A campanha eleitoral para as autárquicas ainda não começou. Mas as máquinas políticas já estão no terreno com actividades de propaganda gráfica, nomeadamente com a afixação de cartazes apresentando os candidatos. A afixação ou inscrição de mensagens de propaganda deve respeitar as normas em vigor, tanto sobre propriedade particular como o património arquitectónico e do meio ambiente e paisagístico. Neste sábado, 18 de Julho, entre as 10:30 e as 11:15, os "planta-cartazes" desrespeitaram o património da aldeia de Malcata ao espetarem com o cartaz da foto mesmo no pior sítio. Custa acreditar que o candidato tenha conhecimento deste atentado ao património e ao mau senso de quem fez este trabalho. Será que têm autorização da Junta de Freguesia de Malcata? Terão as pessoas procurado outros locais para colocar o dito masmarracho? Toda a gente da aldeia de Malcata sabe respeitar a Fonte, os tanques e é neste largo da Torrinha que as festas de Malcata se realizam. É mais que certo que este caartaz vai sair daqui muito antes que o calor das brasas dos assadores entrem em acção. Querem uma sugestão e se a aceitarem,acreditem, o candidato vai oferecer-vos um jantar : em direcção a Malcata, depois de passarem a ponte nova, parem a camioneta ao lado do jardim da Senhora dos Caminhos e dirijam os olhares para a estrada que vai para a vossa esquerda, mesmo aí no lado direito. Só têm vantagens, a começar por ser o primeiro cartaz, porque a uns mil metros para a frente vão encontrar o Camões a ler a mensagem do vosso adversário. Cá para mim, o Camões foi consultado para opinar acerca do melhor local para a divulgar a mensagem política.Não acreditam? Ora cliquem na legenda do masmarracho...desculpem, da foto acima.
CERVASCentro de Ecologia, Recuperação e Vigilância de Animais Selvagens
O CERVAS vem por este meio convidá-los a estar presentes em mais uma devolução à Natureza de uma ave selvagem recuperada neste centro:
16 de Julho de 2009,
5ª feiraLibertação de uma Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo)
10h30, Casteleiro, Sabugal
Local de encontro: Lar e Centro de Dia S. Salvador, Casteleiro.
Esta águia foi recolhida por um particular no dia 11 de Janeiro após ter sido vítima de um trauma de origem desconhecida. Apresentava uma fractura na asa direita pelo que o processo de recuperação no CERVAS consistiu na resolução completa desta lesão, alimentação para que ganhasse o peso adequado e realização de treinos de voo e caça.Águia-de-asa-redonda (Buteo buteo)A águia-de-asa-redonda (Buteo buteo) é uma das aves de rapina mais comuns em toda a Europa, sendo a águia mais frequente em Portugal. Apresenta dimensões médias (entre 600 a 1100g e 51-56cm de comprimento), um aspecto compacto, cabeça arredondada e cauda relativamente curta, cerradamente listrada nos adultos. A cor da sua plumagem é muito variável, desde quase branco a castanho-escuro, sendo que a zona dorsal é geralmente castanha e a zona peitoral mais clara. Distribui-se pela Europa, Ásia e algumas ilhas do Pacífico e ocupa todos os tipos de habitat onde existam árvores e terrenos abertos, sendo frequente nas orlas dos bosques. A época de nidificação inicia-se em Abril e prolonga-se até Julho, podendo-se iniciar um pouco antes em algumas regiões. Os ninhos podem atingir até um metro de diâmetro e são construídos com ramos e folhas, em árvores e arbustos. Muitas vezes utilizam o mesmo ninho do ano anterior, acrescentando-lhe mais material. A postura é normalmente de 2 a 5 ovos e a incubação demora 33 a 38 dias. As crias saem do ninho aos 48-62 dias e tornam-se independentes às 15 semanas. É neste período que se começam a afastar do território dos progenitores. A dieta baseia-se em pequenos mamíferos, principalmente ratos, mas podem complementá-la com lagomorfos (coelhos e lebres), aves, répteis, anfíbios e invertebrados, podendo também ter comportamentos necrófagos. Caçam normalmente a partir um poiso (são frequentemente observadas sobre os postes dos telefones ou de cercas) mas também em voo sobre terrenos abertos e até caminhando pelo solo. Embora seja uma espécie abundante apresenta várias ameaças, entre as quais se destacam electrocussão, abate e cativeiro ilegais, pilhagem de ninhos, incêndios florestais e atropelamento. De acordo com o ICNB (2005), esta espécie apresenta um estatuto de conservação “Pouco Preocupante”.
