem) aos Bombeiros maior profissionalismo, maior rigor na actuação

e que tenham permanentemente apontados os focos de todo o público

e sobretudo da comunicação social.

O comboio da profissionalização nos Bombeiros já arrancou e é «sud-express». Não pára e como se tem provado

ao longo dos anos, não são os Bombeiros e as suas estruturas (Federações e Liga) que têm força para o parar;

Muito menos com acções como a tomada no caso SAP/INEM em que a Liga abandonou qualquer das suas as negociações (qual birra de criança) porque as propostas e a Liga não o fez, não contemplavam pretensões.

Propostas são propostas e só se discutem estando presente, deixando que cada Município

contrate com a ARS as contrapartidas

que entenda para o encerramento dos SAP, e deixando as associações suas filiadas e que são a sua razão de existir, sem qualquer informação sobre o assunto.

Estranho é que ainda haja dirigentes e Comandantes que pareça não terem entendido esta realidade e mantenham a sua «quinta» como se de um feudo se tratasse e permitam

que haja casos como o do senhor Morgado, que está sozinho durante a noite e pelos vistos não no Quartel, já que referiu que teria de ir buscar a ambulância e estar a atender a chamada no telemóvel.

Não é admiração que tal aconteça devido aos escassos meios humanos, e

financeiros para a contratação de mais meios humanos, mas após pelo menos uma saída. A não garantir pelo menos uma saída em tempo útil, mais vale ter a coragem de comunicar

a ausência de serviço durante essas horas.

Para o bem e para o mal, este caso acontece menos de uma semana após a Liga dos Bombeiros Portugueses ter lançado o «Ano Nacional do Voluntariado nos Bombeiros», e em vésperas de ter lugar no Distrito da Guarda (Pinhel) um fórum sobre o

mesmo tema em que serão palestrantes personalidades tão ilustres como o padre

Feytor Pinto e o cientista Carvalho Rodrigues.

Este fórum iniciar-se-á poucas horas após escrever estas linhas. Não vou assistir, o que a minha qualidade de dirigente da federação que o organiza torna um dever,

porque um inesperado e muito incómodo problema intestinal

me não permite afastar-me de casa, e nem sei qual o sentido das apresentações. Mas sabendo todos que a crise

não é tanto de voluntariado, mas mais de disponibilidade de tempo para esse voluntariado, bom seria que de uma

vez por todas se respondesse às seguintes perguntas:

Que estatuto para os «assalariados» dos Bombeiros?

Por que convenção laboral se devem reger?A

Qual o papel que os Bombeiros pretendem na protecção civil e na emergência pré-hospitalar?

Parceiros e parte da solução ou como muitos deixam antever, parte do problema?

Qual a formação mínima (e quem a controla) para que se possa tripular uma ambulância? (se existe definição

para a formação técnica, o mesmo não acontece com a formação de outro tipo, como seja comunicação,

atendimento, etc.).

Quem não sabe não salva: Este é outro lema muito em voga nos Corpos de Bombeiros para incentivar a formação.

Mas como saber, se não houver profissionais que tenham disponibilidade de tempo para essa formação?

Não quero com isto minimizar as responsabilidades do Estado e estruturas tuteladas, mas não podemos com

estas esconder as nossas fragilidades que todos sabemos que as há: Seja na formação a que não há tempo para

assistir, seja na necessidade de mais meios humanos que os que o voluntariado e as verbas disponíveis permitem

juntar, seja no conservadorismo de alguns intervenientes que ainda vêm os Bombeiros nas décadas do século

passado. Há que ter a coragem de as assumir, e com os restantes intervenientes encontrar soluções para as

minimizar; Não se consegue certamente com notícias alarmantes e acusações mútuas.

Luís Carriço

Presidente da Direcção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sabugal e Vice-Presidente

da Federação de Bombeiros do Distrito da Guarda

in http://capeiaarraiana.wordpress.com

Capeia Arraiana, 27 de Janeiro de 2008 – Artigo de Opinião de Luís Carriço

29.1.08

SABUGAL NA LIGA DOS ÚLTIMOS

E O PIOR CONCELHO PARA VIVER É...


