20.7.12

A CORRER PELA SERRA DA MALCATA





   A final da Taça de Portugal de corrida em Montanha concretiza-se no dia 21 de Julho, em Malcata (Sabugal- Guarda) amanhã.A competição organizada pela Federação Portuguesa de Atletismo, Associação de Atletismo da Guarda e pela anfitriã a Associação  Cultural e Desportiva de Malcata.
   A final terá lugar às 18h e 30m  e inclui atletas federados seniores, veteranos e juniores, com provas para o sexo  feminino e masculino, contando com 19 equipas inscritas.
   





VELHOS SÃO OS TRAPOS


A 3ª idade: Uma força a ter contaVelhos são os trapos!...
A velhice é uma força! A 3ª idade é uma força a ter em conta. Chegar aos 65 anos menos ou mais e ser beneficiado por uma reforma de direitos adquiridos em dinheiro ou em condições, é algo muito bom e com certeza bem merecido.

A velhice é um posto! É verdade… Quantos não desejaram ou desejam chegar quanto antes à idade da reforma. Para gozarem os rendimentos, para terem mais tempo, para cuidar dos netos, para viajarem e conhecer o mundo… tantos e tantos desejos que o tempo da reforma poderá proporcionar. Os mais novos lamentam que, por este andar, quando eles chegarem a velhos, já não haverá condições para usufruírem destes benefícios. Oxalá Deus não os oiça!...A velhice é um dom! É uma etapa da vida característica, em que o sabor das recordações, a vivência de cada momento e a perspectiva do futuro se acentuam e se entrelaçam. Quem não gosta se ser velho (idoso), de contar os dias e os anos, de celebrar aniversários de 100, 105 ou mais anos? E embora as mazelas e os achaques nos atormentem, as peças da máquina já gastas ou com ferrugem precisem de ser cuidadas ou reparadas a miúdo, nada nos tira esta vontade de viver. Ninguém diga que não gosta da vida, pelo menos enquanto for possível vivê-la com alguma dignidade. Um grande amigo meu, que sabia de antemão a notícia da sua morte vitimado pela doença dos pezinhos (paramiloidose), escrevia um artigo corajoso numa revista de que era director: “Sei que vou morrer, mas tenho uma enorme vontade de viver… E quando esta vida chegar ao fim, já estamos preparados para começar uma outra. Nada se perde, tudo se transforma”.A velhice é uma força! A 3ª idade é uma força a ter em conta. Chegar aos 65 anos menos ou mais e ser beneficiado por uma reforma de direitos adquiridos em dinheiro ou em condições, é algo muito bom e com certeza bem merecido. Mas quem é que, havendo saúde, pode chegar a esta idade e ficar parado? Quanta força mental e até física não tem a maior parte dos reformados? Parados. Nunca! Há muito que fazer, há muitas coisas onde os mais velhos podem ser muito úteis. E como Sebastião da Gama escrevia numa célebre frase que circulava em postais de mensagem, a quem nos perguntar “Tens muito que fazer?” Todos podemos responder: “Tenho muito que amar!” Cada um entenda este “amar” como quiser.É reconfortante e animador constatar, a nível local, regional e nacional, os testemunhos influentes de tantos e tantos idosos que, recusando a inércia e o desalento, se entranham em actividades, associações, autarquias, organismos de interesse social. Quantos projectos e realizações, quantos grupos organizados, quantas universidades seniores!...A disponibilidade de tempo, o saber acumulado ao longo de uma vida, a vontade de partilhar e de ajudar são valores que a terceira idade tem ao dispor, em serviço da nossa sociedade. Haja quem seja sensível a esta realidade. Não para nos aproveitarmos dos idosos, mas para os integrar, apreciar, respeitar e tratar com o carinho que eles tanto merecem.Nota: Também o autor já chegou aos 65 anos, sabendo portanto daquilo que escreve.    
Por: Rui Chamusco, publicado no Cinco Quinas ( On Line )leia aqui no Cinco Quinas:http://www.cincoquinas.com/index.php?progoption=news&do=shownew&topic=3&newid=6172

