15.12.11

MALCATA FOTOGRAFADA DO AR

Malcata fotografada do espaço tem outra dimensão. Clique na foto para ver em todo o ecrã.

Copiado daqui:
                        http://portugalfotografiaaerea.blogspot.com/2011/11/malcata.html

12.12.11

TDT: MALCATA ESTÁ PREPARADA?



 
  
Em 2012 os portugueses vão ver televisão digital em todo o país, a crer nas notícias, já a partir do dia 26 de Abril de 2012. Nesse dia serão desligados todos os emissores e retransmissores de televisão analógica em Portugal. As pessoas, para poderem continuar a ver televisão têm que ter um aparelho compatível com a TDT (Televisão Digital Terrestre). No caso de ter um televisor antigo, deverão adquirir um descodificador, cujo preço é variável e requer algumas informações suplementares no momento da compra, para que a opção seja a mais correcta. O valor dos descodificadores pode ir de 29,90 euros até aos 179 euros. Podem ser comprados nas lojas de electrodomésticos ou nas Lojas da Portugal Telecom.
      A mudança do sistema de televisão analógica para a Televisão Digital Terrestre (TDT) vai resultar numa melhoria da qualidade da imagem e som e as pessoas vão poder aceder a novas funções, como por exemplo, um menu de navegação, parar a imagem, gravar programas na hora ou programar para gravar a uma determinada hora, consoante o tipo de descodificador que comprou.
     Algumas pessoas, com necessidades especiais, poderão receber um subsídio para apoiar a compra do descodificador. Esse subsídio destina-se aos cidadãos com graus de deficiência igual ou superior a 60%, aos que beneficiem do rendimento social de inserção e aos reformados e pensionistas com rendimento inferior a 500 euros mensais. O valor desse subsídio é de 50% do valor da aquisição do descodificador TDT, até ao máximo de 22 euros e é atribuído pela Portugal  Telecom , uma única vez, por habitação. Quem possuir serviços de televisão por subscrição (paga) , deixa de poder beneficiar desse subsídio.
    A Televisão Digital Terrestre está mesmo a chegar ao Sabugal. O serviço de televisão como aquele a que a generalidade dos sabugalenses estão habituados, tem o seu fim anunciado para Abril de 2012. Todas as pessoas terão que mudar as configurações e adquirir equipamentos, com excepção, como já referi, daquelas que possuam um televisor com descodificador integrado ou usufruam do serviço de televisão pago.
   O concelho do Sabugal está enquadrado na última fase, ou seja, no dia 26 de Abril desliga-se o sinal analógico para sempre.
   É importante e relevante esclarecer os munícipes, para que cada um se possa adaptar a esta nova realidade. A Câmara Municipal e as Juntas de Freguesia podem e devem realizar acções de esclarecimentos dados os riscos e as possíveis fraudes que poderão surgir.
Deixo aqui uma pequena ajuda:

5.12.11

II JORNADA MICOLÓGICA EM MALCATA

A ACDM  ( Associação Cultural e Desportiva de Malcata ) em colaboração com a Junta de Freguesia de Malcata e com o apoio da Câmara Municipal do Sabugal, organizou pela segunda vez um dia dedicado aos cogumelos. O engenheiro Gravito Henriques, já conhecido na nossa região como um expert no que diz respeito aos cogumelos, orientou os trabalhos de campo. Foram quase uma centena de participantes, novos e menos novos, que participaram nesta actividade. A LocalVisão esteve lá e gravou esta reportagem:

22.11.11

A LENDA DO PORCO




  « No tempo em que os animais falavam, certo dia o porco, vendo entrar na loja o cavalo e o burro com uma grande carga de lenha, de batatas, milho, a transpirar, cansados e desejosos  que lhes tirassem quanto antes, aquela carga, o porco, todo contente, sorridente e satisfeito batia palmas, grunhia de contentamento e, de uma maneira orgulhosa e vaidosa dizia-lhes:

