SONDAGEM CÍVICA: O que espera da lista única?

  A poucos dias das eleições para a Assembleia de Freguesia de Malcata, a única lista candidata, ainda não divulgou na internet o seu programa eleitoral. Esta ausência de comunicação levanta questões legítimas sobre transparência, participação e respeito pelos cidadãos e eleitores que vão exercer o seu direito de voto na freguesia de Malcata e que por variadas  razões não se encontram na aldeia.

    Em vez de esperar passivamente, decidimos agir. Lançamos uma sondagem cívica para recolher as opiniões, expectativas e prioridades da população. Se o programa não chega até nós, então que a Junta ouça diretamente quem vive e constrói Malcata todos os dias.




    A lista única  às Eleições Autárquicas de 2025, candidata à Assembleia de Freguesia de Malcata, que eu tenha conhecimento, ainda não divulgou o seu programa eleitoral na internet. Esta sondagem pretende recolher a opinião dos cidadãos sobre as suas expectativas, prioridades e preocupações, contribuindo para uma democracia mais participativa e transparente. 
  

   1. Acesso à Informação



   1.a) Teve acesso ao programa eleitoral da lista única?
    Sim 
    Não
    Parcialmente


 
 1.b) Considera importante que o programa
          seja divulgado na internet antes das eleições?

   2. Prioridades para a Junta
 
 Quais são, para si, as 3 áreas mais urgentes para a freguesia?
 -Comunicação e Transparência
 -Obras e Infraestruturas
 -Apoio Social  
 -Turismo e Cultura
 -Ambiente e Sustentabilidade  
 -Outros

  3. Confiança e Representação
     
 Confia que a lista única irá representar os interesses da população?
    Sim    
    Não  
    Não sei

   4.Sugestões e Comentários

      Que medidas gostaria de ver incluídas no programa eleitoral?

ALDEIA ASSIM A QUEM SERVE?

Água, terra, sonhos? 
Está nas mãos de cada malcatenho
                                         
 

 Com a aproximação das eleições autárquicas, é com preocupação que não encontro as propostas da única lista que se vai apresentar para governar a minha freguesia natal. Eu gostaria de conhecer as propostas, mas, mais uma vez não há qualquer notícia. E esta opacidade, esta forma de fazer política, como já disse, deixa-me apreensivo quanto aos próximos anos.
 Não há vontade em mostrar confiança e esperança aos malcatenhos. É incompreensível que, numa aldeia onde todos se conhecem e todos têm amor à terra, depois de tanta experiência, competência e paixão pelo serviço público, pela governança da freguesia, continuem a manter-se tão distanciados das pessoas, tratando-as de forma diferente, só porque pensam diferente. É importante varrer muito bem o lixo que foram deixando, derrubar essas barreiras invisíveis que impede o diálogo, afasta cada vez mais a pessoa da participação cívica. Ninguém é uma ilha, o homem sozinho não sobrevive. Uma freguesia só se desenvolve com a participação e a união, com a confiança dos líderes que dia a dia procuram construir, informam o que querem fazer e não se envergonham de pedir colaboração, empenho, mãos para trabalhar.
Ninguém quer viver isolado, como se fosse um ser monstruoso.
 Uma freguesia no estado em que se encontra a minha, a quem interessa? A quem beneficia e serve? Todas as pessoas que se voluntariam para tarefas públicas têm de perceber que se vão expor em público e sobre elas e a sua actividade, vão cair críticas, acusações, insinuações e delas esperam compreensão,
escuta atenta, informação, esperança em mudar para melhor.
 É assim na vida de todos e também nas aldeias. Estar à frente da freguesia, implica inevitavelmente críticas e, muita paciência, tolerância, abertura, diálogo, compreensão e entrega.
 A nossa freguesia é a nossa aldeia, é o nosso berço. As pessoas são a vida da aldeia e a terra ou o chão, onde os malcatenhos caminham, é o ouro mais valioso da aldeia. Confiança, acreditar,
lutar, confrontar, informar, dialogar, discutir, debater, contrapor, respeitar, decidir e amar acima de tudo.

