Carqueja na serra da Malcata
(Foto de Maria Helena Antunes)
Com ou sem flor da carqueja, a relação das pessoas com a serra é inseparável, sobretudo para aqueles e aquelas que em determinada altura das suas vidas a percorreram no pastoreio, no contrabando, na feitura do carvão, na apanha dos medronhos.
Este ano foi no dia dezassete de Maio. Como sempre,
a “carqueja em flor” é a atração que justifica este evento há mais de vinte
anos. Uma festa que em cada realização leva até à Serra, mais concretamente ao
Espigal, algumas centenas de pessoas de Malcata e amigos a fim de viverem uma
jornada de convívio com os outros e com a natureza. Com ou sem flor da
carqueja, a relação das pessoas com a serra é inseparável, sobretudo para
aqueles e aquelas que em determinada altura das suas vidas a percorreram no
pastoreio, no contrabando, na feitura do carvão, na apanha dos medronhos. Há
uma identificação de valores dos malcatanhos que os liga perpetuamente à nossa
Serra da Malcata, que mais não seja pelo nome que orgulhosamente ostentam.
Esta festa surgiu a pensar em todos os que por motivo de emigração e à procura de uma vida melhor a tiveram de abandonar, e que regressados à terra natal sentiram necessidade de a revisitar, de lhe pedir desculpa pelo abandono e de a proteger.
Mais uma jornada repleta de sol, de amigos, de plantas e de flores em que se deu asas à alegria rezando, cantando, partilhando o almoço, brincando aos jogos tradicionais. Cada um à sua maneira, saboreando o dom da vida que renasce, cresce e se multiplica. Não sei se Francisco de Assis não teria trocado o Monte Subasio pela Serra da Malcata para continuar o Cântico do Sol ou Cântico das Criaturas. Dezassete de Maio, domingo da Ascensão, foi passado nas alturas em festa, convívio e partilha. Sursum corda (corações ao alto)!…
Esta festa surgiu a pensar em todos os que por motivo de emigração e à procura de uma vida melhor a tiveram de abandonar, e que regressados à terra natal sentiram necessidade de a revisitar, de lhe pedir desculpa pelo abandono e de a proteger.
Mais uma jornada repleta de sol, de amigos, de plantas e de flores em que se deu asas à alegria rezando, cantando, partilhando o almoço, brincando aos jogos tradicionais. Cada um à sua maneira, saboreando o dom da vida que renasce, cresce e se multiplica. Não sei se Francisco de Assis não teria trocado o Monte Subasio pela Serra da Malcata para continuar o Cântico do Sol ou Cântico das Criaturas. Dezassete de Maio, domingo da Ascensão, foi passado nas alturas em festa, convívio e partilha. Sursum corda (corações ao alto)!…
Rui Chamusco
Texto copiado do Jornal Cinco Quinas
Pode ler aqui: http://www.cincoquinas.net/?news=malcata-festa-da-carqueja-de-2015
Pode ler aqui: http://www.cincoquinas.net/?news=malcata-festa-da-carqueja-de-2015