27.1.24

MALCATA: QUANTOS PROPRIETÁRIOS RURAIS TEM O CONDOMÍNIO DE ALDEIA?

 




   A freguesia de Malcata tem nas mãos um projecto chamado “Condomínio de Aldeia”, um programa em conjunto com a freguesia do Meimão, com um valor de 90 mil euros.
   No Jornal Cinco Quinas, João Vítor na entrevista que deu ao jornal e publicada no passado dia 22 de Janeiro, deu a sua opinião sobre esta ideia de “Condomínio de Aldeia “e as vantagens que as aldeias irão beneficiar.
   À pergunta do Cinco Quinas sobre que “vantagens traz para a freguesia? “referiu que “pretende contrariar o abandono dos terrenos, como resultado, essencialmente, do despovoamento que se verifica na aldeia e do envelhecimento da população, deixando assim os terrenos com características benéficas para a agricultura, ou para as actividades pastorícia, sem qualquer utilização, e que na actualidade se verificam a prevalência de matos.”
   O projecto será para ser concretizado nos terrenos que envolvem a freguesia. Pretende-se que se limpem os matos, algumas árvores e retornar a ocupá-los com outras árvores autóctones e mantendo os terrenos limpos.
   Quando o Jornal Cinco Quinas perguntou se era também uma maneira de proteger a floresta na ápoca do calor e dos incêndios, o presidente da Junta disse que “Sim. Salientam-se como vantagens para a freguesia, a concretização de um território mais resiliente, assumindo uma enorme importância para a defesa do aglomerado populacional, bem como para a Reserva Natural da Serra da Malcata”.

   O Condomínio de Aldeia que estamos a falar diz respeito a uma candidatura ao Programa de Apoio às Aldeias Localizadas em Territórios de Floresta. Essa candidatura foi aprovada em Novembro, 2023, segundo li aqui: https://rcb-radiocovadabeira.pt/condominio-da-aldeia-para-meimao-e-malcata/. O prazo máximo para conclusão da implementação no terreno das tipologias de intervenção aprovadas é de 18 meses, contado a partir da data de assinatura do Termo de Aceitação, não podendo, em caso algum, ultrapassar o dia 30 de Setembro de 2025.
   Quanto a prazos e designadamente a datas de início da implementação do projecto, à pergunta do Cinco Quinas,  o presidente de junta deu uma resposta vaga e sem qualquer data, limitando-se a dizer que “a freguesia tem todo o interesse que o projecto seja implementado o mais breve possível, e preferencialmente antes da próxima época crítica de incêndios florestais”.
   A entrevista a que me refiro pode ser consultada e lida aqui: https://www.jornalcincoquinas.pt/projeto-do-condominio-de-aldeia-a-espera-de-ser-implementado/.
    Noto que nestes últimos tempos muito se tem falado sobre as florestas e sobre a existência de programas de apoio do Estado aos proprietários rurais. E na nossa freguesia já temos vários projectos falados no povo. Lembram-se da AIGP-Terras do Lince Malcata? Bupi? E agora “Condomínio de Aldeia”?  Todos parecem iguais, mas são diferentes. Este projecto Condomínios de Aldeia, visa, dentro do que é a faixa de protecção da nossa aldeia e do Meimão, substituir o solo florestal por solo agrícola, para uma maior protecção. A ideia é que, em vez das pessoas terem os pinheiros e matos de giestas, poderem ter outro tipo de árvores e que também possam ter rendimento…” 
   O que é preciso fazer para que este condomínio avance? Apostar nas sessões de esclarecimentos, de informar com toda a paciência os proprietários dos terrenos abrangidos, trabalhar na empatia com as gentes de Malcata e explicar bem o programa, mostrar as vantagens de aderir e aceitar, mostrar que se o dono do terreno aderir, o resto é simples e basta depositar confiança, porque não é preciso qualquer despesa por parte do proprietário, pelo contrário, pode obter rendimento. Claro que os proprietários têm de assumir a manutenção dos terrenos garantindo a sua limpeza. Agora, é tempo de explicar e incentivar.

  

 

26.1.24

FREGUESIA DE MALCATA E MEIMÃO NO MESMO CONDOMÍNIO DE ALDEIA

   


   A freguesia de Malcata e a freguesia de Meimão, vão entrar num projecto a que chamaram “Condomínio de Aldeia” Trata-se de um programa apoiado pelo Fundo Ambiental e este ano, através da AIGP-Terras do Lince-Malcata, os proprietários das aldeias de Malcata e do Meimão, que se mostrem interessados na reconversão dos terrenos abandonados ou florestais, em terrenos agrícolas.        Está previsto um investimento de cerca de 90 mil euros, a dividir entre as duas freguesias.
  A Opaflor, entidade que está a gerir a AIGP Terras do Lince Malcata, é a associação responsável pela implementação deste projecto. O objectivo principal, é ocupar os terrenos que envolvem as duas aldeias e introduzir neles culturas, árvores, pastagens que permitam funcionar como barreira natural à propagação dos incêndios florestais. Para além de reconverter a ocupação das terras, há outras intervenções e infraestruturas que também são importantes levar a cabo para aumentar a resiliência e a valorização da própria paisagem:
 - Recuperação de galerias ribeirinhas
- Controlo de espécies invasoras;
 - Desenvolver métodos alternativos às queimadas de sobrantes;
- Construção e manutenção de caminhos;
- Instalação de bocas de incêndio que garantam o fornecimento de água por gravidade, em situação de incêndio rural;
- Formação das pessoas da comunidade para melhor gerir o fogo;
    Como podemos concluir trata-se de um projecto todo ele voltado para a segurança da freguesia, do património e das pessoas, animais, etc… Lembram-se de se ter falado na necessidade de limpar as ribeiras das Veigas (Forninhos, Porqueira, Bradará, Fraga…até à barragem)? A Associação Malcata Com Futuro propôs à Junta de Freguesia de Malcata uma intervenção nestas linhas de água, com a criação de pequenos açudes, limpeza dos leitos…etc., etc… O trabalho preliminar está feito e repousa em alguma gaveta da junta de freguesia. Agora que há dinheiro disponível, espero que peguem nos projectos com ganas de fazer e fazer bem. Como já referi, os 90 mil euros não são apenas para substituição das árvores, semear ou plantar novas espécies. Enunciei mais seis objectivos que devem ser alcançados e colocados em prática. Todos eles são importantes serem concretizados.
   A Junta de Freguesia de Malcata está na posse de mais informação e com certeza também conhecerão os planos da Opaflor para o Condomínio de Aldeia de Malcata e Meimão. Apelo aos malcatenhos que perguntem, procurem mais informação acerca deste projecto. 
   Eu prometo voltar a este assunto.