                     
  José Nunes Martins
 

 
  

HÁ ÁGUA POTÁVEL EM MALCATA

 

EDITAL a informação responsável que a junta de freguesia deve privilegiar





OS PONTOS DE RECOLHA DE AMOSTRAS DE ÁGUA
PARA  contra ANÁLISE LABORATORIAL:
                                                                           1ªcolheita-Bregas Bar


2ªcolheita-Tasca do Manel


A Câmara Municipal, até ao fim do dia de 16-09-2025
não tinha divulgado qualquer documento em relação
à água em Malcata:

Andam tão atarefados na câmara 
que nem publicam o que devem!

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E agora Malcata?
Continuem atentos.









UM CONTO QUE VOS CONTO PARA PENSAR

 

Águas que vão dar à albufeira chorai...

   A análise à qualidade da água que abastece a freguesia de Malcata foi feita no dia 2 de Setembro. Posteriormente, a 7 de Setembro à noite, a freguesia de Malcata, através de informação publicada nas páginas da Junta de Freguesia, é informada da contaminação da água, limitando-se o executivo a publicitar cópia do aviso que tinha recebido da entidade gestora da água, a APAL-SIM.
   Eu mesmo, procurei reunir informação credível para divulgar através das redes sociais e também do blog www.aldeiademalcata.blogspot.com, enviando mails, apresentando
pedidos de esclarecimento, reclamando na própria APAL-SIM e na página A MINHA RUA. E o que tenho para dizer sobre a contaminação da água da rede de abastecimento público à aldeia de Malcata é… apenas e só as palavras de um residente a informar que
“há água nas torneiras”!

  
   A situação em Malcata é grave e séria e as entidades não revelam publicamente os problemas que têm nas mãos. Tanto a junta de freguesia e a maior parte dos residentes da nossa aldeia, desvalorizam e ignoram os reais riscos que, desde meados de Julho estão as pessoas sujeitas apenas por ingerir água da rede pública.
   Estamos perante um problema de saúde pública.
   Também a junta de freguesia devia estar preocupada com a outra água que se consome na freguesia e que provém de minas públicas, de poços particulares, alguns abertos no quintal, sem qualquer análise de laboratório credenciado.
   Tudo isto é assunto sério e deve ser tratado como tal. A junta de freguesia tem de pressionar ainda mais a empresa responsável pelo controlo da qualidade da água às pessoas. É um líquido que é pago e bem pago todos os meses.
   A apatia das autoridades de saúde e o desinteresse dos moradores, muitos já de idade avançada e sem voz forte e esclarecida dos riscos a que estão expostos, estão a contribuir para uma situação insustentável e perigosa.
   Há que abrir as gargantas e agitar as águas que circulam em Malcata. E na freguesia não devem faltar poços ilegais, sem controlo de qualidade da água, fossas a receber as águas sujas das habitações, esgotos da aldeia que se misturam com água da barragem e depois bombeados para a Estação de Tratamento.
   Se isto fosse um conto passado na aldeia, não me sentiria tão preocupado. Não sendo um conto, estou preocupado e muito.

                                        José Nunes Martins

MALCATA: MAS QUE GRANDE SECA!

 


   Lembram-se daquilo que aconteceu em relação ao abastecimento de água pública à nossa freguesia?  Sem dúvida que a aldeia, em franca expansão e desenvolvimento naqueles anos, tinha absoluta necessidade de água. Até então o fornecimento era feito pela fonte da Torrinha, onde iam buscar a água de que precisavam e quem tinha poço junto à casa, era aí que se abastecia, pois, a água consideravam-na boa. Depois de alguma hesitação, quando apresentaram a possibilidade de o abastecimento de água passar a vir da barragem, optou-se pela captação através de furo próprio, ao Vazão. E resolveram o problema para alguns anos.

   Como já referi, não vou contar toda a história. Mas, acredito, muita gente haverá que gostará de conhecer esta “história” e que ainda não conhece. É que não foi pacífica esta decisão. O fornecimento de boa água era o objecto que mais preocupava a junta de freguesia. E o poço foi aberto, as condutas foram instaladas do poço até ao depósito da Rasa.
    Cada vez que se aproxima o tempo de mais calor do Verão, vem com ele as questões que todos os anos se dão entre os moradores na aldeia, motivadas pela falta de água nas torneiras. A todos custa ver-se sem gota vendo se por isso obrigados a recorrer outra vez à água da fonte.

   Há muitos anos se dão na nossa aldeia estes factos, sem que até hoje as diversas juntas de freguesia encarassem a sério esta questão da falta de água.

