5.9.08
IBERFOLK - FESTIVAL DE CULTURA TRADICIONAL NA ALDEIA DE SORTELHA
IberFolk em Sortelha até domingo
Começa hoje e termina domingo, a terceira edição do IberFolk –
Festival de Cultura Tradicional que decorre na Aldeia História de
Sortelha, no concelho do Sabugal. Hoje, o certame começa com uma
observação astronómica, marcada para as 22h00. À mesma hora, há
música, com as Adufeiras de Paúl. A noite continua com Hora do
Conto (Marco Luna), às 22h40. Ao final da noite há DJ Folk.
Amanhã, há actividades todo o dia. Ao longo da manhã e tarde, há
workshops (de reciclagem, dança tradicional e gaita de foles, entre
outros). Há noite, a música faz-se com Arranca Telhados (21h30),
Rabies Nubis (23h00) e No Mazurka Band (0h00).
No domingo, há festa até depois das 17h00, altura em que actuam
PortFolk. Até lá, os destaques são uma caminhada pela Serra da
Malcata (13h00) e um passeio de passeio de burro."
In: http://www.diarioxxi.com/
2.9.08
A ESTRADA SEM SAÍDA
Fotografias da estrada para a aldeia de Malcata.
Chegar a Malcata está cada vez mais rápido, mais seguro e mais cómodo. A estrada municipal que faz a ligação da Estrada Nacional 233 até Malcata foi beneficiada e este Verão todos os que por aqui tiveram que vir sentiram bem a diferença. Demoraram a iniciar as obras e também demoraram a terminar. Podiam ter sido melhorada ainda mais. Contudo, os malcatenses podem dar-se por satisfeitos com o resultado final. Mas eu gostava que esta estrada não acabasse na aldeia. Porque não construir uma ligação a Quadrazais?
31.8.08
AS ESCOLHAS DO PRESIDENTE
PARQUE DE CAMPISMO E OUTROS EMPREENDIMENTOS ENVOLVENDO A BARRAGEM DO SABUGAL CONTINUAM EM BANHO MARIA
Malcata-Barragem do Sabugal
O jornal “Nova Guarda” publicou no passado dia 20 de Agosto uma entrevista feita ao Presidente da Câmara do Sabugal, Manuel Rito Alves.
A barragem do Sabugal não foi esquecida e o Presidente da Câmara do Sabugal quando falou sobre a barragem fê-lo assim:
MR - No que diz respeito ao parque de campismo esperamos lançar o concurso para uma parceria público-privada. Sobre os parques de lazer na envolvente da Barragem ficarão para mais tarde.
NG - Ainda no decorrer deste mandato?
MR - Dificilmente. O orçamento da autarquia é pequeno e não dá para tudo. Certas obras realizadas são fundamentais e estruturantes para o concelho do Sabugal e para a Região. São objectivos um bocado ambiciosos e que prejudicaram outros investimentos que são necessários no Sabugal, mas em termos de infra-estruturação importantíssimos no desenvolvimento do concelho. »in Nova Guarda,20/08/2008
Então continuamos à espera dos investimentos privados. E tanto espaço e com tanta água e não aparece nenhum visionário rico para investir? Se o subsolo fosse rico em petróleo ou ouro, os investidores faziam fila na Câmara do Sabugal. Mas a realidade é outra e os PIN(Projectos Interesse Nacional) só têm interesse lá para os allgarves e terras circunvizinhas.
Agora, nem o lince nos vale de nada. Malcata deixou de ser uma Reserva natural para o lince e quem tem de se acautelar com o gato bravo vão ser os coelhos de Silves e arredores. Para quando, os políticos e os empresários deste país descobrirem as potencialidades destas terras?
28.8.08
MALCATA: A FONTE ESQUECIDA
As fontes foram um marco importante na vida da aldeia de Malcata. Ainda hoje as fontes de Malcata são importantes para muitas pessoas que continuam a ir lá buscar água para consumir em casa, ignorando a torneira que têm em casa. Exemplo disso é a Fonte da Torrinha, que continua a jorrar água fresca e cristalina , própria para consumo e aquela que não se bebe é armazenada nos três tanques até ser utilizada na rega dos campos.
Mas hoje vou escrever sobre outra fonte: Fonte de São Domingos.
Fonte de São Domingos(Malcata)
É debaixo destas pedras que sai a água. Limpa, transparente, leve e refrescante. É mesmo uma fonte com boa água e todos devemos preservar este local. Há que mandar analizar a qualidade da água. A verdade é que sempre lá bebemos água e nada de anormal aconteceu até agora. Mas há cuidados a ter em conta e hoje os exames da água até são mais fáceis e económicos.
Fonte de São Domingos(Malcata)
Esta foto é feita a partir do caminho que passa ali ao lado. À volta da fonte há muito mato, alguns carvalhos e freixos e claro que a erva icupa agora as antigas hortas.
