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3.10.16

AS CONTRAPARTIDAS NO MEU PONTO DE VISTA

                                                                 Rua da Capela em obras
                                                            (Foto da J.Freguesia Malcata)



   A construção da Barragem  e do Parque Eólico mudou para sempre a vida dos malcatenhos.
   Hoje Malcata tem bons arruamentos no povoado. Aos poucos os caminhos de terra batida foram substituídos por calçadas em pedra. Quem se recorda da Rua do Carvalhão, da Rua da Fonte Velha, da Rua da Escola Primária, da Rua da Tapadinha, Rua do Cabeço ou o Bêco da Tapada, Bêco da Courela, etc, etc.  Agora são ruas sem terra, lama ou pó, mas são pedras pouco polidas porque em Malcata são cada vez menos pessoas e animais a caminhar pelas calçadas. A Junta de Freguesia acabou de calcetar a Rua da Capela. Uma obra “negociada entre a Tecneira e a Junta de Freguesia por contrapartida da ampliação do parque eólico” como muito bem está anunciado no local da empreitada.
   Olhando para as ruas e em particular para a Rua da Capela acabadinha de arranjar, interrogo-me se  Malcata precisava realmente desta beneficiação! O que falta mesmo em Malcata? Mais calçadas novas ou empregos para quem vive na terra? É claro que todos apreciamos e gostamos de viver numa aldeia com bons arruamentos e uma boa estrada. E isso Malcata já possui, graças ao bom trabalho já desenvolvido. Mas, EMPREGO ajudaria muito mais as pessoas a manterem-se na nossa aldeia. Como já referi, a obra da Rua da Capela vem facilitar a ida até à Capela de São Domingos, ou até ao moinho de água. Mas, dou comigo a pensar que talvez este dinheiro das contrapartidas da ampliação do parque eólico poderia ser melhor aplicado na criação de empregos. Por exemplo, apostando na pastorícia, na carne de cabrito, na apicultura. Outro exemplo, poderia ser na ajuda à instalação de um bom Restaurante aquele malcatenho que quisesse voltar à terra, que após muitos anos lá por fora, onde fez dinheiro e deseja voltar mas a quem lhe falta apoio e incentivo para investir na sua terra…temos a Floresta que também é uma área com grande potencial de criação de emprego. Isto sim seria uma boa aposta e um bom investimento do dinheiro das contrapartidas recebidas, uma aposta no desenvolvimento de Malcata e que traria mais bem estar e mais futuro a toda a comunidade. Sem pessoas as ruas não servem para nada. Se em Malcata não se potenciar a fixação de pessoas através da criação de empregos as ruas serão calçadas sem sentido.

28.9.16

AS CARREIRAS 11 E 12


Mapa das Carreiras no Concelho do Sabugal:

  

A Carreira-Transportes Públicos do Sabugal é um novo projecto de mobilidade, lançado pela Câmara Municipal para todo o concelho do Sabugal, que entrou recentemente em funcionamento.


O objetivo é segundo as palavras da vice-presidente da Câmara, Dra.Delfina Leal será «melhorar a mobilidade dos sabugalenses, possibilitando um transporte mais eficiente e direto na sua utilização, através de uma rede mais alargada de percursos e horários». Cada percurso será realizado uma vez de manhã e outra ao início da tarde, fazendo o percurso de regresso às aldeias ao final da manhã e da tarde. São 12 trajectos a circular fora da cidade do Sabugal e uma carreira para o circuito urbano.

CARREIRA 11
Casteleiro - Sabugal
(passa por Malcata)Transdev



CARREIRA 12
(Malcata-Sabugal)
Viúva Monteiro & Irmão



Com este projecto a Câmara pretende incentivar as pessoas a utilizar os transportes públicos e facilitar a circulação dos cidadãos entre as localidades do nosso concelho. Para início, os horários são os que estão nas fotos, mas a Câmara mostrou-se disponível para realizar alguns ajustamentos e para isso pediu a colaboração dos cidadãos.

