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quarta-feira, 12 de novembro de 2008
AS NOVAS TABERNAS DA GUARDA
terça-feira, 11 de novembro de 2008
domingo, 9 de novembro de 2008
OFÉLIA CLUB EM MALCATA ? SIM, MAS NÃO HÁ TERRENOS EM SALDO.

Continuam a decorrer as negociações entre a Câmara do Sabugal e os proprietários dos terrenos de Malcata, onde a Existence pretende construir um complexo turístico. A autarquia oferece 0.60 cêntimos e metro quadrado. Dizem eles que é mais elevado do que o que pagam no resto do concelho. Ora, claro está, há proprietários que não aceitam esta proposta. A Câmara do Sabugal, através do seu presidente, Manuel Rito Alves, já disse que "haverá outra reunião no final do mês, porque há pessoas que não querem vender os terrenos, mas penso que estão convencidas. Temos de lhes dar um espaço de reflexão".
Será que 0.60 cêntimos cada metro quadrado é um preço justo e aceitável? Um hectare de terreno equivale a 10.000 metros quadrados. As pessoas ouviram falar em 6000 euros por hectare. É muito euro, mas para 10.000 metros quadrados, as pessoas acham pouco.
Em Abrantes, a Câmara local está a braços com o mesmo tipo de investimento e também vai vender terrenos a 1.25 euros o metro quadrado. Diz a autarquia que este preço é um preço simbólico. E a Câmara do Sabugal não vende porque não tem terrenos em Malcata. Ou, se tivesse, aceitava vender a 0.60 cêntimos o metro quadrado?
Todos sabem a importância que pode ter este investimento em Malcata. Tenho a certeza que todos, mesmo os proprietários que reclamaram mais dinheiro pelo seu terreno, desejam que o empreendimento se construa em Malcata. O que não querem é vender ao desbarato. E lá têm as suas razões para assim agirem. Investir em Malcata, todos concordam e apoiam. Mas desejar "almoçar de graça" nem pensar!
O diálogo entre todos os interessados levará a uma boa decisão. Até ao fim do mês é tempo para reflectir.
sexta-feira, 7 de novembro de 2008
JORGE DEIXOU O BENFICA MAIS TRISTE
Faz hoje oito dias. Não deu ainda para esquecer. É ou não a morte o fim de tudo?
A vida do homem é mesmo assim. Os anos vão passando e o corpo humano vai ficando mais frágil, mais fraco e às vezes, por várias razões, os orgãos vitais adoecem e deixam de funcionar normalmente. Não adiantam tratamentos à base de radiações, comprimidos, vacinas...o mal não desaparece do corpo. Foi o que aconteceu ao Jorge. Vivia em França com a Pascale e os seus dois rebentos. Agora, descansa no cemitério de Gesteira, ao lado de Soure.
O Jorge era benfiquista e sócio da Casa do Benfica de Soure. É de louvar a presença da bandeira da águia, solenemente transportada por um elemento da Casa do Benfica, durante toda a cerimónia fúnebre.
Como disse o padre de Gesteira, "Deus não deseja a morte do homem.Os orgãos humanos adoecem e não resistem à doença e deixam de executar as suas tarefas vitais, interrompendo a continuação da vida. Mas há outra Vida para além desta que conhecemos".
sexta-feira, 31 de outubro de 2008
PORQUÊ?

"Acabava de lhe levar uma chávena de café com leite.
domingo, 26 de outubro de 2008
AI CRISTO, ANDA CÁ REPETIR O MILAGRE DAS BODAS DE CANAAN
Portugal reúne todas as condições para ser o study-case da política europeia que os nossos dirigentes, de vez em quando, sugerem que já é. Estamos muito mais endividados do que aquilo que ganhamos (é o que diz a nossa dívida externa) e não estamos a pagar as prestações do que devemos (é o que diz o défice).
Somos o parente pobre daquelas famílias ricas que às vezes é divertido, conta anedotas e diz "porreiro, pá" em festas onde se bebe muito, mas é incómodo porque não quer trabalhar. "O tio deu-lhe um bom emprego e ele continua a gastar tudo em mulheres e agora foi comprar um carro descapotável".
A continuar assim, Portugal poderá ser protagonista da resposta a uma pergunta histórica: será que a União Europeia deixará falir um país membro pelo acumular de erros de gestão, ou o "nacionalizará" como fazem aos bancos que, por ganância, incompetência e pilhança caem no vermelho? Se nos deixarem falir ficamos como o Kosovo. Um antro de oportunistas, traficantes e vigaristas tolerados na vizinhança por correcção política, a cujos filhos se dá um eurito de vez em quando com um "portem-se bem", mas onde queremos a Polícia de choque a manter as coisas longe de nós. Se nos nacionalizarem, a condição para a solvência é mandar para cá gestores profissionais que, tal como a força de paz do Kosovo, dialogam pouco.
Apenas dizem aos locais quais as ruas onde se pode transitar em sentido único, nos dois sentidos ou onde o trânsito está interdito. Depois, esses gestores vão transformar a nossa banca privada em balcões de um banco público pan-europeu de capitais mistos com sede regional na Culturgest, que reporta directamente a Berlim, Londres e Paris.
Vamos deixar de nos preocupar com coisas como o Orçamento de Estado, essa obra literária anual cujo estilo ainda não se conseguiu definir em três décadas de democracia porque hesita de ano para ano entre o absurdo e a ficção. Este ano, os dois géneros ombreiam em íntimo concubinato. Na área do absurdo, ressalta a proposta de transformar o crédito imobiliário malparado em sisudas parcelas de arrendamento que os devedores passariam a honrar com a religiosidade que já não temos. A proposta é tão mais absurda quanto diz que só é candidato a este milagre quem não tiver "mais de três meses" de incumprimento na prestação. Ou seja, o que o Orçamento de Estado para 2009 diz é o seguinte: Não pague durante três meses a prestação da casa porque o Estado socialista toma conta da sua dívida e vai poder continuar a saldá-la em suaves prestações de cerca de metade daquilo que hoje o esmaga e não o deixa dar largas à sua expressão pessoal tão bem traduzida em plasmas, playstations, telemóveis e tunning de automóveis baratos. E a casa continua sua. E ninguém diz para onde vai o resto da dívida nem quem é que a vai pagar.
Na área da ficção, o Orçamento prevê crescimentos para além de tudo o que já crescemos e diminuições de défices para aquém de tudo o que já descemos. E tudo isto no ambiente da maior crise financeira da historia da humanidade em que o dólar vale menos do que o bíblico shekel, que serviu de moeda de troca às tribos judaicas durante o êxodo. E é esta gente republicana e laica. Tanta fé no futuro não se via desde as bodas de Canaan.
Artigo escrito por Mário Crespo, publicado no Jornal de Notícias. O negrito é colocado por mim. O jornalista sabe bem o que escreve.
sábado, 25 de outubro de 2008
MEMÓRIAS QUE NÃO SE APAGAM
Com a construção da Barragem do Sabugal e o enchimento da albufreira ficou tudo debaixo de água. Ora bem, tudo menos a imagem da Sra.dos Caminhos.
Se olharmos para o lado direito desta fotografia conseguimos ver o nicho da Sra. dos Caminhos, ainda antes da construção da barragem. Hoje, esta área está toda submersa pela água da albufeira.
quinta-feira, 23 de outubro de 2008
QUEM DEFENDE O RIO CÔA ?