Fonte de São Domingos(Malcata)
A água jorra da fonte e segue pelo rego, até à primeira presa ficando ali retida até ser usada na rega dos campos.
Fonte de São Domingos(Malcata)
Lá para o fundo, do lado direito , ficam os campos de cultivo(o Bradará).Poucos são os que ainda estão cultivados, mas ainda há alguns.
A Fonte de São Domingos fica perto da Capela de São Domingos, num sítio a que todos chamam Bradará. Muitos sabem onde fica esta fonte, principalmente as pessoas mais velhas, que a souberam preservar até agora. A água que brota desta fonte é cristalina, fresca e tem sido ao longo de muitas gerações um local respeitado por quem ali tem passado. Para além da qualidade da água, o nome de "Fonte de São Domingos", tem contribuido para que o local seja uma expansão da influência religiosa cristã ou não estivesse ali perto a Capela de São Domingos.
A água desta fonte ainda hoje é utilizada para regar as parcelas de terreno localizadas a juzante. Noutros tempos, aos seus pés, existiam umas pequenas hortas cheias de bons pimentos, vistosos tomates e grandes cebolas. Uma delas pertencia à minha mãe e lembro-me vagamente dessas hortinhas e de ter que acompanhar a minha mãe nos dias em que lhe pertencia regar a horta e o chão do Bradará carregado de milho e feijão. O tempo que a água demorava a encher a presa e a distância que a agua tinha que percorrer pelo rego até ao chão era mesmo muito. Havia que tapar muito bem a saída da presa e com o sacho na mão, seguir atentamente a corrente da água. Ao longo de todo o rego havia que verificar se os tornadouros para os terrenos dos outros vizinhos estavam bem fechados e sempre que aparecia um buraco de rato ou toupeira tinha que o tapar bem e dessa forma permitir que a água seguisse o seu caminho até ao destino. E claro, fazer esse trabalho levava algum tempo, mas era o método mais usado e conhecido pela minha mãe para conseguir levar a água a bom moinho.
Foi neste mês de Agosto que visitei a Fonte de São Domingos. Fiquei contente por ainda saber onde se situava e quando olhei para a sua água, a minha memória reviveu outros tempos e momentos de paz e prazer. É um local longe da aldeia. O silêncio mistura-se com a frescura dos freixos e carvalhos. Olhei para cima e vi a capela de São Domingos. Voltei-me para a direita e deu para observar os terrenos cheios de erva alta, misturada com juncos. Já não vi tomates, nem milho, muito menos a rama verde dos batatais. Restou-me meter as mãos na água que saía da fonte, mesmo por baixo das pedras da parede, tentar manter a concha inventada e beber aquilo que há séculos ali nasce.
Esta fonte devia ser preservada. Ao manter e cuidar desta fonte estamos a contribuir para manter a memória do colectivo da aldeia de Malcata que merece e deve ser mantida.27.8.08
A PRESIDENTE SEM MEDO
Maria Benedito Rito Dias, presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários do Soito pede justificaçãoes ao INEM.
Perguntas
& Respostas
Denominada ambulância de Suporte
Imediato de Vida será um meio
operacional do INEM que visa melhorar
os cuidados prestados em ambiente préhospitalar
à população, missão do INEM
de acordo com a sua lei orgânica
enquanto coordenador do Sistema
Integrado de Emergência Médica. Estas
ambulâncias significam um upgrade
relativamente aos cuidados prestados
pelas ambulâncias de socorro.
SIV?
As Ambulâncias SIV vão ser criadas em
diversas localidades de Portugal
Continental, num processo faseado, a
iniciar em 2007 e que se estenderá até
ao início de 2009. Os locais exactos
foram definidos na sequência de um
processo em que intervieram o
Ministério da Saúde, o INEM, as
Administrações Regionais de Saúde
(ARS) e autarcas de vários concelhos.
Fonte: INEM
SERRA DA MALCATA EM PALAVRAS
24.8.08
MALCATA À ESPERA DO LINCE
Eu nasci nesta aldeia serrana, numa casa humilde e construida de pedras de xisto e barradas com barro dos seus montes. Os anos passam, as pessoas nascem e como eu, muitos são aqueles que para ganhar a vida, deixam o berço e vão por esse mundo fora à procura da felicidade. Mas, no fundo, bem lá no fundo, a aldeia não fica esquecida e sempre que podemos lá estamos nós no lugar que nos viu nascer.
Hoje, graças às tecnologias de informação, facilmente sabemos como corre a vida na aldeia. E cada vez que por lá passo sou surpreendido pela minha aldeia e pelas suas pessoas. A aldeia de Malcata está viva e espera pelo regresso do seu animal de estimação.