Mostrar mensagens com a etiqueta vida. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta vida. Mostrar todas as mensagens

1.8.13

A VIDA É FEITA DE MUDANÇAS


   No último domingo, dia 28 de Julho, o Padre César teve a coragem e a dignidade de, em primeira mão, dar a notícia de que, a partir do fim de Agosto, irá deixar de exercer as funções de pároco na paróquia de Malcata e nas outras da qual era responsável.

O Jornal Cinco Quinas já está a divulgar esta notícia. Num texto assinado pelo nosso conterrâneo Rui Chamusco, é dado a conhecer aos leitores deste jornal a mudança de rumo do nosso estimado e querido padre César. Dada a importância desta decisão e porque nem todos têm acesso ao Cinco Quinas On Line e do qual eu sou assinante ( logo tenho esse acesso ) vou partilhar o que penso ser o que a maioria dos malcatanhos sentem no seu interior.
   Então é assim:
   Decisões e Mudanças de vida


·         1 de Agosto de 2013 18:10


Depois de muita reflexão e de ponderar a continuidade do exercício das suas funções, decidiu seguir outro caminho que não passará pelas vias do sacerdócio. Há alguns anos dizia o Padre César, em entrevista a um jornal da Guarda: ”defino-me por aquilo que sou e não por aquilo que faço”. 
Ao longo da nossa vida vamo-nos deparando com uma amálgama de acontecimentos, notícias, pessoas e amizades que nos vão moldando na estrutura e na forma de sermos e parecermos. Há pessoas que fazem parte do nosso mundo a quem muito devemos pela sua dedicação e trabalho e que nunca poderemos esquecer, aconteça o que acontecer.
Nos últimos dez anos, uma das pessoas que mais marcaram as nossas terras e o nosso concelho foi sem dúvida o Padre César do Nascimento. A sua forma de ser e de estar connosco, seja como pároco de bastantes aldeias do nosso concelho, seja como professor no agrupamento de escolas do Sabugal, seja simplesmente como companheiro e amigo, fazendo parte das nossas vidas. Todos lhe devemos um agradecimento (tributo a César), que espero seja concretizado brevemente em cada uma das terras (paróquias) que usufruíram dos seus serviços e dedicação.
No último domingo, dia 28 de Julho, o Padre César teve a coragem e a dignidade de, em primeira mão, dar a notícia de que, a partir do fim de Agosto, irá deixar de exercer as funções de pároco. Depois de muita reflexão e de ponderar a continuidade do exercício destas funções, decidiu seguir outro caminho que não passará pelas vias do sacerdócio. Muitos foram apanhados de surpresa, outros encararam a notícia com normalidade, sabendo de antemão que uma decisão desta natureza é para respeitar. Seja qual for o caminho que o padre César decida percorrer, só temos de o apoiar, de modo a que siga, em consciência, o que for melhor para a sua realização pessoal. Quem durante a sua vida nunca mudou de direcção e fez opções diferentes? Há algum mal em mudar de vida, em mudar de profissão? Deu a notícia mas está connosco; dá a cara porque não deve nada a ninguém; porque é corajoso. Trata as dificuldades com frontalidade. Há alguns anos que o Padre César, em entrevista a um jornal da Guarda dizia: “
defino-me por aquilo que sou e não por aquilo que faço”. É a eterna questão: “ser ou não ser”. E todos nós sabemos que ele é um grande homem.
Sei por experiência própria que estas decisões são dolorosas para todos mas especialmente para quem as toma. Por isso o apoio dos amigos é uma preciosa ajuda. Sei também que comentários, boatos e mexericos ninguém os pode evitar. Mas, por favor, tentem compreender que é melhor mudar de vida do que perder a saúde física ou mental. Ninguém tem o direito de condenar seja quem for, porque culpas todos as temos. Ou então, como diz o evangelho “
quem estiver limpo que atire a primeira pedra”.
Estou certo que o nosso apoio nunca lhe faltará, seja qual for o seu percurso. A amizade estabelecida não pode ficar por aqui. Com certeza de que encontraremos momentos e meios de fortificar esta amizade.
Um abraço César e um grande obrigado pela dedicação e serviço com que nos tens presenteado.
Rui Chamusco
Copiado daqui:
http://www.cincoquinas.net/?p=8128

