14.7.10

MALCATA : "A FONTE" É O NOVO MINI-MERCADO

A Fonte- Minimercado

"A Fonte" foi o nome escolhido por Helena Nabais e Joaquim António para o mini-mercado que recentemente abriram em Malcata. Junto à antiga fonte, na casa onde já funcionou outro estabelecimento, está aberto já há uns meses, o novo espaço comercial. 

   "A Fonte" segundo a conversa que tive com a Helena, está associado a uma rede de distribuição alimentar do grupo GI, com êxitos a nível nacional e em quem os proprietários do novo minimercado confiam para os apoiar nesta nova etapa de empresários. De salientar que o possuir Internet ( e mail activo e a funcionar ) foi uma das exigências pedidas para abrir o estabelecimento.
   Ao estarem ligados ao GI, têm a vantagem de poder oferecer "promoções" variadas e os clientes acabam por sair beneficiados nessas compras. Para aqueles que têm internet em casa e a funcionar, aqui vai o sítio onde podem saber das promoções, visto que são comuns a todos os estabelecimentos do grupo GI.:

Tudo o que seja para poupar...é bom para os clientes.
Malcata ficou com mais um sítio onde comprar os bens essenciais. Ao Mini-Mercado Armindo, junta-se agora a "Fonte". Bons negócios para ambos!

13.7.10

A LUZ ELÉCTRICA EM MALCATA

   Os mais novos não se lembram, mas quem nasceu nos anos 60, recorda-se muito bem do que era Malcata há 45 anos atrás. A luz eléctrica, inaugurada em 13 de Julho de 1965, com grande festa e muitos foguetes, ainda hoje continua a ser importante para os habitantes da aldeia. Com a electricidade muita coisa mudou na vida dos malcatenhos. Hábitos e métodos de trabalho tiveram que ser mudados. A uns custou mais adaptar-se ao uso da electricidade do que a outros. Mas, passados estes anos, hoje podemos afirmar que todas as casas de habitação são iluminada pela luz eléctrica. Contudo, as vivências e esses anos que assámos à luz dos candeeiros, das candeias e das velas, ficam para sempre registadas nas vidas de quem as viveu.

11.7.10

LOJA DO CIDADÃO NA GUARDA

 Já abriu a " Loja do Cidadão" da Guarda. Desde o dia 5 de Julho que está aberta e para lá chegar é necessário entrar no centro comercial Vivaci. Este espaço de comércio situa-se na Avenida dos Bombeiros. Por seu lado, a Loja do Cidadão, fica no 4ºandar e funciona das 9 às 16 horas nos dias úteis.
Nesta Loja do Cidadão podemos tratar de diversa documentação. Se esta loja oferecer e funcionar como a Loja do Cidadão do Porto, é bem vinda e com certeza que trará muitos benefícios para os cidadãos e empresas da região.  Certidões, requerer o Cartão Único(antigo B.I.), assuntos relacionados com a Caixa Geral Aposentações, registo de automóveis, ADSE e muitos outros serviços sem ter que andar de rua em rua e de edifício em edifício, vem facilitar muito toda a gente.
Leia aqui a notícia:


Jornal O Interior - 08-07-2010 - Sociedade - Guarda com Loja do Cidadão desde segunda-feira