    Ora, neste último mandato, finalmente, a junta de freguesia decidiu olhar para o problema e enfrentá-lo de frente. A Câmara Municipal ajudou e muito ao decidir o ajuste directo da construção da nova adutora de abastecimento de água pública à nossa aldeia, que se resume á ligação desta nova adutora à rede de abastecimento do concelho, fazendo a sua derivação e ligação ali junto ao entroncamento da EN233 e a EM que nos transporta até Malcata.

      A obra está terminada e aguarda a ligação do contador para ser colocada em funcionamento.
     Neste momento alguma coisa está a falhar. Ou talvez esteja tudo bem, porque desde a noite de 7 de Setembro que nas torneiras não sai gota e nada acontece! 
     Sigam por aqui:

      https://apal-sim.pt/qualidade-da-agua-sabugal/



QUANTOS DIAS ESTÃO SEM ÁGUA EM MALCATA?

   

    Será que a população da freguesia continua sem água nas torneiras?
    A água da rede pública foi considerada imprópria para consumo nas análises realizadas no passado dia 2 de Setembro. A APAL-SIM, entidade que gere os serviços municipais de abastecimento de água ao concelho do Sabugal, que se saiba, limitou-se a difundir um aviso à população. Quantos dias andou a aldeia a beber água contaminada? Há ou não pessoas que foram apanhadas pelas bactérias de e. coli e coliformes encontrados na água e daí andarem com problemas de saúde? Depois do aviso à população feito no dia 7 de Setembro, informaram-me que a junta de freguesia meteu os pés ao caminho e procurou encontrar alternativas de abastecimento de água potável para a freguesia. Nem a realização de novas análises e nem a sugestão de menorizar o problema da falta de água, através do recurso a cisterna, conseguiram colocar no terreno. Há um pedido às entidades responsáveis pela distribuição da água para que sejam céleres nas contra-análises e na divulgação dos resultados à população.    Eu próprio, no meu papel de cidadão, já enviei pedidos de esclarecimentos à APAL-SIM e à Câmara Municipal do Sabugal, mas até este momento também não obtive qualquer informação. Por agora, o que eu sei, tem sido através das redes sociais e das respostas às minhas perguntas feitas à junta de freguesia de Malcata e que tem merecido respostas. Esta é uma história que ainda não está terminada.

   
Sinalização de ocorrência em Malcata


A situação exige respostas urgentes de todas as entidades e autoridades. Até hoje, estamos sem saber onde foram realizadas as colheitas, em que ponto da rede e se foi encontrado alguma anomalia estrutural na rede pública, designadamente rupturas ou infiltrações de águas sujas. Também não se divulgam as acções que até agora foram levadas a cabo pelas diversas entidades públicas, incluindo as sanitárias. E para além da informação, que é importante, como tem sido garantido o abastecimento de água potável ao lar da freguesia, instituição especialmente prioritária pelos idosos que cuida. 
   Já passámos o tempo de a freguesia ser abastecida pela água das fontes. Foram úteis durante muitos anos, mas como sabemos, esse bem comum que é a água, hoje está contaminada. Durante muitos anos, a fonte das bicas à Torrinha matou a sede a Malcata. Agora, que a nova conduta está terminada,
chegamos a uma triste realidade de ficar sem gota de água potável porque falta o contador da água. 
   
   
Análises de rotina em Malcata



Esquema do circuito da água na rede
(APAL-SIM)



MALCATA SEM ÁGUA POTÁVEL NAS TORNEIRAS

  