S A B U G A L ! ! !



O Concelho do Sabugal é o que tem pior qualidade de vida no país, isto de acordo com um estudo elaborado pela Universidade da Beira Interior(Covilhã).













O Índice Concelhio de Qualidade de Vida, elaborado pelo Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social da Universidade da Beira Interior, baseia-se no anuário estatístico de 2004 do Instituto Nacional de Estatística. O professor catedrático Pires Manso e Nuno Simões, técnico do Observatório, concluiram neste estudo que os últimos lugares são maioritariamente ocupados por concelhos do norte e centro do país, sendo o concelho de Vinhais o anterior ao Sabugal.Eis os resultados:

Confira os 20 melhores locais para viver:

1º Lisboa 205,07
2º Albufeira 181,04
3º São João da Madeira 168,57
4º Porto 161,05
5º Sintra 158,73
6º Lagos 158,51
7º Cascais 148,57
8º Lagoa 143,95
9º Vila Franca de Xira 142,82
10º Aveiro 142,81
11º Loulé 141,43
12º Portimão 140,04
13º Oeiras 135,78
14 ºFaro 134,13
15º Coimbra 133,45
16º Marinha Grande 131,56
17º Vila Real de Santo António 130,86
18º Amadora 130,32
19º Palmela 128,77
20º Sines 128,65

Confira os piores locais para viver:

1º Murça 32,55
2º Figueira de Castelo Rodrigo 31,71
3º Penedono 30,35
4º Idanha-a-Nova 30,16
5º Mondim de Basto 28,97
6º Cinfães 28,42
7º Vila Flor 27,98
8º Carrazeda de Ansiães 27,46
9º Valpaços 26,56
10º Vila Nova de Foz Côa 25,09
11º Alcoutim 23,56
12º Penamacor 21,89
13º Boticas 19,34
14º Terras de Bouro 18,33
15º Aguiar da Beira 14,97
16º Penalva do Castelo 14,43
17º Pampilhosa da Serra 13,69
18º Resende 12,72
19º Vinhais 5,32
20º Sabugal 5,29

O concelho do Sabugal está votado ao esquecimento político, por muito que os nossos responsáveis autárquicos se esforcem em provar o contrário. Este estudo vem apenas mostrar ao país a realidade das aldeias do nosso concelho. O interior do país, em particular, o concelho do Sabugal está a transformar-se num deserto de pessoas e ideias, levando ao sumisso cada vez mais da sua voz. Os políticos de Lisboa preocupam-se mais com a sua imagem e com o seu bem-estar e esquecem por completo as pessoas do Sabugal. Os encerramentos de várias escolas primárias no concelho do Sabugal, por falta de crianças, a falta de casais novos e a cada vez mais numerosa população de idosos, têm transformado o nosso concelho num território cada vez mais pobre. Poucos se interessam verdadeiramente em solucionar as crescentes dificuldades e necessidades sociais, médicas e culturais da população do Sabugal.

O concelho do Sabugal necessita de dar a volta. Há gente com ideias, há pessoas que lutam pela melhoria da qualidade de vida dos habitantes deste território. Não podemos baixar os braços e deixar que a caravana passe. O futuro somos nós que o construimos hoje. Há que sonhar, há que planear e traçar o rumo para transformar o estado das coisas. Eu vou à luta. Quem me acompanha?

27.1.08

A GRANDE OBRA: ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL DE MALCATA



Associação Solidariedade Social de Malcata



A Associação de Solidariedade Social de Malcata é uma instituição de enorme alcance social e humanitário que dia a dia presta variados serviços às pessoas idosas de Malcata. Nomeadamente o Lar e o Centro de Dia da Associação, é um exemplo de trabalho e entrega aos mais idosos. É a grande obra construida na aldeia até hoje. Não porque tenha envolvido montantes astronómicos de dinheiro, mas porque tem sido um sinal claro da solidariedade que as pessoas de Malcata mostraram ao acautelarem a velhisse dos seus familiares ( e porque não a sua), já que hoje têm um lugar onde passar o tempo, comer, divertir-se e dormir e viver uma vida com mais qualidade, com mais conforto e com mais dignidade.