10.5.13

MALCATA SOLIDÁRIA

Homenagem ao Presidente da ASSM
(
Foto do jornal Cinco Quinas )
    Foi em ambiente de festa que o povo de Malcata celebrou os 18 anos de vida do lar da ASSM (Associação de Solidariedade Social de Malcata ) e que este ano teve como ponto alto a homenagem ao seu presidente, senhor Carlos Clemente, cargo que ocupa desde 1995. "Pavilhão Carlos Clemente" é o nome com que agora passa a ser conhecida a obra que foi construída em 1998 e que todos chamavam pavilhão multiusos.
Carlos Clemente agradece a homenagem
                                                              ( Foto do Jornal Cinco Quinas )
 
   


A homenagem a Carlos Clemente foi acompanhada pelo senhor Jacinto Dias, actual Director do Centro Distrital da Segurança Social da Guarda, pelo senhor António Robalo, actual presidente da Câmara Municipal do Sabugal e pelo senhor Carlos Gonçalves, actual presidente da mesa da Assembleia Geral da associação.
   E antes de todos cantarem os parabéns, houve comes e bebes, música e cantares pelo Grupo de Cantares da Meimoa. A cereja em cima do bolo foi colocada pelo comovido presidente da instituição ao anunciar que brevemente se irão iniciar as obras da Unidade Residencial  Para Idosos, com capacidade para receber e apoiar 31 utentes. A unidade social ocupará os terrenos ao lado do Pavilhão Carlos Clemente.
   E pensar que tudo começou com um sonho, com a bondade doTi Cidades ( Manuel Augusto Cidades ), que doou à ASSM os terrenos onde em 1992 se iniciou a construção do lar. A sua inauguração decorreu no ano de 1994, em 1995 eram já 25 os utentes do lar, aumentando para 37 utentes em 1997, após obras de adaptação. Seguiu-se em 1998 a construção do pavilhão multiusos, um espaço que tem servido toda a população de Malcata sempre que dele necessita.
   A ASSM está VIVA e o céu é o limite dos seus sonhos. 



Funcionários do Lar


 
   Uma palavra de apreço para todas as pessoas que fizeram parte da direcção da instituição. Também uma palavra de agradecimento e de ânimo para todos os funcionários da instituição que diariamente dão o seu melhor para o bem estar dos nossos queridos idosos.


   

4.11.11

OS SONHOS DOS ANTÓNIOS

   António Gata teve um sonho este Verão. E decidiu partilhar o seu sonho com os leitores do Jornal Cinco Quinas. Dada a minha tendência também para sonhar e porque gostei de ler o sonho do António Gata, vai daí pensei que seria importante partilhá-lo aqui convosco. E o sonho começa "numa viagem a uma dessas mais inacessíveis regiões do nosso Planeta, onde descobriu um povo que, apesar de identificado por exploradores destemidos, continua a viver num grande isolamento, lutando estoicamente para deixar intactos os seus usos e costumes ancestrais, fazendo de cada momento da sua vivência individual e em grupo motivo para defender e preservar as suas tradições.
   ...na primeira noite, enquanto deambulava pelas ruas de uma pequena aldeia, apercebi-me que algo de anormal se passava, pois alguma tensão era visível nos olhares e gestos de homens e mulheres, tanto dos mais novos como dos mais velhos. Ao chegar à praça principal deparei-me com grande aglomeração de pessoas que atentamente ouviam os diversos oradores que iam subindo a um palanque e, através de discursos inflamados, davam azo a aplausos de uns e a vaias de outros.
   Ia vendo e ouvindo, só que como não percebia o dialecto em que se expremiam não entendia nada do que se passava. Novamente me valeu a fada amiga que, assumindo o papel de interprete, me passou a descodificar o que ia acontecendo.
   Afinal, o que estava em causa eram uns terrenos com grande potencial turístico, onde investidores de longínquas paragens se propunham instalar equipamentos tanto na área da saúde como do lazer, que iriam proporcionar aos habitantes locais um futuro com mais e melhor qualidade de vida.


