11.2.10

ROTEIROS GASTRONÓMICOS DO SABUGAL


Os amantes do “garfo e faca” devem visitar o Sabugal nos próximos dias. São quatro dias que têm para escolher e saborear novas sensações gastronómicas. Os Roteiros Gastronómicos,  vão decorrer de 13 a 16 deste mês de Fevereiro, nas salas dos 13 restaurantes que aderiram à iniciativa da Câmara Municipal do Sabugal. Os restaurantes estão espalhados um pouco por todo o concelho, sendo que 6 deles se situam na cidade do Sabugal.



Do Caldo Escoado ao Caldudo, a Canja dos Cornos, o Bucho Raiano, Cabrito Assado na Brasa, Trutas do Côa, Javali, Coelho, Salada de Meruge, um delicioso Arroz Doce, umas farófias ou uns coscoréis com queijo e compota…um néctar da Cova da Beira…e um bom soninho depois de tudo.


Este ano, a Confraria do Bucho Raiano está mais viva e mostra a sua raça. Os lugares para o almoço estão todos reservados e esgotados. O almoço destes confrades é no sábado e só para confrades, será inevitavelmente Bucho Raiano, guarnecido com grelos de nabo e batata cozida, como é tradição.
Veja aqui o mapa do roteiro:

http://websig.cm-sabugal.pt/roteiros_gastro.html
 
   Os 13 restaurantes que aderiram ao Roteiro Gastronómico são estes:
    Situados na cidade do Sabugal: Atlântida, Lei, Robalo, Templo, Raihotel e Sol-Rio.
    Outros restaurantes e localidades:
    Bica dos Covões, em Badamalos.
    D.Sancho I, em Sortelha.
    Éden, em Rebolosa.
    El Dorado, nos Fóios.
    O Pelicano, em Alfaiates.
    Trutalcôa, em Quadrazais.
    Zé Nabeiro, no Soito.
 
   Os Roteiros Gastronómicos são uma oportunidade para estes restaurantes mostrarem o que de melhor se cozinha no concelho do Sabugal. As ementas são variadas e todas têm particulardades especiais e com sabores únicos. Nada como experimentar e o convite da Câmara Municipal é dirigido a todos os que gostam de boas garfadas e para os que este ano decidam festejar um entrudo diferente.

8.2.10

MALCATA É PRÉ-FINALISTA "7 MARAVILHAS NATURAIS DE PORTUGAL"

 A RESERVA NATURAL DA SERRA DA MALCATA
É UMAS DAS 77 MARAVILHAS NATURAIS PORTUGUESAS
 (MATAS E FLORESTAS NATURAIS)

" O perfume bravo das urzes, 
dos medronheiros, da relva cheia de flores regadas pelas águas cristalinas
dos pequenos regatos e fontes, o calor do sol quando coado pela camuflagem que
construímos para abrigo, o cordão umbilical cortado com o mundo,
e difícil não passar divinamente por um sono delicioso cheio de saúde 
e quente de agrestes perfumes!"
                                         in "Caçadas aos javalis",Dr.Framar

 
A RNSM ( Reserva Natural da Serra da Malcata) passou mais uma fase no concurso  "As 7 Maravilhas Naturais de Portugal". Agora é uma das 77 pré-finalistas deste concurso e vai ter que vencer estes adversários, para poder ficar no grupo das 21 que irão a votação em Março próximo:
                                          - Azevinhais da Serra Amarela
                                          - Clareira de Santa Bárbara
                                          - Floresta Laurisilva
                                          - Montado de Sobro
                                          - Montado de Sobro e Azinho
                                          - Pinhal de Bordalete
                                          - Serra de Sintra
                                          - Serra do Caramulo
                                          - Zona Central das Flores
   Portanto, no dia 7 de Março é que vamos conhecer os 21 finalistas. É nesses 21 escolhidos que os portugueses podem votar até 7 de Setembro. E as 7 Maravilhas mais votadas serão proclamadas como as 7 Maravilhas portuguesas.