Em Malcata tudo é normal
mesmo quando faz mal

   A situação foi agora dada a conhecer. Para além da informação através de aviso, a APAL-SIM e as autarquias que acções estão a desencadear? Os residentes na freguesia de Malcata já foram contactados por alguma equipa da APAL-SIM ou da junta de freguesia/câmara do Sabugal? Já alguém acompanhou a situação e prestou esclarecimentos às pessoas afectadas?
   Pela informação conhecida, parece que tudo se resume à publicação e afixação do aviso que a APAL-SIM enviou para a junta de freguesia! A pergunta que aqui vos deixo para pensarmos é esta: a empresa todos os meses tem enviado a factura com o valor em débito à empresa? Se a resposta for positiva, não há desculpa para não terem já sido contactados!
   É certo que a APAL-SIM está a resolver a situação. E informar os seus clientes dos procedimentos que devem ter em consideração? Estou a pensar na água que ainda está presente nos tubos das casas, por exemplo! Abrir as torneiras para permitir a saída da água contaminada não será uma boa medida a lembrar? Mesmo depois de reposto o abastecimento da água na rede pública, penso que por motivos de segurança sanitária, descarregar a água durante alguns minutos, ajudaria a limpar as águas que antes estavam contaminadas.
   E já agora, era bom que a APAL-SIM pensasse em medidas a aplicar aos consumidores da freguesia, nomeadamente o cancelamento da factura relativa ao consumo de dois ou três meses e as despesas que possam ter pagado para cuidar da sua saúde. Seria uma forma de minimizar os prejuízos e os dias que não podem consumir água da rede pública.
   Por último, quando a restrição for levantada, que os consumidores sejam o mais
rápido possível.
    Depois disto tudo escrito saltou-me esta dúvida: desde Julho que algumas pessoas de Malcata se queixam de má disposição intestinal, diarreias, vómitos, etc., etc., e com a sensação que foi causado pela ingestão da água da rede pública da freguesia. Quem fez queixa á junta de freguesia ou à empresa APAL-SIM, às autoridades de saúde...? Foi oralmente ou escreveram e assinaram?
   Como remate final, que medidas e procedimentos estão a ser realizados na freguesia,
sob orientação da Unidade Local de Saúde do Sabugal, em colaboração com a junta de freguesia e a APAL-SIM ?
   A água é um dos recursos naturais mais valorizados e cujo valor é incalculável. As pessoas conseguem viver alguns dias sem energia eléctrica, ao contrário dos automóveis movidos a baterias carregadas à electricidade, que ficam parados depois de percorrer umas centenas de quilómetros. E isto explica-se porque as pessoas não estão ligadas a uma fonte de energia eléctrica, mas se não houver água durante uns tempos, o cenário é bem pior, é que não existem maneiras de nos mantermos vivos e saudáveis. 
   A água tem mais valor do que muitas outras coisas.




                                     


Não está nada a sair, mas há vestígios
da enxurrada de águas sujas. 



                                                                Trancas à porta, quanto menos se souber 
                                                                       mais descansado se dorme!


                                      

MALCATA: aldeia deste admirável mundo



   Terminou o prazo de Consulta Pública sobre o reequipamento do Parque Eólico de Penamacor 3B, do qual faz parte as eólicas instaladas na freguesia de Malcata e Meimão.
   A Câmara Municipal do Sabugal e a Junta de Freguesia de Malcata, têm a obrigação legal de garantir o acesso às informações e à participação pública, envolvendo as pessoas do concelho e em particular, os habitantes da freguesia de Malcata, território onde vai decorrer a obra. Uma consulta pública desta importância, devia ser divulgada pela junta de freguesia de Malcata e até promover um encontro aberto com a população para apreciar o documento, ouvir as pessoas e até apresentar opiniões e sugestões por escrito, para serem depois enviadas para a APA (Agência Portuguesa do Ambiente).
   Eu como cidadão nascido em Malcata, estou surpreendido com o comportamento da Câmara Municipal e da nossa junta de freguesia. Na internet, os interessados podiam consultar aqui:

   https://participa.pt/pt/consulta/reequipamento-do-parque-eolico-de-penamacor-3b


 O prazo para consultar e participar foi desde 25 de Julho a 5 de Setembro deste ano. 
   

  

   Quando é que os residentes na nossa aldeia vão acordar para a realidade? Esta obra que vai ter lugar nos terrenos da freguesia e vão criar alguma movimentação anormal nas proximidades da aldeia, aumento da circulação de camiões, máquinas, gruas, mais ruído, mais pessoas e também algumas oportunidades de trabalho, de alojamento e alimentação. Durante os 21 meses que a obra vai decorrer, a aldeia do Meimão e a de Malcata vão sentir o impacto que este novo reequipamento do parque eólico vai causar. 
   O que foi feito pela junta de Freguesia de Malcata? 
   Foi proposto alguma medida para minimizar os efeitos negativos desta obra?
   Propuseram alguma contrapartida para esta nova fase do Parque Eólico? 