Reunião do povo

   O responsável da aldeia, depois de tempos atrás ter reunido com os representantes do povo, que lhe tinham dado luz verde para negociar, tinha decidido ceder a preço simbólico os terrenos necessários para instalar o empreendimento. E foi esta decisão que, passado algum tempo, acabou por ser causa de desentendimentos e problemas. Apesar de ser uma sociedade tribal a propriedade é individual e existe uma grande ligação a ela, sentimento que se vai transmitindo e desenvolvendo de geração em geração.
   E se está decidido ceder os terrenos necessários aos investidores a preço simbólico, condição para que o processo avance, é também importante comprar o mais barato possível aos proprietários, defendem os representantes do povo, para não serem mais prejudicadas as finanças publicas, muito depauperadas nos tempos que correm, devido a grandes investimentos que foram feitos e para os quais foi necessário recorrer ao crédito.
   Um habitante da aldeia com espírito aventureiro, pouco dado a permanecer muito tempo no mesmo local, esteve numa cidade longe da aldeia e, acidentalmente, ouviu falar do empreendimento para a sua terra e que as intenções dos promotores do empreendimento não seriam bem as que tinham sido apresentadas às autoridades locais, ouvindo  pela primeira vez falar em especulação imobiliária, em enriquecimento fácil e outros  palavrões que não faziam parte do seu vocabulário.
   Suspeitando que alguma coisa de errado se passava, que poderá ser prejudicial para os seus conterrâneos, decidiu regressar de imediato e após ter transmitido ao chefe da aldeia as informações de que dispunha e que, diga-se em abono da verdade, às quais não deu a mínima importância, começou a falar do assunto em público.
   Foi este o motivo que levou a que o povo se reunisse em assembleia popular e foi esta assembleia que eu encontrei e que acompanhava tão interessadamente.

   Devido a compromissos assumidos pela fada amiga, que não conseguiu alterar, teve que abandonar o local onde nos encontrávamos. Fiquei, por isso, impedido de continuar a acompanhar o que se ia dizendo, só me apercebendo que os ânimos iam ficando cada vez mais exaltados. Foi no preciso momento em que o chefe da aldeia se dirigiu para o palanque para falar que acordei.
   Sei que não é fácil. Contudo, aguardo ansiosamente que a fada amiga me leve novamente a esse mundo de fantasia pois é grande a minha curiosidade em saber  como tudo isto acabou".

 Promessas de mais e melhor

As autoridades locais  interessadas no projecto


Localização do empreendimento

   Sim, sonhar faz bem e é gratuito. O sonho é uma palavra que apenas no dicionário vem antes da palavra trabalho. E como os sonhos só se tornam realidade com muito trabalho, há sonhadores que quando acordam para a realidade se apercebem dos pesadelos e angústias que causaram aos outros.

 Aqui encontra os sonhos do António Reis:
http://www.ofeliaclub.com.pt/index.php/pt/145

1.11.11

VIDA E MORTE

Eis a questão:
É ou não é a morte o fim de tudo?

"Se é o fim, assume o carácter de uma terrível mutilação; se não é, a nossa morte adquire uma dimensão extremamente nova.
Um sereno confronto com a morte - esse momento crítico da nossa vida que teremos de enfrentar sozinhos - situa-nos perante tudo ou nada, perante o sentido ou sem sentido da nossa existência. Ou Deus ou o vazio infinito. O segredo da vida e da morte coincide com o mistério de Deus. Assim como o meu "eu" pessoal, único, irrepetível não encontra qualquer explicação satisfatória na Física, na Química ou na Biologia, assim também não encontro uma resposta sobre Deus com o método das Ciências Naturais. Só temos nas mãos uma coisa: a esperança. A esperança que, até ao nosso último alento, nos dá a alegria de viver".

