30.4.11

TRANSCUDANIA NA SERRA DA MALCATA

15.4.11

FESTA DA CARQUEJA 2011

14 E 15 DE MAIO DE 2011
Venha conhecer a Serra da Malcata


                                          

 

13.4.11

MALCATA É RICA EM PATRIMÓNIO


As referências culturais da aldeia de Malcata são uma riqueza patrimonial que necessita de atenção especial por parte de todos os seus habitantes, em especial, a Associação Cultural ( e Desportiva ) da aldeia. Esta associação tem sabido, ao longo dos seus 25 anos de vida, transmitir aos mais novos alguns desses valores imateriais que foram passados de geração em geração. A transmissão oral tem sido um dos veículos mais usados pelas pessoas, mas à medida que se tornam mais idosos, as memórias dos saberes e as vivências correm sérios riscos de se perderem. As lendas, os mitos, as orações, as rezas, os responsos, as mezinhas caseiras são algumas das formas de cultura popular. Com as rápidas alterações da vida quotidiana de Malcata, onde o abandono dos trabalhos campestres e o desaparecimento das pessoas, elas que têm sido os verdadeiros guardadores desse património, ameaçam seriamente a cultura deste povo. A maior parte das pessoas que vivem na aldeia já são de idade avançada, não têm forças para continuar a trabalhar as terras, residem muitos deles no Lar da aldeia e a medida que vão partindo, levam com eles os saberes, os conhecimentos e as experiências adquiridas ao longo das suas vidas. Dessa forma, muitos dos lugares e rituais acabam por ser esquecidos ou mesmo extintos, porque com o desaparecimento dos seus intérpretes naturais, extingue-se também o património imaterial.


   Hoje, na aldeia já ninguém semeia centeio ou trigo. Como consequência, esqueceram-se as ceifas, as eiras desapareceram porque já não se fazem malhas, os nagalhos já não são uma preocupação para atar as faixas de palha. O mesmo aconteceu com as desfolhadas e aquelas tardes inteiras a desfolhar o milho e uns dias depois as debulhas nocturnas na varanda, com alguns jovens à procura do milho vermelho ( milho Rei). E aqueles serões à lareira, durante o Inverno ? Tanto se conversava, comia e o tempo passava num ai.
   As pessoas que ainda vivem entre nós possuem no seu interior riquezas de um valor incalculável. Há que conversar com elas e enquanto as ouvimos registar através da escrita, da gravação áudio e vídeo para memória de todos.

  À ACDM ( Associação Cultural ) lanço o desafio de iniciar essas recolhas e continuar a organizar as reposições das réplicas das cenas do campo, como aquela do "Ciclo do Pão", a "Fogueira de Natal", o cantar as "Janeiras", a sopa de castanha a quem chamamos "Caldudo", a festa de "São João" com aquele mastro coberto de rosmaninhos e enfeitado com bandeirinhas de papel...e porque não outras?
  Estas reposições servem para que as novas gerações entendam o valor destas memórias para a identidade da nossa aldeia.

8.4.11

SAPADORES FLORESTAIS DE MALCATA

A Câmara Municipal do Sabugal assinou no passado dia 1 de Abril de 2011 o protocolo de colaboração com a Assembleia de Compartes da Freguesia de Malcata e as outras equipas de sapadores florestais, nomeadamente Acrisabugal, Coopcôa, Comissão de Compartes da Freguesia de Aldeia Velha, Conselho Directivo do Baldio dos Fóios. E no dia 6 de Abril foi assinado o protocolo de colaboração com as Associações Humanitárias dos Bombeiros Voluntários do Sabugal e do Soito. Os sapadores de Malcata estiveram representados pelo senhor presidente da Junta de Freguesia, Vitor Fernandes.
O protocolo que foi assinado estabelece a actividade das equipas de sapadores florestais com vista à preservação e protecção da floresta, à prevenção de incêndios e à salvaguarda dos bens e infra-estruturas do domínio público nele inseridos, no âmbito da prevenção, defesa e valorização do património florestal do concelho.




Vitor Fernnandes

3.4.11

A INEVITÁVEL DESERTIFICAÇÃO DO INTERIOR




 “Portugal é cada vez mais um país a duas velocidades, onde as grandes metrópoles contrastam com um interior crescentemente desertificado, despovoado e abandonado pelo poder central. Para percebermos porquê vale a pena socorrermo-nos de um dos princípios mais básicos da ciência económica, que nos diz que as pessoas respondem aos incentivos que lhes são oferecidos. Assim, imaginemos que num país chamado Vigarolândia as actividades não produtivas( i.e.,o compadrio, a corrupção, etc.) têm rendimentos superiores às auferidas pelos produtores de bens e serviços. Se assim for, não será de todo surpreendente se mais cedo ou mais tarde, existirem mais Vígaros ( os cidadãos do país ) envolvidos em actividades de corrupção e compadrio do que a produzir bens e serviços. Ou seja, os incentivos são fundamentais para o desempenho económico.
  O mesmo princípio aplica-se à questão da desertificação do interior. Isto é, enquanto não existirem incentivos suficientes para que as pessoas permaneçam e se estabeleçam no interior, haverá sempre um número crescente de portugueses a abandonarem essas regiões em prol das grandes metrópoles e da emigração.
  E os incentivos que interessam para travar o despovoamento do interior são os seguintes: empregos, menos impostos e maiores salários relativos. O primeiro incentivo é fácil de explicar: se não existirem empregos ou oportunidades, as pessoas não vão ficar no interior. Sem maior criação de emprego, o interior está condenado a uma morte lenta.
  Por seu turno, os incentivos fiscais poderão ser importantes, principalmente se forem significativos. Se as empresas que se localizarem no interior pagarem menos impostos, decerto que as regiões deprimidas ficarão bem mais atraentes do que são actualmente.
  Finalmente, seria bom se o Estado estabelecesse alguma diferenciação salarial entre os trabalhadores nos centros urbanos e nas regiões deprimidas do interior. Ao fazê-lo, aumentar-se-iam os incentivos para as pessoas se situarem no interior em vez de permanecerem nos centros urbanos.
  Por outras palavras, o fim da desertificação do país é mais uma questão de incentivos do que de grandes planos ou receitas mágicas. E se os incentivos forem melhorados, daremos um grande passo para travar o despovoamento do interior”.
                                                         Autor: Álvaro Santos Pereira
                                                                      Professor de economia
Artigo publicado na revista Notícias Magazine, de 3-04-2011
  

30.3.11

FESTA DOS ZÉS EM MALCATA

OS ZÉS DE MALCATA EM FESTA

Os Zés quiseram  celebrar de forma especial o dia do Pai.
Foto: Vitor Fernandes