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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

ONDE FORAM PLANTAR AS ÁRVORES?PROCUREM NA SERRA DA MALCATA, QUEM SABE...


A Sociedade de Águas da Serra da Estrela está a promover,há meia dúzia de anos, uma campanha de "Plante uma árvore ". O Grupo Sumol, detentor da marca "Água Serra da Estrela", diz que desde o início da campanha já foram " angariadas mais de 600 mil novas árvores que foram disponibilizadas para plantação ao Parque Natural da Serra da Estrela e ao Instituto da Conservação da Natureza", segundo as palavras do director de marketing da empresa, João Nuno Pinto, referiu ao Jornal de Notícias. A empresa, que recusa comentar a intervenção do ICNB(Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade), diz que as 600.000 árvores já foram pagas aos viveiros, estando apenas por liquidar parte da campanha do ano passado, cujas árvores ainda vão ser plantadas.
Armando Carvalho, director do Departamento de Gestão e Áreas Classificadas Litoral Centro do ICNB apenas diz que "o ICNB vai proceder a um registo exaustivo dos locais, das espécies e do número de árvores plantadas".
A verdade, é que ninguém sabe onde estão essas árvores e a Associação Amigos da Serra da Estrela afirma que "não ser visível no terreno a reflorestação. O programa teve início em 2002 e cinco anos depois não são visíveis no terreno as plantações, que, pelos números divulgados pelas Águas Serra da Estrela, rondariam no mínimo, 300 hectares".
Onde páram as árvores que eu comprei, pois, muitos litros de água Serra da Estrela eu ingeri até hoje. Se a empresa promotora afirma que pagou as facturas, não interessa a quem, mas que desembolsou o dinheiro e agora ninguém consegue ver árvores de nenhuma espécie.
É por estas e por outras campanhas parecidas que muitas boas intenções não passam apenas de boas intenções...e o povo diz que"de boas intenções, está o inferno cheio". É que água, felizmente, em portugal há muita e os consumidores merecem transparência e clareza quando lhes pedem para beber "Serra da Estrela" e não água da fonte de Malcata, por exemplo.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

A MOCIDADE DE MALCATA NO TEMPO DO MARCELO CAETANO

Quem se lembra deste Grupo de Cantares? Marcelo Caetano estava de visita ao concelho do Sabugal e foi recebido pelo Grupo de Cantares de Malcata ( o nome não sei se era este), que tão depressa se formou como desapareceu. As moças do rancho ainda hoje passeiam a sua beleza...e claro, o Fernando Cego era o homem da música. E os rapazes? Será que estavam todos nas províncias ultramarinas, de G3 em punho, mortinhos para regressarem à pátria com vida...a verdade é que o grupo era só raparigas.


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domingo, 23 de setembro de 2007

UMA HORTA ORIGINAL






Dizem, que a população de Várzea de Meruge, freguesia do concelho de Seia, há tempos atrás, cansada de tanto pedir ao senhor presidente da Junta de Freguesia, para reparar o piso da rua e já fartos de meter o pé na poça, tiveram esta ideia luminosa para chamar a atenção:plantar couves nos buracos...e parece que não são assim tão poucos...talvez alguém desse conta...

Agradeço as fotos ao seu autor, João Tilly, em www.fotopages.com.

O meu comentário:
Estou a lembrar-me das obras da estrada de Malcata. Tenho informações de que não têm lá andado a trabalhar. Segundo as minhas "fontes" os homens deixaram de andar por lá. Será que o empreiteiro também foi com as máquinas e os trabalhadores para o Líbano? É que, como sabem, as obras de outra estrada que está a ser construida pela Câmara do Sabugal estão quase paradas porque...o exército(Regimento de Espinho) teve necessidade de enviar as máquinas para aquele país...mais importante e mais urgente do que o nosso concelho...
Que tal um dia a população de Malcata ter assim uma ideia como os habitantes de Várzea de Meruge? Couves não, porque deixa de ser original. Alguma ideia por aí?

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

GARGALHADAS FAZEM BEM AO CORPO

Um jornal de Angola há tempo noticiava:
" o maior desastre aéreo de todos os tempos aconteceu ontem à noite em Angola: caiu ontem um avião de dois lugares sobre um cemitério de Luanda. Durante a noite foram encontrados 970 corpos, mas as equipas de socorro suspeitam que haja mais."