Autor: Phil Bosmans, no livro AMAR, editado pela EPS, Porto.

4.10.11

A RAPOSA DA MALCATA

Perdoem-me por dedicar esta mensagem a José Lucas, um homem grande. Este homem grande nasceu em Malcata e até aos 18 anos percorreu os vales e montes da serra que rodeiam a aldeia. Foi para terras de França trabalhar mas sempre com tempo para aprender. A pintura e a música transformaram a vida de José. Depois de umas dezenas de anos em França, regressou a Malcata e aos caminhos, montes e vales da serra. Os ares puros e limpos da serra da Malcata e as recordações de infância levaram este malcatanho a entranhar-se todos os dias a caminhadas que tão bem têm feito à sua saúde. Pelo amanhecer ou pelo anoitecer, só ou na companhia da sua esposa, José Lucas de lanterna na mão e dois bastões deixa-se diluir por meio de pinheiros e carquejas e nunca se mostra saturado de andar. E foi numa noite de luar, na companhia da sua esposa, José Lucas cativou uma raposa.E tal como no livro "O Principezinho", José Lucas voltou ao local de encontro durante várias noites até que o encontro aconteceu. Contou-me o José que um dia, na época da caça, depois de encontrar a raposa, afastaram-se os dois para zonas onde os caçadores estavam proibidos de caçar. Neste Verão senti o José muito preocupado com o futuro da raposa. A sua amiga casou-se e dera à luz pelo menos quatro filhotes. A liberdade para José é um valor dos mais nobres e está lentamente a afastar-se da raposa, pois não deseja interferir na vida familiar da raposa. E pela reacção do José percebi o sofrimento que este afastamento lhe está a causar. Muitos segredos têm os dois para contar.
P.S. : Estas fotografias foram-me cedidas por José Lucas.

23.9.10

TOURADAS: PRÓS E CONTRA

As touradas em Portugal estão a ser tema de muitas conversas nos cafés, nos jornais e na internet. Neste momento decorrem duas petições na internet e cada uma defende as suas ideias. Como sabem, o concelho do Sabugal é conhecido pelas "capeias", ou touradas com forcão, como lhe queiram chamar. Também não é de estranhar que um dia destes apareça um grupo a defender a abolição das "capeias" nas aldeias do Sabugal. Eis uma amostra do estado de alma destes dois grupos, um que é contra e o outro a favor:


"Em Defesa da Festa Brava


Em Defesa da História, da Terra e dos Homens

Em Defesa dos Animais e da Natureza



Chamo-me Francisco Moita Flores. Sou escritor. Sou pai de três filhos, avô de três netos. E, neste momento da minha vida pessoal, por decisão do Povo de Santarém, sou Presidente de Câmara".

E os defensores da festa dos touros continuam:
"As culturas urbanas radicais desprezaram os campos e desprezam os seus costumes, gostos, atitudes psico-afectivas. Consideram-nos ganga, ruído, ‘pimba', decadência face ao brilho multicolorido das cidades. Como disse a grande poetisa Sophia de Mello Breyner, são pessoas sensíveis que detestam ver matar galinhas, mas adoram canja de galinha! Culturas, ou microculturas radicais que surpreendidos pela devastação que provocaram, desertificando os campos, envelhecendo-os, matando-os, matando a agricultura, as aldeias, as vilas, a vida da pastorícia, das florestas - tudo submetido à ordem e aos valores da cidade - descobriram que valia a pena lutar por adereços. Não pelos campos ou pela multiplicação dos animais como estratégia de recuperação do mundo agrícola, muito menos por respeito pelos homens que desprezam e tratam como meros servos, mas para apaziguar consciências consumistas que na irracionalidade do consumismo despedaçaram qualquer outro valor, ideia, ou respeito pelos outros, seja pelos Homens, seja pela Natureza, seja pelos Animais.


