13.8.17

ZONA BALNEAR DE MALCATA AINDA NÃO ESTÁ CLASSIFICADA




   




             

             
                       

Apesar de a Câmara Municipal considerar a piscina e a praia de Malcata uma das Zonas     Balneares do concelho do Sabugal em 2017,  ainda não obedece aos requisitos que a lei impõe para assim ser classificada. A falta de análises periódicas à qualidade da água são uma das causas!   


      
   O rio Côa é o afluente mais importante da margem esquerda do rio Douro (em Portugal). Nasce na serra das Mesas, freguesia dos Fóios e corre até encontrar-se com o rio Douro. Quem nunca visitou a nascente do Côa nos Fóios ainda acredita que é aí a origem da água armazenada na albufeira da Barragem do Sabugal. Dos Fóis até a Malcata outras nascentes vão aumentando o caudal do rio. A água é considerada por todos como sendo limpa, sem poluição industrial e de boa qualidade.
   Segundo a página oficial do município sabugalense, existem sete Zonas Balneares em funcionamento este ano: Alfaiates, Badamalos, Malcata, Quadrazais, Rapoula do Côa, Sabugal e Vale das Éguas.
      Malcata, aproveitando o facto de a água da barragem em bordejar a aldeia (enquanto o nível de água é aceitável) e de um terreno espraiado por uma pequena mancha florestal de carvalhos e pinheiros, também vai construindo o seu próprio espaço de lazer. Um espaço de lazer com utilização muito limitada no ano, porquanto o nível de água desce acentuadamente por via dos transvases, do abastecimento de aeronaves de combate a incêndios, e pela seca. A situação seria muito diferente se o desejado PAREDÃO existisse!
      Com o calor e tempo de férias as zonas balneares são locais bastante procurados e frequentados, tanto pelas crianças e jovens, como adultos e mais idosos.
   Malcata, aproveitando a proximidade da água da barragem e de um terreno espraiado por uma pequena mancha florestal de carvalhos e pinheiros, também vai construindo o seu próprio espaço de lazer. Aqui o visitante encontra uma piscina flutuante, insufláveis, canoas, uma área com areia e chapéus para fazer sombras, um parque infantil, área de merendas com mesas e assadores, um bar com uma esplanada voltada para uma paisagem magnífica e tranquilizadora e ainda instalações sanitárias e de chuveiros.
   As obras vêm sendo feitas pela Junta de Freguesia, tendo a piscina sido o primeiro equipamento a ser instalado. Seguiu-se a preparação do terreno e o seu ajardinamento, a montagem das instalações sanitárias, a aquisição e colocação de um parque infantil e de um bar que a Câmara Municipal pagou no valor de 10.445.02 euros.
   Eu mesmo já visitei o Parque de Lazer-Praia Fluvial, ou Zona de Lazer da Rebiacé ou ainda Zona Balnear de Malcata. Afinal, qual o
nome da coisa?
   Que é um espaço apetecível para repousar, ler ou conviver na companhia de pessoas amigas e uns petiscos, lá isso é e para as crianças, poder molhar os pés, andar no escorrega ou no baloiço, enquanto ali andarem, não há nada mais que os retire dali.
   Um destes dias tomava um café na esplanada do bar, à minha frente dois meninos de sorrisos até às orelhas, balançavam e era ver a cara babada dos pais a assistir. Na água, outros garotos e adultos não paravam de mergulhar nas águas da barragem.
   A água é mesmo limpa e fiável para tomar banho? Pensei eu.
   A Zona Balnear de Malcata (digam lá que não é um nome pomposo!) cumpre ou não os requisitos legais para que as entidades oficiais a possam identificar como zona de banhos?
   Uns dias depois, verifico que realmente a Zona Balnear de Malcata, apesar de ser uma das identificadas pela Câmara Municipal do Sabugal, não cumpre a lei em 2017, ou seja, é desconhecida a qualidade da água desta zona. Claro que as pessoas estão-se borrifando para a realização ou a falta de análises laboratoriais às águas da piscina e arredores. E se acontecer uma ocorrência menos agradável? Ora bem, a época balnear no nosso concelho está a decorrer até ao dia 31 de Agosto; a água da "menina dos olhos"  não está analisada e nem classificada como tendo condições para tal função; se a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia consideram esta zona de lazer como Zona Balnear Classificada, têm que trabalhar nesse sentido e a sua legalização é um dos passos a seguir, daí a importância das análises às águas. Até por uma questão de segurança e saúde pública há requisitos que não podem e não devem ser esquecidos. Há necessidade de um histórico de análises periódicas e com resultados positivos, para que se alcance a classificação pretendida. Esses passos e esses objectivos alcançados contribuem para a garantia de um serviço com qualidade, bem-estar para todos os utilizadores e uma quase certeza de não haver problemas com a Junta de Freguesia, porque mostra que sabe fazer bem as coisas.
   Lembro, para terminar, a intervenção da vereadora Felismina Rito, que na reunião da Câmara Municipal, realizada no recente dia 7 de Julho, deixou a sua preocupação bem expressa quando deixou esta pergunta:
   "Considero que quem tem equipamentos disponíveis, sobretudo para crianças, como é o caso de Malcata, também deveria ter alguma avaliação. Porque não é feita?".
   O senhor presidente da Câmara respondeu que iria pedir esclarecimentos aos serviços!
   Deixo aqui a mesma pergunta ao senhor presidente da Junta de Freguesia de Malcata: Porque não está classificada a Zona Balnear de Malcata?
 