7.7.16

DESCOMPLICAR O PODER LOCAL

PILARES DE ACTUAÇÃO DA AMCF



   A Junta de Freguesia de Malcata, incompreensivelmente, continua a ignorar o trabalho da AMCF e no meu entender, a desaproveitar oportunidades de melhorar a vida da nossa comunidade. A contínua falta de postura institucional e o devido respeito democrático do poder local para com esta associação é difícil de compreender.
    A democracia, apesar de haver eleições e vencedores, não é um concurso ou um campeonato em que os vencedores ganham e durante o seu mandato consideram-se os donos da razão. A democracia existe para enfrentar e dar voz a todos os cidadãos, sejam de um país, de uma cidade ou de uma pequena aldeia. Quando os vencedores não são capazes de dar voz a todas as razões, a sua representatividade fica enfraquecida. Todos temos a obrigação de dar voz a todos e as instituições públicas devem agir em conformidade com a sua missão.
    Os malcatenhos têm hoje uma associação que sonha e quer mostrar com trabalho, com ideias, com projectos que também temos direito a sonhar e apontar caminhos que nos tirem do marasmo em que nos encontramos.
Mais importante que os nossos interesses pessoais, sejam eles de que natureza forem, é importante que os malcatenhos se convençam que há esperança e futuro em Malcata para os nossos filhos.
   A AMCF não desarma e continua a construção a que se propôs quando nasceu, vai agora fazer um ano. A formação do "Conselho Consultivo" da AMCF, dando cumprimento aos Estatutos da associação, está constituído. Surpresa das surpresas: ausência da Junta de Freguesia, porque declinou o convite formulado pela AMCF. Mas, sinceramente, quando olhamos para as entidades e pessoas que aceitaram fazer parte deste conselho consultivo, os meus olhos brilham de esperança e sinto que esta associação está a traçar e a construir caminhos que nos podem levar ao êxito.
   Aos olhos de alguns esta associação não fez nada. E para quem tem acompanhado o trabalho desta associação, é estimulante sentir e ouvir palavras de ânimo e são muitas as pessoas e entidades públicas e privadas que se têm associado a esta dinâmica que há medida que o tempo corre nos vai surpreendendo e nos leva a acreditar que em Malcata também se pode viver e ser construtor de um mundo novo.
  

  

18.9.15

O PAREDÃO SALVADOR

Planta da albufeira da barragem do Sabugal
 A Barragem do Sabugal foi concluída no ano 2000 e integra o projecto de Regadio da Cova da Beira. A albufeira desta barragem funciona como reservatório de água, permitindo a transferência da água para a albufeira da Barragem da Meimoa, através do túnel de ligação existente entre estas duas barragens.
   A albufeira da Barragem do Sabugal tem capacidade para armazenar 114 milhões de metros cúbicos de água e uma superfície inundável de 732 há, ao nível de pleno enchimento.
   Tratando-se de uma albufeira situada numa zona de protecção ambiental, como é a Reserva Natural da Serra da Malcata e dado que a sua água também é utilizada para abastecimento de populações, foi necessário aprovar o Plano de Ordenamento para a albufeira.
   A 11 de Setembro de 2008 o então Conselho de Ministros aprovou o POAS (Plano de Ordenamento Albufeira Sabugal).
   A 19 de Março de 2015, o Conselho de Ministros aprovou a alteração do Plano de Ordenamento da Albufeira do Sabugal, deliberação que foi recebida com satisfação pelo presidente da câmara que iniciou o processo em Março de 2010. E a Resolução do Conselho de Ministros n.º 17/2015, foi publicada no Diário da República 1.ª série — N.º 66 — 6 de Abril de 2015.
   A decisão foi tomada "de forma a adequar as opções do plano [de ordenamento] para o espaço de recreio e lazer da referida albufeira, mantendo a capacidade de carga estipulada e a área de ocupação delimitada na respectiva planta de síntese", indicava esse comunicado do Conselho de Ministros.
   Também a Câmara Municipal do Sabugal, através da voz do seu Presidente, António Robalo, se congratulou com a decisão tomada e ficou registado como “ um dia feliz. É uma boa nova, porque vai permitir outra capacidade de edificação, outra distribuição espacial do edificado e mais qualidade num projecto de alojamento turístico".
   Então quais foram as alterações ao primeiro POAS da albufeira?
   O Conselho de Ministros resolveu:  1 — Alterar o artigo 21.º do Regulamento do Plano de Ordenamento da Albufeira do Sabugal, aprovado pela Resolução do Conselho de Ministros n.º 172/2008, de 21 de Novembro, que passa a ter a seguinte redacção:
«Artigo 21.º
Espaço de recreio e lazer da albufeira do Sabugal
4 — As novas construções não devem exceder o limite máximo de dois pisos, salvo quando se tratar de estabelecimento hoteleiro, que pode dispor de três pisos, desde que a respectiva construção se revele adaptada às características morfológicas do terreno e tenha uma distância do NPA de, no mínimo, 150 m.
10 — A piscina flutuante admitida nesta área deve localizar-se na zona de recreio balnear e o respectivo projecto deve prever soluções técnicas que se adaptem às variações do plano de água.