Os diferentes nichos que surgem pelo país, em defesa do lince, em defesa do lobo, em defesa da água, contra a festa brava, na maior parte dos casos apenas olha a árvore e recusa-se a ver a floresta. São, na sua maioria, contra qualquer vínculo que afirme o respeito pelos Direitos do Homem casados e em sintonia com os Direitos da Terra. Não quero, nem é possível discutir os argumentos contra a Festa Brava.

Do outro lado da barricada e contra a festa brava aqui vai:


Considerando que:




a) a ciência reconhece inquestionavelmente a maioria dos animais, incluindo cavalos e touros, como seres sencientes, capazes de sentir dor e prazer, físicos e psicológicos, bem como sentimentos de medo, angústia, stress e ansiedade;



b) as touradas gozam em Portugal de um injustificado regime de excepção legal, pois o ponto 2 do Artigo 3.º da Lei n.º 92/95 de “Protecção aos animais”, que diz que “As touradas são autorizadas nos termos regulamentados”, contradiz frontalmente o ponto 1 do Artigo 1.º da mesma lei, que declara que “São proibidas todas as violências injustificadas contra animais, considerando-se como tais os actos consistentes em, sem necessidade, se infligir a morte, o sofrimento cruel e prolongado ou graves lesões a um animal”, o que é manifestamente o caso das touradas;



c) a maioria da população portuguesa é contra a tauromaquia, conforme mostra um estudo realizado em 2007 pelo Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do ISCTE;



d) as touradas ofendem a fé e o sentimento maioritariamente cristãos e católicos do povo português, pois a Bíblia apresenta os animais como criaturas de Deus (Génesis, 1, 24) e o Catecismo Católico declara ser “contrário à dignidade humana fazer com que os animais sofram ou morram desnecessariamente”, doutrina recentemente recordada pelos Papas João Paulo II e Bento XVI;



e) o artigo 9.º da Constituição da República Portuguesa consagra como tarefa fundamental do Estado “promover o bem-estar e a qualidade de vida do povo”, o que se contradiz pela permissão das touradas, que ofendem o sentimento maioritário da população e contribuem para a degradação moral de quem obtém prazer estético e psicológico com o sofrimento dos animais;



f) as touradas são uma das expressões de uma cultura da insensibilidade e da violência que degrada quem a pratica e promove, o que ofende o Artigo 1.º dos “Princípios fundamentais” da Constituição da República Portuguesa, que proclama Portugal como “uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana”;



g) vários estudos e especialistas concordam que a prática e a aceitação da violência contra os animais predispõe para a prática e a aceitação da violência contra os homens;



h) o progressivo abandono de tradições retrógradas, contrárias a um sentido humanista de cultura como aquilo que contribui para nos tornar melhores seres humanos, é o que caracteriza a evolução mental e civilizacional das sociedades e melhor corresponde à sensibilidade contemporânea;



i) a existência de touradas no século XXI constitui um embaraço para Portugal perante a comunidade internacional, configurando a imagem de um país com pessoas e práticas bárbaras;



j) a abolição das touradas é compatível com a manutenção da sua coreografia, sem a utilização de animais, num espectáculo em que se preserve a estética tradicional e que possa converter-se na atracção turística que as touradas não são e nunca foram, pela repulsa que geram nos cidadãos estrangeiros (a evolução dos costumes ditou o mesmo em muitas culturas, convertendo antigas práticas marciais, com mortes e derramamento de sangue, em artes lúdicas, como no caso do kendo japonês e da capoeira afro-brasileira, entre muitos outros exemplos);



l) a abolição das touradas vem na linha humanista da abolição da pena de morte, em que Portugal foi pioneiro, e promoverá a imagem de Portugal em todo o mundo, sendo um contributo decisivo para o país mais ético que todos desejamos, esse “país mais livre, mais justo e mais fraterno” consagrado no “Preâmbulo” da Constituição da República Portuguesa;



Vimos por este meio solicitar que se aprove legislação no sentido de abolir completamente as touradas e todos os espectáculos com touros, sob qualquer forma, em todo o território nacional, convertendo-se as actuais praças de touros em museus e casas de cultura onde se preserve informação sobre uma prática ultrapassada e onde se promovam actividades humanitárias e de introdução dos jovens e do público em geral a um maior conhecimento e sensibilidade para com a natureza e os seres vivos, criando postos de trabalho onde se podem inserir muitas das pessoas agora dedicadas às actividades tauromáquicas".