Esta acção será organizada com a colaboração da Reserva Natural da Serra da Malcata (Sede RNSM Penamacor - Telf: 277394467).
1-Falando na sessão de encerramento de um seminário no âmbito da IV Feira Nacional dos Parques Naturais que decorre em Olhão, o ministro do Ambiente explicou que
"No dia 28, vou estar na Serra da Malcata com a ministra espanhola para assinarmos já o protocolo de cedência dos linces", disse o ministro, afirmando ter um grande orgulho por poder associar o seu nome ao repovoamento do lince da Malcata, lembrando que desde muito novo se lembra das campanhas para o salvamento daquele animal.
In
2-O concelho de Penamacor vai ficar dotado de um centro de aclimatação do lince ibérico, cujo protocolo de instalação será assinado no dia 28 de Julho, pelo ministro do Ambiente, anunciou hoje o presidente da câmara municipal local.
Segundo Domingos Torrão, pretende-se que o espaço, em plena Reserva da Malcata (partilhada entre os municípios de Penamacor e Sabugal) seja "aberto e reconhecido por uma raça que está em vias de extinção". O centro de aclimatização deverá receber linces provenientes do centro nacional de reprodução, inaugurado em Maio deste ano, em Silves, no Algarve.
In
Lince: Serra da Malcata recebe centro de aclimatação
O concelho de Penamacor vai ficar dotado de um centro de aclimatação do lince ibérico, cujo protocolo de instalação será assinado no dia 28 de Julho, pelo ministro do Ambiente, anunciou hoje o presidente da Câmara Municipal local.
Segundo Domingos Torrão (PS), pretende-se que o espaço, em plena Reserva da Malcata (partilhada entre os municípios de Penamacor e Sabugal) seja aberto e reconhecido por uma raça que está em vias de extinção.
O centro de aclimatização deverá receber linces provenientes do centro nacional de reprodução, inaugurado em Maio deste ano em Silves, no Algarve.
Diário Digital / Lusa http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=114&id_news=399060
4-Nunes Correia assina protocolo
Penamacor recebe acordo para o lince
O ministro do Ambiente vai estar em Penamacor a 28 de Julho para assinar um protocolo com Espanha, que visa a cedência de animais para a criação em cativeiro no centro de reprodução situado em Silves, no Algarve. A novidade foi avançada pelo presidente da Câmara Municipal de Penamacor na inauguração da Feira das Actividades Económicas.
A vinda do lince para a Malcata ainda não é certa, mas a escolha de Penamacor para a assinatura de um acordo ibérico deixa o presidente da câmara de Penamacor esperançado. “Nós não queremos que o lince nos fuja, nós queremos que o lince seja uma mais-valia para Penamacor”, diz Domingos Torrão.
A escolha do Algarve para o centro de reprodução foi polémica e originou o protesto das autarquias de Penamacor e do Sabugal, que partilham o território da Malcata.
A estrutura algarvia foi inaugurada em Maio deste ano. Na altura quando questionado pelo Reconquista o ministro do Ambiente justificou a escolha do Algarve com o facto de a construção ter sido suportada pela empresa Águas do Algarve, como medida de compensação pela construção de uma barragem.
Na mesma altura Francisco Nunes Correia afirmou que a Malcata seria uma das primeiras contempladas com animais, reconhecendo a ligação histórica desta serra ao animal. Mas sem assumir um compromisso.
Mais informação na próxima edição do Reconquista.
