30.3.21

MALCATA: A PÁSCOA DAS MATRACAS E MARTÍRIOS

 

  




   Quando tenho saudades de um sítio é porque em algum momento da minha vida lá estive e vivi experiências boas e marcantes. Esta é uma das minhas crenças em acreditar que se deve voltar aos lugares onde já me senti bem.
   Malcata é para mim um desses lugares e portanto, sei que logo que possa, irei voltar. Para já e enquanto a pandemia nos condicionar as viagens e nos aprisionar em casa, resta-me apenas recordar alguns desses momentos bem vividos por terra beirã. Já que o confinamento não me deixa regressar à aldeia, faz todo o sentido partilhar aqui algumas memórias vividas noutras épocas pascais. Sabem que isto do Covid 19 está difícil de estar resolvido e nada como dar a volta por cima e aproveitar bem o tempo. Parar e reflectir sobre o Mundo, a Vida, a Morte, o Sabugal, a nossa terra, pode bem ajudar a passar o nosso tempo.
   Sei que muitos de nós estamos mortinhos para andar em total liberdade. A Páscoa este ano está a ser complicado para muitas pessoas. Entrámos na Semana Santa e tudo está parado, diferente, não se vão realizar procissões e este ano não vou com outro malcatenho percorrer as ruas da aldeia a tocar campainha.
   Mas mesmo assim, caminhamos para o domingo da Ressurreição. E o que importa é como que cada um de nós vamos viver a Páscoa. Como vamos viver hoje, este ano, a festa sem festa? A tradição já não está a ser como era e de ano para ano há sempre mudanças, mas a fé mantém-se.
   Vamos imaginar que este ano Cristo foi a Malcata celebrar a Páscoa. Que esperam que Ele diga e que Ele faça de diferente? Irá juntar-se ao coro das vozes femininas e cantar os martírios ou a encomendar as almas?
                                      
   

27.3.21

MALCATA: AI SE AS PEDRAS FALASSEM

 


   Nos últimos 16 anos, Malcata tem assistido impávida e serena a sucessivas promessas, algumas megalómanas, que não têm fim à vista.
   Os malcatenhos dizem que sabem tudo e tudo se vai passando como se nada lhes diga respeito, quem se mete nas aflições e imbróglios políticos é que se têm que se desenrascar. Continuamos com os cotovelos apoiados no parapeito da janela, vemos e ouvimos o que se vai passando, enquanto os cães ladram e a caravana vai andando.
   Há uns tempos fiquei a saber que, António, um dos primeiros presidentes da Junta de Freguesia de Malcata, meteu as mãos na massa e de forma apaixonada, combativa, mostrando grande vontade, conseguiu mobilizar todo o povo na defesa dos interesses da freguesia e sem medo de vozes do contra, mesmo da Câmara Municipal, conseguiu que a aldeia passasse a ter uma fonte e com duas bicas a jorrar água.
   Olhando para a nossa freguesia, seja em que ponto for, deparo-me com situações já esquecidas, outras mal explicadas e outras ainda que explicadas, parecem ter interesses um pouco estranhos e duvidosos, mas como satisfazem as carências de quem necessita de ter determinadas coisas e serviços, acabam por aceitar a ajuda e entram no jogo. Aqui nesta terra, quem tem um olho de esperteza, torna-se facilmente num rei que só olha para o que pode ganhar e aposta forte na falta de memória e discernimento do cidadão comum.
   Estamos muito próximos das eleições autárquicas. Um povo sem medo, sem vergonha de qualquer espécie, deve exigir aos partidos políticos, que escolham aqueles cidadãos que acrescentem e não diminuam a freguesia.
   Recuar 20 anos é lembrar promessas, projectos ambiciosos e porta bandeira dos políticos e que nunca saíram dos gabinetes. Já nos basta! Mas vou lembrar alguns:
a barragem e a construção do açude, o Ofélia Club, em que, ao contrário do que nos disseram, não foi a distância em metros da água, a que devia ficar o “hospital” , porque o pedido da alteração da distância foi aprovado e a obra não se fez; os terrenos estão hoje na posse da Câmara Municipal e nunca mais se falou do assunto; o Núcleo Identitário de Malcata, há uma dezena de anos que o povo espera poder visitar e recordar tempos passados, objectos e memórias que se estão a perder;  as indefinições quanto ao antigo quartel, o abafado e silenciado Centro Interpretativo do Lince, tanto segredo estão a fazer e que não compreendo; e o alargamento daquela rua principal, quando acontece? E as cabras lá para a serra? A Exploração Caprina está a mexer, pelo menos no número de ajustes directos e em euros. Algum cidadão comum de Malcata, tirando os membros da junta, viu o projecto e os pormenores da obra? Já disseram como vai ser gerido e por quem?
    E se não bastasse, dou-vos a saber que, ainda este mês, no passado dia 17 de Março, a Freguesia de Malcata foi tema de uma Aula Aberta na Universidade da Beira Interior, na cidade da Covilhã. O silêncio incompreensível, da participação da nossa freguesia, com participação directa do senhor presidente da Junta, e a participação directa de uma associação com sede na freguesia, que naquele dia celebraram o lançamento de uma publicação de enorme qualidade e valor, fruto de um protocolo de colaboração com a Universidade da Beira Interior, a associação e a Freguesia de Malcata, representada  na pessoa do senhor presidente do executivo, cooperação que tem elevado o bom e o melhor das potencialidades da nossa terra, não merecesse sequer uma simples divulgação, informação à comunidade, dando conta dos frutos dessa magnífica cooperação, que a acreditar nas palavras do senhor presidente de junta, são para continuar e reforçar. A verdade é que nem uma letra encontro nas páginas oficiais da internet e redes sociais.
   A população de Malcata tem direito à informação e divulgação de todos os acontecimentos, projectos, obras, documentos...e os políticos têm que perceber que não podem continuar a governar assim. Como cidadão e malcatenho, estou cansado.

