18 março 2009

COMIDA MAIS BARATA JÁ!!!



O Governo português não vai aplicar a taxa de IVA reduzido no sector da restauração, apesar de o acordo alcançado há dias em Bruxelas prever que a taxa de 5% pode ser cobrada naquele sector.
Para o Governo português a prioridade da reunião dos ministros das Finanças dos 27 países da União Europeia era a manutenção da taxa reduzida de IVA, de 5%, nas portagens das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama, o que ficou garantido.
Depois do acordo alcançado, que define uma lista nova de serviços aos quais se poderá vir a aplicar a taxa reduzida de IVA, os governos dos estados-membros têm de decidir os sectores que vão beneficiar desta vantagem fiscal.
"Não vai haver alteração na restauração", disse à agência Lusa fonte oficial do Ministério das Finanças, o que significa que o sector continuará a beneficiar de uma taxa de IVA de 12%.
Em discussão estava a aplicação da taxa de IVA mais baixa a vários sectores como a restauração, a construção e o apoio domiciliário de cuidados de saúde, entre outros.
O presidente da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) congratulou-se com o acordo alcançado, mas sublinhou que a aplicação da taxa reduzida de IVA ao sector não acontecerá "de um dia para o outro".
"Estamos muito agradados por verificarmos que o sector da restauração e bebidas foi incluído no sectores de mão-de-obra intensiva, mas temos noção que [a aplicação da taxa reduzida] não acontecerá de um dia para o outro", afirmou à agência Lusa Mário Pereira Gonçalves.
O presidente da AHRESP salientou que o sector reivindica desde 1992 a aplicação de uma taxa de IVA de 5%, afirmando que seria uma decisão "positiva para as empresas e para os consumidores pois os preços nos estabelecimentos iriam baixar".
Com este acordo, segundo Mário Pereira Gonçalves, "abriu-se mais uma porta para que os empresários do sector da restauração e bebidas possam fazer refeições de melhor qualidade e com um preço mais baixo".
Quem me explica estas decisões?

10 março 2009

PROJECTO BricoSolidário




"Este é o senhor Pascoal, um dos efectivos mais importantes
do projecto BricoSolidário, uma iniciativa muito inovadora das
Câmaras da Guarda e Sabugal. A ideia é muito simples e tem
a ver com a realidade desta zona do interior, próxima da raia:
as aldeias estão cada vez mais desertas e as pessoas cada
vez mais sós e entregues à sua sorte. Para contrariar todo o
abandono a que são votadas as gerações mais velhas (há
lugares e aldeias onde hoje em dia moram apenas 3 idosos,
cada um em sua casa, muito distantes entre si) alguém teve
a feliz ideia de lançar um projecto de arranjos ao domicílio.


E foi assim que nasceu uma parceria entre duas Câmaras
Municipais. Decidiram candidatar-se aos Fundos Europeus
e conseguiram montar a estrutura de um projecto que pode
e deve ser replicado em muitos outros lugares remotos do
país. E não só. Esta ideia serve qualquer aldeia ou vila onde
os habitantes estejam mais sós e com menos recursos. A
carrinha do BricoSolidário é como aquelas carrinhas antigas
que percorriam as aldeias e vilas a apitar pelas ruas, para
anunciar que traziam legumes e fruta ou peixe fresco. Desta
vez não se trata de vender alimentos mas de oferecer arranjos
nas casas. Pequenos e médios consertos que podem ir de
uma simples lâmpada ou torneira a trabalhos mais elaboradosde canalizador ou pedreiro.

Mais do que oferecer apenas estes
serviços, o que este projecto proporciona é uma possibilidade
de relação, e o calor humano que sempre entra numa casa se
alguém vem por bem. Adorei conhecer o projecto e o sr. Pascoal."
Autora: Laurinda Alves

08 março 2009

FORCÃO: PATRIMÓNIO A DEFENDER

Forcão

As festas Saojoaninas açoreanas transformaram-se no principal assunto da blogosfera. De facto, o assunto está a ser levado a sério e até já circula na net uma petição. As opiniões são muitas e variadas, contudo, depois de visitar a referida petição e depois de ler alguns comentários concluo que o Concelho do Sabugal é constituido apenas pelas freguesias a que alguns chamam "arraianas". Há comentários para todos os gostos, mas alguns deviam ter vergonha daquilo que escrevem. Isto de petições na net há que ter alguns cuidados quando uma pessoa assina e comenta. A informação corre o mundo inteiro e ninguém a pode impedir de se difundir. Há patrimónios culturais que todos devemos defender e a arte de tourear com o forcão inclui-se na lista de patrimónios que têm que ser preservados e defendidos para não desaparecerem. Compreendo que as festas Saojoaninas açoreanas queiram atrair gente e que para isso incluam no programa das festas uma garraiada à moda da raia utilizando o forcão. Touradas, garraiadas, "vacaradas", no rio, na praia ou numa praça improvisada com carros de vacas, bois ou tractores, no largo da aldeia ou no Campo Pequeno, são sempre espectáculos que atraiem curiosos e aficcionados.
Qual é o perigo para o Sabugal se um forcão for o centro de atração numas festas dos Açores?
Como já li no Capeia Arraiana, hoje os agentes políticos têm de alterar os métodos de trabalho.
Eu sou daqueles que acredita que este assunto está ao rubro, mais na blogosfera do que nos largos e ruas das nossas aldeias. Muitos nem saberão que o forcão corre "perigo" de vida...se for para os Açores. De nada adianta esconder o forcão dentro do castelo para evitar a sua ida até aos Açores, mas os açoreanos têm o mérito de abanarem as mentes adormecidas no que respeita ao futuro do património do nosso concelho.
As coisas não aparecem feitas do nada. As culturas para serem preservadas e conhecidas têm que ser acarinhadas, incentivadas e divulgadas com planos bem elaborados.
A UNESCO tem servido para a defesa, preservação e divulgação do património mundial, cultural e natural. O Sabugal, os sabugalenses, é que têm que mostrar interesse em defender a sua cultura, o seu património. E ajudar a transmitir e fortalecer as relações entre "mestre" e aprendiz é de primordial importância para que o forcão e com tudo o que significa essa palavra seja verdadeiramente defendidos e se transforme numa mais valia para o Sabugal.
Proponho que se inicie a caminhada para que o forcão faça parte da lista de Património Mundial, Cultural e Natural. E o caminho deve ser iniciado enquanto as pessoas andarem acordadas e incomodadas com estes assuntos. Nada de desculpas, nada de lamentos e muito menos nada de extremismos, sejam de quem defende ou de quem ataca. Todos queremos o bem para todos e penso que os sabugalenses, as gerações futuras dos sabugalenses e porque não dos portugueses, só têm a ganhar com gente que gosta e ama as suas origens.