06 abril, 2025

MALCATA: AS MINHAS PRIMAS QUE GOSTAM DE BORBOLETAS SEM NOME

 


   Há borboletas muito bonitas, há amarelas, brancas, castanhas, amarelas e castanhas, são tantas as cores que ao olhar para elas e para a sua leveza e beleza, fico em silêncio e atento aos seus movimentos. Dizem que as borboletas vivem pouco, um dia nascem e no fim desse dia, voam para o céu delas. É preciso ser corajoso e querer viver um dia.
   Sabem, tenho umas primas que apreciam muito a vida e gostam de apreciar o reino das borboletas. Gostam muito de viver e encontraram no reino das borboletas o sentimento maravilhoso de amar outras crianças, outras mães e pais. Tal como as borboletas que são corajosas e ultrapassam os problemas que aparecem na vida, as minhas primas amigas de borboletas construíram uma obra e foi a forma encontrada para partilhar o amor de viver alegre e feliz enquanto respiram neste grande jardim que é o mundo.  E a obra está muito bem desenhada, escrita, tem tantas janelas e portas que as borboletas entram e saem quando lhes apetece, é só desejar.
   Ah! Ainda não vos revelei que obra se trata, onde e como a podem conhecer?! Que falta de educação a minha! Se quiserem conhecer ou apenas espreitar pela frincha da porta, vejam por este buraquinho:
https://www.atlanticbookshop.pt/7-aos-10-anos/a-procura-da-borboleta-que-nao-tinha-nome


Malcata-terra das borboletas sem nome !


José Nunes Martins

 

03 abril, 2025

MALCATA: CARVALHÃO SEM CARVALHOS E SEM VIZINHOS

 

Carvalhos deram o nome ao Carvalhão

   Na nossa aldeia a maioria das pessoas dedicava-se à agricultura e era dos chãos que tiravam o sustento para a família. Como acontecia em todas as aldeias, havia famílias que eram donos de muitas terras e encontravam-se espalhadas por toda a área da freguesia. Possuíam uma ou duas juntas de vacas, um carro de transporte, uma casa de habitação grande e com um bom curral, com lugar e espaço para nele caber tudo e mais não sei quê, desde o carro de vacas, a lenha e o tronco para a cortar, a estrumeira, a cortelha dos porcos, a capoeira das galinhas, flores e até uma cerejeira ou figueira, quando não era uma videira encostada à frente da casa.
   Nesses tempos em que ainda não havia máquinas e todo o trabalho se fazia manualmente ou recorrendo à força dos animais que puxavam a charrua, o arado, a grade e se fosse preciso, até se utilizavam para fazer a nora do poço rodar e encher os copos de água que depois eram esvaziados para a caldeira e depois ia rego abaixo até onde fosse necessária.
    As famílias procuravam formas de combater a falta de máquinas. E a mais comum de todas era aumentar o número de filhos e colocá-los a trabalhar na agricultura. Os mais novos eram mandados a guardar os animais, podiam ser cabras, vacas e o burro, que sem grande esforço físico qualquer criança conseguia levar até aos lameiros e trazê-los de regresso a casa ao fim de umas horas.
                                                



   - “Ó João, está na hora de ir guardar a vaca e as cabras!” – dizia-me a Ti Benvinda, minha mãe, lá do cimo da varanda de casa.
   Olhei para ela e vi que estava a depenar uns feijões que tinha posto ao sol a secar, como estava calor tinha-os espalhado pelo chão da varanda e ali ia ficar sentada na cadeira a depenar feijões. Eu deixei as brincadeiras e lá fui à loja soltar o gado para o levar até ao Ozival, para o lameiro.
   Até que gostava de guardar a vaca e as cabras! A vaca nestas alturas levava uma vida de sonho, saíam para comer e depois de barriga cheia, regressava à loja. Havia alguns dias assim, leves, frescos, comer e beber e deitar a ruminar feno. Talvez a vaca soubesse que enquanto estivesse prenha, não seria junguida para nada, nem sequer para agradear o chão!
   Aquilo sim, era uma vida de trabalho e muito suor, mas as pessoas viviam contentes com a sua vida.
   Aqueles tempos fazem-me pensar na sorte que às vezes precisamos de ter na vida. Por exemplo, morar junto a um bom grupo de vizinhos, normalmente famílias de respeito e bom coração. Essa foi a sorte da minha família: viver ao lado da Ti Cilda e Ti Joaquim António, da Ti Ana e do Ti Domingos, da Ti Ana e do Ti João, do Ti Zé Triste e da mulher da qual não me lembro do nome, da Ti Rosa e do Ti Quim Nita, da Ti Ana e do Ti Horácio, da Ti Dorinda e do Ti João, da Ti Graça e do Ti Manel,  da Ti Lucinda, vivia sozinha, da Ti Delaide e Ti Quim…da Ti Irundina…do meuTi Zé Gravanço…a juntar a estes nomes um rol bem grande de rapazes e raparigas, davam vida ao Carvalhão. Há ainda dois casais vizinhos que não mencionei, nesse tempo que me estou a querer lembrar, estavam as duas habitações vazias durante todo o ano, pois só vinham à aldeia quando tinham “vacanças” e então sim, vinham aumentar o número de vizinhos. E estou a referir-me aos meus tios: Ti Dulce e Ti Zé Pires e ao Ti Felisberto e Ti Cilda Coxa e Carlos e Natália. Todas as famílias se davam bem umas com as outras, ajudavam-se cada vez que fosse preciso.