18.7.12

SABUGAL SURPREENDE OS 5 SENTIDOS


14.7.12

NÃO HÁ CABRAS BOMBEIRO NA MALCATA

   

   O projecto "Self-Prevention" está com dificuldades para se implantar no concelho do Sabugal. As dificuldades financeiras e,  a falta de terrenos em área suficiente, estão a atrasar a introdução das cabras nos montes da região. No passado dia 13 de Julho, no jornal Público o responsável pela comunicação na Câmara Municipal do Sabugal, o senhor Vítor Proença, dizia que " não existe a área mínima necessária. É necessário no mínimo uma área de 200 hectares ( de terrenos públicos ) para este tipo de projecto e o município não tem esta área disponível".
   Leia aqui:http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1554816
   Mas esta exigência de área mínima não foi tida em conta em Espanha. Na província de Salamanca, em Robleda, o projecto avançou no ano passado e em terrenos de 53 hectares introduziram 200 cabras. Para além dos animais outras infraestruturas foram construídas e até o negócio está a funcionar.
   Em 31 de Dezembro de 2011, José Luís Pascual, director geral da AECTD disse numa reunião de esclarecimento que decorreu na cidade do Sabugal ser "o objectivo para o1º semestre deste ano é colocar em andamento duas explorações: uma em Espanha  e outra em Portugal".
   Que aconteceu daí para cá? A exploração espanhola está já a funcionar e a de Portugal dizem estar com falta de financiamento e de terrenos. Vejam o que os espanhóis já avançaram:



BARRAGEM QUASE VAZIA

Li a notícia e fiquei íncredulo:

Malcata: O estado da Barragem



     Albufeira da Barragem do Sabugal na periferia de Malcata
( Foto de Vitor Fernandes)

Assistimos, incrédulos, à transferência da água para a barragem da Meimoa, satisfazendo aqueles que, de mão beijada, recebem todos os benefícios que a barragem proporciona, sem se lembrarem dos prejuízos causados a Malcata e freguesias limítrofes.




A população Malcatenha assiste incrédula e revoltada ao esvaziamento diário e constante da barragem, sem nada poder fazer, o que aumenta o seu descontentamento.

O País atravessa um período de seca, que há muitos anos não se verificava, levando a barragem, mesmo no inverno, a nunca atingir o pleno armazenamento.

Contudo, continuamos a assistir, incrédulos, à transferência continuada da água para a barragem da Meimoa, para satisfazer aqueles que, de mão beijada, recebem todos os benefícios que a barragem proporciona, sem se lembrarem dos prejuízos causados a Malcata e freguesias limítrofes.

Será que depois de tudo o que nos foi retirado com a barragem, o Côa, a paisagem, os terrenos, a piscina natural do lameiro da mansa, as tardes de lazer passadas no Côa, ainda merecemos que nos retirem o espelho de água, que com toda a justiça nos é devido?

Para quando a construção do paredão, localizado junto à ponte, que nos foi prometido?

Apelo aqui às entidades competentes para que os transvases parem de imediato, porque o futuro é desconhecido e a água que agora nos “desviam” pode vir a fazer-nos falta.



Por: Vítor Fernandes

Leia aqui e veja mais fotografias:
http://www.cincoquinas.com/index.php?progoption=news&do=shownew&topic=3&newid=6166




3.6.12

A VISITA DA SAGRADA FAMÍLIA PELOS LARES DE MALCATA

 Dª.Armanda mostra a Sagrada Família

   