sexta-feira, 17 de outubro de 2008
OS POBRES, AI OS POBRES!

terça-feira, 14 de outubro de 2008
A VERDADEIRA VALSA
A valsa
"Dancemos, já que temos a valsa começada e o nada há-de acabar-se como todas as coisas"
Várias vezes ao dia figuras do Estado e do sector privado desdobram-se a anunciar que Portugal está em óptima posição para enfrentar a tormenta. O argumento é o mesmo. O nosso sector bancário é do melhor que há. Os gestores do passado e do presente tudo previram, até o imprevisível. Podemos dormir descansados porque os nossos bens, tal como as G3 desaparecidas no 25 de Abril, estão em boas mãos. Não é verdade. Os nossos bens não estão seguros e nós não estamos em melhor posição do que outros. Temos fundos de reforma públicos e privados aplicados em bancos estrangeiros que já faliram, e cujo futuro é incerto. Para evitar a corrida aos bancos, quem nos governa e gere é obrigado a participar nesta farsa para nos serenar porque, como disse o poeta moçambicano Reinaldo Ferreira, "Dancemos já que temos a valsa começada e o nada há-de acabar-se como todas as coisas.".
Os primeiros acordes da valsa vieram de longe sob as batutas do Primeiro-Ministro Cavaco Silva e do Governador do Banco de Portugal Tavares Moreira que empenharam 17 toneladas de ouro num sonho de rendimentos fabulosos prometidos por um especulador chamado Michael Milken, dono da Drexel, na mais pura tradição da Dona Branca. Investir na Drexel, era de facto o tal "gato por lebre", que o Professor Cavaco Silva viria a denunciar na Bolsa de Lisboa, causando o grande crash no mercado em Portugal. Pena é que essa sensatez não se tenha aplicado na Drexel. Desse desastre de 1990, Portugal só conseguiu reaver uma parcela menor, esgravatada nas sobras da falência fraudulenta, já com Milken na prisão. O que se recuperou foi ainda mais irrisório depois de abatidos os custos da acção movida em nome do Banco de Portugal pelos advogados de Wall Street da Cadwater, Wickersham & Taft, que foi o litígio mais caro da nossa história.
Há duas décadas havia evidência concreta que Portugal não tinha nem a regulação adequada nem o bom senso para aplicar medidas que evitassem investimento jogador e ganancioso com dinheiro público. Não só não havia prudência como não havia vontade política de impor salvaguardas prudenciais. O populismo sempre se sobrepôs ao bom senso. Em Março de 1999 um governante veio a público anunciar aos portugueses endividados que o Governo tinha uma lei para equiparar as falências das famílias às falências das empresas, portanto com as mesmas garantias patrimoniais na administração de massas falidas. Traduzido, o que isso dizia era: comprem o carro, a playstation e as férias em Punta Cana com o cartão, porque quando não puderem pagar o governo dá uma ajudinha. Isto aconteceu há uma década e arauto deste maná era Ministro-adjunto no Governo de António Guterres e chamava-se José Sócrates. É bizarro e preocupante que estes actores do passado e do presente, acolitados por executivos de uma banca em dificuldades, nos venham de hora a hora dizer que está tudo bem. Não está. Deviam dizer-nos para deitar fora o cartão de crédito. Deviam obrigar os anúncios do Credito na Hora a ser exaustivos na explicação do que oferecem. Deviam sugerir que muitos de nós não temos dinheiro para ter nem plasma nem carro. Que, de facto, já não temos casa. Que temos que fazer opções entre aceitar o canto dos prestamistas que, com ou sem fraque, nos virão cobrar, e fazer economias para a educação dos nossos filhos, porque só essa nos pode garantir algo de sólido no futuro. E isso não vem com computadores à borla e "garantias" de segurança de quem nunca as assegurou.