Carrinha de apoio ao domicílio

É também importante para dar trabalho a algumas pessoas que, de outra forma, teria que se deslocar para fora da aldeia. Graças à Associação, criaram-se condições para que os idosos permanecessem em Malcata, evitando o desenraizamento forçado, que teria efeitos nefastos para aqueles que sempre viveram na aldeia.
O apoio domiciliário é um dos serviços que a Associação oferece aos utentes do Centro de Dia. Os funcionários da instituição levam, todos os dias, as refeições a quem esteja em sua casa e aproveitam esse tempo para se inteirarem das necessidades da pessoa visitada e assim prestarem a ajuda necessária.

Serviço de refeições ao domicílio

25.1.08

BENDADA: É URGENTE SOLUCIONAR OS PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO

















Termo de identidade e residência foi a medida de coação que o Tribunal do Sabugal aplicou hoje ao Presidente da Junta de Freguesia da Bendada, aldeia do concelho do Sabugal.
O que aconteceu ainda são repercuções dos desentendimentos por causa de uma antena de telemóveis(ou duas!) que há uns anos se instalou num monte da aldeia. A freguesia passou a receber uma renda anual. Mas desde esses tempos de discussão para a escolha do local da instalação da antena a população da aldeia anda dividida. Os anos passaram mas as feridas deixaram chagas por sarar e na passada quinta-feira, no largo da aldeia, cerca das 20:00, o presidente da Junta de Freguesia da Bendada envolveu-se numa discussão com um indivíduo, também da Bendada,mas com antecedentes criminais na sua vida. Este acabou por ser atingido por um tiro de pistola, alegadamente disparado pelo presidente da Junta de Freguesia.
Os habitantes da aldeia da Bendada, atribuem estes distúrbios e conflitos às divergências que se arrastam desde a instalação da antena dos telemóveis e das posições assumidas pelo padre Manuel Janela, pároco da aldeia e que tem sido muito contestado por um dos grupos de bendalenses. Houve pessoas que já recorreram ao Bispo da Diocese da Guarda para sanar o conflito, tendo sugerido a substituição do pároco por outro, mas até hoje a Diocese nada decidiu a esse respeito.
E eu imagino o ambiente que reina na aldeia. O meio é pequeno, todos se conhecem uns aos outros e as relações de convivência humana e espiritual não têm sido sadias. Este acontecimento deve ser tomado em conta e não é mais do que um " grito" por parte dos bendalenses para que os ajudemos a dar uma solução ao problema que têm para resolver. E é um problema de relações humanas, de diálogo, de os dois lados unirem esforços para encontrar a solução verdadeira:
"Amar o outro, como eu me amo a mim mesmo!"

24.1.08

A SAÚDE QUE TODOS DESEJAMOS


A saúde é o que as pessoas mais desejam para a vida. O Serviço Nacional de Saúde(SNS) está a passar por uma enorme mudança. Há serviços a encerrar, outros acabados de construir mas de portas fechadas aguardando ordem para abrir. Hospitais que foram remodelados e agora veêm os seus serviços transferidos para outras unidades de saúde. Gastou-se o dinheiro, criaram-se espectativas nas pessoas que iam beneficiar de melhores cuidados de saúde e são confrontadas com o contrário.

Os casos de falta de assistência em casos de emergência são cada vez mais noticiados. Hoje , o jornal dá voz às pessoas de Castelo, lá para os lados de Alijó, no norte de Portugal. O senhor António, de 44 anos, faleceu na madrugada da passada terça-feira. Porquê? Dizem os seus conterrâneos que a assistência foi demorada e...
"Vila Real é demasiado longe para nós. São 60 quilómetros, mas não é como na auto-estrada, que é tudo mais rápido. Não deviam ter fechado o Serviço em Alijó."

"Imagine eu, com 76 anos. Se me acontecer alguma coisa, para eles é igual. Já passamos do prazo, não interessamos a ninguém."

