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segunda-feira, 13 de abril de 2009

MALCATA NÃO PÁRA

Fui surpreendido com algumas obras na aldeia. O Rossio tem agora um piso novo. O cimento gasto e aos remendos foi substituido por pequenos blocos de cimento de tom avermelhado. Agora sim, os amantes da dança têm melhores condições para dar ao pé. E o Rossio ( ou Praça do Rossio?! ) veio trazer uma nova vida ao recinto e melhorar a imagem de Malcata. Mas para que o Rossio fique mesmo magnífico, na minha opinião, era necessário que arranjassem as casas junto à Torre do relógio. As cores das paredes dessas casas não estão nada enquadradas com as das outras casas que rodeiam o local.

Outra surpresa que tive nestes dias que aqui estive foi o Salão de Festas de Malcata. Já sabia que tinha sido inaugurado mas não conhecia a obra. Claro que não é um grande salão, mas a aldeia necessitava de ter ao dispôr uma estrutura destas. Ainda não está tudo acabado, mas já se realizaram lá algumas actividades culturais e recreativas. Para além da peça de teatro no dia da inauguração, na Sexta-Feira Santa, teve quase uma centena de pessoas poderam ver um filme que retratava a vida de Jesus. Fui lá e fiquei agradado com o que ouvi e senti. Para além do salão, ao fundo da sala, foi construido um bar e uma cozinha.

Também o monumento ao Camões está a ser alvo de uma intervenção. As antigas e inestéticas grades de ferro foram cortadas e a terra em volta do pedestal foi substituída por cubos de pedra. À volta e para embelezar ainda mais o nosso Camões, estão a ser colocadas umas pequenas colunas, também em pedra, onde irão ser penduradas umas correntes. E tudo indica que o remate do chão seja preenchido com os símbolos da aldeia.

Malcata é uma aldeia sempre em movimento.Basta olhar para o céu e aquilo mais parece uma das estradas lá para Lisboa, naquelas "horas de ponta". Não acham?

E como estamos na Primavera, as flores das macieiras e das cerejeiras deixam-nos parados no tempo e a sua beleza e brancura invadem o nosso espírito.

Malcata é assim!

sexta-feira, 10 de abril de 2009

HÁ OBRA EM MALCATA

MONUMENTO AO POETA LUÍS DE CAMÕES
ESTÁ A FICAR...


OK! OBRA APROVADA.




Quem não se lembra desta estátua? E que tal as obras de requalificação que a Junta de Freguesia está a fazer ao monumento? Claro que a envolvente não é a melhor, pois a paragem das camionetas não fica lá muito bem na fotografia, mas quando foi construída e quem a mandou construir apenas se preocupou em criar melhores condições às pessoas que ali esperam por transporte.
Já que a obra do monumento ainda não está terminada, aproveito para sugerir aos responsáveis da Junta para que coloquem as letras que faltam no texto da placa fixada no pedestal de pedra. Dessa forma poderemos ler melhor este texto:
LUÍS DE CAMÕES
IMORTAL POETA CANTOR
DA GRAÇA MANDADO
ERIGIR POR JOSÉ MANUEL
CORCEIRO E ESPOSA,
DOMINGOS F. NOZETI
ARGENTINA EM MEMÓRIA
DE SEUS PAIS MANUEL
JOSÉ CORCEIRO E ROSA SALINA
GONÇALVES FILHOS DESTA
TERRA E HOMENAGEM AOS
NATURAIS E EMIGRANTES
DE MALCATA
12-9-1965




SALÃO DE FESTAS E CONVÍVIO DE MALCATA











Cozinha(Exterior)






O Salão de Festas foi inaugurado muito recentemente. Fazia falta um espaço para festas e convívios maior e com melhores condições do que as que havia anteriormente. Ainda não está tudo pronto. As cadeiras para a plateia ainda são poucas e apenas servem de remedeio. Aos poucos com certeza que se comprarão mais cadeiras. Também visitei a cozinha, situada nas traseiras do salão. Ou seja, aos poucos a aldeia vai mostrando vontade de viver e conviver.