5.2.10

BLOGUE "CONSELHO MUNICIPAL" ABRIU NO SABUGAL

   Chama-se "CONSELHO MUNICIPAL"(Blogue Institucional), o espaço que a Câmara Municipal do Sabugal abriu e coloca à disposição dos munícipes, dos naturais e amigos do concelho do Sabugal.É um blogue institucional com o objectivo de melhorar a qualidade e o desempenho dos serviços municipais.
    O Presidente, António Robalo, afirmou ao Nova Guarda que " é o assumir a aproximação dos nossos serviços aos cidadãos, tornando possível aos utentes expressar-se por escrito com a garantia de que as mensagens serão devidamente encaminhadas para o(s) destinatário(s).
...Vamos aproveitar este espaço para participarmos na construção numa terra com gente feliz, fazendo deste projecto uma verdadeira  plataforma  de convergência de vontades, congregando residentes, naturais e amigos do concelho do Sabugal".
Participe de forma activa no blogue, com os agradecimentos do Presidente, que agradece a sua colaboração e participação.
   Para participar no blogue Conselho Municipal tem que registar-se no portal da Câmara Municipal do Sabugal e efectuar o login.

4.2.10

A IMPORTÂNCIA DA NOSSA CASA












O lince inspirou a mais célebre campanha de conservação da Natureza que até hoje se fez em Portugal. Apesar disso, o animal acabou por desaparecer da Serra da Malcata, não se importando em nada que lhe tenham criado, por decreto, uma reserva natural, que já lhe pertencia.

O animal não aguentou que lhe andassem a mexer no seu ninho. Nos idos anos 1960 a 1980 foram muitos os intrusos que incomodaram o sossego do bicho. A empresa de celulose, Portucel, lançou-se na plantação de pinheiros bravos, mansos e de eucaliptos e acabou por limpar aqueles matagais que existiam e que ajudavam os coelhos a viver e a esconderem-se do lince. As pessoas que vivem ao redor da serra, pelo avançar da idade e por mudanças nos seus hábitos, abandonaram a agricultura tradicional, deixando de limpar e usar a lenha da serra. Depois, apareceram aquelas doenças da mixomatose e da pneumonia hemorrágica viral, matando enormes coelhadas  e outros animais, que serviam de alimento ao lince. Para agravar um pouco mais as condições do habitat do lince vieram alguns homens de espingarda e se algum lhes aparecia na mira só pensavam em ganhar o troféu. Mas apesar da sua caça ter sido proibida a partir de 1973, não evitou o seu desaparecimento da serra.




 Lince embalsamado


O Jornal “Público” noticiou que  Caribú, um lince espanhol, foi detectado no território português, lá para os lados de Moura-Barrancos. O animal passou a fronteira e as autoridades espanholas andam a tentar capturá-lo para poderem trocar as baterias do sistema transmissor que transporta. As autoridades portuguesas e espanholas andam desde a última semana de Janeiro à procura do lince “perdido” aos encantos da nossa floresta. Caribú, com cinco anos de idade, foi libertado na área protegida de Doñana no final de 2008. Graças a um colar localizador os técnicos espanhóis têm seguido as pegadas ao longo destes anos.
   Entretanto, no passado dia 1 de Fevereiro morreu o Garfio, o “patriarca”  dos linces nascidos em cativeiro, tendo sido o primeiro macho adulto a ingressar no programa ibérico de criação em cativeiro.
Pode ler mais aqui:



31.1.10

MALCATA: QUE FUTURO?


