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sábado, 30 de abril de 2011
sexta-feira, 15 de abril de 2011
quarta-feira, 13 de abril de 2011
MALCATA É RICA EM PATRIMÓNIO
As referências culturais da aldeia de Malcata são uma riqueza patrimonial que necessita de atenção especial por parte de todos os seus habitantes, em especial, a Associação Cultural ( e Desportiva ) da aldeia. Esta associação tem sabido, ao longo dos seus 25 anos de vida, transmitir aos mais novos alguns desses valores imateriais que foram passados de geração em geração. A transmissão oral tem sido um dos veículos mais usados pelas pessoas, mas à medida que se tornam mais idosos, as memórias dos saberes e as vivências correm sérios riscos de se perderem. As lendas, os mitos, as orações, as rezas, os responsos, as mezinhas caseiras são algumas das formas de cultura popular. Com as rápidas alterações da vida quotidiana de Malcata, onde o abandono dos trabalhos campestres e o desaparecimento das pessoas, elas que têm sido os verdadeiros guardadores desse património, ameaçam seriamente a cultura deste povo. A maior parte das pessoas que vivem na aldeia já são de idade avançada, não têm forças para continuar a trabalhar as terras, residem muitos deles no Lar da aldeia e a medida que vão partindo, levam com eles os saberes, os conhecimentos e as experiências adquiridas ao longo das suas vidas. Dessa forma, muitos dos lugares e rituais acabam por ser esquecidos ou mesmo extintos, porque com o desaparecimento dos seus intérpretes naturais, extingue-se também o património imaterial.
Hoje, na aldeia já ninguém semeia centeio ou trigo. Como consequência, esqueceram-se as ceifas, as eiras desapareceram porque já não se fazem malhas, os nagalhos já não são uma preocupação para atar as faixas de palha. O mesmo aconteceu com as desfolhadas e aquelas tardes inteiras a desfolhar o milho e uns dias depois as debulhas nocturnas na varanda, com alguns jovens à procura do milho vermelho ( milho Rei). E aqueles serões à lareira, durante o Inverno ? Tanto se conversava, comia e o tempo passava num ai.
As pessoas que ainda vivem entre nós possuem no seu interior riquezas de um valor incalculável. Há que conversar com elas e enquanto as ouvimos registar através da escrita, da gravação áudio e vídeo para memória de todos.
À ACDM ( Associação Cultural ) lanço o desafio de iniciar essas recolhas e continuar a organizar as reposições das réplicas das cenas do campo, como aquela do "Ciclo do Pão", a "Fogueira de Natal", o cantar as "Janeiras", a sopa de castanha a quem chamamos "Caldudo", a festa de "São João" com aquele mastro coberto de rosmaninhos e enfeitado com bandeirinhas de papel...e porque não outras?
Estas reposições servem para que as novas gerações entendam o valor destas memórias para a identidade da nossa aldeia.
sexta-feira, 8 de abril de 2011
SAPADORES FLORESTAIS DE MALCATA

O protocolo que foi assinado estabelece a actividade das equipas de sapadores florestais com vista à preservação e protecção da floresta, à prevenção de incêndios e à salvaguarda dos bens e infra-estruturas do domínio público nele inseridos, no âmbito da prevenção, defesa e valorização do património florestal do concelho.
Vitor Fernnandes
Palavras chave:
floresta,
malcata,
protocolos,
sapadores
domingo, 3 de abril de 2011
A INEVITÁVEL DESERTIFICAÇÃO DO INTERIOR
“Portugal é cada vez mais um país a duas velocidades, onde as grandes metrópoles contrastam com um interior crescentemente desertificado, despovoado e abandonado pelo poder central. Para percebermos porquê vale a pena socorrermo-nos de um dos princípios mais básicos da ciência económica, que nos diz que as pessoas respondem aos incentivos que lhes são oferecidos. Assim, imaginemos que num país chamado Vigarolândia as actividades não produtivas( i.e.,o compadrio, a corrupção, etc.) têm rendimentos superiores às auferidas pelos produtores de bens e serviços. Se assim for, não será de todo surpreendente se mais cedo ou mais tarde, existirem mais Vígaros ( os cidadãos do país ) envolvidos em actividades de corrupção e compadrio do que a produzir bens e serviços. Ou seja, os incentivos são fundamentais para o desempenho económico.