O senhor António vivia lá para os lados de Vila Real. Precisou de assistência médica urgente e demorou uma eternidade a ter essa assistência. O 112 diz uma coisa, os bombeiros outra e os familiares e amigos do António outra. A verdade, é que o António perdeu a vida, ou seja, o auxílio de que necessitava não veio a tempo. O concelho do Sabugal estende-se por uma extensa área. As pessoas, quando precisam de cuidados de saúde, têm que percorrer dezenas de quilómetros até ao Centro de Saúde. Quando é necessário transporte de urgência, têm de esperar que os bombeiros do Sabugal ou Soito cheguem. E o tempo passa, passa ao mesmo tempo que a vítima luta pela vida. Claro que não podemos ter um médico à porta de casa, ou um enfermeiro, ou um Centro de Saúde em cada aldeia. Mas se o Centro do Sabugal possuissse uma equipa de emergência com a respectiva ambulância devidamente equipada, o socorro passaria a ser mais rápido e a vida dos sabugalenses teria outra qualidade e longevidade. É urgente melhorar a assistência aos cuidados de saúde críticos e de emergência. Os hospitais da Guarda, Covilhã ou Coimbra estão demasiado distantes para as estradas que o concelho do Sabugal tem. É urgente que a cidade do Sabugal tenha melhores ligações rodoviárias às auto-estradas que passam ao lado e que depressa chegam aos hospitais da Covilhã, da Guarda e até de Coimbra. Tudo é importante quando uma vida humana está dependente dos outros e do lugar onde vive. As pesoas, mesmo as que já têm 76, 80 ou mais anos, contam e são vidas que têm o direito à vida.




21.1.08

PRESERVAR O PATRIMÓNIO DE MALCATA


Lembram-se das cangalhas? Agora, com a evolução dos transportes e o desaparecimento quase dos jumentos(burros) poucos das gerações mais novas sabem da existência e da utilidade das cangalhas.
As cangalhas, havia várias maneiras de as construir, mas todas eram colocadas por cima da albarda do animal e serviam para o agricultor transportar os feixes de "ferrem", os feixes de lenha ou de milho. Era colocado um feixe de cada lado de maneira a criar um equilíbrio nos dois lados e muitas vezes, colocavam um terceiro a meio e estava a carga completa. Por cima dos feixes passava-se a "cilha"(dava a volta completa) que se apertava com a ajuda do "arroxo" cujo "arroxar" tinha de ser feito por sabedores. É que uma "cilha" mal apertada podia ter como consequência a queda para o chão da carga que tanto custou a carregar.
As cangalhas da foto encontrei-as assim como as veêm e penso que alguém, por exemplo, a Junta de Freguesia, devia falar com o dono(a) e propor-lhe que as doasse para integrar o espólio de um futuro museu( no antigo forno?) que possa perpetuar as memórias dos nossos antepassados.
E quem diz cangalhas, podemos acrescentar todos os utensílios e alfaias agrícolas que hoje já não se usam, mas os nossos avós, os nossos pais e muitos de nós ainda utilizámos em muitas ocasiões.

AS OBRAS NA ESTRADA DE MALCATA VÃO FINALMENTE A TODO O VAPOR!






Estive em Malcata no dia 19 de Janeiro e pelo que me apercebi vai ser desta que as obras na estrada vão andar mais depressa. Quando me dirigia para a aldeia, pouco depois da "placa" lá andava um grupo de trabalhadores nas obras da estrada.
As imagens retratam as máquinas que neste momento estão prontas a ajudar na conclusão da referida obra. As primeiras estão ao lado do campo de futebol, onde também já há muita brita, areia e terra que serão necessário para a obra e as últimas estão a aguardar junto à serração, antes da "placa" para Malcata.
Oxalá que todo este aparato seja mesmo para acabar com as obras depressa e bem, caso contrário, as valetas começam a parecer um campo cheio de crateras e lama. Agora, há que apoiar a "Socongo" para que Malcata possa orgulhar-se d "nova estrada".