 
Barreira no Carvalhão

   



   Eram os anos 60, 70 e 80, tempos memoráveis e que hoje é património imaterial das nossas vidas, da aldeia e do lugar do Carvalhão. Os vizinhos do Carvalhão eram mais do que estes, ainda agora me lembrei doutro casal, o homem chamavam-lhe Ti Navalhinhas, perdoem, mas de momento esqueci-me do nome da sua mulher, da Lena, do Ti Firmino e da sua vizinhança, os pais da Marizé casada com o Amadeu. Se agora me lembrasse dos seus nomes…ai a minha memória, às vezes não ajuda. Não levem a mal, são muitos anos a viver longe da aldeia e das pessoas daí.
   Fico à espera da vossa ajuda para identificar esta gente amiga.
   Já agora, expressem a vossa opinião sobre o que leram.
  
  
  
  
Beco da Corela
(Carlos e Natália)



Vizinhos a conversa
(Isilda e Ascensão)

                      

   



02 abril, 2025

ONTEM FOI O DIA DAS MENTIRAS SUAVES E SEM MALDADE

Malcata escondida

 

   Certamente que os leitores já se aperceberam que a informação sobre os candidatos âs próximas eleições autárquicas não eram verdadeiras, tudo não passou de uma brincadeira do dia das mentiras. Foi só uma pequena provocação (espero que me perdoem a brincadeira ).
  
   Brincadeiras à parte, seria interessante a comunidade da nossa freguesia
dialogasse sobre o tema das próximas eleições, não ter medo de apresentar em público as pessoas que se irão candidatar… e porque não fazer desse dia um dia da Verdade?!



01 abril, 2025

CHEGA QUER GANHAR EM MALCATA

 



  

 ELEIÇÕES AUTÁRQUICAS

   Deixo-vos com as notícias sobre as próximas eleições autárquicas no concelho do Sabugal e também da nossa freguesia.
    Chegou-me às mãos a informação que o CHEGA 
vai candidatar Carla Sofia Fernandes à Junta de Freguesia de Malcata. 
   O PSD escolheu Vítor Fernandes, candidato
 que já esteve três mandatos no cargo. 
   E o PS também já tem uma lista formada; 
o cabeça de lista ainda vai ser escolhido
numa reunião marcada para o próximo dia 4 de Abril.


                                                                                         
  


30 março, 2025

MALCATA: 1ª MÃO DA TAÇA "ALMA RAIANA" NO ARENA MALCATA

 

Malcata-Benquerença 2024

   Durante muitos anos na nossa aldeia os rapazes que gostavam de jogar à bola reuniam-se e iam para as tapadas jogar. Nas férias da escola, chegavam a reunir uma equipa para jogar com as aldeias vizinhas, ou então um daqueles jogos “solteiros contra casados”.
   Na nossa terra o desporto resumia-se ao jogo da bola. Como havia muita juventude, surgiu a Associação Cultural e Desportiva de Malcata que passou a realizar as actividades desportivas e culturais de forma mais organizada e programada ao longo de todo o ano.
   A Associação passou por maus momentos e chegou mesmo a ficar inactiva durante algum tempo, pois a juventude abalou para fora e não havia quem assumisse a direcção. Quando reabriu apareceu renovada, organizada e com novidades: atletismo federado. Foram tempos em que a aposta foi no atletismo para os mais pequenos e podemos agora dizer, foi uma aposta ganha e que enquanto se manteve a equipa técnica, honrou a modalidade, a associação e a freguesia. A bola não foi esquecida, apenas por falta de atletas, a associação voltou-se para o futsal e chegou a participar com uma equipa no torneio do município torneio "Inter-freguesias do Sabugal”, sempre com resultados modestos.
    O ano de 2017 ficou assinalado pela eleição de novos corpos sociais, um mapa de actividades diferente e verdade seja dita, tudo o que inclua comer e beber, é êxito pela certa. Já quanto ao desporto e à cultura, muitas dificuldades para formação de uma equipa de futsal, futebol de 11 só com a “contratação” de reforços externos e vestem o que cada um tem em casa ou do que ainda há dos antigos equipamentos da associação.
   Hoje, 30 de Março de 2025, pelas 16H30, está marcado um jogo de bola contra a Benquerença. Tal como aconteceu no ano passado, a Benquerença vem a Malcata para disputar um jogo de futebol de onze.
   O cartaz foi divulgado através da internet, esta semana também foi publicitado na página oficial da Freguesia de Malcata, na da Associação Cultural e Desportiva nem uma letra!!!! Muito diferente da promoção do ano passado, em que a ACDM e a JFM se apresentaram como patrocinadores do encontro realizado no campo da bola. Este ano numa versão mais “in” e com transmissão directa na internet, batizado com o nome “TAÇA da ALMA RAIANA” não tem patrocínios?
   Há tanta coisa a acontecer na aldeia e o vento nada me diz!
   Se puder e conseguir ver, vou ver numa janela aberta.
   Boa sorte Malcata.
                                                                                José Nunes Martins

LINK PARA VER EM DIRECTO AQUI:

3 d  ·

1.ª MÃO DA TAÇA ALMA RAIANA: MALCATA vs. ADCR BENQUERENÇA

📺 Transmissão em direto pela Aduane Sports

https://www.youtube.com/live/MsK7otdYVJA

🗓️ 30-03-2025 - 1.ª mão da Taça Alma Raiana

🕑 16h30

🏟️ Arena de Malcata

⚔️ Malcata 🆚 ADCR Benquerença