23.1.24

MALCATA: OBRAS NA RUA DE BAIXO

Rua de Baixo condicionada ao trânsito durante as obras de drenagem das águas.

 

  Esta é a última notícia divulgada pela Junta de Freguesia de Malcata:

AVISO | No âmbito da empreitada "Requalificação da rede pluvial e drenagem da água do tanque - Rua de Baixo - Malcata", vimos comunicar que será condicionada a circulação rodoviária, a partir do próximo dia 22 de janeiro de 2024 (segunda-feira), nas condições descritas na planta em anexo. Durante o período de 15 dias a sinalização temporária permanecerá no local, sendo monitorizada pela empresa adjudicatária.

Agradecemos a sua compreensão face aos incómodos causados

 

Link para ficheiro: https://www.jf-malcata.pt/ficheiros/fic32_1705926885.pdf

                        

22.1.24

MALCATA: MEMÓRIAS ESQUECIDAS

 

                     MALCATA NAS MEMÓRIAS PAROQUIAIS DE 1758

 


   Todos nós temos lugares onde nos sentimos sempre bem. São locais que já pertencem ao nosso roteiro afectivo. Malcata, Matosinhos, Porto, Vila Nova de Gaia, Viana do Castelo são alguns desses lugares.
   Malcata, a terra onde um dia nasci, será sempre um lugar especial. Pelas ruas e caminhos, becos e quelhas, fragas e ribeiras, lameiros ensopados no Inverno, batatais e searas ao vento, amoras silvestres e míscaros, tanto onde ir e ficar!
   A aldeia nunca parou, mesmo quando penso que não está a andar, há sempre movimento, vida e histórias. E como a aldeia não é minha, é uma terra de todos que hoje vivem dentro ou lá nasceram, viveram e ficaram para sempre.
   Como todas as aldeias, também Malcata tem uma história, com os costumes e tradições que as nossas gentes viveram e foram passando a quem quis continuar.
   Em 1758, três anos depois do grande terramoto de 1755, sentido duramente em Lisboa e com mais ou menos gravidade, um pouco por todo o país, a preocupação do Estado foi o de saber que estragos aconteceram pelo reino lusitano. E toca a enviar uma série de perguntas sobre as paróquias e povoações pedindo os dados geográficos, demográficos, económicos, sociais, administrativos, etc. As respostas estão arquivadas na Torre do Tombo, no Arquivo Nacional.  Então, prontos para conhecer Malcata de 1758?  Estas memórias começaram a ser recolhidas em 1732, foram interrompidas em 1757 por causa do terramoto de Lisboa. Em 1758 o trabalho foi retomado e em Malcata coube ao padre José D Elvas Roballo Apollinario recolher a informação e enviar.
   


   

14.1.24

PREVENÇÃO CUSTA MENOS A TODOS

Rua da Barreirinha


 

                            Os acidentes acontecem
                            e muitos apanham as pessoas de surpresa!





Rua da Barreirinha


 Em Malcata, existem algumas situações de perigo eminente e por uma questão de segurança, prevenção e respeito pela vida, alerto mais uma vez os responsáveis pela freguesia para serem diligentes e façam alguma coisa, no mínimo, sinalizar os perigos.



Rua da Barreirinha

    Na Rua da Barreirinha, a situação é cada vez mais perigosa. E não é de agora, já se arrasta há muitos anos e nada foi feito.

   Em 2010, fiz o primeiro alerta aqui: Malcata.net: A SEGURANÇA VOLTOU À RUA DA MOITA (aldeiademalcata.blogspot.com)
  
   Entretanto, outras paredes foram alvo de intervenções e a segurança foi reforçada.
   Este exemplo da Rua da Barreirinha, existe o perigo de queda para a calçada de pedras (lascas) com alguma dimensão e peso. Com as chuvadas e os ventos do Inverno, a qualquer momento pode acontecer que se soltem e caiam daquela altura para o chão e atingir quem passa por ali.
Como as imagens mostram, as casas estão devolutas, cada dia mais degradadas e mais em perigo de derrocadas. É tempo de alguma coisa ser feita e sendo a rua onde se localiza a sede da freguesia, os autarcas sabem bem o que ali está em causa.
 Aqui deixo mais um alerta.