PONTUAÇÃO:

9.763 assinaturas às 00:00 de 23 de Setembro da Petição pela abolição das touradas
10.340 assinaturas às 00:00 de 23 de Setembro da Petição Em Defesa da Festa Brava

1.1.10

2010 - ANO INTERNACIONAL DA BIODIVERSIDADE




 “Celebrar a diversidade da vida na Terra e contrariar a perda da biodiversidade no mundo”. Na verdade, o ritmo de extinções é “alarmante”, ou seja, mil vezes o ritmo que seria natural, estima a ONU. “Esta perda é causada pelas actividades humanas e estima-se que seja agravada pelas alterações climáticas”.
“O ano 2010 será um ano de mobilização internacional em relação a este desafio global, que nos irá permitir ir mais longe nas nossas acções”, declarou Gerald Tremblay.

 Reserva Natural da Malcata

«A biodiversidade é a vida. A biodiversidade é a nossa vida», eis o mote que as Nações Unidas associam a 2010, Ano Internacional da Biodiversidade.
A ministra do Ambiente quer aproveitar 2010, Ano Internacional da Biodiversidade, para sensibilizar o cidadão comum sobre a importância da preservação das espécies na qualidade de vida de cada um.
“Não queremos que continue a ser uma preocupação de elites técnicas, queremos que desça ao cidadão porque temo-nos dado conta que mesmo técnicos de outras áreas olham para a biodiversidade com desconhecimento”, disse Dulce Pássaro. 



A ministra planeia, por isso, desenvolver várias acções de sensibilização e divulgação ao longo do ano para “levar a temática da biodiversidade ao cidadão”.

Pode ler mais aqui:

http://ecosfera.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1415978

31.12.09

RETROSPECTIVA DO ANO 2009


MALCATA EM 2009
Foram 365 dias vividos em Malcata e alguns acontecimentos foram estes:



FEVEREIRO:
-Inauguração do Salão da Junta de Freguesia




MARÇO:
-Presidente da Junta de Freguesia, Vitor Fernandes, participa na Assembleia da AECT-DUERO/DOURO e mais tarde é eleito para integrar o Conselho Sectorial do Turismo, Cultura, Património,Desporto, Ócio e Tempos Livres.




ABRIL:
- Filme sobre a Vida de Jesus, exibido no Salão de Festas.
- Repavimentação do Rossio
- Requalificação do Monumento a Camões





MAIO:
- 19ªFesta da Carqueja


JUNHO:
- Passeio BTT-Terra do Lince
- Visita e numeração do castanheiro do Lar




AGOSTO:
- Festas de Malcata
- ACDM elege nova direcção
- Ofélia Club é apresentado na C.M.Sabugal



OUTUBRO:
- Eleições para a Assembleia de Freguesia
- 27ªCaminhada Pelo Interior
- Caminhada Nocturna




NOVEMBRO:
- Matança do Porco e Magusto 



DEZEMBRO:
- Funeral do Dr.Artur Coelho
- Fogueira de Natal
- Concerto de Natal e Passagem de Ano


Estes são alguns acontecimentos ocorridos em Malcata durante o ano de 2009.
       O ano está no seu último dia. As despedidas já se fazem e tenho a certeza que a nossa memória já não se lembra de muitas coisas boas e algumas menos boas que vivemos durante estes 365 dias. A verdade é que o tempo, mesmo durante os momentos de muito calor nos meses de Verão ou nestes últimos dias de chuva e ventos fortes, cheias e terrenos alagados, dizia eu que o tempo nunca parou e amanhã entramos num novo ano e felizmente teremos mais 365 dias para viver.
   Façam o favor de viver felizes.






10.11.09

MALCATA: AINDA HÁ SONHOS?