    

   Eu sei que a APA (Agência Portuguesa do Ambiente), como é seu dever, informou, previamente que as obras de Reequipamento do Parque Eólico de Penamacor 3B, todas as entidades importantes cujas actividades se realizam nas proximidades das eólicas, nomeadamente a Câmara Municipal do Sabugal, a junta de freguesia do Meimão e a  junta de freguesia de Malcata.

   Na freguesia de Malcata o que foi feito até ontem? Foi esta consulta pública colocada ao dispor dos fregueses/malcatenhos, a fim de que pudessem conhecer, consultar, fazer sugestões sobre a obra e todas as outras coisas relacionadas? Sabe o povo da freguesia que tinha a oportunidade de marcar a sua posição, participar nos relatórios dando ideias ou reclamando do que a empresa está a propor?
   E esqueçam os protocolos já assinados e as contrapartidas já pagas. Tudo terminou em 2024, não sou eu que faço esta afirmação, é o promotor do parque. O que muitos desconhecem é que os compromissos assumidos pela Tecneira e Lestenergia, que previam o pagamento de contrapartidas à Associação Malcata Com Futuro, não foi totalmente cumprido causando enormes dificuldades ao normal funcionamento da instituição e dos seus objectivos a médio e longo prazo no que respeita aos projectos e actividades em curso. Foi um balde de água gelada que não se esperava que acontecesse.
   Hoje sabe-se que algo estranho e poderoso aconteceu durante este ano de 2025, com os aplausos e  silêncios comprometedores dos senhores do poder local autárquico. Agora entendo "a assinatura de Protocolos Adicionais com cada junta de freguesia, ao qual se soma a doação de 4 ambulâncias às 
corporações de bombeiros presentes na zona, tendo 2 delas sido já entregues durante o primeiro semestre de 2025". 
   Voltando ao assunto da Consulta Pública do Reequipamento do Parque Eólico de Penamacor 3B, 
tem importância quando se dá a conhecer, quando as juntas de freguesia exercem as suas influências e o seu trabalho político baseado nos valores da democracia participativa. Neste caso concreto das eólicas em Malcata, trata-se de uma obra com grande impacto visual, económico e social que afectará a vida das pessoas daqui para a frente. 
   Era a oportunidade de propor a construção do reclamado, do tão prometido paredão de Malcata. Os resíduos que vão resultar da substituição dos aerogeradores mais antigos, a instalação de novas eólicas que vão gerar muito mais energia, muito mais lucro, obriga a empresa responsável pela obra,
a elaborar um Plano para Tratar os Resíduos de Construção e Demolição ( por exemplo, o cimento das sapatas que fixam a torre), que depois de tratados, poderiam servir para a realização do paredão. 
E se a freguesia conseguisse uma decisão favorável da utilização desses entulhos ou por outras fontes financeiras, construir a barreira/paredão, junto aos pilares da ponte, toda a freguesia beneficiaria com a requalificação da Zona de Lazer, a começar pela lagoa de água com níveis constantes de enchimento, sem haver o perigo de estarmos a invadir os espaços de segurança das estruturas da albufeira da barragem. 
   Espero com esta opinião/crítica, contribua que os malcatenhos passem a ser mais exigentes e mais participativos quando estão em causa assuntos de interesse da comunidade. Teimosamente continuamos a viver em silêncio e a pensar que cabe aos senhores e senhoras da junta e da câmara municipal a responsabilidade de dar solução a tudo, sim a tudo mesmo, até tomar ou omitir decisões que empurram as pessoas e o território para o fundo do precipício.
   Por amor à terra e às suas gentes, não deixem que Malcata seja transformada numa das mais seguras prisões do país. A nossa aldeia já não é o que foi, deixou de ser o santuário onde tudo vive bem e em paz com todos. A prisão apresenta-se tão fortificada e tão dissimulada que não é visível à vista humana, é uma prisão com paredes invisíveis e celas disfarçadas. Cada pessoa que vive na aldeia pensa que anda em liberdade e eu é que só sei criticar. Eu luto por ser livre e cultivo essa liberdade, sem nunca deixar de estar vigilante às manobras das pessoas manipuladoras. Cuidado aí pela aldeia, conversem, debatam, sorriam e trabalhem com alegria e vontade de viver livremente. 
   O vosso mundo, a nossa terra, é ainda maravilhosa. Aprendamos todos a cuidar bem dela.
   Malcata é uma aldeia deste admirável mundo.

                                                                      José Nunes Martins