                                                                                                 
José Martins

 Imagens da Zona Balnear de Malcata:






12.8.17

QUE PORREIRA ESTÁ A FESTA!

 Fotografias de Manuel Castilho
   A aldeia está em festa, tocam os sinos na torre da igreja, preparam-se os santos e os andores, a cada momento chegam flores e mais flores. Todos trabalham para que amanhã à hora combinada esteja tudo bem composto e alinhado.
   Esta semana a aldeia transforma-se num festival de Verão. As pessoas andam para cá e para lá, é normal encontrar grupos de pessoas a conversar no meio das ruas que apesar do aumento da circulação de veículos motorizados de duas e quatro rodas, ninguém vive com a preocupação de procurar outros espaços, mesmo até as crianças brincam ali à volta dos pais numa despreocupação tal que nas ruas das cidades não seria imaginável.
   Com tanta azáfama e movimento nas ruas, cafés e as filas de espera no único comércio, agora chama-lhe "Armindo - Mini-Mercado", não afastam os clientes que pacientemente aguardam a sua vez.
   Festa é festa e as pessoas em Malcata ainda  reservam o segundo domingo do mês de Agosto para passar pela aldeia. Durante a semana anterior à festa e até ao domingo da festa propriamente dito, abundam actividades recreativas, desportivas, bailes e discotecas ao luar. Uns jogam as cartas no Rossio, outros entram num campo de plástico e transformam-se em matraquilhos humanos durante o tempo de jogo. À volta correm e saltam as crianças de cara pintada e a alegria é tanta que entre os gritos dos golos e das crianças, as badaladas do relógio da torre nem se ouvem. Os mórdomas e mórdomas ainda não tiveram tempo para se sentarem um pouco que fosse e descansar. A clientela está sempre a aparecer, há pratos de tremoços para colocar em cima do balcão, garrafas de minis para abrir, copos de sumo para servir, gelo para refrescar as bebidas, frangos, febras, salsichas e entremeadas para virar e não deixar queimar nas brasas do carvão. E nem as meninas da barraca das rifas têm descanso, é um desenrolar de papeis e verificar os prémios que não deixa descansar quem tem de enrolar novas rifas.
   Olhem que quem assim trabalha durante uma semana, aquela semana de férias, digo-vos que depois destes dias seguidos de muito trabalho e pouco sono, rebentam o mais forte dos malcatenhos!
   Estou em crer que durante estes dois dias, o sábado e o domingo da festa, o assunto e tema de conversas são os de sempre, ou seja, como está o tempo, como vai estar nestes dias, o baile ontem esteve bem composto, o grupo soube animar a gente e diversão é o que se quer, vamos ver como vai ser amanhã, agora não há foguetes e já não se apanham as canas, como eu gostava de ir às canas!!!!
    Viva a festa, viva a vida dos malcatenhos alegres e contentes com o padroeiro Barnabé!
                                                                                                            José Martins                                                                                                         

