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sábado, 23 de junho de 2007

SÃO JOÃO EM MALCATA


Foto retirada do blog
"Sabugal Tarrento"
junho 2006


Festejar o São João.
Quinze dias antes do dia de São João, os rapazes e as raparigas reuniam-se para preparar a festa de São João(Baile).
Os rapazes tratavam de ir aos campos e colher rosmaninhos. Eram transportados nos carros de vacas para o Rossio e aí ficavam a secar.
As raparigas reuniam-se às noites para fazerem flores e bandeiras de papel. Com as flores de papel faziam arcos com que enfeitavam o recinto da festa e as bandeiras de papel eram colocadas no pinheiro que espetavam no Rossio e que cobriam de rosmanhinhos secos. Tinha que ser um pinheiro alto, direito e sem ramos nenhuns. Para segurar os rosmaninhos aplicavam-lhes uns “ramos” sem rama (paus) que ajudavam a segurar (a vestir) o tronco . Na parte mais alta do pinheiro era colocado um boneco de trapos, contendo no seu interior algumas “bombas” de foguetes para rebentarem na altura devida. No final, o pinheiro ficava todo engalanado, cheio de rosmaninhos e bandeiras de papel.
Para enfeitar melhor o espaço e os arcos ficarem mais bem esticados, espetavam quatro pinheiros mais pequenos nos cantos do largo. Ao contrário do pinheiro grande, estes mantinham os ramos todos. Davam um ar de frescura e verde ao espaço e o arraial ficava com outra graça.
Recordo-me do cheiro agradável que os rosmaninhos lançavam no ar.
O baile tinha início à noite.Assim que o relógio da torre desse as badaladas da meia-noite, lançava-se o fogo ao pinheiro. Era um espectáculo fantástico e dava imensa alegria aos festejos. O tocador da concertina tinha tocado as modas que todos alegremente dançaram. O povo saía á rua e era noite de São João em Malcata.

sexta-feira, 22 de junho de 2007

RECORDAR A INFÂNCIA


Quem não teve um pião na sua meninice? E quantas "pioscas" se racharam com o nosso pião de estimação? Os miúdos de agora olham para o pião e querem aprender a lançá-lo, a apanhá-lo e colocá-lo na palma da mão a dar voltas e voltas. Qual GameBoy ou PS1,2,3...o jogo do pião era a alegria dos garotos. Belos tempos esses...

NASCENTE DO RIO...Vouga




Todos os rios "nascem".
Todos os rios iniciam a sua viagem e nenhum sabe como vai chegar ao mar.
Conhecia a Nascente do Rio Côa. Agora também conheço a nascente do Rio Vouga.
Ambos os rios mostram que não importa o modo de nascer, nem o sítio onde tudo começa. O que nós sabemos é que o seus leitos vão crescendo, crescendo até serem Rio com letra grande. O Rio Vouga nasce na Serra da Lapa, a 864 metros de altitude.

terça-feira, 19 de junho de 2007

OS 10 MANDAMENTOS DO CONDUTOR



Decálogo dos condutores

I. Não matarás.
II. A estrada seja para ti um instrumento de comunhão, não de danos mortais.
III. Cortesia, correcção e prudência ajudar-te-ão.
IV. Sê caridoso e ajuda o próximo em necessidade, especialmente se for vítima de um acidente.
V. O automóvel não seja para ti expressão de poder, de domínio e ocasião de pecado.
VI. Convence os jovens e os menos jovens a não conduzirem quando não estão em condições de o fazer.
VII. Apoia as famílias das vítimas dos acidentes.
VIII. Procura conciliar a vítima e o automobilista agressor, para que possam viver a experiência libertadora do perdão.
IX. Na estrada, tutela a parte mais fraca.
X. Sente-te responsável pelos outros.


Foram estes "Mandamentos" da Estrada, que o Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itenerantes (CPPMI) hoje publicou.


O novo documento intitulado"Orientações para a Pastoral da Estrada" , para além destes mandamentos do condutor, recorda os 50 milhões de feridos e os 1,2 milhões de mortos que, em todos os anos, são vítimas dos acidentes nas estradas de todo o mundo.