                                                                  José Nunes Martins

  

28.2.21

CARTA COM RESPOSTA

                      

    A CARTA 
   

   Bem Vindo ao blog Malcata.net ( www.aldeiademalcata.blogspot.com ) nascido em 2006 por minha vontade. 

   Não é nenhum jornal “on-line”, mas sim um blog que, desde sempre, pretende um olhar atento sobre a terra onde nasci e vivi a minha infância e sempre que posso, regresso a esse cantinho.
   Não estranhem encontrar chamadas de atenção para situações que, por diversos motivos, não são divulgadas e não têm lugar nos meios de comunicação tradicionais, acabando por cair no esquecimento dos malcatenhos que, como eu, vivemos alguns tempos distantes da nossa terra onde nascemos mas que não escolhemos.
   As palavras e as imagens são permanentes neste espaço e são dois elementos muito importantes para comunicar com os leitores. São para mim ferramentas com que gosto de trabalhar para promover uma comunicação aberta, intencional na procura de debate e troca de ideias, de pontos de vista diferentes dos meus, com plena liberdade e respeito.
   Eu sei que nem todos aprenderam a lidar com os computadores e a nova geração de ferramentas digitais. Não é que eu seja especialista em matéria digital, contudo sei que ao abrir e manter um blog, sou de opinião que se trata de um espaço aberto e nele muitos podemos expressar as nossas ideias, os nossos anseios, pontos de vista e debater todos os temas que nos despertem interesse.
   Com a utilização da internet e de algumas ferramentas digitais, podemos aceder ao Mundo Global, mesmo a partir da mesa da cozinha cá da nossa casa, seja em que canto do mundo nos encontremos.
   O Malcata.net é um espaço que procura contribuir para o desenvolvimento de massa crítica, levar a uma maior e mais transparente participação cívica e é um palco que aceita e permite dar voz aos malcatenhos que não a têm no mundo e no quotidiano do seu dia a dia e muito menos no mundo da internet .
   Por tudo o que já referi e por uma veia que nos une à mesma terra, manter e participar neste blog é para mim uma questão de cidadania participativa e uma das ferramentas mais bem conseguidas para criar relações entre pessoas, entre cidadãos e instituições, aproximar e ajudar, informar e divulgar, dar a conhecer e aceitar o conhecimento alheio e no fim, podemos ser nós mesmos, mas todos malcatenhos. Cumprimentos a todos.

                                         José Nunes Martins

A MODA DO BALOIÇO





       Os baloiços voltaram a ser moda. Em poucos minutos de pesquisa encontrei 44 baloiços panorâmicos que estão instalados em sítios altos e também em lugares que são verdadeiros refúgios.