13.1.08

M A L C A T A - AO SABOR DA TRADIÇÃO




"A história e tradição estão connosco.
A história e tradição estão connosco. Sendo também a história "a narração de factos ou acontecimentos sociais, políticos, económicos, intelectuais, etc, que mais ou menos influíram na existência dos povos" (sfr. grande dicionário da língua portuguesa de Cândido de Oliveira) e a tradição "a transmissão desses factos, de idade em idade, através da transmissão oral ou de hábitos", (sfr. grande dicionário da língua portuguesa de Cândido de Oliveira), podemos dizer que Malcata fez história e tradição neste Natal de 2007. Foi uma véspera de Natal em cheio. A ACDM e a Junta de Freguesia organizaram a festa da matança da porca, com os rituais sobejamente conhecidos e o almoço aberto a toda a povoação. Muita gente participou nas tarefas exigidas. De tarde, homens e rapazes ocuparam-se alegremente em acarretar os madeiros e a fazer a fogueira que, diga-se a verdade hà anos não se via tão grande. Depois vem a ceia de Natal em família seguindo a tradição. Pelas 11 horas pega-se o lume à fogueira, e perante a expectativa geral comenta-se a direcção do vento, a orientação do fumo e das "mechanas", a queda dos grandes cepos, etc ... etc ... À meia-noite em ponto é o auge: A missa do galo com cânticos, representações, celebrando o nascimento do menino Jesus. Ao beijar do menino canta-se desalmadamente ("até que a voz me doa"), e este fervor é transportado depois para junto da fogueira. Culmina com a ronda do Menino Jesus, (pena é que este ano pouca gente tenha aderido) e o convívio no largo da igreja ao calor do lume e saboreando alguns petiscos e bebidas (as carnes da matança e as castanhas assadas). É com momentos assim que a tradição se mantém, que se transmitem valores do passado e se vive o presente. Em Malcata respeitou-se e viveu-se a tradição, fazendo história para o futuro (os novos que o digam)."
Por: Rui


Texto retirado do Jornal Cinco Quinas.

9.1.08

CÁRITAS PAROQUIAL DE MALCATA






Maria Isabel Varandas Esteves
Presidente da Cáritas Diocesana da Guarda
Naturalidade: Vale de Espinho





Extratos da entrevista concedida ao jornal "A GUARDA" de 3 de Janeiro de 2008:
A Guarda: Como é que funciona a Cáritas da Guarda?
Isabel:
O seu objectivo fundamental é a animação sócio-caritativa da Diocese da Guarda. Em cada paróquia deveria existir um serviço permanente de acção social. No entanto, não tem sido fácil de implementar. Existem cáritas paroquiais na Covilhã, Gouveia, Aldeia de Joanes, e Seia, São Romão, Vide e Malcata.


"Os rendimentos dos idosos são insuficientes para fazer face às suas necessidades".
Palavras ditas por Isabel Varandas, ao jornal "A Guarda".

3.1.08

A MATANÇA DO PORCO E A ASAE


António Nunes, o responsável máximo da ASAE afirmou no dia 29 de Dezembro de 2007, numa entrevista ao semanário "Sol" isto:


"Tudo o que se fazia antigamente, dentro das casas das pessoas, continua a fazer-se; tudo o que diga respeito ao consumo público, tem que estar protegido por normas de inspecção sanitária. Se eu matar o meu porquinho, convidar uns amigos, e tudo isso se mantiver no domínio privado, não há problema nenhum".




Entenderam? Está claro como a água que bebemos na fonte de Malcata. A matança do porco do Ti Manel, do Ti João e de todos os tios e tias, primos e primas, vizinhos e amigos, desde que seja para consumo em casa desses familiares ou amigos, a Asae, através do seu dirigente máximo, diz que não há problema nenhum, desde que se coma em casa. Nada de fazer negócio de carne, de enchidos ou de presuntos...é que aí já a Asae entra em acção.