Por: José Furtado
In
Afinal quem é a fonte mais credível? 5-Acordo para reprodução em cativeiro em Penamacor
por LusaHoje
O Ministério do Ambiente esclareceu hoje que a próxima deslocação do ministro Nunes Correia a Penamacor se destina à assinatura de um protocolo ibérico de cedência de linces para reprodução em cativeiro, que acontecerá no centro inaugurado em Silves. O presidente da autarquia local, Domingos Torrão (PS), informarahoje que o concelho de Penamacor vai ficar dotado de um centro de aclimatação do lince ibérico, cujo protocolo de instalação seria assinado no dia 28 de Julho, pelo ministro do Ambiente, mas tal não se confirma. Segundo fonte do Ministério, a visita de Nunes Correia, agendada para 28 de Julho, confirmará que o objectivo final da "reprodução ex-situ" é a "reintrodução na natureza" e essa poderá, no futuro, decorrer no "sítio 'histórico' da Malcata". "Isso poderá implicar um cenário experimental de 'aclimatação' em semi-cativeiro, mas não há nenhum centro de aclimatação previsto em concreto nesta fase para a Malcata", de acordo com a mesma fonte.
Entretanto, a autarquia de Penamacor viu aprovada a candidatura para a criação de um centro de interpretação animal, tendo registado a marca "Terras do Lince", com a qual promove produtos tradicionais como o queijo, mel ou azeite.
In
Já não é a primeira vez que escrevo acerca deste edifício e o estado de abandono em que ele se encontra. Trata-se do antigo quartel ocupado durante muitos anos pela Guarda Fiscal. O edifício encontra-se vazio e tanto no interior como no exterior o cenário não pode ser mais desolador. Mete dó e salta à vista o mau estado do muro, a falta de portas e vidros partidos. É mais que tempo de dar atenção a este edifício e dar-lhe uma nova utilização que já há muito se fala.
Lista dos terrenos e donos
(Para ver melhor clicar sobre a imagem)
Esta é a lista com os nomes dos proprietários dos terrenos que o "Ofélia" vai incluir na sua obra. A lista foi aprovada numa reunião de Câmara no passado 23 de Janeiro. Dessa reunião copiei esta parte:
C ÂMA R A MU N I C I P A L D O S A B U G A L
ACTA N. º 2/2009
REUNIÃO ORDINÁRIA DO DIA 23 DE JANEIRO DE 2009
PRESIDENTE:
Manuel Rito Alves
VEREADORES:
José Santo Freire
Manuel Fonseca Corte
Luís Manuel Nunes Sanches
António dos Santos Robalo
Rui Manuel Monteiro Nunes
Ernesto Cunha
………………………………………
GABINETE JURÍDICO
_ Face à informação prestada pelo Jurista sobre a aquisição de terrenos para construção de
Residências Assistidas “Ofélia Club”, na Freguesia de Malcata, foi deliberado, por unanimidade, adquirir os constantes no Mapa que se transcreve ao preço de 0,60_ m². Ficou ainda esclarecido que se o investimento se não concretizar, da indemnização que a Câmara receber (valor em dobro), 50% desse valor será distribuído por todos os proprietários dos terrenos vendidos, sendo que os terrenos ficarão sempre propriedade da Câmara. As árvores e as benfeitorias serão objecto de avaliação caso a caso, por 2 avaliadores, sendo um da Câmara e outro da Junta de Freguesia de Malcata.
Alguém sabe em que ponto está o empreendimento do "Ofélia Club"? Há uns tempos atrás, quando a crise rebentou, sussurava-se que o senhor António ( um dos cabeças do Existence )tinha ido para França...com problemas de saúde (!!!). Lembram-se dos dois homens de Abrantes (pai e filho) que desesperavam pelo pagamento dos terrenos que venderam aos mesmos investidores? Será que receberam ?
Em Malcata nada se sabe, nada se fala e prontos, assim vamos vivendo e pacientemente aguardamos por notícias. Digam lá alguma coisa à gente, caramba!
A Central Meleira do Vale da Senhora da Póvoa foi inaugurada neste mês de Julho. Esta meleira é gerida pela Meimoacoop e está para servir os apicultores dos concelhos de Belmonte, Penamacor e Sabugal. A partir de agora os agricultores que se dedicam à apicultura têm quem os apoie, quem os ajude e quem lhes venda o mel.
A Central Meleira do Vale da Senhora da Póvoa fica na Quinta do Carvalhal e já conta com 150 sócios. A Central pretende alargar a sua acção e está aberta a novas inscrições de sóios.
Actualmente a Meimoacoop produz duas marcas: " Serra da Malcata " e "Terras do Lince ".