 Estou certo de que vai ser uma das imagens mais   marcantes e divulgadas deste sítio, com uma paisagem   linda e onde o horizonte não tem fim.  Subir até ao Alto   da Machoca, o ponto mais elevado da Serra da Malcata,   já não vai poder resistir à tentação de se sentar e   baloiçar sobre um extenso manto verde e azul e com   sorte de um dia de céu limpo, mantenha-se bem   agarrado às cordas e baloiçar, baloiçar e imagine que   tem asas.   É realmente uma vista panorâmica de   encher  o olho e a alma. A mais de mil metros de   altitude, vai conquistar mais ainda os amantes de   caminhadas e os apaixonados por fotografia. As   imagens  já se começam a ver nas redes sociais com o   registo das reações dos que viveram esta experiência, ir   baloiçar tão alto, encher os pulmões de ar puro!
                                                                                    José Martins
Lista de baloiços:
Baloiço de Trovim, Serra da Boneca, Seminário Maior de Coimbra, Mezio, Rapa, São Lourenço, Nazaré, Foz de Mação, Pateira Carregal do Sal, Cais da Cambeia, da Afurada, da Boavista, da Foz Cabril, Paradela, Pedreira, Alenquer, Antas do Mondego, Colherinhas, Piscinas Nª.Srª.Piedade, São Pedro do Sul, Manhouce, Moldes, São Gens, Sobral de Monte Agraço, Vila Nova de Cerveira, Burgo, do Ladário, Oural, do Pilar, do Pisco, do Rio, Talegre, Nª.Srª.da Luz, Penedros da Cabeça, baloiço Terra e Mar, da Travancinha, do Picoto, de São Silvestre,
baloiço de Aldeia Velha, baloiço do Alto da Machoca...
                                                    


22.2.21

MALCATA: INFORMAR SOBRE OBRA FEITA

 

Propostas do PPD/PSD em Malcata
para 2017-2021


   É normal e natural que a Junta de Freguesia apresente e divulgue as suas actividades. Eu até diria que essa é uma das suas obrigações, ou seja, informar onde se investiu ou gastou o dinheiro do orçamento. E no tempo e as circunstâncias que vivemos, deve apresentar e divulgar o que também não fizeram e porque não fizeram o que prometeram fazer. Claro que há promessas que não dependem só da Junta de Freguesia, mas aquelas realizações que são da sua estrita responsabilidade o cidadão tem o direito a ser informado.
   Prometer a realização de obras não basta. Anunciar na Assembleia de Freguesia que está a decorrer um concurso para uma obra, o tempo passa, abrem novo concurso e não dizem mais nada, a obra não começa e não dão qualquer explicação, não me convencem que todos sabem as razões. Prometer a conclusão da Sala da Memória Colectiva, anunciar e prometer requalificar e alargar a Rua de Baixo, prometer alojamento local com a requalificação do antigo quartel e as casas da Junta e tudo está por fazer, lembra o ditado popular que diz que “promessas leva-as o vento”.
  Também prometer cooperação com as associações e aceitar projectos de cooperação para depois os guardar em gavetas, é tudo menos vontade genuína e transparência que desejam essa boa cooperação com as associações.
   Depois de ler as propostas desta Junta de Freguesia, que em 2017 afirmava apostar no futuro de Malcata, serei o único malcatenho que verifica que o prometido não está a ser cumprido? Daquilo que prometeram fazer, não fizeram. Se divulgam o que fizeram sem ter qualquer relação com aquilo que prometeram, têm no mínimo a obrigação de informar. É importante divulgar, mas mais importante é informar. Ou estão à espera dos dois meses anteriores às eleições para começar a fazer e a terminar o que já teve início há tanto tempo que a gente até pensa que é novidade?
   E depois destes anos, acusar as associações ou as pessoas de bloquear a acção da autarquia, não me parece ser sério e verdadeiro.

   Hoje, passados quase quatro anos, posso questionar se a prestação da equipa que constitui a Junta de Freguesia, correspondeu e corresponde aos anseios dos que a elegeram?
                                                                                          José Nunes Martins


6.2.21

O QUE MUDOU COM A VACINA NO LAR DE MALCATA?


    

  O que mudou?
  O dia 15 de Janeiro de 2021 ficará marcado para sempre na história desta instituição.
  A segunda toma da vacina contra a Covid 19 está para acontecer e esperamos todos que corra tão bem como a primeira.
Esta vacina foi a melhor notícia deste ano e é nas vacinas que todos nós estamos a depositar muitas esperanças.
  Contudo, mesmo depois de vacinados, todos temos de ser responsáveis e respeitar as indicações dadas pela Direcção Geral de Saúde e seus profissionais habilitados para esta tarefa.
  O que mudou com a vacinação dos idosos no lar de Malcata?