ROSSIO, AI O ROSSIO...



Novo piso







Com um palco destas dimensões e com este chão, lá para o mês de Agosto não há quem deixe de dar um pé de dança. Agora o Rossio está diferente, melhor, mais digno de um verdadeiro palco ao ar livre. Está preparado para receber diversas realizações de cariz cultural, popular e penso que ganha em côr à obra que o arquitecto Siza Vieira fez naquela grande avenida da cidade do Porto, a Avenida dos Aliados. Ora toma!
Nota minha: Para que o Rossio ainda fique mais agradável à nossa vista era de bom gosto que se arranjassem aquelas casas lá do fundo...não acham? Vamos lá Tio Fernandes, se arranjar a sua pode ser que os outros lhe sigam o exemplo. E porqque não, já que a loja do meu tio, durante as festas de Malcata, tem servido de armazém do bar, como pagamento dessa cedência gratuita durante muitas festas, taambém gratuitamente renovar a parte frontal da dita casa?
Bom, mas o que pretendo ao divulgar estas fotos e estas novidades, não é mais do que através da internet, levar aos quatro cantos do mundo imagens da aldeia que todos nós temos no coração. Sei que há quem consulte estas páginas e vive na Austrália, no Porto, no Brasil, na França e noutros países onde Malcata seja a palavra de busca.








quarta-feira, 8 de abril de 2009

CASTANHEIRO NOTÁVEL

Castanheiro de Malcata ( Outono )

Notícia retirada do Jornal Cinco Quinas:

Equipa faz levantamento dos castanheiros notáveis do Sabugal .
Os castanheiros notáveis do Sabugal vão ser compilados num livro que está a ser elaborado por Serafim Riem e por Laura Alves. Antes da publicação, a equipa vai ainda organizar um seminário sobre árvores centenárias.

Serafim Riem e Laura Alves estão a fazer um trabalho de levantamento dos castanheiros monumentais históricos do concelho, uma iniciativa da Câmara Municipal do Sabugal. Serafim Riem conta que «temo-nos preocupado em percorrer todo o concelho e estamos a fazer um levantamento de todos os castanheiros notáveis. Para isso, temos tomado em consideração aqueles que tenham um perímetro de cerca de 1,30 metros a cinco metros, porque senão alargaríamos demasiado o nosso trabalho».
Na génese deste projecto está «a riqueza deste património do concelho e a sensibilização das pessoas, para que tenham noção de que os castanheiros são velhos e que têm de ser preservados», revela Serafim Riem. A isto, acrescenta que «queremos que as pessoas se sintam vaidosas por serem proprietárias daqueles castanheiros».
Entre as actividades desenvolvidas, esta equipa tem feito medições e numerado as árvores. Assim, junto de cada castanheiro notável é colocada uma placa da Câmara Municipal do Sabugal, com o respectivo número da árvore. Mais tarde, explica Serafim Riem, «depois dos dados coligidos, pensamos publicar um livro, que será “Castanheiros Notáveis do Sabugal”, talvez no início do próximo ano».
Até lá, revela Laura Alves, «temos agendado um seminário para 25 e 26 de Junho. No dia 25 virá um expert em árvores centenárias, britânico. Teremos ainda outros oradores. No dia 26 teremos uma visita a alguns dos exemplares». Serafim Riem faz ainda uma achega à iniciativa, ao contar que «é um seminário organizado pela Associação Árvores de Portugal e pela empresa municipal Sabugal +, e terá o patrocínio do Planeta das Árvores».