Este pequeno filme mostra uma aldeia, as suas ruas,a serra que lhe deu o nome, das pessoas que ainda lá vivem durante todo o ano. Também revela a "outra" aldeia durante o mês de Agosto, com muita gente que aqui vem passar as suas férias. O Tempo não pára de avançar e os anos transformam as pessoas e as coisas e o passado vai-se esquecendo porque o presente ocupa-nos o dia a noite. Começo a ficar preocupado com a aldeia onde nasci. A vida mudou e muito. As ruas estão calcetadas e limpas. Na minha infância não havia rua que não tivesse vestígios da passagem das juntas de vacas, dos rebanhos de cabras e ovelhas e das galinhas em plena liberdade pela rua. Ainda me recordo daquela tarde de Verão em que uma patrulha da Guarda Republicana multou a Ti Ana por causa das galinhas que andavam na rua. Agora, galinhas com essa liberdade, só conheço as da Ascenção e coitadas, ficam encerradas no galinheiro sempre que levo os meus cães quando vou visitar o meu pai.
O Mundo continua redondo e Malcata continua a ser aquela aldeia perdida e esquecida pelos empreendedores deste país. Ah, se os sonhadores, soubessem o valor que tem Malcata, saberiam onde realizar os seus sonhos e ganhar uma vida de felicidade. Venham, visitem a aldeia, subam até ao cimo da Serra da Malcata e sonhem de olhos abertos ao mesmo tempo que observam o reflexo do sol nas águas tranquilas que a nascente do Côa vai levando até à albufeira da barragem. Se os olhos gostam...se os ouvidos gostam...se o nariz gosta...é porque vale a pena ocupar assim o pensamento.

11.6.09

MEDO DE MUDAR


Ninguém quer mudar
Gostamos de dizer que o País está mal e a política pior. Acusamos, há décadas, os nossos governos de serem incapazes. Na tribuna de qualquer café ou no sofá de nossa casa, culpamos os nossos representantes de favorecerem os seus proveitos pessoais e espezinharem o interesse público. Quase todos juramos que é preciso inverter o rumo colectivo e renovar o lote de dirigentes que temos.
Mas não é verdade.
Nestas eleições apareceram novos partidos com gente boa e sem vícios: (até agora) o MEP obteve 52 815 votos; o MMS, 21 633; o PH, 16 973. Em contrapartida, 164 879 cidadãos dirigiram-se às urnas para votarem em branco, inconsequentemente.
Os portugueses têm um prazer enorme em alardear a vontade de mudança desde que esta nunca se concretize.
Carlos Abreu Amorim, Jurista
http://www.correiomanha.pt/noticia.aspx?contentid=A653FA58-EB42-44D6-9C6C-B886667C6C09&channelid=00000093-0000-0000-0000-000000000093

21.5.08

EVA-UM BOM PROJECTO PARA AS ESCOLAS DO SABUGAL

EVA-Espaço "Vida Activa", é um programa que vai ao encontro das reais necessidades dos alunos que frequentam a escola. Todos sabemos que os nossos filhos fazem um percuso de 9 anos de escolaridade obrigatória. Agora está na moda os Currículos Alternativos, com várias actividades práticas, trabalhos manuais, carpintaria, informática, que visam a integração do aluno na vida activa. Quando chegam ao fim desses 9 anos o que acontece a estes adolescentes?
Na maioria das escolas não acontece nada.Mas felizmente que há excepcções, e este é o caso da Escola EB 2.3 de José de Passos em Guifões, Matosinhos.

Espaço "Vida Activa"


Este EVA é constituído pelas áreas do Saber Fazer/Estar/Ser da vida diária do adolescente, futuro homem ou mulher( cozinha, sala, quarto, área de estudo e de criatividade ), onde aprendem a cozinhar, a fazer a cama, a engomar roupa e a coser.
O objectivo do EVA é que os alunos com necessidades educativas especiais ( e também os do regime de educação normal) adquiram competências que lhes permitam independência pessoal, promovendo a total autonomia na idade adulta.
Este espaço foi inaugurado ontem, 20 de Maio de 2008, na Escola EB 2.3 de José de Passos, a uns mil metros da minha residência e é de louvar este tipo de iniciativas por parte das escolas.
Este projecto tem cabeça, tronco e membros e não tem nada a ver com o currículo alternativo do Centro de Emprego da Guarda ( Equivalência ao 9ºAno=Jogador de Futebol).
Este projecto tem o apoio de mecenato e da Câmara Municipal de Matosinhos.