 

4.2.21

COMO EU VEJO MALCATA?

 

   A minha Canon tem sido uma companhia insubstituível. E é raro o dia em que saio de casa sem ela. É que encontro sempre alguma coisa que me chama a atenção e aquela ideia de registar momentos, memórias, histórias, pormenores que me deixam feliz.

   Por exemplo, a aldeia de Malcata tem muito mais que as suas ruas, as suas casas ou o seu forno. Malcata tem pessoas, costumes, tradições, as suas festas e é a terra onde eu e muitos de vós, nascemos.
   O despovoamento tem aumentado e a nossa aldeia teima em manter as suas tradições, os seus usos e costumes. É uma aldeia pequena, com muitas ruas e muitas casas, alguns recantos belos e tranquilos, que convém não deixar morrer. É por estas razões que gosto de descobrir a nossa aldeia e através da fotografia procuro dar a conhecer. Às vezes são apenas registos de acontecimentos e que ao fotografá-los os guardarei como elementos representativos da história 
da aldeia e da memória colectiva.     

   Malcata é como é, ou é como eu a vejo através da fotografia? É em busca da aldeia que eu vejo que me leva a fotografar para dar a conhecer a mesma aldeia vista todos os dias por quem nela vive e que é diferente da minha visão. Duvidam do que acabei de dizer? Então para acabar com as vossas dúvidas, aconselho-os a olhar para as fotografias, não para acabar com as vossas duvidas mas para ficarem com dúvidas diferentes das que tinham...
                                                          

                                                              José Nunes Martins
  









29.1.21

MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL

 

   



 

Vivemos tempos difíceis e cheios de incertezas. Por causa dos confinamentos as pessoas estão muito mais tempo nas suas casas. Como passar as horas sem aborrecimentos e sestas no sofá? Há muitas formas de “matar” o tempo. Mesmo confinados nas nossas casas, freguesias, concelhos e mesmo sem poder ir a França rever a família, as redes digitais aí estão ao alcance de muitos.
   As redes digitais são ferramentas fantásticas e contribuem para aproximar pessoas, entidades, instituições, abertura de comunidades virtuais mas com pessoas reais. A internet é hoje um meio óptimo para uma pessoa exercer cidadania activa, participativa, sendo uma forma de “poder”, de união e reforço do bem comum, do interesse pela nossa terra e do que as pessoas estão a passar.

 

  Desde 2006, mantenho a página “Malcata.net” (www.aldeiademalcata.blogspot.com).
  Nela vou colocando à vista de todos as situações que delas vou sabendo, histórias, opiniões, que de outra forma nunca seriam do conhecimento geral, fazendo de conta que tudo vai bem.   O poder político local está limitado a um grupo restrito de gente, que muda de roupagem conforme o maior número de vantagens que podem ser alcançadas, garantida que está a vitória. As cores nada importam porque os programas políticos e as formas de os executar são iguais, o importante é ganhar de qualquer maneira e feitio. Por isso e por outras motivações o que interessa é que passe o tempo, manter as aparências de que houve mudanças de figuras, mas mantendo interesse em que os cidadãos continuem a confundir os eleitos com os não eleitos porque a lei os impediu de o ser. E agir, disfarçadamente mas com o horizonte sempre em mente, aparecendo nos lugares públicos para ver o andar das coisas, ajuda a manter aquela ideia de nunca deixar de mandar, mandando mais do que aqueles que foram eleitos. E ajudar a empurrar os problemas com a barriga, o tempo vai passando, a aparência deixa de ser porque os rodeios começarão a ser mais intensos, as aparições começarão a ser mais frequentes, distribuindo sorrisos gratuitos como forma de mensagem de vitória.
   Agora que já escolhemos o Presidente da República, será que vão começar a surgir listas para concorrer às autárquicas? 
                                        José Nunes Martins

   

6.1.21

CENTRO DE DISTRIBUIÇÃO POSTAL DO SABUGAL VAI PARA A CIDADE DA GUARDA?