O mesmo princípio aplica-se à questão da desertificação do interior. Isto é, enquanto não existirem incentivos suficientes para que as pessoas permaneçam e se estabeleçam no interior, haverá sempre um número crescente de portugueses a abandonarem essas regiões em prol das grandes metrópoles e da emigração.
E os incentivos que interessam para travar o despovoamento do interior são os seguintes: empregos, menos impostos e maiores salários relativos. O primeiro incentivo é fácil de explicar: se não existirem empregos ou oportunidades, as pessoas não vão ficar no interior. Sem maior criação de emprego, o interior está condenado a uma morte lenta.
Por seu turno, os incentivos fiscais poderão ser importantes, principalmente se forem significativos. Se as empresas que se localizarem no interior pagarem menos impostos, decerto que as regiões deprimidas ficarão bem mais atraentes do que são actualmente.
Finalmente, seria bom se o Estado estabelecesse alguma diferenciação salarial entre os trabalhadores nos centros urbanos e nas regiões deprimidas do interior. Ao fazê-lo, aumentar-se-iam os incentivos para as pessoas se situarem no interior em vez de permanecerem nos centros urbanos.
Por outras palavras, o fim da desertificação do país é mais uma questão de incentivos do que de grandes planos ou receitas mágicas. E se os incentivos forem melhorados, daremos um grande passo para travar o despovoamento do interior”.
Autor: Álvaro Santos Pereira
Professor de economia
Artigo publicado na revista Notícias Magazine, de 3-04-2011
Palavras chave:
desertificação,
incentivos,
interior,
malcata
sábado, 2 de abril de 2011
quarta-feira, 30 de março de 2011
FESTA DOS ZÉS EM MALCATA
OS ZÉS DE MALCATA EM FESTA
Os Zés quiseram celebrar de forma especial o dia do Pai.
Foto: Vitor Fernandes
A BATALHA DO GRAVATO
NOTA DE IMPRENSA da Câmara Municipal do Sabugal:
A Câmara Municipal do Sabugal promove nos próximos dias 2 e 3 de Abril, as Comemorações dos 200 anos da Batalha do Sabugal, com um diversificado conjunto de iniciativas, em colaboração com o Exército Português.
No sábado, 2 de Abril, às 14h30, realizar-se-á no Auditório Municipal, o lançamento dos livros “A Batalha do Gravato-Narrativas do Famigerado Combate do Sabugal” de autoria de Manuel Morgado e Marcos Osório e “Sabugal e as Invasões Francesas” de Manuel Francisco Veiga Gouveia Mourão, Joaquim Tenreira Martins e Paulo Leitão Batista.
Ainda no Auditório, às 15h00, terá início o Encontro Temático “Sabugal e as Invasões Francesas” com intervenções do Dr. Adérito Tavares, Dr. Joaquim Tenreira Martins, Dr. José Alexandre Sousa, Dr. Paulo Leitão Batista e Tenente-Coronel de Engenharia José Paulo Berger.
Pelas 21h00, no Auditório, terá lugar um concerto pelo Grupo de Música de Câmara da Banda Sinfónica do Exército.
No dia 3, domingo, às 09h30, nos Paços do Concelho, terá lugar a Cerimónia de Hastear da Bandeira com Honras Militares seguindo-se, pelas 10h00, a inauguração de Memorial no local do combate (Sítio do Gravato). Às 11h00, na Rotunda Batalha do Sabugal (EN 233), decorrerá a Cerimónia Militar com Inauguração de Monumento Evocativo de autoria do escultor Augusto Tomás, Deposição de Coroa de Flores, Cerimónia de Homenagem aos Mortos e evocação histórica pelo Tenente-Coronel Urze Pires.