Ao longo do século XX, estima-se que tenham morrido 35 milhões de pessoas nas estradas, a que podem somar-se mais de mil milhões de feridos.












sábado, 16 de junho de 2007

ERAM AS TABERNAS DE MALCATA

Taberna do Ti Catito

Posted by PicasaTaberna do Ti Quim Rebino

SÃO OS CAFÉS DE MALCATA

Café Camões


Café Lince (Café do Quim)

Tasca do Manel

Bregas Bar

O GRANDE CARVALHO DE MALCATA




Posted by Picasa Este exemplar mora na Rua do Carvalhão, em Malcata. É mais uma árvore de respeito e tem pelo menos 46 anos, pois, eu desde a minha infância que conheço este "Quercus spp".(Sou leigo na matéria de classificação de árvores, mas aguardo ajuda da Sombra Verde).

sexta-feira, 15 de junho de 2007

O ROSSIO E A TORRINHA QUE FUTURO?

Eis o Rossio e a Torrinha de Malcata. Há anos que assim é conhecido o centro da aldeia.
Mesmo em frente ao automóvel, podemos ver o forno do povo reconstruido. Está outra vez operacional e o forno, aquecido a lenha, já voltou a cozer pão e cabrito.








Era no Rossio que se realizavam os bailes nas tardes de domingo, ao som da concertina do Fernando e do Coelho, excelentes tocadores que animavam e transformavam as tristezas em alegrias. Hoje os animadores são outros e com sons mais fortes ao ponto de todo o recinto vibrar.

Quando não havia dinheiro para o meio quartilho, ou para uma mini, a água da fonte era "perfeita, perfeita" e fazia parte das festas. Ainda hoje, as bicas não páram de jorrar água cristalina e fresca, mas mesmo fresca, perfeita para matar a sede num dia qualquer de Verão.


Olhem para os tanques que rodeiam a fonte. Está aqui o "ponto de água" para a aldeia usar contra algum incêndio que surja. Esse tanque, o que está logo à direita das bicas, nunca é esvaziado, mantendo-se sempre cheio para acudir a uma eventualidade de incêndio. Logo ao lado está outro tanque mais pequeno que serve(hoje já não tanto)para o gado matar a sede. Ainda quando a taberna do Ti Quim Rebino estava aberta, esse tanque muitas vezes servia de "frigorífico"para as minis, sumóis e laranjadas da Cristalina(Ah!Cristalina, que saudades!). E falta o tanque maior que tem servido para as pessoas regarem os campos(batatas, milho, feijão e tudo o que houvesse na horta). Ainda hoje a água roda por ruas e a Junta faz uns euritos por cada tanque utilizado.




Mais um pormenor da Torinha. Aqui começa a Rua de Baixo, que nos leva para a Rua do Cabeço,para a Igreja, para a Capela de S.Domingos(Moinho,parque de merendas) e também para o Cemitério da freguesia. Do lado esquerdo vemos a Torre do Relógio (é a nossa Torre dos Clérigos). Possui um relógio antigo, que funciona com a ajuda de dois pêndulos ( dois cilindros de granito pesadões) e de hora a hora o sino toca as badaladas correspondentes, dando também sinal às meias horas. Foi por este relógio e pelo som do seu sino que o meu avô se orientou durante 98 anos. Que eu recorde, sempre que ia a casa dos meus pais a comer, nunca chegava atrasado...nunca teve relógio de pulso. O sino da Torre foi o seu tic-tac e ele dizia-me que era de boa marca. A Torre, para além do relógio, possui mesmo no alto, um galo em cima de um globo servindo de catavento e orientador dos quatro pontos cardeais.



A imagem de baixo continua a mostrar a Torrinha e parte do Rossio. Hoje está mais amplo, pois houve a retirada de uma casa ao lado do Comércio do Ti Varandas (casa branca a meio, do lado esquerdo). Em primeiro plano vemos uma casa ainda em restauro (está quase pronta).
O Rossio, o largo dos bailaricos, do Forno, está bastante escondido com esta casa. Lamento imenso que as entidades responsáveis não tenham conseguido aproveitar a oportunidade de Malcata passar a ter uma Praça com mais encanto e mais espaço. Parece que a Junta esforçou-se por obter esse alargamento por todos desejado. Mas como se pode observar tal não aconteceu. Tenho pena que ninguém tivesse feito algo mais. A aldeia ficaria com uma praça que ia valorizar imenso esta zona e assim vai continuar a pracinha.