Continua....




Albufeira cheia...
mas quando a Cova da Beira precisa de água para
regar...


 ...vem à memória de todos os malcatenhos aquele "paredão" que prometeram construir e que tanta falta faz para alavancar o desenvolvimento da vertente económica e turística da albufeira que rodeia Malcata. Observem as duas fotografias e partilhem o que sentem, o que poderia ser diferente se esse tal "paredão" já estivesse construído.
   É claro que o dito paredão deve ser objecto de projecto e deve ser aprovado pelas entidades competentes. Será para quando? Alguém que nos ouça!

11.6.15

APOIOS AOS EMIGRANTES QUE QUEIRAM INVESTIR NO CONCELHO DO SABUGAL - E HÁ TANTO PARA FAZER !



  É costume dizer que a vida está cheia de oportunidades e que o importante é estar atentos e quando elas nos surgem, o melhor a fazer é apanhar a oportunidade que pensamos ser a nosso favor.
   Li um jornal desta semana que o Governo quer apoiar os emigrantes portugueses que desejem e queiram criar negócios em Portugal.
   “Vamos ajudar as pessoas a estruturar as suas ideias  a sair com um dossier, ou podemos ser nós a dizer às pessoas: “Olhe, não avance, o projecto precisa de ser afinado”, disse um secretário de Estado português.
   Trata-se de promover o regresso de portugueses ao nosso país. Há apoios para grandes projectos e micro-projectos, que não existiam para os emigrantes. Os projectos  ligados às regiões e os empreendedores que conheçam a realidade empresarial dos locais onde se quer realizar o negócio assumem enorme importância  para a concretização dos mesmos.
   E as coisas vão passar-se assim: as comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional vão dirigir ao Alto Comissariado para as Emigrações um convite, com as medidas que querem ver executadas.
   Cerca de três milhões de euros  até 2017 estão inscritos nos Programas Operacionais Regionais(POR) para apoiar as iniciativas dos emigrantes no nosso país, na nossa região do Sabugal também. E para além deste dinheiro, outros milhões também vão estar ao dispor dos emigrantes para concretizarem negócios, alguns mais pequenos, através de concursos de ideias, como o VEM-Valorização do Empreendedorismo Migrante. Outra parte servirá para criar um sistema que ajude os emigrantes a concorrer com as suas ideias a outros programas de financiamento comunitário do Portugal 2020, nomeadamente o POISE ( Programa Operacional Inclusão Social), e o POCH (Programa Operacional Capital Humano) com muitos milhões disponíveis para apoio de iniciativas.
   Ora, sendo o nosso concelho, o Sabugal,  uma região com um grande número de emigrantes, esta pode ser uma excelente oportunidade para que alguns dos nossos conterrâneos regressam à nossa região e nela decidam investir, criar negócios que gerarão trabalho, desenvolvimento, bem estar para todos.
   Os emigrantes do nosso concelho devem estar atentos a estas oportunidades e aqueles que se acharem com capacidade empreendedora, têm aqui uma boa ajuda.
   No aproveitar é que está o ganho!

15.2.15

MINISTRO AGUARDA CONSENSO ENTRE A POPULAÇÃO DE MALCATA, O ESTADO E A AGÊNCIA PORTUGUESA DO AMBIENTE


Área do Parque Eólico em relação com Área Protecção da Serra da Malcata
   ( Fonte:Agência Portuguesa do Ambiente)





                       


O ministro do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia garantiu esta sexta-feira que o Governo está a acompanhar o projeto do parque eólico do Sabugal, no distrito da Guarda, que é contestado pela população de Malcata.

“A informação que eu tenho é de que tudo o que estava na declaração de impacte ambiental está a ser avaliado de uma forma muito minuciosa pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) com uma grande exigência”, disse Jorge Moreira da Silva à agência Lusa, em Pinhel, à margem da inauguração da 20.ª Feira das Tradições e Atividades Económicas.
O Movimento Malcata Pro-Futuro, no Sabugal, anunciou que apresentou queixa à Comissão Europeia sobre o Estado português e que vai avançar com uma ação popular administrativa para tentar travar o projeto, pela ausência de resposta das autoridades nacionais sobre o assunto.