Quem não se lembra da visita da “Sagrada Família” de casa em casa?
Vem de muito longe a tradição em Malcata, em que as imagens de São José, de Nossa Senhora e do Menino Jesus, devidamente resguardados num pequeno oratório, percorre as casas da aldeia numa verdadeira manifestação de fé.
 “No princípio havia só uma imagem. Como muitas pessoas queriam ter a “Sagrada Família”, decidiram comprar outra. Agora uma só imagem dá várias voltas à aldeia porque há menos pessoas que pedem para receber a imagem” revelou a Dª. Armanda, enquanto abria as portinhas do oratório. E continuou dizendo que “habitualmente a permanência da Sagrada Família em cada casa era de 24 horas, mas agora é de 2 dias”, e, no seu percurso, as pessoas vão colocando esmolas num pequeno compartimento. Após ter circulado em todas as habitações, uma zeladora encarrega-se de recolher as ofertas que, por sua vez, as entrega à paróquia para obras de caridade.
   Com a população a diminuir, com muitas casas fechadas por motivos de ausência dos seus proprietários e ainda por muitas das pessoas não mostrarem interesse em receber a Sagrada Família, a mesma acaba por estar dias seguidos na mesma casa.
   Aos poucos vai-se perdendo uma tradição, ainda na recordação de muitos, em que a Sagrada Família não era entregue à vizinha seguinte sem ter rezado o terço em família.



Dª.Armanda entrega o oratório à vizinha


2.6.12

MALCATA: OBRAS NA IGREJA MATRIZ

Interior da Igreja Matriz de Malcata está irreconhecível
   
      Os emigrantes quando chegarem no Verão à aldeia, já vão encontrar a igreja matriz de cara lavada. Para já, o interior da igreja está transformado num emaranhado de ferros e madeiras e todos os altares encontram-se tapados com plásticos negros para ficarem resguardados das poeiras que invadem o espaço.
   A população da aldeia não está incomodada pelo facto das cerimónias religiosas estarem a ser realizadas na Capela Mortuária, mesmo ali ao lado da igreja. O povo aplaude as obras de requalificação da igreja, pois, eram necessárias, a começar pelo telhado que precisava de ser mudado. A obra do telhado é mesmo completa, foi retirado o forro velho de madeira azul, retiraram todas as telhas e todas as madeiras. Na última semana de Maio as placas de subtelha já tinham sido colocadas e as novas telhas já aguardavam que os operários as colocassem no seu devido lugar.

Novo telhado quase pronto

Interior da igreja sem forro

   No dia que fui visitar as obras, fui surpreendido pelo achado que os operários tinham feito quando picavam o cimento da parede do campanário. À medida que iam avançando e as pedras ficavam nuas e limpas, foram surgindo umas pedras em granito que dada a sua forma e colocação indicavam que se poderia tratar de uma antiga porta. As obras pararam e alertaram os elementos da Comissão Fabriqueira e o pároco, Pe. Cesar Cruz acerca desta descoberta e dessa forma saber os passos que deviam ser tomados. Quanto à porta agora encontrada, talvez as pessoas mais idosas se lembrem da sua existência. Sabe-se agora que essa porta dava para um "buraco" que só termina na actual placa onde têm que estar para tocar os sinos. Ou seja, tudo leva a crer que antigamente existiam duas cordas para tocar os sinos, pois há quem diga que as escadas para o campanário foram construídas depois da igreja. Que a porta está lá e o tal túnel existe agora todos sabemos que assim é. Deixemos passar mais tempo e com certeza que o mistério da porta será melhor esclarecido.
Túnel agora descoberto

   As obras vão prosseguindo e todos anseiam pelo seu fim. Não sei quando é que estarão terminadas. Desconheço o custo total das obras, mas será um valor muito elevado, até porque neste tipo de obras há sempre intervenções com que ninguém conta e que podem influenciar os custos.
   A comunidade de Malcata tem contribuído sempre quando há obras na igreja ou nas outras instituições da aldeia e nunca uma obra ficou por acabar e muito menos por pagar.
   E tenho a certeza que não faltarão ideias aos malcatanhos para simpaticamente e alegremente organizarem actividades que contribuam para a angariação de dinheiro para esta grande obra. Também vou pensar e exporei as minhas ideias a quem de direito.
Porque, como afirma o D.José Cordeiro, bispo de Bragança-Miranda
                                      "A igreja não é instituição,
                                      não é uma associação,
                                      não é um movimento,
                                      É UMA COMUNIDADE DE PESSOAS"