2.1.08

EM DEFESA DO LINCE E DA RESERVA NATURAL DA SERRA DA MALCATA




Deputado Luís Marques defende Centro Nacional na Reserva da Malcata

O Deputado Luís Carloto Marques (membro do MPT, eleito na lista do PPD/PSD pelo círculo eleitoral de Setúbal) questionou, recentemente, o Governo sobre a localização do Centro de Reprodução do Lince Ibérico. Em requerimento, enviado à Assembleia da República, com data de 6 de Dezembro, Luís Marques pede, ao Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, explicações sobre a “reprodução do lince ibérico em cativeiro”, nomeadamente a localização do futuro Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro do felino mais ameaçado do mundo.
De referir que em Julho deste ano, o ministro do Ambiente anunciou a instalação, em Silves do Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro do Lince Ibérico, esquecendo todo o trabalho realizado na Reserva Natural da Serra da Malcata. De salientar que a reprodução em cativeiro vai acontecer ao abrigo de um programa ibérico de repovoamento.
Perante estes dados o Deputado Luís Marques lembra que a Reserva Natural da Serra da Malcata foi declarada uma área protegida em 1981, exactamente para salvaguardar o habitat do felino mais ameaçado do mundo. “Apesar de as populações deste felino estarem extintas em Portugal, toda a estratégia que seguiu a Reserva Natural da serra da Malcata, teve sempre como primeira prioridade o lince ibérico” refere o documento. E acrescenta: “depois da sua extinção, que terá ocorrido na segunda metade da década de noventa, o esforço orientou-se para consolidar o seu habitat preferido, na esperança de atrair populações da Serra da Gata ou a sua reintrodução a partir de indivíduos nascidos em cativeiro”. O Deputado adianta também: “adquiriram-se terrenos, instalaram-se pastagens, efectuaram-se marouços, introduziram-se coelhos, contrataram-se técnicos qualificados, efectuaram-se inúmeras acções de educação ambiental, impediu-se a colocação de torres eólicas, as zonas de caça estão condicionadas ou interditas, tudo em nome de uma espécie prioritária. As populações e os empresários que investiram na região, ou que tencionavam efectuá-lo tiveram os seus projectos condicionados ou direccionados para outras zonas”.
No âmbito de uma reunião com o Governo de Espanha, o Governo Português acabaria por anunciar um protocolo para a cedência de linces do Centro de Reprodução de El Acebuche, destinados a um Centro Nacional para a Reprodução em Cativeiro que, de acordo com o ministro do Ambiente ficará localizado no Algarve.
Através do requerimento apresentado na Assembleia da República, Luís Marques, quer saber “quais foram os imperativos técnicos que impediram que o centro de Reprodução do Lince Ibérico fosse instalado na Reserva Natural da serra da Malcata”. Para o deputado “os concelhos de Sabugal e Penamacor foram, de alguma forma, penalizados pela criação da Reserva Natural da Serra da Serra da Malcata, mas o interesse nacional e mundial que representa o Lince Ibérico foi justamente considerado prioritário, sendo por isso de elementar justiça que o Centro Nacional para a Reprodução do Lince Ibérico, que receberá animais do centro andaluz de El Acebuche, se localize dentro da Reserva Natural da Serra da Malcata”.
De acordo com os dados disponíveis, até final de 2008, a Águas do Algarve estará em condições de activar o primeiro Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro do Lince Ibérico em Portugal, um projecto que decorre no âmbito da construção da Barragem de Odelouca e, em particular, das medidas para restauração de habitat e presas de lince-ibérico na área de influência da barragem, bem como a sua reprodução em cativeiro e posterior reintrodução em território nacional. Ao que tudo indica o futuro centro ficará situado num terreno adjacente à barragem do Arade, no concelho de Silves, no Algarve, e terá capacidade para acolher 16 animais.
Recorde-se que o lince-ibérico (Lynx pardinus) é considerado o felino mais ameaçado do mundo (Nowell & Jackson, 1996), estando originalmente confinado apenas à Península Ibérica. Neste momento, as últimas populações viáveis de lince-ibérico encontram-se na Andaluzia.
in "Jornal A Guarda" de 27/12/2007