29.7.13

FESTAS DE VERÃO EM MALCATA


25.7.13

MALCATA; ROGÉRIO OU VÍTOR ?

Sede da Junta de Freguesia de Malcata
   Já há dois candidatos à presidência da Junta de Freguesia de Malcata. Se o PS já tinha apresentado o seu escolhido, agora o PSD já fez também a sua escolha. Rogério da Silva Cruz veste a camisa do PS e Vítor Manuel Fernandes, actual presidente da Junta, é o nome escolhido pelo PSD.
   Depois da apresentação do candidato do PS a um grupo de amigos, é a vez do candidato do PSD dar a conhecer ao povo de Malcata que aceitou o convite endereçado pelo PSD, após esta força partidária ter aceite algumas exigências impostas, para benefício da freguesia. Isto deixou expresso Vítor Manuel Fernandes na entrevista que o jornal Cinco Quinas está a divulgar.
   Quem os acompanha nesta corrida para o lugar de Presidente da Junta de Freguesia ?
   Vamos aguardar.

   

15.7.13

ALCUNHAS

 
   O nome próprio marca a individualidade de cada pessoa e é fundamental para o resto da vida de cada um de nós. Mas, quem não conhece pessoas a quem chamamos um nome e esse não é o próprio nome? O que nos espanta é que essa pessoa responde ao nome que não é o seu próprio nome, mas uma alcunha!
   Para ser sincero, não sei com que idade eu percebi que em Malcata havia e há pessoas que têm nomes que não são os seus próprios nomes. As alcunhas são por isso muito importantes na vida da nossa aldeia. Elas fazem parte do património humano e são a forma mais rápida e eficaz que o povo encontrou para identificar uma determinada pessoa. E a variedade é tanta que não as conheço todas. Umas fazem-nos sorrir e o próprio visado não se importa, acabando até alguns por a incluir no seu próprio nome.
   Por isso, quando um estranho aparece na aldeia e pergunta por alguém, ao usar o seu nome verdadeiro, pode sentir alguma dificuldade em que a resposta seja rápida e eficaz. As pessoas são conhecidas muitas vezes pela alcunha e não pelo nome registado no bilhete de identidade, hoje chamado Cartão Único.
   E as alcunhas nada têm de maldade sendo muitas vezes a forma que o povo encontrou para identificar uma determinada pessoa associando-a à terra onde nasceu, à rua onde vive, a uma deficiência física ou até a um simples hábito do quotidiano, ou até da maneira de falar ou andar, entre muitas outras razões.
   Malcata não é diferente às outras terras portuguesas e alcunhas existem muitas e para todos os gostos.
   Com certeza que cada um de vós se lembra de algumas alcunhas. Eu lembro-me destas:
Barroco, Borrego, Cagão, Carvalhão, Cabeço, Cavaca, Coxo, Cuco, Estrelado, Fachó, Forneira, Gravanço, Mudo, Fama, Pataco, Peca, Padre, Pataquinha, Pelão, Tareco, Triste, Ratinho, Reta, Sapateiro, Sacho, Chichi, Medalhas, Fai Fai, Moleiro, Bico, etc, etc, etc,.

   E já agora, a alcunha dos habitantes de Malcata : Carvoeiros.

11.7.13

MALCATA E FÓIOS DÃO CARTAS

ENVIDO  UNE  MALCATA   AOS  FÓIOS

Jogo de cartas junta Fojeiros e Malcatanhos
   No dia 14 de Julho os malcatanhos voltam a receber na sua terra os Fojeiros. Com o apoio das duas Juntas de Freguesia e pelas suas respectivas associações, vão voltar a reunirem-se em Malcata para uma animada jornada em que o jogo do envido é apenas o pretexto para o fortalecimento das relações humanas e sociais das duas aldeias. Entre jogos de cartas, onde os olhares e os pormenores valem vitórias, também há lugar para cantorias à capela, com acompanhamento de guitarra ou cavaquinho ou umas bombadas nos bombos emprestados, umas grades de minis ou litronas, tudo numa sã e alegre convivência raiana.
   Viva Malcata e Fóios.