                                                                                                                   
                                                                                                                      

10.8.17

A SEMENTEIRA E A COLHEITA

    

   Eu nunca estive filiado em partidos políticos. Tenho a plena consciência e noto que as palavras que escrevo por vezes são incómodas para algumas pessoas. Eu sempre gostei de fazer perguntas, caindo algumas vezes no erro de não escutar algumas das respostas. Também a mim me deixa um pouco admirado pela ausência de comentários ao que escrevo. tive sempre aquela mania de querer saber muitas coisas sobre o que me rodeia, independentemente do lugar onde esteja. Penso ser um cidadão que acima de tudo se interroga sobre o nosso mundo e tento encontrar respostas que me auxiliem a compreender os outros. Tenho uma certa tendência para agitar as consciências e com o desassossego das vidas demasiado sossegadas da nossa comunidade. 


 Orgulho-me de ser malcatenho, sou um defensor convicto de Malcata e é por sonhar com uma aldeia melhor que aqui estou.  A nossa terra está como está e nada que deitar as culpas à crise, ao calor do sol ou ao frio do Inverno.  A mãe natureza sempre tem estado ao serviço de todos e cada um de nós. Nestes anos que levamos de vida o que sabemos é que estamos como estamos por causa da incompetência de pessoas que muitas vezes não souberam como dar a volta às situações que surgiam. Recordo alguns factos de pessoas que quiseram e estavam dispostos a transformar a nossa aldeia e por isto, por aquilo não deixaram abrir os seus negócios. Há uns anos atrás um senhor holandês, casado com uma bela moça de Malcata, sonhou e projectou aquilo que hoje bem podia estar a dar trabalho e dinheiro a muita gentinha. As burocracias e as barreiras foram tantas e umas a seguir às outras, que Tim desistiu e partiu para terras algarvias fazer pela vida e pela sua família.Já com o grande hospital, a obra que iria transformar Malcata num oásis para gente senior e com dinheiro, vindos dos países nórdicos ou mesmo doentes de alzaimer, que cá lhes seria oferecido serviço de excelência, afinal, foi pior que tomar banho com água gelada no Inverno. O Ofélia Club deu para tudo menos para o que devia. Das promessas e  das ameaças de expropriações, o que ficou? Nada e todos se calaram, mesmo aqueles que deram a cara e acreditaram que não estavam a ser enganados. O tempo passa e parece que nada aconteceu, não se fala logo está tudo bem. Não, meus amigos, está muita coisa errada e as terras lá estão ao Deus dará! Impõe-se uma pergunta: e agora, o que vai acontecer com aqueles terrenos?
   Em Malcata parece que se aceita tudo e não se pergunta nada. Há que questionar e voltar a perguntar até ter respostas. 
   Porque não se construiu o Ofélia Club?
   Porque ainda não se instalou a antena de radiocomunicações?
   Porque a freguesia de Malcata tem muita calçada e um Salão sem cadeiras em número suficiente e confortáveis?
   Porque nem todas as associações têm igual tratamento institucional?
   Porque se apoiam uns eventos e outros não?
   Porque só existe um sítio e sem espaço, para colocar as informações ao povo?
   Porque só agora vão começar a construção de uma exploração de pecuária em Malcata?
   