Por: SQ
http://www.cincoquinas.com/index.php?progoption=news&do=shownew&topic=3&newid=1308
Ora, em Malcata, mesmo dentro do pátio do Centro Social, há um notável exemplar que aguarda pacientemente pela visita dos técnicos. Louvo a iniciativa da Câmara Municipal do Sabugal e oxalá os levantamentos sejam feitos até ao fim e que não fique nenhuma árvore por classificar. Por todo o concelho do Sabugal existem ainda grandes castanheiros e era urgente tomar medidas para os preservar.

MAIS CONFUSÕES DE CONSTRUÇÃO

Rua do Calvário


Rua Principal

Sem comentários...



terça-feira, 7 de abril de 2009

CONFUSÕES ARQUITECTÓNICAS

Eis três casos de confusão arquitectónica na aldeia de Malcata. Como estes exemplos, infelizmente, existem ainda muitos mais. O cimento parece ser a melhor solução para sesolver problemas de degradação.



Rua Principal


Rua do Cabeço





Rua do Meio


sábado, 4 de abril de 2009

ONDE NASCE O CÔA

Onde nasce o rio Côa? Para os amantes da natureza proponho um passeio até aos Fóios e depois subam até à nascente do rio Côa. Deixem-se embalar pelo vento enquanto descobrem o sítio onde o rio nasce e depois de saciarem as gargantas, sentem-se em cima duma pedra e deixem os cabelos voar enquanto admiram lá longe a paisagem. Ouçam os pássaros, cheirem as carqueijas floridas e descansem.Vão adorar!


sexta-feira, 3 de abril de 2009

DELÍCIAS DO CÔA: SONHOS DESFEITOS

Queijadas da Raia

As queijadas da raia foram em tempos um doce tradicional na região do Sabugal. Em Junho de 2000, durante as festas de São João, este doce reapareceu através da iniciativa de Leonor Fonte. Depois de alguma investigação e de conversas que teve com as pessoas mais idosas pensou que reintroduzir as "queijadas da raia" nos hábitos dos sabugalenses e de quem visitasse a cidade, poderia contribuir para que este doce fosse uma mais valia e uma fina especialidade na casa de que era proprietária. Como mulher de Aveiro, sabia bem a fama e o negócio que os ovos moles dão à cidade aveirense. Daí que no Sabugal, terra onde pouco ou nada havia de diferente, mesmo especial, algo que as pessoas comessem e tivessem desejo de levar aos amigos para provar... e ficarem curiosos de também eles um dias conhecerem esse doce do Sabugal.

Assim tem acontecido com os Pastéis de Belém, com as Queijadas de Sintra, com as Cavacas de Resende, com o Cavaco de Paredes...doces antigos, doces que começaram por ser de consumo local e que hoje o país inteiro conhece e muitos já comeram.

Mas, com Leonor Fontes, a história foi diferente. O esforço feito em Junho de 2000 e a falta de apoio que sentiu para divulgar as queijadas da raia, trouxe-lhe algum desânimo e nessa altura disse que "lamento apenas que a Câmara do Sabugal não se tenha interessado em fazer a divulgação deste produto tradicional". Leonor apenas tinha pedido para que as queijadas fossem colocadas no Posto de Turismo. Os lamentos continuaram e Leonor disse "fiz um grande investimento e depois as pessoas de cá não querem saber". Contentou-se com os elogios que os clientes atribuiam as queijadas que ela vendia na pastelaria "Delícias do Côa".

Li no Cinco Quinas on line que há seis meses que ninguém sabe dos proprietários da pastelaria Delícias do Côa. Eu lamento o encerramento deste estabelecimento. Estarão todos de acordo comigo se disser que a cidade do Sabugal perdeu um estabelecimento de certa categoria, era mais do que o típico café ou snack-bar e que surpreendeu as gentes do concelho quando abriu as portas no centro do Sabugal. A história das queijadas não foi a única desilusão. Já em 2005 a Câmara lhe tinha indeferido o pedido de colocação de uma esplanada. São dois factos que estão devidamente documentados e quanto aos motivos do encerramento, eu desconheço as razões que levaram a essa situação. Eu sempre lá fui bem atendido a cidade do Sabugal necessita destes estabelecimentos e claro, de ter empesários honestos, sérios e inovadores e devidamente apoiados pelas autarquias.

segunda-feira, 30 de março de 2009

SENTIR MALCATA


SENTIR MALCATA!
(Lembrando a sua Reserva Natural)

Vou subindo a Ribeira da Meimoa,
Esfria a água se a Malcata chego;
Encanta-me um gorjeio que ressoa
Entre verde e azul, paz e sossego.