 


Os CTT Correios de Portugal estão a reconfigurar a empresa.
Os Centros de Distribuição Postal há uns tempos que estão em reboliço. Não é só o Centro do Sabugal que fica agregado à Guarda, Em 2014 o Centro de Distribuição Postal da Trofa encerrou e foi agregado ao de Santo Tirso; em 26 de Setembro de 2020, encerrou o CDP de Vinhais, que se juntou ao de Bragança; o CDP de Vimioso também encerrou e agregou-se ao de Miranda do Douro. E outros CDP continuam a ser encerrados.
As justificações dos CTT são todas iguais: concentração de serviços nos CDP, os centros existentes têm 30 anos de operacionalidade, muita coisa mudou e as máquinas são parte integrante da modernização da rede, melhorar os centros de distribuição postal, melhores condições de trabalho, com melhores equipamentos e instalações.
Todos os casos de deslocação dos trabalhadores de um CDP para outro estão a ser tratados de forma igual. Os autarcas todos apresentam os mesmos argumentos e todos se indignam quando a "bomba" rebenta.
Pelo que me foi dado ler, as estações de correio não encerraram os seus serviços. A grande mudança tem a ver com a deslocação dos trabalhadores da distribuição, que no caso do Centro de Distribuição do Sabugal, vão ter que iniciar o dia de trabalho na Guarda.
E mais tarde ou mais cedo, esta situação iria acontecer.
É mau? Claro que é, principalmente para os trabalhadores do CDP do Sabugal. Também o carteiro que iniciava o seu trabalho na cidade onde vivo, agora vai às suas custas para a cidade da Maia e de lá começa o dia de trabalho.
Esta concentração de centros de distribuição postal atinge muitos trabalhadores da empresa e as consequências é que eles têm de se deslocar algumas dezenas de quilómetros das suas residências, por sua conta e a jornada começa mais longe.
Então qual é o objectivo de concentrar mais trabalhadores nos Centros de Distribuição Postais que continuam a funcionar? Dizem os CTT que "têm como objectivo a melhoria das condições de trabalho, uma melhor prestação de serviços às populações e os mesmos carteiros continuarão a fazer a distribuição de correio nos mesmos locais, a única diferença, é o local de onde partem todas as manhãs".
E "nada se altera no que respeita aos serviços postais a que a população tem acesso, incluindo o levantamento de encomendas e correio registado". Foi assim que os CTT justificaram a deslocação dos trabalhadores do CDP de Vila do Conde para o Centro de Distribuição da Póvoa de Varzim, em Março de 2017. Termino a lembrar que a privatização dos CTT foi levada a cabo por um Governo PSD/CDS, em 2013. José Nunes Martins

1.1.21

HOJE É O PRIMEIRO DIA DE 2021

    


 Hoje é o primeiro dia do ano 2021. As minhas primeiras palavras são de agradecimento, de reconhecimento para com todos aqueles que durante este último ano, dias e noites, sábados e domingos, tudo têm feito para proteger as pessoas e também os seus familiares, da doença que a todos parece querer atacar. Uns são médicos, outros enfermeiros, auxiliares, técnicos, estafetas, carpinteiros, electricistas, gestores, administradores, operários de limpeza, voluntários...um vasto número de profissionais que com o seu trabalho fazem funcionar os serviços de saúde portugueses.

  Começamos este novo ano com a grande esperança e fé nas vacinas contra a pandemia do Covid 19. Mesmo com a vacinação a correr bem, ninguém deve relaxar e baixar a guarda quanto às medidas de prevenção. As vacinas têm o seu tempo de acção e não são uma cura imediata. E a melhor forma de garantir a sua eficácia curativa, é respeitar as próprias vacinas e seguir os conselhos dos profissionais de saúde habilitados para essa tarefa. E a ajuda passa também por ajudar e respeitar todas as pessoas que diariamente trabalham na presença do covid 19.
  Esta pandemia ajudou-me a entender a fragilidade das pessoas, do mundo e percebi que de um dia para o outro, pode modificar radicalmente a vida de uma pessoa, da sua família, dos seus filhos e amigos. Já que o ano 2019 foi tão duro e sofredor, os meus desejos são que as vacinas contribua para a cura das pessoas e ajude o mundo a voltar ao seu ritmo normal.
  Este ano de 2021 vamos continuar a dar atenção ao conhecimento (científico, técnico, ao saber e ao saber fazer) e de uma vez por todas, admirar e respeitar os outros.
  Bom ano.                                           José Nunes Martins