   Eu até imagino porquê! Porque há muitos mascarados mas alguns dão a cara, porque uns têm medo e outros não, deixam-se comprar, sentem-se mais espertos e calculam tudo o que fazem, têm esperteza e habilidade que muitos não temos.
   O amanhã de Malcata depende do que quiserem fazer dela hoje. Vamos todos concentrar-nos nas sementes, não nas colheitas, porque estas chegarão na altura própria.
   
   
   


      Malcata está longe do mar, mas tão perto da água que tem feito as delícias daqueles que gostam de ir a banhos em águas tranquilas e num convívio perfeito com a terra.A abundância da água na albufeira é benéfica e mostra quão é importante a sua existência.






 

  

 
 
 
 

8.8.17

ABASTECIMENTO DE ÁGUA EM MALCATA SEM PRESSÃO

 

   O abastecimento de água é um serviço de carácter estrutural, essencial ao bem-estar, à saúde pública, à segurança da população, às actividades económicas e à protecção do ambiente.
   Este serviço deve ser universal e todas as pessoas a ele devem ter acesso, com continuidade e qualidade de serviço, de preço justo.
   Nesta época do ano, há pessoas na freguesia de Malcata que ficam sem água nas torneiras. Essa falha de abastecimento já vem de outros anos e é sentida pelos habitantes que vivem nas zonas mais altas da aldeia. Ao fim da tarde o consumo de água aumenta bastante e à medida que chegam mais pessoas á terra, a situação agrava-se e prolonga-se por mais tempo. Quem desespera com a falta de água ou pouca pressão na rede são aquelas pessoas que desejam tomar um duche, cozinhar as refeições, lavar a loiça. O que dizem as pessoas é que a água sai da torneira com pouca pressão e há casas que não sai gota!
   Era conveniente fazer-se uma campanha de sensibilização para a necessidade de poupar água e alertar o município para encontrar uma solução válida e duradoura para este problema da água.
   Será este o preço a pagar por ter construído a casa na parte alta da aldeia?
   O que é verdade é que o preço da água é o mesmo para todos e uns pagam e  bebem, outros pagam e nem gota.
   Senhores das águas do concelho do Sabugal venham a Malcata e resolvam lá esta situação.
                                                                                               José Nunes Martins

A IMPORTÂNCIA DA PRAÇA DO ROSSIO EM MALCATA

   