A Câmara Municipal do Sabugal e o Agrupamento escolar do Sabugal, têm aqui um exemplo prático e útil para o ensino dos alunos do concelho.



24.1.08

A SAÚDE QUE TODOS DESEJAMOS


A saúde é o que as pessoas mais desejam para a vida. O Serviço Nacional de Saúde(SNS) está a passar por uma enorme mudança. Há serviços a encerrar, outros acabados de construir mas de portas fechadas aguardando ordem para abrir. Hospitais que foram remodelados e agora veêm os seus serviços transferidos para outras unidades de saúde. Gastou-se o dinheiro, criaram-se espectativas nas pessoas que iam beneficiar de melhores cuidados de saúde e são confrontadas com o contrário.

Os casos de falta de assistência em casos de emergência são cada vez mais noticiados. Hoje , o jornal dá voz às pessoas de Castelo, lá para os lados de Alijó, no norte de Portugal. O senhor António, de 44 anos, faleceu na madrugada da passada terça-feira. Porquê? Dizem os seus conterrâneos que a assistência foi demorada e...
"Vila Real é demasiado longe para nós. São 60 quilómetros, mas não é como na auto-estrada, que é tudo mais rápido. Não deviam ter fechado o Serviço em Alijó."

"Imagine eu, com 76 anos. Se me acontecer alguma coisa, para eles é igual. Já passamos do prazo, não interessamos a ninguém."

O senhor António vivia lá para os lados de Vila Real. Precisou de assistência médica urgente e demorou uma eternidade a ter essa assistência. O 112 diz uma coisa, os bombeiros outra e os familiares e amigos do António outra. A verdade, é que o António perdeu a vida, ou seja, o auxílio de que necessitava não veio a tempo. O concelho do Sabugal estende-se por uma extensa área. As pessoas, quando precisam de cuidados de saúde, têm que percorrer dezenas de quilómetros até ao Centro de Saúde. Quando é necessário transporte de urgência, têm de esperar que os bombeiros do Sabugal ou Soito cheguem. E o tempo passa, passa ao mesmo tempo que a vítima luta pela vida. Claro que não podemos ter um médico à porta de casa, ou um enfermeiro, ou um Centro de Saúde em cada aldeia. Mas se o Centro do Sabugal possuissse uma equipa de emergência com a respectiva ambulância devidamente equipada, o socorro passaria a ser mais rápido e a vida dos sabugalenses teria outra qualidade e longevidade. É urgente melhorar a assistência aos cuidados de saúde críticos e de emergência. Os hospitais da Guarda, Covilhã ou Coimbra estão demasiado distantes para as estradas que o concelho do Sabugal tem. É urgente que a cidade do Sabugal tenha melhores ligações rodoviárias às auto-estradas que passam ao lado e que depressa chegam aos hospitais da Covilhã, da Guarda e até de Coimbra. Tudo é importante quando uma vida humana está dependente dos outros e do lugar onde vive. As pesoas, mesmo as que já têm 76, 80 ou mais anos, contam e são vidas que têm o direito à vida.




22.6.07

NASCENTE DO RIO...Vouga




Todos os rios "nascem".
Todos os rios iniciam a sua viagem e nenhum sabe como vai chegar ao mar.
Conhecia a Nascente do Rio Côa. Agora também conheço a nascente do Rio Vouga.
Ambos os rios mostram que não importa o modo de nascer, nem o sítio onde tudo começa. O que nós sabemos é que o seus leitos vão crescendo, crescendo até serem Rio com letra grande. O Rio Vouga nasce na Serra da Lapa, a 864 metros de altitude.