   O malcatense  tem tanto amor à sua terra que é bem capaz de defender as suas leiras até à morte. Estes últimos anos, principalmente nos meses de Verão, a Repartição de Finanças do Sabugal  fica atulhada com as  pessoas à procura do que lhes pertence.
   A predominância de uma agricultura de minifúndio e as dificuldades de comunicação com os grandes centros do país, forjaram o carácter individualista dos habitantes da aldeia. Ainda hoje, tentam por todos os meios, bastar-se a si próprios e cultivam tudo aquilo que precisam para o seu sustento. O desconhecimento de melhores condições de vida, de cultivar a terra, faz com que se considerem ricos com o pouco que têm. Todos têm casa própria e a regra hoje é cada um ter um tractor e as respectivas alfaias e ferramentas. Já não há juntas de vacas, nem sequer uma vaca leiteira. O tractor substituiu a força animal e na aldeia vêem-se mais tractores do que os necessários para o trabalho. Apesar do regresso de alguns emigrantes, a acelerada diminuição do número de habitantes continua e as terras continuam a ficar abandonadas, podendo observar-se as vinhas e algumas hortas sem ninguém que as trate.
   Na altura das sementeiras e das colheitas, apesar de reformados, têm que trabalhar porque o que a reforma lhes oferece não dá para sobreviver sem umas batatas, umas couves, uns pimentos e uns tomates.
   Os rostos dos malcatenses, mulher ou homem, à medida que avançam os anos, tornam-se enrugados e queimados pelo sol e os dedos das mãos ficam tensos e tortos por tanto trabalharem no campo. Horários é coisa que nunca tiveram, trabalham quando o tempo deixa e até que as forças físicas e a saúde deixar. A partir daí, não demora muito a que as suas vidas se extingam rapidamente.  Férias nunca tiveram, nem sabem lá muito bem o que isso é. Muitos conhecem a cidade do Sabugal, a Senhora da Póvoa ou o Santuário de Fátima. Sabem que o mar existe em Portugal, mas nunca molharam os pés nas praias da nossa costa. As maiores deslocações que fazem são feitas em  ambulância para as consultas médicas, exames ou tratamentos para os quais o Centro de Saúde do Sabugal não tem resposta. E algumas pessoas nunca foram ao cinema ou ao teatro. Os jornais e revistas de informação quase que não existem, havendo quem leia o “Amigo da Verdade”, por assinatura, ou o “Cavaleiro da Imaculada” oferecido aos domingos à saída da missa. Acabam por ver as novelas transmitidas pela televisão e os telejornais que elas difundem. As novas tecnologias não lhes dizem nada, apesar da Junta de Freguesia disponibilizar tempos para, gratuitamente, se afeiçoarem aos computadores e à internet, tendo mesmo instalada uma rede Wirless por toda a aldeia. É que a gente mais velha que frequentou a escola, no seu tempo, estudaram até à 4ªClasse que era o fim da escolaridade obrigatória. Quem nos anos 60, 70 ou parte dos anos 80 queria estudar mais teve que sair para as grandes cidades e por aí ficaram. Os outros que não quiseram estudar mas que sentiam que valiam, emigraram para terras  francesas e agora são os filhos e os netos dos filhos que por lá ficam. Todos eles produzem riqueza que não vai para Malcata, terra que visitam nas férias, mas para onde não querem ir viver.
   Quem fica ocupa-se naquilo que sabe fazer: trabalhar a terra ou nas obras de construção civil. Para lá disto há na aldeia quatro cafés, um mini-mercado, uma queijaria tradicional, uma serrelharia e uma empresa de isolamentos e afins para a construção civil.


   
















 O nível cultural e escolar baixo não ajuda quando é preciso inovar para tornar a agricultura rentável. Com um espírito empreendedor tão baixo, um espírito que não vai muito para além do que se aprendeu pela experiência da escola da vida, o futuro da aldeia revela-se bastante mortífero e arrasador.

29.1.10

A PRAÇA NÃO ASSINALADA

Os taxistas da Praça de Táxis do Sabugal no Largo  da  Fonte,   ainda não trabalham em harmonia e o clima continua crispado. Tudo por causa da não existência de um sistema de chegada e saída  dos  táxis   da  dita praça. Ao contrário da maioria das outras praças de táxis do país e do Regulamento Municipal do Transporte Público e Aluguer em Veículos Ligeiros de Passageiros – Transporte em Táxi, a praça do Sabugal  não possui os locais destinados ao estacionamento dos oito táxis “devidamente assinalados através de sinalização horizontal e vertical” ( Artº8, nº3).  Ora, para mim, os locais não estão devidamente assinalados porque, apesar da sinalização existir, não permite uma clara definição de qual é o táxi que está primeiro. Ou seja, se repararem bem, o estacionamento das viaturas não é feito em fila. Portanto, os passageiros quando chegam à praça dos táxis não conseguem saber quem está primeiro para sair. Observem algumas fotografias de outras praças de táxis em Portugal e vejam as diferenças. O sistema de chegada e saída é o de “o primeiro a chegar é o primeiro a sair em serviço”. Para que os clientes não sejam aliciados ou para que os taxistas respeitem a ordem de chegada, as entidades responsáveis pela praça, normalmente colocam sinalização vertical com a indicação de “Entrada de Passageiros” e todos sabem que é ali que está estacionado o primeiro táxi a sair em serviço.