   Este ano a Junta de Freguesia organiza a IV Feira de Artesanato e Sabores de Malcata, que será nos próximos dias 9 e 10 de Agosto, no antigo Quartel da Guarda Fiscal, na Rua do Cabeço. Tal como tem acontecido nos anos anteriores, também este ano haverá animação com música e teatro. São dois dias, ou melhor dizendo, são duas noites em que os artesãos de Malcata e outros que vêm de fora, têm oportunidade de mostrar e comercializar os seus produtos.
   Ainda bem que a feira de artesanato tem continuação. É uma actividade que causa interesse por toda a aldeia e os artesãos ganham vontade de mostrar os seus trabalhos ao público que os quer conhecer, observar nos seus afazeres e sempre compram algo que lhes interesse.
   Nas últimas edições estive presente e andei um pouco atento ao desenrolar do certame, tentando analisar os prós e os contras da feira, ou seja, as causas e os efeitos provocados.
   Ao ler o cartaz desta IV Feira de Artesanato e Sabores de Malcata, depois de fazer umas contas de somar e subtrair, conclui que são quatro horas por dia, num total de 12 horas, durante o qual funciona a feira. Tendo em atenção que os visitantes da feira também querem ver e aplaudir os artistas convidados e estes vão actuar nos dois dias, restam 5 horas de verdadeira feira de artesanato, pois no primeiro dia teremos um grupo e no último dia para além da música popular, vamos ver e ouvir uma peça de teatro. Ou seja, a feira abre das 20:00 às 0:00, com uns intervalos pelo meio ficam umas 5 horas de feira.
   Agora vamos pensar um pouco sobre a escolha do local para a realização desta feira. Para tal temos que recuar no tempo e regressar aos anos de 2001 e 2013. Se bem se lembram, em 2011 a Assembleia Municipal do Sabugal na reunião realizada a 29 de Abril desse mesmo ano, declarou que o Quartel da Guarda Fiscal em Malcata, era de Interesse Público. Na mesma reunião, o presidente da Junta de Freguesia, Vítor Manuel Fernandes, deu a conhecer uma candidatura ao programa de financiamento PRODER para a recuperação do edifício e adaptá-lo com as condições para exposição de produtos locais, servir de local de apoio aos diversos desportistas que apareçam por Malcata, podendo funcionar como balneário e de espaço para guardar as tralhas dos desportistas e/ou turistas. O projecto incluía também uma sala para exposição de produtos locais, provas gastronómicas e até algumas refeições ligeiras. O projecto da obra foi enviado para os serviços técnicos da Câmara e foi aprovado.
    Desde que foi inaugurado, tem sido utilizado para a actividade “Mãos na Massa” e no seu interior permanece uma exposição de artesanato e alguns quadros da actividade “Pintar Malcata” e é neste espaço que tem decorrido a feira de artesanato. Nesta obra de recuperação, que diga-se, veio dar uma nova cara ao edifício e foi uma valorização patrimonial para a aldeia. A obra custou 80.186,92 € e teve apoios do PRODER. Pergunto se alguma vez foi usado por turistas ou desportistas, se o espaço serviu para alguma actividade cultural, divulgação da nossa gastronomia, etc. (para além da feira anual de artesanato, claro).
   Sabem, fico surpreendido pela atitude tão despreocupada da população em relação ao papel que o antigo quartel tem desempenhado. Com as obras ali realizadas, com a falta de instalações com condições dignas, dói-me a alma não ver aquele edifício mais vezes de portas abertas à comunidade e aos artistas de todas as artes e saberes.
   Atrevo-me a perguntar ao povo de Malcata se pensam que o antigo quartel é o melhor e o mais funcional local para a realização das feiras de artesanato, em detrimento, por exemplo, da Praça do Rossio. Aqui há espaço para o palco, para instalar as barraquinhas, para integrar o Forno Comunitário no espírito da própria feira, sendo uma excelente oportunidade para dar a conhecer o “pão” da nossa aldeia, o bar da festa aberto, mais facilidade de acesso a todos, o próprio ambiente parece-me mais acolhedor e menos frio que lá para o Cabeço.
   É importante ter consciência do que se vai passando na aldeia. A obra do quartel está acabada e ponto final, dirão alguns de vós. Mas essa não é a minha opinião, pois soube da obra e algumas informações do fim a que se destinavam para os tempos vindouros. Lembro que a obra foi dada por concluída em 2013, ano de eleições para a Junta de Freguesia. Há quem tenha colocado um “ponto final” neste assunto. Eu prefiro substituir esse ponto final por uma pergunta: porque não preservaram a história, as memórias, o interior do quartel devidamente recuperado e dele fazer um ponto único, marcante e atractivo e honrar todos os que de uma forma ou de outra, nasceram, sobreviveram, combateram aqueles tempos do contrabando?
   É para evitar erros de planeamento, de estratégias e de debate das coisas públicas, que há necessidade de maior participação do povo na gestão da coisa pública, sejam obras novas ou de recuperação, quando implica dinheiro e recursos públicos, há que ir mais além da decisão tomada apenas nas paredes das juntas de Freguesia.
   Desenganem-se todos aqueles que não se incomodam ou aqueles que só passam palmadinhas nas costas e contra nada dizem.
   Pensem lá um pouco, um pouquinho mais que até agora, vejam lá se, unidos e juntos conseguimos transformar a aldeia de Malcata numa comunidade auto-sustentável, uma aldeia ribeirinha e de montanha.
   Acreditem que Malcata vai mudar! Está nas nossas mãos realizar esse sonho e se nós quisermos mesmo, Malcata transformar-se-á na melhor aldeia para viver uma vida com todo o sentido.
   As decisões são todas importantes. Mais digo, as minhas decisões não as podem tomar outras pessoas. Qual será a sua decisão? Viver e lutar simplesmente para sobreviver, para ter a comida que o mantenha vivo para lutar pelo amanhã, ou viver desafogadamente? A decisão é sua, é minha, é de cada um de nós. O destino é meu, é vosso e cada um pode escolhê-lo e vivê-lo. Se não fizermos a nossa escolha, corremos o perigo de viver condicionados pela escolha dos outros.
  