Após a realização da Missa pelos Mortos em combate, na Igreja Matriz de S. João, terão lugar, a partir das 15h00, junto ao Castelo do Sabugal, os Festejos Comemorativos da Vitória com a presença de diversos grupos musicais e de animação de época.
quinta-feira, 24 de março de 2011
AS CEGONHAS
Ninho de cegonha no Sabugal
As cegonhas já chegaram. Este ano também escolheram Malcata para nidificar. O Jornal Cinco Quinas já deu a novidade através do nosso conterrâneo Rui Chamusco.Escreveu ele no jornal que as cegonhas estão a fazer o seu ninho "na chaminé da casa do Zé Manel da Ti Mari Recta, ao cimo da rua da Barreirinha". As pessoas da aldeia seguem atentamente os movimentos das aves que parece terem trazido novas esperanças para o futuro da povoação, pois, há muitos anos que não se viam por cá e agora estão a regressar.
Lanço daqui um alerta e um pedido: deixem as cegonhas sossegadas e por favor, não lhes destruam o ninho.
sábado, 12 de março de 2011
OBRAS DE DRENAGEM DA FONTE VELHA
A Barroca
A Junta de Freguesia de Malcata recebeu da Câmara Municipal do Sabugal 20.600,00 euros, acrescido de IVA, correspondente à obra “Obras de Drenagem da Fonte Velha e Muro de Suporte na Rua da Fonte”. Este é um enxerto do texto da Acta nº33/2010 da Reunião Ordinária da Câmara Municipal do Sabugal, realizada já no passado dia 18 de Agosto de 2010.
Estamos em Março de 2011 e realmente a Junta de Freguesia já construiu o muro de suporte na Rua da Fonte. E também foram colocadas umas escadas em ferro para as pessoas terem acesso às suas terras, sendo as hortas que mais terreno ocupam.
Muro de suporte
O muro manda respeito e com tanto cimento é improvável que caia. Com a construção do muro a rua ficou mais segura, mas a opção do modelo de escadas ali colocadas vieram dificultar a entrada e a saída das pessoas às suas terras. No meu entender e no de outras pessoas da aldeia, o projecto das escadas ignorou completamente a finalidade dessas escadas. Eu tive a oportunidade de ver a dificuldade que as pessoas têm para descer até às hortas e maior dificuldade ainda quando, depois de tratarem da horta e têm necessidade de transportar alguma coisa para casa ( algumas alfaces, cebolas ou batatas e mesmo a ferramenta de trabalho) devido à excessiva inclinação das escadas, só lhes resta atirar com as coisas lá para cima e depois subir com cuidado, segurando-se ao corrimão com as mãos para subir em segurança até ao cimo do muro. E, como o muro é mais alto do que o arruamento, há que saltar do muro para a rua.
Lembro que os donos ou as pessoas que tratam destes terrenos, são já gente com alguma idade, com algumas limitações físicas e a sua elasticidade e força já não é a de pessoas jovens.
Quando as escadas foram colocadas ninguém reparou que estavam mal projectadas? Terão descido e subido os degraus para experimentar? E se deram conta do erro, porque não o corrigiram? Ouvi dizer na aldeia, durante estes dias de Carnaval, que a Junta de Freguesia pretende “murar” a barroca da Fonte Velha. Fala-se em substituir as actuais paredes de pedra por dois muros de cimento para poder suportar uma placa, não sei se de cimento também, que servirá de caminho para as hortas. Ou seja, a obra de reencaminhamento da água da Fonte Velha parece ser este projecto. Coloquei-me junto aos contentores do largo da fonte e olhei para a barroca. Do lado esquerdo já tem uns metros de muro de tijolo e cimento e do lado esquerdo mantém-se a parede em pedra de xisto. Mas a barroca vai muito mais para além destes 15 a 20 metros e as paredes vão baixando de altura acabando mesmo por desaparecerem por completo quando se chega a um lameiro. E é para este lameiro que sai livremente a água não utilizada na rega das hortas.
A Barroca até ao lameiro
Depois desta minha observação da barroca, ao pensar na ideia que a Junta de Freguesia tem passado para a população, prevejo grandes dificuldades para a elaboração desta obra e um custo elevado.
E porque não decidem retirar as escadas do muro já construído, pensar noutra forma de colocar outras que realmente fiquem com boa serventia? Poupam dinheiro, poupam tempo, servem melhor as pessoas e depois deste problema resolvido, contactem um bom técnico para elaborar um projecto sério, harmonioso e enquadrado com o meio rural desta zona da aldeia.
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