Os habitantes estão contra a ampliação do denominado projeto de “Sobre-equipamento do Parque Eólico de Penamacor 3B”, previsto para ocupar áreas das freguesias de Malcata (Sabugal) e Meimão (Penamacor), que contempla a construção de seis aerogeradores que vão juntar-se aos 19 existentes. Questionado hoje sobre o tema, o ministro do Ambiente referiu que está a acompanhar o assunto, embora o mesmo seja seguido com maior proximidade pelo secretário de Estado do Ambiente e pela APA.
O governante explicou à Lusa que o projeto do parque eólico teve uma declaração de impacte ambiental favorável condicionada, “porque depende o seu prosseguimento da verificação das condições ambientais que estavam definidas nessa declaração”.
 O Ministério do Ambiente tem de assegurar neste projeto, como nos outros, que as condições previstas nessa declaração “são verificadas”, acrescentou.
“Resta-me aguardar que as populações e o Estado, a APA e a autarquia possam chegar à mesma conclusão quanto à adesão daquilo que estava previsto na declaração de impacte ambiental com aquilo que na prática está a acontecer”, disse Jorge Moreira da Silva.
Referiu que tem “muito interesse” no tema e realçou a importância dos cidadãos no papel de “provedoria”, garantindo que não há nenhum protesto que chegue ao seu Ministério “que não seja avaliado”
 Li aqui: http://observador.pt/2015/02/13/governo-analisa-processo-de-parque-eolico-no-sabugal/

  




1.2.15

AGENDAMENTOS

EDITORIAL
(Publicado no Boletim Municipal da Câmara Municipal do Sabugal-Jan-Fev-Março 2015)
A foto também é retirada do mesmo boletim.Penso que é importante divulgar esta mensagem aos malcatenhos, pois muitos nem sabem que existe um Boletim Municipal.

1
.O Inverno é uma estação do ano que não reúne muitas simpatias, apesar dos seus naturais encantos. A estes, nós propomos algumas actividades e iniciativas que darão um acrescido deslumbramento a esta estação através da festa. No Sabugal, durante o período do Carnaval, é cada vez maior a afirmação de um conjunto de iniciativas que têm aglutinado diferentes participações, envolvendo diversos actores e forças vivas do concelho, nomeadamente, o movimento associativo. Cada vez mais povoações festejam o Carnaval, envolvendo as populações locais; o desfile de Carnaval do Sabugal é já um cartaz turístico de afirmação local e regional, e os Roteiros Gastronómicos um momento alto de promoção da nossa gastronomia.
Entre os dias 13 e 17 fevereiro, os Roteiros Gastronómicos irão proporcionar momentos ímpares de convívio à mesa, saboreando as delícias da gastronomia da época, onde não faltam à mesa os enchidos, o Bucho Raiano, o borrego e o cabrito, os caldos e a doçaria tradicional.
Fazemos com os nossos melhores produtos a boa mesa raiana. Sejam bem-vindos os que a nós se quiserem associar para desfrutar duma ruralidade envolvente, que não deixa ninguém indiferente e que a todos brinda com gratificantes  vivências. 
2 . A forte emigração e o intenso êxodo rural, sobretudo nas décadas de 60 e 70 do século passado, criaram uma imensa diáspora sabugalense. Espalhados pelo país e pela Europa, principalmente por terras de França, muitos dos que daqui partiram em busca do ‘el dorado’ fixaram-se nas zonas de acolhimento e aí criaram novas raízes. A numerosa diáspora sabugalense merece este ano, por parte do Município do Sabugal, uma atenção particular. Razão porque terão lugar três encontros/fóruns, com o objetivo de sensibilizar os que daqui partiram para o investimento no território, reforçar a auto-estima, e divulgar as potencialidades dos produtos locais deste concelho.
O primeiro encontro realizar-se-á no dia 21 de março, no Auditório do Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), em Lisboa; segues-e, no dia 23 de maio, o fórum em Paris; e no dia 8 de agosto no Sabugal. 3. Ao longo de todo o ano uma agenda repleta de iniciativas e de atividades promoverão o território, as gentes, as tradições, o património e a cultura, reforçando o sentido de pertença e de identidade da comunidade sabugalense. Ao mesmo tempo, manter vivos os laços, os afetos e as raízes - âncora de afetos onde é sempre agradável regressar e, quiçá, voltar para cá ficar. No alvor de um novo ano faço votos de que 2015 nos traga a todos uma nova esperança para vencermos os desafios que temos pela frente. 
Bom Ano.