  






7.8.17

CAUSA E EFEITO

    Não há arma que corte a raiz ao pensamento que se esconde na mente de cada pessoa. Tudo começa com um pensamento, uma ideia que progressivamente se torna real. Vivemos num mundo em que as ideias, boas ou más, têm resultados bons ou maus. Qualquer problema com que nos temos que enfrentar, qualquer que seja a nossa situação em que nos encontremos, é o efeito de uma causa. E para encontrar a causa devemos procurar dentro de cada um de nós, dentro da comunidade os nossos pensamentos mais dominadores e persistentes. 
 


Em Malcata as coisas funcionam assim: se questionas ou discordas da condução da gestão pública, seja qual for o assunto, és logo rotulado como sendo do contra. Bem podes perguntar por quê que nunca te vão responder. Nada de espantar, até porque na maior parte dos assuntos são muito poucos aqueles que te sabem dar uma resposta. Porque desconhecem o tema ou porque já estão de pé atrás contigo. E também porque ao não responder às tuas perguntas sentem-se leais ao poder dominante e dessa forma podem manter e assegurar tachos e outros benefícios, mesmo que lá bem no íntimo até discordem de algumas das atitudes e decisões.
     Alguns neste momento já devem estar a roer-me na casaca e a murmurar para o vizinho do lado que lá estou eu a deitar abaixo o que os outros fazem com tanto amor e dedicação. Ou então a dizer que se eu critico o que fazem ou deixam de fazer, por que não vou eu para Malcata e mostrar obra melhor!
    Tenho uma resposta para essas gentes que é esta: não custa trabalhar, custa mais é saber e ter capacidade para fazer e trabalhar melhor! Mais, reconheço e aplaudo o trabalho, o empenho e a dedicação às causas públicas de muitas pessoas da nossa aldeia, bem como dos que por ela vão andando ou estão ligados. Bem-haja por tudo o que têm feito. Mas como não sou cópia de ninguém, sou um ser único, logo sou eu e só eu, penso por mim e tenho ideias boas e outras menos boas com a boa intenção de contribuir para o desenvolvimento socioeconómico e de bem-estar das nossas gentes. Sei que nem todos acreditam no que acabo de dizer, mas é com esse propósito que escrevo estas minhas crónicas.


    

TODOS OS CUIDADOS SÃO POUCOS


   Na minha última visita a Malcata houve uma pessoa que insistiu para que fosse com ela ver o que lhe parecia ser uma situação perigosa, principalmente para as crianças mais atrevidas e traquinas que passassem naquele local. Como vão poder observar pelas imagens seguintes o nosso cuidadoso conterrâneo tem algum motivo para se preocupar e de facto há que fazer alguma coisa para que nada de grave venha a acontecer neste local tão movimentado da nossa aldeia. A situação retratada é na Rua da Moita, um poste que serve de apoio a cabos da EDP e telefones tem alguns cabos pendurados e de tão baixos que estão, com facilidade uma criança numa das suas brincadeiras em grupo pode ser vítima de acidente.





    Os mais idosos lembram-se com certeza dos donos desta casa na Rua da Moita. Há uns anos atrás alertei para a eminência do desmoronamento das paredes. O problema foi resolvido com o derrube das mesmas. Desta vez os perigos estão nos cabos pretos que estão a preocupar algumas pessoas e solicitam que sejam tomadas medidas correctivas para que não aconteça aquilo que ninguém deseja.




   Fica aqui este alerta e aguardamos que as entidades responsáveis tomem as devidas medidas preventivas e executem as devidas medidas de segurança.