10.6.13

AMPLIAÇÃO DO QUARTEL DA GUARDA FISCAL

    A Junta de Freguesia de Malcata está a  recuperar o antigo quartel da Guarda Fiscal, o qual passará a servir de apoio para actividades desportivas e para centro de exposição de produtos locais.

As obras contemplam a melhoria das divisões interiores mas o exterior vai manter a construção original.



 

   O antigo quartel irá apoiar os caminheiros, os cicloturistas e outros praticantes das mais variadas actividades desportivas. Para que esse apoio seja apropriado serão colocados à disposição das pessoas aréas para vestiários e banhos.
   O anexo que está a ser construído nas traseiras do edifício antigo vai servir para exposição e prova de produtos da aldeia podendo até servirem-se refeições ligeiras.







 Melhoramentos interiores






 Rampa na entrada principal
    Uma rampa  permitirá que as pessoas portadoras de dificuldades de locomoção tenham o acesso facilitado ao interior do edifício.



   Anexo 
   





A obra da ampliação do quartel foi entregue por "ajuste directo" à empresa "Bem Constrói" da Bendada.





Preço e prazos da obra anunciada: 81.938.88 €
   Lendo o anúncio publicado na página dos Contratos por Ajuste Directo, ficamos a saber que a empresa tem 365 dias para executar a obra.
Detalhes do ajuste: 80.186.92 €
Consultar aqui:
http://www.base.gov.pt/base2/html/pesquisas/contratos.shtml

2.6.13

MALCATA: UM PRESENTE DIFERENTE DO PASSADO



Em 1960 as pessoas da aldeia de Malcata conservavam as carnes numa arca em madeira a que chamavam salgadeira. Em alturas de aflições fisiológicas, dependendo do lugar onde me encontrava  tinha que me desenrascar e a loja ou o penico davam cá um jeitaço que todas as casas tinham o cuidado de ter esse objecto ali à mão escondido dentro da mesinha de cabeceira. Às noites as lanternas de pilhas andavam sempre connosco para irmos do Carvalhão ao Cabeço a casa do meu avô Pires. Como o lume da lareira não era suficiente, o meu avô tinha uma candeia pendurada na parede da cozinha. E como estudava nesses tempos da escola primária? Um candeeiro de vidro, petróleo e uma torcida em tecido a que se aproximava um palito ( fósforo ), iluminava a mesa e os livros da escola.
Já quando a sede apertasse dirigia-me à cantareira, pegava no copo e mergulhava no interior do cântaro de barro e deliciava-me a beber água que horas antes a minha mãe tinha trazido da Fonte da Torrinha.
Passaram mais de 50 anos e o que mudou?
Malcata mantém o mesmo nome e tudo o resto já não é como era.
Portugal nestes cinquenta anos mudou e de que maneira. A nossa aldeia começou a mudar com a chegada da electricidade. A maioria das casas aceitou as baixadas da luz e arrumou para o sótão os velhos candeeiros e candeias. Compraram televisores, frigoríficos, rádios elécticos, ferros de passar a roupa, máquinas de lavar a roupa, secadores de cabelo, etc. .
Nos anos oitenta Portugal torna-se membro da Comunidade Económica Europeia.E a vida do país começa a mudar aos poucos. Malcata também é beneficiada com dinheiro vindo da Europa. Eis alguns exemplos:
o saneamento básico e a água nas torneiras, a construção da Etar, alargaram-se ruas e substituíram-se as pedras desiguais e irregulares pelos cubos de granito, renovou-se a escola primária para anos depois encerrar por falta de crianças que a frequentassem e ainda hoje esse cenário se mantém. A Junta de Freguesia instalou-se na antiga escola primária e mais tarde foi restaurada e até  chegou a funcionar uma creche nas salas do lado. Construiu-se uma Queijaria Tradicional, um moinho de água, a estrada foi requalificada e corrigiram-se alguns troços mais perigosos, construiu-se a barragem do Sabugal e uma nova ponte foi construída para manter a aldeia ligada ao resto do mundo por via terrestre, pois que a ligação via internet também chegou um dia ao povo.
O dinheiro ainda chegou para que alguns malcatanhos tivessem frequentado algum curso de formação profissional, também subsidiado por algum fundo europeu.
O nível de vida da população da aldeia de Malcata melhorou e muito. Penso que poucos saberão qual o impacto que os dinheiros da Europa tiveram no desenvolvimento da nossa aldeia. Mas uma verdade não podemos esquecer e que todos sentimos quando acordamos e nos vemos em Malcata:a vida em Malcata é agora mais fácil e mais saudável, contudo mantemos o mesmo nome e a serra da Malcata continua lá no alto e com a mesma altura, aguardando a chegada do lince.