Os apicultores de Malcata têm a partir de agora duas alternativas para escoar o mel: recolha feita pela Central Meleira ( com custos ) ou então deslocam-se às instalações da Central Meleira e aí podem deixar o mel produzido.
Na inauguração, para além das entidades oficiais, contou com a participação do Pe.César, pároco de Vale da Senhora da Póvoa ( e de Malcata ) que abençoou a nova unidade meleira.
Muitos presidentes de juntas de Freguesia são efectivamente homens de outros tempos que vêem no partido o seu senhor, nos partidos da esquerda o diabo e nas tecnologias, os instrumentos do inferno.
Outros, entendem que o lugar das mulheres continua a ser na cozinha e o dos homens nos cafés. Mostrar anseios, interesse pela sua terra, preocupação com o presente ou o futuro, é que não pode ser. Para isso, já há o partido, e eles próprios.
É nesta pobreza franciscana que o concelho do Sabugal e o país, se vão afogando inexoravelmente, na idiotia generalizada, na estupidez empedernida em conceitos infundamentados, destas almas simples e obedientes que, incapazes de um pensamento, fazem o que lhes dizem.
Aos jovens do nosso concelho não tem restado outro caminho nas últimas décadas, a não ser de reagirem com os pés (indo-se embora para outras paragens), já que os responsáveis económicos e políticos não têm sabido nem querido reagir com a cabeça, através de políticas e de estratégias adequadas.. É cada vez mais necessário e urgente assumirmos e praticarmos um grito de alma, mobilizar as consciências e responsabilizar os decisores políticos e económicos, já que está em causa o equilíbrio de toda a sociedade, em que as comunidades urbanas e rurais podem e devem completar-se e interagirem. É necessário mobilizar os meios e os instrumentos adequados, enquanto existe população com os saberes, as tradições e as tecnologias que nos caracterizam e diferenciam pela positiva e constituem marcas autênticas de identidade e cultura próprias.
Cidade do Sabugal
A Mudança de mentalidade
Ao longo da segunda metade do século passado, a par do progresso tecnológico e do crescimento das cidades parecia que o desenvolvimento estava garantido nas sociedades urbanas e o atraso nos campos. Parecia que as cidades estavam cheias de oportunidades ilimitadas, abertas ao conhecimento e ao progresso, enquanto o mundo rural se afundava na ignorância, parado no tempo. Parecia que o homem da cidade desfrutava de mais liberdade, era instruído e culto. O futuro parecia pertencer às sociedades urbanas, enquanto nos campos as pequenas aldeias e vilas estavam fechadas no passado.
Parecia, caros leitores! E até interessava ao pensamento e atitude política e cultural dominante e é isso mesmo que ainda hoje pensa uma certa elite urbana bem instalada no grande comércio, na indústria e na alta finança, bem como as castas partidárias sentadas e acomodadas à farta mesa do Estado, numa autosustentada rotatividade entre os principais Partidos. Parecia, mas já não é, ou é cada vez menos! Nem as grandes cidades e concentrações urbanas são o paraíso do desenvolvimento - aí está a violência e a insegurança, o desemprego crescente, a confusão dos transportes com a ruptura das acessibilidades aos grandes centros, o individualismo e a competição selvagem, as rupturas familiares, a educação nas ruas e na noite violenta, o salve-se quem puder, os dormitórios por vezes em casas de cara lavada por fora, mas cheias de droga, doenças e solidão por dentro! Por outro lado, nem as pessoas do campo são as mais ignorantes e tacanhas de outrora já que romperam com a miséria, conheceram e conquistaram novos
horizontes e direitos. As acessibilidades, as infra-estruturas e equipamentos sociais e culturais salpicam por toda a parte o mundo rural, fruto da Administração Autárquica democrática. As condições de vida, quanto ao usufruto de paz, sossego, ar puro e águas cristalinas, ao usufruto de bensculturais, serviços de saúde e de
educação, são já uma realidade positiva no mundo rural. As auto-estradas da informação, com os computadores e outros suportes digitais cada vez mais generalizados, anulam a rígida e imposta centralidade dos grandes centros e permitem rasgar a marginalidade da periferia.