5.12.13

EM DEFESA DO PATRIMÓNIO

   O Cruzeiro que não fala



A Barragem do Sabugal concluiu-se no ano 2000 e desde esse ano que se criou uma albufeira que funciona como reservatório de água que será transferida para a Barragem da Meimoa sempre que for necessário para regar os campos da Cova da Beira. A Albufeira do Sabugal localiza-se num troço do rio Côa, na sua maioria alagou os melhores terrenos cultiváveis pertencentes a pessoas da aldeia de Malcata. Esta albufeira está parcialmente inserida na Reserva Natural da Serra da Malcata e dispõe de uma enorme capacidade de armazenamento.
   O património é um elemento de ligação do passado com o presente. O património é o testemunho que os nossos antepassados nos legaram e nós como fieis depositários desse bem, temos a obrigação de defender e valorizar aquilo que nos confiaram. Esse património deve condicionar o ordenamento do território e todas as construções que queiram edificar.
  Aqueles que  pensaram em unir a cidade do Sabugal a Malcata,  ao longo da albufeira da barragem a ideia foi e continua a ser válida e é uma boa ideia. O caminho não é um caminho como os outros caminhos existentes. O Percurso ( Caminho ) pode ser uma forma de rentabilizar o património existente e até valorizá-lo, bem como criar um caminho com estruturas e equipamentos para apoiar as pessoas que por lá queiram e desejem caminhar. Os amantes da natureza, os turistas e as gentes que vivem nesta região com certeza que irão desfrutar deste novo caminho.
   São 27 quilómetros entre a entrada da cidade do Sabugal e a aldeia de Malcata. O objectivo é “potenciar e permitir o usufruto da envolvente da Albufeira do Sabugal. O percurso ficará perfeitamente integrado na paisagem e será absorvido pelo seu contexto natural”, lê-se no Boletim Municipal da Câmara do Sabugal, em Abril de 2012.
   Parece que alguém se está a esquecer de integrar na paisagem algumas das obras que estão a executar neste projecto. Refiro-me concretamente à estrutura que está a ser construída na aldeia de Malcata, junto à Capela de São Domingos. Nada do que se escreveu está a ser cumprido e está à vista de todos que desrespeitaram o património que já lá existia desde 1960. Pergunto a quem souber responder qual é a sensação e a atenção dos visitantes que chegados à Capela de São Domingos, lhes transmite e qual o fio condutor entre aquela “estação” de cimento pintado de branco e o CRUZEIRO em pedra de granito?
   Não bastaram as confusões e os erros descobertos só após o início das obras, provocando atrasos na execução e talvez aumento de custos, para agora sermos novamente confrontados com o incumprimento de alguns dos objectivos desta importante obra. E agora que fazer?
  Apresento alguma informação sobre este percurso que acompanha a água da albufeira:
  
    Anúncio do concurso para o Percurso de Interpretação ao Longo da Margem Esquerda da Albufeira do Sabugal foi publicado no D.R. n.º: 253 Série II de 2010-12-31, link:
http://www.directobras.pt/lercp.php?id=25603

“A obra fora consignada em Maio de 2011 à empresa Albino Teixeira Lda, e os trabalhos iniciaram-se a 21 de Janeiro de 2012, logo que foi aprovado o respectivo plano de segurança pela Câmara Municipal do Sabugal. A suspensão aconteceu por decisão camarária tomada da reunião do executivo do passado dia 14 de Fevereiro de 212, numa altura em que os trabalhos já estavam em pleno andamento, nomeadamente ao nível da remoção de terras. Só após o avanço desses trabalhos se verificou que os mesmos não poderiam continuar porque parte do percurso a executar estava afinal projectado para terrenos submersos ou em terrenos particulares.” Noticiava o Capeiaarraiana (http://www2.uab.pt/news/recortes/upload/28_03_2012_Capeia_Arraiana_wordpress.pdf)













19.9.13

AUTÁRQUICAS 2013 EM DEBATE NA RÁDIO




A Rádio Altitude da cidade da Guarda ( Altitude FM ) está a acompanhar o desenrolar da campanha para as próximas eleições autárquicas. Ontem, 18 de Setembro, estava programado o debate com a participação de todos os candidatos à Câmara Municipal do Sabugal, que este ano conta com 5 candidatos. Três deles estiveram presentes e apresentaram os seus programas eleitorais. Faltaram ao debate dois: António Robalo que se recandidata nas listas do PSD e Carlos Rito pelo PTP. Ouçam então as propostas daqueles que aceitaram e compareceram ao debate democrático, clicando no dia "18 Debate...".
É importante escutar quem se apresenta ao povo para o servir.