- Vós sois uns autênticos desgraçados, sempre com a carga em cima de vós! Eu aqui como de tudo o que de melhor há e vós, infelizes, puxais pelo coirão, dia e noite sem descanso.
   O cavalo cansado e desanimado mas não convencido daquilo que o porco dizia, presunçosamente, respondeu-lhe:
 
- Olha porquinho duma figa, há-de chegar o dia em que tu, à noite, não vais comer nada, porque os teus patrões te vão negar seja o que for. Sabes porquê, rico porquinho? Não sabes? Mas vais saber, agora e vais ficar cheio de inveja de nós. Um dia, de manhazinha, o teu patrão vai abrir-te a cancela da cortelha. Sabes para quê? Tu vais pensar que é para ir passear, mas, enganas-te! Vão pegar-te pelas pernas, colocam-te em cima de um banco, mais ou menos do teu comprimento, espetam-te um facalhão na goela tu esperneias ali uns segundos, gritas por socorro com toda a força dos pulmões e começa a cair para o barrelhão o teu sangue em jacto...Olha, vaidoso e orgulhoso porquinho, termina nesse dia a tua boa vida. Nós, apesar de cansados, fatigados e, muitas vezes, desanimados, cá vamos andando, roncando, rosnando, algumas vezes, pinoteando, mas continuamos vivos!

  


Diz a lenda que o porco, depois deste diálogo, ficou muito triste e apreensivo, sempre à espera da noite em que lhe iriam negar a ceia. Lá se animava mais quando via entrar, à noite, o caldeiro de vianda e o despejavam na habitual pia de pedra. Então dizia para as suas longas orelhas:
   "Ainda não é amanhã, o meu último dia!"»
Autor deste texto: Manuel Martins Fernandes, no livro "Memórias de Infância...Raízes do Coração, pág.175a184.

13.11.11

A BURRA E AS HORTAS

A BURRA





                 








No Vale da Fonte  muitas eram as hortas onde se cultivava de tudo um pouco: couves, cebolas, feijões, pepinos, nabos, tomates, pimentos… tudo o que faz falta à alimentação das pessoas.


Há muito tempo que estas hortas deixaram de existir, sendo actualmente locais onde proliferam as ervas daninhas, as silvas e demais vegetação espontânea, restando ainda umas poucas. A água excedentária da Fonte Velha era guardada na presa que havia no início da barroca. As primeiras hortas do lado esquerdo tinham necessidade de fazer um poço com mais ou menos profundidade, conforme o local, dado que o terreno estava mais alto do que o fundo da barroca.  Para retirar a água desses poços usavam a "burra", também conhecida noutras terras pelo nome de picota ou cegonha.









A  burra é um aparelho rudimentar, de elevar água dum poço para a superfície, normalmente com fins de irrigação das plantações vizinhas.
 Mas noutras terras tinha outros nomes: Cegonha, balança, burra, picanço, saragonha, varola, zabumba, zangarela, bimbarra, variando de região para região.
             O seu funcionamento baseia-se nas alavancas inter fixas. A burra é composta por um poste de madeira enterrado no chão que é encimado por uma forquilha, onde se coloca uma vara, fixada num eixo. Numa das pontas da vara é colocada uma pedra a servir de contrapeso. Na outra ponta é colocada em posição vertical outra vara mais fina e comprida, de maneira a ser puxada pelas mãos. Na ponta inferior desta vara é colocado um balde preso por uma argola. O peso do contrapeso deve ser de forma que não seja custoso levantá-lo quando se pretende descer o balde vazio até ao fundo do poço e que quando ele estiver cheio de água tenha o peso suficiente que permita retirar o balde cheio de água até à superfície.
   No Vale da Fonte Velha ainda há alguns exemplares destes engenhos. Na época das regas é frequente vermos os donos das hortas a tratar das suas alfaces, dos pimentos, das cenouras e das "tomatas", que é o mesmo dizer tomates, bem como daquela infinidade de legumes típicos da horta raiana.
   Por agora ficamos por aqui. Voltarei ao assunto das hortas daqui a uns dias.