Atingida a Reserva Natural,
Ali o nobre lince tem guarida;
Dando à serra uma graça sem igual
Fica a Cova da Beira engrandecida.

As nossas gentes buscam teus encantos,
Procurando o bem-estar de teus recantos,
Imperdíveis na graça e no fruir.

Passeios de beleza – tuas prendas –
És mesa posta de nossas merendas.
A ti me atenho. Quero o teu sentir.


Autor
: Mário Bento Martins Soares



sábado, 28 de março de 2009

AS PRIORIDADES DE RUIVÓS

O saneamento básico tem sido um problema para os vários executivos que têm passado pela Câmara Municipal do Sabugal.
Em 1986, por decisão da Assembleis Municipal, não se gastou mais dinheiro em obras de saneamento básico enquanto não houvesse água canalizada e luz eléctrica em todas as freguesias do concelho.
Em 2000, António Morgado, no cargo de presidente da Câmara, em entrevista a um jornal, afirmou que « se a Administração Central abrir os cordões à bolsa, dentro de quatro anos todas as sedes de freguesia devem ter saneamento, caso contrário, o problema pode arrastar-se por mais alguns anos».
Para que todas as aldeias e respectivas "anexas" usufruissem de saneamento básico, a Câmara teria que adiar outros projectos. E foi o que aconteceu quando construiram as piscinas, o museu, a biblioteca, o pavilhão gimnodesportivo, o auditório municipal, o Centro de Negócios do Soito que foram considerados projectos prioritários.
Manuel Rito, actual presidnte, há cerca de um ano, quando saiu em defesa do Sabugal por causa daquele estudo da UBI, afirmou que « mais de 95% da população já é abastecida com água ao domicílio e 90% da polulação já beneficia de saneamento básico».
Daí que possamos concluir que Ruivós está incluida nos 10% que ainda não beneficiam de saneamento básico. Verdade?
É que estes dias a aldeia de Ruivós anda na boca de muitos e alguns têm escrito comentários que cheiram pior do que os odores vindos das fossas de cada um dos habitantes de Ruivós. Tudo porque a internet está acessível a todos e não têm compromissos de fidelidade com nenhum dos servidores nacionais.
As pessoas de Ruivós estão contentes, principalmente os mais novos, pois agora podem clicar e entrar em contacto com o primo que está em França ou cuscar a vida dos que vivem nas grandes cidades. Até o podem fazer em cima da fossa que recebe as águas da banca da cozinha ou da sanita. Para já, o cheiro ainda não se pode enviar para aqueles que odiamos...
Há anos e anos, muitas vezes, tantas que o presidente de freguesia já está cansado e não está com disposição para continuar no cargo de presidente porque nunca ninguém lhe deu ouvidos. Tomara ele que o saneamento básico tivesse sido construido! Mas, como este presidente não vive da política, não enriquece como outros que por aí se fala e ainda acredita na palavra dos políticos da Câmara do Sabugal que lhe prometem que vão resolver o problema do saneamento, ainda diz ao jornalista que « temos de compreender que isto está mau para todos e que não há dinheiro por enquanto».
Amigos de Ruivós, agora têm na internet a oportunidade de escrever, de protestar, de incomodar, de fotografar as vossas fossas, as vossas ruas, peguem nisso tudo e não se calem porque com a ajuda da internet e daqueles que mesmo vivendo na pequena aldeia de Ruivós, podem fazer estragos onde até agora não podiam.