 
 Há tempos, o Jornal Cinco Quinas, noticiava que alguns taxistas já estavam cansados de solicitar a intervenção da Câmara Municipal do Sabugal para resolver esta situação. De facto, não é trabalhar como estão a fazer alguns profissionais que as coisas se resolvem.
   O bom senso, a seriedade e o profissionalismo tem que ser mais forte. E num ramo de negócio dominado por homens, quero destacar uma mulher, Joela Coelho, natural de Malcata e taxista há cerca de quatro anos, que apesar da sua juventude se mostra uma pessoa calma e tranquila, deseja apenas que todos se entendam e afasta-se das discussões.
   “Já assisti a situações complicadas, as pessoas a baterem-se, mas não me meto. Só quero que as pessoas se entendam para podermos trabalhar todos em paz”, afirmou Joela ao Notícias da Guarda.
    Volto a repetir que esta discordância tem solução. E a Câmara Municipal do Sabugal, como entidade gestora da praça, tem o dever de cumprir o que diz o regulamento então aprovado. Mesmo apesar de todos os regulamentos das Câmaras serem cópias uns dos outros, há municípios que se preocuparam em implementar um sistema claro e simples para bem dos clientes e dos taxistas.
É tempo de agir, pois, não esteja a Câmara à espera do agravamento da situação para depois se debruçar sobre este assunto.


ELAS ACONTECEM A TODOS


   
   Os acontecimentos, uns bons e outros maus, têm sempre uma mensagem a que devemos prestar atenção e reflectir sobre os ensinamentos que essas ocorrências trazem para a nossa vida.
   Há umas semanas atrás parti o pé direito. O pé partido não me tem permitido grandes movimentos, mesmo dentro de casa, mas trouxe algumas vantagens. Começou por me obrigar a ficar em casa, de baixa, posso dizer que não é uma vantagem, mas pensei que seria uma oportunidade que tinha nas mãos para ordenar as minhas ideias e os meus pensamentos, uma vez que ultimamente pareciam andar um bocado à deriva na minha vida.
   O meu pé partido ensinou-me que o dia de hoje pode não ser o mesmo amanhã. Hoje estamos a trabalhar, amanhã não sabemos onde e o que estaremos a fazer. Entendi que apesar de necessitar de trabalhar e de exercer a função de auxiliar de acção médica com paixão e dedicação num hospital, há mais vida do que a que vemos no nosso quotidiano. Quando parti o pé só me preocupei com o facto de não poder ir trabalhar. E acabei por não faltar ao serviço e apenas o fiz quando já não aguentava as dores. O que ao princípio me parecia uma pisadura, um mau jeito que dei ao pé, acabou por me obrigar a ficar em casa muito mais tempo. Mesmo quando o médico que me atendeu na urgência me anunciou que este ano iria passar o Natal em família, em nada contribuiu para que me sentisse melhor e mais feliz. Já não bastava estar a minha mulher internada numa unidade hospitalar, agora eu também ia passar uns dias em casa, de baixa e com duas canadianas de apoio,  ficando  à mercê da disponibilidade das minhas filhas e do meu sobrinho para apoiar a minha mulher. É que não podendo deslocar-me ao hospital não tinha como a ver, a ouvir e saber como estava a evoluir o seu tratamento. Para poder ir visitá-la tive que estar sempre dependente da disponibilidade do meu sobrinho, da minha cunhada ou dos amigos. Felizmente e graças a estas pessoas penso que apesar deste contratempo, lá consegui fazer o meu papel de marido que ama e quer viver com uma família feliz.
Haja saúde, sim muita saúde, porque o resto meus amigos, vem por acréscimo.