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

5ªCAMINHADA PELO INTERIOR DO SABUGAL


A caminhada, descontraída ou em passo acelerado, está a começar a fazer parte da vida dos sabugalenses, pelo menos, uma vez por mês a Câmara Municipal do Sabugal organiza uma Caminhada.



A Caminhada é um bom exercício para todos, de todas as idades. No próximo dia 23 de Setembro não fique em casa, acompanhe os seus filhos na caminhada.

A ESCOLA QUE O NOSSO PAÍS TEM HOJE

O ano escolar já começou. Este ano, o governo passou uma semana a entregar computadores e para isso mobilizou 21 ministros que não fizeram outra coisa se não entregar PC's a alunos e professores. Manuel António Pina, escritor bem nosso conhecido e colaborador, como cronista, no Jornal de Notícias, escreve hoje sobre esse assunto. Dado o interesse do tema e o facto de nem todos comprarem o JN, ou de através da net lerem a sua crónica, pensei em transcrevê-la para este blog. Então aqui vai:

«EM BANDA LARGA

A ministra da Educação chamou-lhe "revolução silenciosa". "Está a fazer-se uma revolução silenciosa nas escolas portuguesas", disse ela na Escola Secundária de Francisco Holanda, em Guimarães, onde lhe calhou fazer a distribuição de computadores do início do ano lectivo. Tudo o que é ministro, secretário de Estado e assessor cancelou nesse dia a agenda, deixou os conspícuos afazeres governamentais e andou a distribuir computadores pelas escolas do país no meio de dezenas de câmaras de TV, máquinas fotográficas e jornalistas de esferográficas em punho. Foi a mais barulhenta "revolução silenciosa" que há memória no início de um ano lectivo.Silenciosos, foram, porém, os números, dias depois, divulgados pela OCDE: Portugal é dos países (o 23º em 34) que menos investem em educação, pouco mais de 5000€/ano por aluno, para uma média de 6115€ entre os países da OCDE(os EUA e a Suiça por exemplo, gastam mais de 10.000). Portugal figura no topo apenas no "ranking" do...menor número de alunos que terminam o Secundário (só 26% portugueses acabam o 12º ano, contra 68% nos países da OCDE). Mas as revoluções, sobretudo as silenciosas, não se fazem de um dia para o outro. Continuaremos na cauda da Europa, mas há-de ser em banda larga
Obrigado a Manuel António Pina, homem que no seu dia a dia vai' esse sim, fazendo uma revolução silenciosa e que muitas vezes com as suas palavras escritas revoluciona as nossas mentes. Oxalá, com estas crónicas escritas,no Jornal de Notícias,ajudem a revolucionar as mentes dos nossos governantes.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

CARLOS COELHO AINDA DÁ MÚSICA



Aqui está o nosso conterrâneo com a sua concertina integrado no Grupo de Cantigas do Meimão. Bem faz o Carlos, pois já que em Malcata não há(até agora) um grupo de cantigas aí foi ele até à aldeia vizinha do Meimão. Em conversa que há tempos tive com ele mostrou-se feliz por as gentes do Meimão terem pensado nele e no seu valor de concertista para acompanhar o Grupo de Cantigas do Meimão. É que o Carlos Coelho já não é o animador dos bailaricos dominicais que em tempos se faziam em Malcata. Isso já pertence ao passado e claro que este convite lhe proporciona alegrias e prazer ao abrir e fechar o fole da concertina.

domingo, 16 de setembro de 2007

AUTONOMIA PARA O TIBETE

Dalai Lama: Líder religioso apela a portugueses
para levarem a causa tibetana ao Parlamento

" O Dalai Lama terminou hoje uma visita de cinco dias a Lisboa, apelando a milhares de pessoas no Pavilhão Atlântico para fazerem chegar a sua preocupação pelo povo tibetano aos parlamentos português e europeu.
"Vocês enquanto Estado-membro da União Europeia - e o Parlamento Europeu está atento a esta causa - podem ter influência neste país onde há uma preocupação pelo povo do Tibete. Podem fazer chegar essa vossa preocupação ao parlamento português", disse o líder espiritual do Tibete.