Mas, amigos, olhemos para o futuro. O passado foi ontem e já passou. Gostava que os malcatenses olhassem para este local e sonhassem um pouco com uma praça mais fresca, mais harmoniosa, principalmente o seu piso. Imaginem umas tílias, por exemplo, porque, sombra é coisa que não existe( sombra de árvores) quase parece a Av.dos Aliados, no Porto, temos muitos paralelos e algum cimento, fazendo companhia a uns bancos de granito. O espaço devia ter árvores e algum equipamento que tornasse o espaço mais aprazível.
Mas se a casa que já referi não foi como muitos sonhavam, olhem para as que estão ao lado da Torre do Relógio. Olhem, observem e imaginem como ficaria a praça sem essas casas e com a Torre como elemento ainda mais em destaque.
Claro está, isto sou eu a pensar e a imaginar coisas que hoje não existem. Mas é com sonhos que as coisas acontecem, se o sonhador conseguir pôr esses sonhos em prática.
Malcatenses, sonhem, sonhem, porque o sonho ainda não paga imposto, é gratuito e ninguém nos pode impedir de sonhar.
Um dia destes vou contar-vos outro sonho.







MALCATA SEM ECOPONTOS ATÉ QUANDO?


Onde está o meu ecoponto?
Porque razão o Sabugal possui 12 ecopontos e a aldeia de Malcata não tem nenhum?
Os residentes no Soito orgulham-se de poder depositar os seus resíduos num dos 5 ecopontos que possuem.
Para além do Soito, no Concelho do Sabugal, a confiar no números que vi na internet, só mais 11 freguesias possuem este equipamento. E as outras aldeias não produzem lixo que pode ser aproveitado pela empresa responsável, ou seja, a "Águas do Zêzere e Côa" tem ou não interesse em cumprir a missão para que nasceu?
As pessoas que vivam nas aldeias e que ainda não possuam nenhum ecoponto, podem sugerir que esta empresa faça a sua colocação. Quem tiver internet sugiro que visitem o sítio do Ponto Verde/Onde está o meu ecoponto?(http://www.omeuecoponto.pt/).

quarta-feira, 13 de junho de 2007

A IRRESPONSABILIDADE DOS BOMBEIROS DO SABUGAL E DA MÃE QUE ACOMPANHAVA FILHO DOENTE


A notícia surpreendeu-me.
Li uma vez, voltei a ler e continuo a não acreditar na notícia que “O Mirante On Line”, publica hoje (13/06/2007) referindo-se ao dia 5 de Junho, no Entroncamento, aos Bombeiros Voluntários do Sabugal. A notícia é esta:
Um jovem esteve quase a assar dentro de uma ambulância ao sol enquanto os bombeiros que o transportavam almoçavam descansadamente num restaurante do Entroncamento. O insólito aconteceu no dia 5 de Junho no largo 1º de Dezembro, onde ficou estacionada a viatura de socorro com o doente entubado e deitado na maca. Este vinha transferido de um hospital de Lisboa e dirigia-se para o Sabugal, de onde eram também os bombeiros, segundo informou a PSP.
Ao fim de algum tempo a aquecer, num dia em que as temperaturas estiveram elevadas, o doente terá começado a chamar por socorro. Alguns populares que deram com a situação começaram a protestar e chamaram a Polícia do Entroncamento que se deslocou ao local para acabar com o sofrimento. Verificou-se que o jovem era acompanhado pela mãe que também estava a almoçar com os dois tripulantes da ambulância. A situação acabou por se resolver e o jovem lá seguiu caminho com a mãe e os bombeiros depois de ter suado a bom suar." In "O MiranteOnline"de 13/06/2007
Assim não é trabalhar para o bem da saúde em Portugal. Transportar doentes é uma responsabilidade enorme. Há procedimentos e cuidados a ter pelas tripulações das ambulâncias que têm que ser efectuados e respeitados. Por vezes, as viagens são mais longas e há a tentação de parar para almoçar, para lanchar...mas atenção: e o doente que está na ambulância? O que é mais urgente e mais importante? A tripulação sabe mais ou menos o tempo de viagem, portanto, pode precaver-se e "matar" a fome antes de iniciar a viagem. É que ao matar a fome e a sede dos bombeiros, acabam por matar o doente que transportam. Ás vezes é preciso ser capaz de dizer NÃO aos familiares dos doentes, mesmo que isso nos venha a custar um almoço grátis.
Oxalá o jovem tenha aguentado bem o resto da viagem e desejo-lhe as rápidas melhoras. E para a próxima vez, por favor, soldados da paz, pensem antes de responder aos desejos do estômago.
Nós, as gentes do Sabugal, louvamos o vosso esforço e dedicação que durante estes anos de existência sempre demonstraram ter para connosco.