11.4.18

CONHECER A ALDEIA DE MALCATA

Busto de Camões


   Quem visitar a aldeia de Malcata saiba que há alguns lugares e monumentos que vale a pena conhecer. Logo à entrada da aldeia deparamos com o Busto de Luís Vaz de Camões. Foi inaugurado em Setembro de 1965, pelo padre Lourenço, pároco da paróquia nessa época e ao seu lado encontrava-se o casal Corceiro, mecenas desta obra. Continuando pela Rua da Fonte, escondida pela calçada, encontramos a Fonte de Mergulho que recentemente foi recuperada. No fim desta mesma rua deparamo-nos com a Praça do Rossio, também conhecida pela Torrinha, pois neste local, em 1959, foi construída uma torre, toda ela feita em pedra de granito, exibindo nas alturas e virado para o largo um enorme relógio. Durante muitos anos este relógio, que funcionava com o sistema de dois pêndulos, ditou as horas dos malcatenhos que aqui viviam e graças à altura da torre e às badaladas do sino que se ouviam por toda a aldeia. Quando visitar a nossa aldeia arranje tempo para uma subida ao varandim desta torre, pois é um dos miradouros mais vistosos sobre a povoação e a sua envolvente.
   Depois de conhecer a Torre do Relógio, ande uns passitos até ao Rossio e entre no Forno Comunitário. Para além do antigo forno a lenha, no seu primeiro andar encontramos uma sala onde está permanentemente uma mostra de vários artefactos antigos e relacionados com os usos, costumes e tradições de Malcata.
   Seguindo para a parte mais antiga da aldeia, podemos descer a Rua de Baixo até à Igreja Matriz. Também merece uma visita dada a sua boa conservação e não esqueçamos de subir as escadas do campanário e admirar a serra da Malcata e avistar a Capela de São Domingos.
   Depois de conhecer a igreja há que subir a Rua da Ladeirinha e admirar o património edificado em pedra de xisto e granito. Nesta rua e na Rua do Meio existem ainda muitas casas de habitação antigas, pequenas e baixas, com um só piso em terra. Os telhados são cada vez menos os que estão cobertos com telha de um canal, fabricadas em barro e que com o passar dos anos e muitos invernos ficaram mais escuras, cheias de musgos negros, não dá para esconder a idade. Há nesta Rua do Meio uma singularidade única e que merece atenção. Algumas paredes das casas assentam em grandes blocos de pedra, visíveis a olho nu, no exterior das paredes. É também nesta Rua do Meio que se encontra a Queijaria Tradicional da aldeia e nela já se fabricaram excelentes queijos.
   E chegados novamente à Praça do Rossio, ou à Torrinha, há que dar de beber à dor e nada mais fresco que ir beber água às bicas da fonte, olhar para a água armazenada nos tanques e se for o momento certo, olhar para a torre reflectida na água do tanque mais pequeno, ou a lua se for noite clara e serena.
   Para tomar uma boa refeição, infelizmente não há porta aberta com esse serviço, apesar de na aldeia existirem 4 estabelecimentos, ou cafés se assim lhe quiserem chamar. É uma área de negócio pouco considerada, mas que em boa verdade já se justificava a aposta num pequeno restaurante.
   Quanto a alojamento, felizmente a aldeia dispõe da Casa das Camélias, empreendimento particular inserido na rede do turismo rural, que oferece todas as condições e comodidades e a um preço acessível, ao aconchego de um casal, uma família ou grupo de amigos até máximo de seis pessoas.
   Hoje andámos um pouco pelo núcleo antigo de Malcata. Dei a conhecer alguns tesouros da aldeia, mas há mais e igualmente importantes. Voltarei ao assunto. Vejam as fotos:
  





Fonte de Mergulho

Torre do Relógio

Forno Comunitário

Rua do Meio

Fonte da Torrinha

31.3.18

SÁBADO DE ALELUIA EM MALCATA

Os sinos do campanário da igreja de Malcata
 
   
   Chegou o Sábado de Aleluia. Na aldeia de Malcata no Sábado de Aleluia era costume celebrar-se uma missa por volta da meia-noite. Era uma cerimónia bastante participada e animada. As pessoas levavam consigo campainhas e chocalhos que ainda hoje os ouço a badalar ao mesmo tempo que os sinos do campanário da igreja repinicavam e se anunciava a Ressurreição de Jesus Cristo, enquanto os fieis cantavam “Aleluia, Aleluia, Aleluia, Cristo Ressuscitou”.
   E no fim da Missa de Aleluia toda a gente regressava a suas casas alegres e bem-dispostos.
   Era assim o Sábado de Aleluia na minha aldeia, quando eu ainda era garoto.
   Em 2007 a Marta comentava com estas palavras o tocar dos sinos:
   "
O raio dos sinos que não nos deixaram dormir...
   Tocaram toda a noite, os sinos de Malcata!"

   E hoje como vai ser?

 
    CRISTO RESSUSCITOU!
    ALELUIA, ALELUIA,ALELUIA!