O 14º Dalai Lama exortou ainda os participante na conferência pública intitulada
"O poder do bom coração", para "visitarem o Tibete e estudarem o que aconteceu nos últimos 60 anos e vejam o que se está a passar agora".
"Contem o que viram" para serem "úteis" à causa do seu povo, desafiou.
Este apelo do Dalai Lama surgiu em resposta a uma pergunta que a organização apresentou, sugerida por alguém do público, que questionou "qual o apoio que os portugueses podiam dar em prol do povo tibetano.
Em 1950, o Exército Popular de Libertação chinês ocupou Lhasa, a capital do Tibete, e em 1959 os confrontos armados obrigaram o Dalai Lama a deixar o seu país e exilar-se na Índia, em Dharmsala.
Actualmente, Dharmsala é a sede do governo tibetano no exílio que, liderado pelo Dalai Lama, se dedica à causa da libertação do Tibete, através da não-violência.
Em Maio de 1951 foi feito o "Acordo dos 17 pontos para a libertação pacífica do Tibete", que entre outros pontos, dava soberania à China sobre o Tibete, mas reconhecendo a autonomia do governo tibetano no que respeitava aos assuntos internos.
A China comprometia-se a não alterar o sistema político existente, a não interferir com o estatuto do Dalai Lama e a respeitar a autonomia, religião e costumes dos tibetanos.
Em 1965, a China conferiu ao Tibete o estatuto de região autónoma mas segundo Dalai Lama, os tibetanos são hoje uma minoria naquele território.
Na capital, Lhasa, mais de dois terços da população é chinesa".
GC.
Lusa/Fim

DALAI LAMA PENSA E AGE SEM MEDO



OS ENSINAMENTOS PARA VIVERMOS MAIS FELIZES





Dalai Lama, deu uma entrevista ao "Público" de hoje, domingo, 16 de Setembro de 2007. Dada a importância e a sabedoria que lhe é reconhecida, não queria deixar passar esta oportunidade de divulgar algumas partes da entrevista.






«A nossa energia e o nosso tempo devem ser passados mais tempo
em devoção, em orações e em servir os outros».

«Os valores materiais dão-nos a falsa esperança
de que o dinheiro resolve todos os problemas».

«O stress, a ansiedade ou as crises na mente
surgem da nossa própria atitude».


«Chegou a altura de dar mais atenção aos valores interiores».

«Precisamos de facilidades materiais, novas tecnologias e ciência moderna, que são uma grande ajuda. Mas, se as consideramos como sendo o mais importante, estamos a cair no erro.

A grande causa de problemas são as emoções. Se alguém tiver um problema por causa das suas emoções e for ao supermercado, não encontrará soluções para resolver a crise. Se for a um psicoterapeuta, talvez ele tenha algumas soluções, mas não será 100% eficaz.

Quanto à cirurgia, é impossível. Pode ser que um dia, através da cirurgia, todos os nossos problemas materiais acabem. Seria bom, mas é quase impossível.Temos que encontrar meios de lidar com os problemas que começam na nossa mente, através das emoções. Precisamos, por isso, de ter mais conhecimento sobre as emoções, a mente e o conflito que nela existe, para podermos transformar as nossas emoções negativas».


O TIBETE E DALAI LAMA

Jornal Público:Em que ponto estão as negociações entre o Tibete no exílio e a China?

Dalai Lama: "A sua descrição está correcta: os contactos são entre a comunidade no exílio e a China. Mas este é um assunto dos seis milhões de tibetanos, não só dos 150 mil da comunidade tibetana no exílio.Mas como no Tibete não há liberdade de expressão, não lhes é possivel falar.Se alguém criticar a política chinesa, irá parar à prisão e pode ser submetido a torturas severas.

Há três meses encontrei um tibetano que esteve seis anos no Gulag chinês(campo de trabalhos forçados)como prisioneiro político. Recentemente foi libertado e veio ter comigo. Perguntei-lhe sobre a tortura que tinha sofrido. Ouvi explicações de partir o coração. Sabiamos que usavam eléctrodos e magoavam as pessoas nos ossos. No seu caso, arranjaram um novo instrumento com electricidade, que lhe colocavam nos dedos, e todo o corpo ficava em sofrimento.