31.5.13

AS RAÍZES DA VIDA


Rui Chamusco e as raízes da sua vida

 
 Pequenos gestos que engrandecem a humanidade


 
Foi no dia 27 de Maio no IPO de Lisboa. Em consulta de vigilância e à espera da minha vez, com a sala repleta de pacientes, ouvem-se vozes delicadas que falam com cada um dizendo: “Olá, Bom dia! Aceita uma sandes e uma bebida?” A quem nada desejava faziam questão que aceitassem ao menos um rebuçado. Creio fazerem parte do serviço de voluntariado. Pois é! Um pequeno gesto que faz toda a diferença. Num ambiente em que cada um tem os seus problemas, em que a ansiedade e a expectativa são constantes, fazem ideia o que isto representa? A simpatia e a amabilidade das pessoas que integram os serviços são uma força que muito ajuda os utentes a aliviar o stress característico destes ambientes e a enfrentar as notícias e os problemas que a cada um são prestados. Todos ficamos com uma disposição diferente. Bem hajam!
De seguida, outro episódio a remarcar. De um dos gabinetes de consulta, sai uma senhora que se agarra ao filho a chorar. Logo uma voz amiga de um senhor sentado ao lado, peremptoriamente tentou animá-la, dizendo:
 “minha senhora não chore que o seu problema se irá resolver. Sabe quantas vezes eu já fui operado? Quatro. E cá ando como você pode ver. Com a sua idade e com essa força toda não se pode deixar ir abaixo…” Palavras consoladoras que aparentemente provocaram algum alívio.
Como diz o cantor Sérgio Godinho “a vida é feita de pequenos nadas”. Pequenos gestos que engrandecem a humanidade e sobretudo quem os pratica. Ao reflectir sobre estes episódios continuo a acreditar que vale a pena viver, mesmo enfrentando problemas; que a vida é bela mesmo que as dificuldades nos apoquentem; que a vida é um dom de Deus que devemos cultivar e agradecer. Em condições de privação, mesmo da saúde, qualquer sinal de vida nos faz bem. É observar a natureza, é contemplar o nosso mundo em constante movimento, é olhar para as pessoas sobretudo as mais necessitadas e logo uma vontade enorme de viver e lutar por um mundo melhor nasce dentro de nós. Será que com os nossos pequenos gestos o mundo não poderá ser melhor?!
Estamos em plena primavera. E as manifestações de vida, particularmente na natureza, são abundantes. Ao estilo de Francisco de Assis apetece-me tocar e cantar o “Cântico das Criaturas” ou “Cântico do Irmão Sol” por tudo o que existe no mundo (sol, água, vento, terra, fogo, árvores, flores, pessoas, etc… e até pela morte natural).
Louvado sejas, ó meu Senhor, Maravilhosas são as tuas obras.
A Ti a glória e o louvor!
Louvado sejas, meu Senhor, nós te cantamos com todo o amor.
 OBS.: Agradeço e informo todos os meus amigos que têm manifestado o seu apoio sobre o meu estado de saúde que, depois dos últimos exames e consultas realizados, tudo está em ordem e a decorrer da melhor forma.
 Rui Chamusco

Nota:
Este texto escrito pelo Rui, está publicado no Jornal Cinco Quinas. Como o texto é público e sendo o autor natural da nossa aldeia e pessoa muito querida por todos os malcatanhos, pensei que o devia publicar para mais pessoas o lessem.
Desejo a continuação da plena recuperação ao Rui.