22.3.18

TRANSFORMAR O MUNDO A PARTIR DE MALCATA

As mãos que transformam o mundo
   
PLANTAR UMA ÁRVORE - MALCATA

O Dia Mundial das Florestas este ano ficará na memória de muitas crianças, jovens e adultos do nosso concelho. O Município, em colaboração com as Escolas do Concelho (pré-escolar, 1ºe2ºciclos"), Centro de Saúde do Sabugal, ICNF, Bombeiros Voluntários, Sapadores Florestais, Junta de Freguesia de Malcata, Assembleia de Compartes de Baldios de Malcata e Zif de Malcata assinalaram esta data com diversas actividades pedagógicas,informativas e lúdicas.













Um homem é capaz de transformar o mundo com a sua atitude.














































12.3.18

NEM SÓ DE PÃO VIVE O HOMEM




   Tendo em conta que nem só de pão vivemos, mas também nos alimentamos de outras necessidades: culturais, desportivas, sociais e espirituais, há que participar nestas actividades porque elas são importantes para o desenvolvimento cívico, social e de cada um de nós.
   A cultura e a dinâmica do povo de Malcata podemos medi-lo pelo número de entidades e associações que desenvolvem um plano de actividades estruturado e planificado. Na nossa aldeia as associações são os parceiros privilegiados da junta de freguesia, no desenvolvimento e na promoção do bem-estar da população, designadamente através da realização de actividades desportivas, culturais e muitas outras dirigidas à nossa comunidade.
   Reconhecer o papel activo, a sua importância e a variedade das áreas abrangidas, numa aldeia como a nossa, cabe à junta de freguesia dinamizar e incentivar, apoiar e promover os eventos que as associações planeiam realizar. O trabalho de uma junta de freguesia inclui a existência de boas relações entre a autarquia e as associações, valorizando e apoiando as iniciativas na perspectiva de desenvolvimento integrado e sustentável da freguesia.
   Uma das competências das juntas de freguesia, de acordo com a lei, é apoiar o associativismo nas suas diversas vertentes e acções. E o que uma autarquia deve fazer é criar instrumentos que estimulem essas associações e apoiem as suas actividades e nunca fazendo o trabalho delas ou ficando dependente delas, respeitando sempre a autonomia de cada associação.
   Até agora como tem funcionado o apoio da Junta de Freguesia a estas associações e às actividades realizadas na freguesia?
   Quais são os critérios em que a Junta de Freguesia se tem baseado nas decisões que tem tomado no que respeita aos apoios já concedidos?
   Desconhecendo eu a existência de um Regulamento de Apoio ao Associativismo por parte da Junta de Freguesia, sinto-me com alguma razão em perguntar se estão ou não a cumprir os princípios gerais de igualdade, de imparcialidade e transparência, no que diz respeito às decisões positivas e negativas aos pedidos recebidos. Quem tem o poder de decisão é só a Junta ou a Assembleia de Freguesia, em determinadas situações, terá uma palavra a dar?     A verdade é que todos sabemos que a Junta de Freguesia tem apoiado umas associações e a outras simplesmente não dá resposta, o pedido parece ir directamente para o caixote do lixo.
   É fundamental a existência de um regulamento com regras que possam regular a atribuição dos apoios em dinheiro ou outros tipos de apoio concedidos pela junta de freguesia. A existência desse documento permitiria garantir os princípios de equidade e o controlo na atribuição dos apoios, também permitiria o acesso a todas as instituições e clarificavam-se os direitos e deveres e os critérios de avaliação dos pedidos. Já é mais do que tempo da Junta de Freguesia de Malcata apresentar esse regulamento, da mesma forma que o já fez a Câmara Municipal do Sabugal.
   Lembro que todos os apoios devem obedecer a critérios objetivos de igualdade, justiça, equidade e imparcialidade, critérios esses que deverão estar definidos em regulamento.

                                                                                                                 José Nunes Martins
                                                                                                                josnumar@gmail.com

9.3.18

A JUNTA DE FREGUESIA TEM OU NÃO O DEVER DE INFORMAR?

Para a JF há sempre espaço para mais um papel no quadro.

                                                  

    Qualquer organização, associação ou instituição pública ou privada gosta de ter uma imagem positiva, que amplia a visibilidade do seu trabalho, que fortaleça a confiança e a relação entre a instituição e as pessoas. É esta a ideia que eu tenho da boa imagem de uma junta de freguesia.


   A junta de freguesia de uma aldeia é a entidade que suporta a ponte que liga os cidadãos 
aos decisores políticos. Comunicar com regularidade, atempadamente e divulgar a informação com clareza é um dos primeiros passos a dar. 
   A nossa junta de freguesia usa ou não uma boa comunicação para  estar mais próxima das pessoas?       E a informação chega ao conhecimento de todos ou só de alguns? 
   Que meios para comunicar com os cidadãos tem utilizado a autarquia? Com que regularidade e qualidade o faz? E o cidadão como é que comunica com a junta de freguesia? Espera ter a sorte de encontrar-se na rua com alguém da junta e perguntar? Ou mesmo que se encontrem de dia, se houver notícias ou coisas importantes a saber logo o porá ao corrente? E quem não vive na aldeia como faz para esclarecer uma dúvida, saber uma informação, requerer um documento, pedir um apoio?
   Comunicar é o quê para si, meu caro malcatenho? Um direito ou um dever? Que opinião tem estimado conterrâneo acerca da atitude da Junta de Freguesia de Malcata no que respeita a comunicar e informar os seus fregueses que residem na terra e todos aqueles que vivem fora?

José Nunes Martins
josnumar@gmail.com