As pessoas dentro do Tibete não podem dizer o que querem e o que sentem. Os Tibetanos não podem fazer nada pelo seu bem-estar.


Jornal Público: Mas as negociações continuam?

Dalai Lama:O objectivo destas reuniões tem sido construir confiança, as negociações a sério ainda não começaram...o que pretendemos para o futuro não é a independência. Porque a ligação à China é a melhor maneira de assegurar o desenvolvimento material do Tibete.

A China deve dar-nos autonomia, porque essa é a melhor garantia de preservar a nossa cultura, incluindo a língua e a espiritualidade.


Jornal Público: Querem preservar a herança cultural?

Dalai Lama: Sim. Porque hoje, em muitas zonas do Tibete, a população chinesa tornou-se maioritária. O estilo de vida da minoria local tibetana começou a mudar. Nas suas actividades diárias, tem que usar mais o chinês que o tibetano. Intencionalmente ou não, está em curso um genocídio cultural.

Importante é também a questão ambiental, muito delicada. Os estragos que estão a ser feitos, quer na paisagem quer nos recursos naturais, terão consequências que vão afectar milhões de seres humanos em toda a Ásia Central.


Jornal Público:O Governo português não o recebeu, mas já foi recebido por vários governos.Esses países sofrerão algumas retaliações do Governo Chinês?

Dalai Lama:Na maioria dos casos, não. Em algumas universidades americanas, antes das minhas visitas acontecerem, os chineses ameaçam que podem cancelar os intercâmbios de professores e estudantes que essas universidades têm com as chinesas. As universidades protestam e o que acontece é que ainda recebem mais convites da China.


Jornal Público:Pensa na sua sucessão?Isso é uma preocupação para si?

Dalai Lama: Não, não me preocupa. Desde 1969, deixei bem claro que a decisão sobre se a instituição do Dalai Lama deve continuar, tem que ser do povo. Se os tibetanos sentirem que a instituição deixou de ser relevante, ela cessará automaticamente.

Costumo dizer que, se eu morrer ainda refugiado, a minha tarefa não foi cumprida.

Se eu morrer agora, a reencarnação deve vir de fora do Tibete».

in "Jornal Público"16/09/2007, António Marujo e Isabel Coutinho
O meu comentário:
Todos os portugueses têm na memória o que o povo timorense passou até alcançar a sua independência. Durante anos, por todos os meios possíveis e imaginários, o povo timorense mereceu o apoio dos governos portugueses e de toda a nação lusa. Timor era lá longe, assim como o Tibete é para lá do Atlântico. Porque será que os políticos portugueses, os empresários portugueses( excepto aqueles que não abdicam dos seus valores e das suas convições) se mantêm tão sossegados e caladinhos enquanto o Dalai Lama anda por cá?
Deixo aqui o meu apreço ao empresário português Henrique Neto, dono da Iberomoldes, que disse sem papas na língua e sem temer os prejuizos econòmicos:
"É bem maior o prejuizo de não sermos respeitados. Ter princípios, é funcionar de acordo com eles, funcionado ponto de vista político e económico. Somos um país pequeno, se optyarmos por ser seguidistas em vez de abraçarmos os nossos princípios, é como se não existissemos.E se nem precisou de haver pressões da China, pior ainda!A grande censura é aquela que nós fazemos".

A ESCOLA NÃO É SÓ COMPUTADOR

A maior maternidade do país, a Maternidade Alfredo da Costa, está a lançar uma campanha para angariação de fundos para aquisição de novos equipamentos, por falta de dinheiro.

Entretanto, 21 membros do Governo andaram pelas escolas a distribuir computadores novos. Claro que a tecnologia é necessária nas nossas escolas, mas será que o Governo não tem conhecimento de outras necessidades mais básicas e importantes? Há escolas, como a Secundária Garcia da Orta, na cidade do Porto, cujo W.C., os telhados dos pavilhões...metem água e não oferecem condições dignas. Será importante ter um laboratório equipado com o necessário material? Será mais importante enviar professores de Português para os emigrantes que residem na Alemanha onde fazem falta?
As novas tecnologias são precisas e são uma grande ajuda para os alunos e professores.Mas se as considerarmos como sendo o mais importante, estamos a cair num erro.