Há repulsão, factores negativos de perturbação nas grandes concentrações urbanas e há atracção, factores positivos estimulantes de viabilidade do interior, como sejam: a matriz solidária do homem rural, a fidalguia rural no receber e no partilhar, os saberes e os sabores únicos. E o tempo, o tempo natural para os afectos, a participação numa efectiva cidadania de proximidade. Tempo para o silêncio, para a sinfonia do silêncio pontuado pelo recorte da luminosa alegria dos pássaros e o sentimento de partilha de liberdade com a natureza, em saudáveis bebedeiras de cores, cheiros e sabores!
O EMPREENDEDORISMO
Tendo como referência os factores de enquadramento e o movimento de mudança de mentalidade atrás referidos, ser jovem e, sobretudo, jovem empresário no interior e no mundo rural, não sendo fácil, já não é estigma de inferioridade! Há bastantes casos que carecem de ampla divulgação e reflexão para exercerem o natural efeito de demonstração e rasgar janelas de oportunidades no nosso território.
Mas, há o mercado, a falta de mercado e as imposições de modas e caprichos do mercado que representam tantas vezes obstáculos intransponíveis à iniciativa e esforço individuais e isolados. Mas, há também as instituições, as organizações de carácter associativo, as Autarquias Locais e os Departamentos especializados da Administração
Pública. Será que funcionam bem e em rede?
É, exactamente no seu funcionamento em rede, sendo complementares, que reside um dos saltos qualitativos mais decisivos. É, também, fundamental a alteração do perfil dos investimentos das Autarquias Locais - das infra-estruturas e do betão para o apoio aos investidores locais e que aproveitem os produtos e saberes locais. Seja premiando directamente projectos válidos, seja criando condições físicas e/ou organizativas que viabilizem tais projectos.
Uma Proposta
Algumas ideias com Marca
A auto-estrada, A23, tem de se constituir num agente estruturante do desenvolvimento local e regional. O atravessamento rápido de um território de baixa densidade e pobre como o nosso interior gera efeitos positivos mas, também negativos.
Para que os negativos se não sobreponham, tem que ser acautelada a sua inserção numa estratégia de desenvolvimento. De facto, chega-se ou passa-se por cá mais depressa mas, também, facilita a saída! O chamado
“efeito de túnel”, passando-se por cá a grande velocidade mas sem se ficar, não é positivo.
Assim, é necessária uma atitude voluntarista, activa e empenhada, que conduza à constituição de parcerias entre o poder local, a hotelaria, a restauração, o comércio e o artesanato – visando valorizar a economia
local, criar emprego e fixar jovens.
Trata-se de um eixo de modernidade que pode e deve impulsionar os mercados locais, pela divulgação e escoamento dos nossos produtos e bens culturais. Não serão as áreas de serviço da auto-estrada, montras privilegiadas para a divulgação dos produtos, do património, das actividades culturais e eventos locais, através de folhetos, mapas e roteiros, exposição e venda com animação cultural em quiosques típicos de arquitectura e materiais representativos da região? Em um conjunto de placares verdadeiramente informativos e apelativos à visita das nossas terras? Não foram tais pontos de divulgação e venda previstos no planeamento das áreas de serviço, mas podem ser implementados e, desejavelmente, em rede que incluísse as estruturas hoteleiras, de restauração, bem como os agentes produtivos dos produtos culturais genuínos. Poderão, deste modo, surgir novas oportunidades para jovens empreendedores que venham a fazer a ligação entre a produção tradicional e genuína e os pontos de divulgação e venda.
É absolutamente inaceitável que as auto-estradas, sobretudo as gratuitas para os utilizadores e pagas ao longo de muitos anos por recursos financeiros do Estado, tenham nas áreas de serviço estruturas comerciais iguais em todo o país, planeadas lá nos gabinetes centrais, de costas voltadas para os territórios concretos que têm características
diferentes. É a ligeireza e até mesmo incompetência social e política de tratar da mesma forma territórios diferentes, terras e gentes diferentes! É o planeamento cego da massificação e a rasoira nas identidades locais.
Tais tecnocratas, divorciados do país real, actuam desta maneira e nós, calamo-nos?
Ficamos bloqueados? E os nossos representantes políticos locais e centrais, também permanecem bloqueados? Até quando? •
Lopes Marcelo
ADRACES
Texto publicado na revista Viver, Julho/Agosto 2006