9.7.10

MALCATA : 45 ANOS DE LUZ

Luar em Malcata

Vamos recuar no tempo e recordar Malcata há 45 anos atrás. Em Julho de 1965 estava eu a chegar quase aos cinco anos de idade. Daí até hoje muita coisa se alterou na aldeia. Outras, graças a quem vive na aldeia, continuam como eram, como o ouvir os sinos da igreja e da torre do relógio.
Com a persistência do senhor Manuel Fernandes Varandas ( Ti Varandas ),Malcata celebrou a chegada da electricidade. Foi a 13 de Julho de 1965 que as lâmpadas se iluminaram e houve festa por toda a aldeia. Até então, as casas eram adornadas de candeias de azeite e petróleo, ou umas velinhas de cera...candeeiros de vidro, com um pavio que ficava embebido no petróleo e que subia. Acendia-se com um fósforo, encaixava-se a chaminé e iluminava a sala, a cozinha ou qualquer divisão interior das habitações. As candeias a petróleo, eram penduradas num sítio alto, normalmente num prego espetado na parede e davam luz para todos.
As ruas da aldeia eram iluminadas pela luz da lua ou das "pilhas" (lanternas) alimentadas com pilhas rectangulares ou redondas de 1,5 Voltes. Era nas noites de luar que a Lua se sentia orgulhosa e não havia vela, candeeiro de petróleo ou candeia que lhe retirasse o seu encanto.
Mesmo depois da electricidade ter chegado a Malcata, ainda demorou muito até que todas as pessoas acedessem aos seus benefícios. Só os mais abastados tiveram essa sorte. Os comércios da terra e as tabernas foram dos primeiros a deixar de acender candeeiros e candeias. Vieram as primeiras televisões, os frigoríficos, os rádios,etc. .A vida mudou muito, mas não tanto assim.
Dizia Eça:
"Na cidade nunca se olham, nem se lembram os astros - por causa dos candeeiros de gás ou dos globos de electricidade que os ofuscam. Mas na serra, sem prédios disformes de seis andares, sem a fumaraça que tapa Deus, um Jacinto, um Zé Fernandes, livres, bem jantados, fumando nos poiais de uma janela, olham para os astros e os astros olham para eles.
- Ó Jacinto, que estrela esta, aqui, tão viva, sobre o beiral do telhado?
- Não sei...E aquela, Zé Fernandes, além, por cima do pinheiral?
- Não sei!" 

 in "A cidade e as serras", Eça de Queirós, Edição de bolso, Jn, pág.103.   

Vale a pena pensar nisto!

5.7.10

A CULTURA MAL TRATADA NA GUARDA

O concerto "Naturalismos" do passado dia 27 de Junho de 2010 vai ficar para a história cultural da Guarda. A Fundação Borboleta Azul de certo que não estava à espera que a sua iniciativa fosse boicotada da maneira como foi. Como dizia a publicidade, se todos tocássemos as vuvuzelas, ouvir-se-iam na África do Sul. O assunto é demasiado sério para deixar cair no ridículo e  no esquecimento.
A cultura na Guarda pode regredir aos tempos dos regedores e dos  políticos pós 25 de Abril, que mudam de partido conforme as circunstâncias lhes são mais favoráveis.
O Teatro Municipal da Guarda, festejou o seu 5º aniversário há pouco tempo. Nestes cinco anos o TMG, sob a direcção do senhor Américo Rodrigues, conseguiu abrir portas e janelas, criando espaços aos criadores. Hoje, a Guarda é falada, lida e visitada por gente que deseja conhecer os trabalhos apresentados no TMG.
Manuel Poppe, escreveu ontem, no Jornal de Notícias, uma crónica a que deu o título "A GUARDA EM PERIGO". Vale a pena lê-la:


 A GUARDA EM PERIGO

"O Teatro Municipal da Guarda festejou, há dois meses, o seu quinto aniversário. O TMG é o pulmão da cidade. A referência. A garantia de um futuro emancipador, a soltá-la do velho reaccionarismo. O TMG, pela mão de Américo Rodrigues, trouxe à Guarda o que de melhor tem a Cultura – música, bailado, pintura, teatro. Organizou seminários, encontros. Abriu portas e espaços a quantos buscam avançar, ir além, sair da rotina castradora. Atraiu a juventude, facultou-lhe meios de que jamais pudera usufruir. Se a riqueza de um burgo depende da riqueza da identidade, o TMG é, no dinamismo, a garantia do perfil corajosamente ambicioso da Guarda. Eis que o presidente de uma das freguesias do distrito - Aldeia Viçosa  - , que já reagira violentamente contra um concerto organizado pela Fundação Borboleta Azul, situada na sua “jurisdição”, eis que o homem, alérgico a toda a cultura além da vuvuzela, traz, à Assembleia Municipal, a proposta de reduzir, em 20% (30%, em 2011), exclusivamente o subsídio do TMG. Américo Rodrigues assistiu ao referido concerto e insurgiu-se contra a atitude do exaltado de Aldeia Viçosa. Explicará isso a proposta e aceitação? A verdade é que ela foi seguida. A Assembleia, onde o PS detém a maioria, não só aceitou considerar a proposta descabida, como a aprovou, apesar de socialista a Câmara que atribuiu ao TMG a verba em discussão. Na Assembleia Municipal, aprovou-se, uma “recomendação”, dado que só o Presidente da Câmara pode decidir nessa matéria; mas, e é gravíssimo, a atitude traduz o pouco ou nenhum respeito pela acção importantíssima do TMG. A crise não se resolve engavetando a Cultura".
Autor: Manuel Poppe, in Jornal de Notícias, de 04/07/2010