5.1.13

SUBSÍDIOS E ASSOCIAÇÕES



   Estes dias ao ler a Acta da Reunião Ordinária da Câmara Municipal do Sabugal realizada no passado ano,  a 7 de Novembro, chamou-me à atenção este ponto relativo à atribuição de subsídios extraordinários a seis associações do nosso concelho, sendo que cada associação recebeu 15.000€ . Ora, o que me chamou a atenção foi a existência da Carqueijinha em Malcata. Eu desconheço que tal entidade exista. Posso estar enganado mas se alguém dessa associação desejar esclarecer e divulgar a sua existência legal seria bom.
Extracto da Acta da Reunião da Câmara Municipal do Sabugal



Flor de carqueja

13.9.12

NEGÓCIOS NO SABUGAL


 Largo da Fonte, cidade do Sabugal


  Era uma vez um homem...
que vivia na cidade do Sabugal e tinha no Largo da Fonte uma roulotte para vender pizzas quentes , ali mesmo ao lado da fonte. Porque ouvia mal, não ouvia a Rádio Altitude e nem as notícias da região onde vive e que o jornalista Joaquim Martins divulga todos os dias na Star FM . E porque já via mal, deixou de ligar o televisor quando está em casa, não lia o jornal Cinco Quinas, nem o Amigo da Verdade e muito menos os jornais diários nacionais vendidos ali no quiosque ao lado da sua roulotte transformada numa pizzaria, a melhor pizzaria da cidade.
   Preocupava-se com o seu negócio,e por isso, pendurava no tronco das árvores cartazes de propaganda, oferecia uma fatia de pizza para o cliente provar, anunciava em voz alta as diversas pizzas que fazia e o povo gostava e comprava. Então no mês de Agosto é que o negócio rendia, pois todos os dias perto da hora do almoço, lanche e jantar não tinha mãos a medir. A sua principal preocupação era a satisfação do cliente: comprava a melhor farinha, os melhores azeites e óleos, os chouriços, cebolas, milho, queijo, alho, louro, diversas carnes eram adquiridos nos fornecedores da região, pois a qualidade desses produtos era o segredo para a fama das suas pizzas.
   Com o dinheiro que ganhou conseguiu pagar o Colégio do Soito ao filho. O rapaz cresceu e foi para a Faculdade de Economia de Coimbra tendo concluído os seus estudos com distinção. Acabados os estudos, o filho Doutor  regressa a casa e ao ver que o seu pai continuava com a mesma vida de sempre e a vender as mesmas pizzas, ele agora um doutor informado e educado virou-se para o pai e perguntou-lhe:
- Pai, tu não ouves rádio?
  Não vês televisão?
  Não lês jornais?
  Pai, o mundo está em crise. Portugal está mergulhado numa grave crise, o desemprego está a aumentar cada dia que passa, muitas pessoas não têm trabalho, estão sem dinheiro. Há que poupar, há que economizar.
   O pai escutou pacientemente o seu filho doutor e disse:
- Filho, tens razão. Vou tomar medidas e mudar umas coisas no negócio das pizzas.
   Com medo da crise, o pai procurou um fornecedor de farinha mais barato ( e é claro, pior ). Deixou de comprar aos seus fornecedores habituais da região do Sabugal e passou a comprar chouriças, queijos, cenouras, cebolas, pimentos, alhos, salsa, azeitonas, azeite e outros ingredientes a quem lhe vendesse mais barato, mesmo de inferior qualidade. Também decidiu retirar todos os cartazes de publicidade, deixou de oferecer a prova aos clientes, tudo com a ideia de que assim ganharia mais dinheiro.
   A verdade é que com o passar do tempo e apesar destas medidas que tinha tomado, as vendas começaram a cair e chegaram mesmo a níveis insuportáveis.
   O negócio das pizzas que antes gerava recursos, faliu.
   O pai, triste, telefona para o filho  e diz-lhe:
- Filho, tinhas razão. Estamos mesmo numa grande crise. Agora vou esperar que passe e pode ser que volte a abrir a barraca das pizzas quentes. Bem dita a hora em que te enviei para a faculdade estudar economia.

   Nota: este texto é baseado num  texto  original publicado em Fevereiro de 1958 num anúncio da Quaker State Metals.co