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26.4.08

O LINCE DA MALCATA










O LINCE DA MALCATA

Era rei e senhor desse território

Tive ainda o privilégio de um ver

Numa ajuda que os bombeiros da Guarda deram aos do Sabugal

Quando a Malcata estava a arder

Já passaram trinta e poucos anos

Mas ainda hoje consigo ver

Esses olhos negros que me miravam

Que até me fizeram estremecer

O animal estava preso

Não se conseguindo libertar

Num emaranhado de vegetação

Tivemos que o ajudar a soltar

Assim que se sentiu livre

Num repente desapareceu

Mais parecia um foguete

E por essa serra se perdeu

Era um gato gigante

Nunca vira nada igual

O meu companheiro dizia que era um lince

Mas eu dizia que ele estava a bater mal

Foi sem duvida uma experiência única

Que com o tempo se escondeu

Veio-me novamente à memória

Quando o centro de reprodução do lince da Malcata desapareceu

Já é hora do distrito se unir e pedir a autonomia

E lutar contra esta devastação

Tudo tem desaparecido na nossa região

Porque qualquer dia até os castelos e monumentos também vão

(esta é uma passagem verdadeira que se passou comigo

quando fui bombeiro voluntário )

Luís Pragana

15-04-2008

publicado por Luis Pragana às 11:35
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Li este texto no blog"www.luispragana.blogs.sapo.pt" .

24.4.08

PASSEAR NAS TERRAS DO LINCE



NO DIA 25 DE ABRIL, ESQUEÇA A CIDADE E VENHA ATÉ À SERRA DA MALCATA


Aproveite o seu tempo livre e venha participar neste passeio de bicicleta organizado pela Junta de Freguesia do Meimão.
Tem dois percursos à escolha, ambos de andamento livre e estão devidamente assinalados. O almoço vai ser ao ar livre, não vão faltar comes e bebes e se o tempo ajudar podem disfrutar da frescura e dos aromas naturais da serra da Reserva Natural da Malcata. E o melhor, é que é tudo gratuito.
Só necessitam de trazer bicicleta e claro, boa disposição e vontade de pedalar. Quanto aos cuidados a ter durante o passeio lembro que é realizado numa reserva natural, com muitos coelhos, pombos, perdizes, rolas, corvos, salamandras, cobras, lagartos, sapos, cágados, águias, melros, barbos, trutas, borboletas, oliveiras, medronheiras, urzes floridas, giestas, narcisos, torres eólicas, ribeiras, fontes.... e por acaso virem um animal parecido com um gato grande, orelhas afiadas e com um pelo lindo de morrer, parem imediatamente e toca a fotografá-lo e pensar na sorte que tiveram. É que há muitos anos que muita gente anda há procura do Lince e não o encontra na serra da Malcata. Se forem presenteados com esse momento garanto-vos que a vossa foto vai correr mundo e terão a oportunidade de dar entrevistas atrás de entrevistas aos meios de comunicação social. Se virem o lince e o fotografarem, têm o dia ganho.
Boas pedaladas e olhos de lince durante o passeio.Ok?

3.2.08

SALVEMOS A ALDEIA DE MALCATA



Foi no princípio dos anos oitenta que a campanha "Salvemos o Lince da Malcata" fez andar muita gente, principalmente muitos jovens, a angariar assinaturas para um "abaixo assinado" a defender a preservação do lince na Malcata.
Tomás de Montemor foi um dos que encheu onze folhas com assinaturas e números de B.I. e participou activamente na campanha destinada a pressionar as entidades nacionais a proteger a Serra da Malcata da destruição que os "senhores" da Portucel/Celnorte que planeavam plantar grandes manchas de eucaliptos e outras espécies de árvores apenas para aumentarem a produção da pasta de papel. Se esses planos não tivessem sido impedidos, hoje, a Serra da Malcata e o lince estavam definitivamente mortos.
Um dia, Tomás de Montemor, na companhia de uns amigos, apareceu na aldeia de Malcata com um grupo de amigos à procura do lince e conhecer a serra que tanto defendeu.
A aventura na aldeia de Malcata e na serra é hoje descrita num artigo escrito por Tomás de Montemor, na "Notícias Magazine" que acompanha o Jornal de Notícias(3/02/2008)do qual transcrevo algumas passagens:
«... Queria ver os montes arredondados, o bosque rasteiro, os vales de vegetação frondosa, os ribeiros irrequietos...mas principalmente queria ver o lince.
Então lá fui com alguns bons amigos, mochila e tenda às costas, no comboio e autocarros que rumavam à aldeia de Malcata.»

E Tomás continua:

«Dos dias de acampamento ficam dois episódios insólitos.
Numa tarde, quando regressávamos suados e exaustos de mais uma busca infrutífera, encontrámos espalhados à «porta» da tenda, em cima de uma saca, tomate, pepinos, alfaces e pimentos que os aldeões tinham trazido na nossa ausência. Advinhava-se a preocupação que estas espectaculares pessoas tinham por uns desconhecidos malucos que deixavam o conforto da cidade para passear pelos montes e vales sem aparente objectivo.»

«Conhecendo a história da minha relação com o lince da Malcata é mais fácil perceber a alegria que senti quando li que se está a criar um centro de reprodução e reintrodução na Malcata do felino mais raro do mundo...mas a população da Malcata terá sempre um lugar especial na história e no meu coração».
Tomás de Montemor continua a escrever sobre o lince e os futuros projectos que estão em construção. É um excelente artigo que recomendo ser lido por todos os que apreciam estas matérias. Em meu nome e em nome de todos os malcatenses, expresso aqui um sincero agradecimento e já sabe, estimado Tomás de Montemor, tem sempre a porta aberta quando decidir visitar a aldeia de Malcata.

2.1.08

EM DEFESA DO LINCE E DA RESERVA NATURAL DA SERRA DA MALCATA




Deputado Luís Marques defende Centro Nacional na Reserva da Malcata

O Deputado Luís Carloto Marques (membro do MPT, eleito na lista do PPD/PSD pelo círculo eleitoral de Setúbal) questionou, recentemente, o Governo sobre a localização do Centro de Reprodução do Lince Ibérico. Em requerimento, enviado à Assembleia da República, com data de 6 de Dezembro, Luís Marques pede, ao Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, explicações sobre a “reprodução do lince ibérico em cativeiro”, nomeadamente a localização do futuro Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro do felino mais ameaçado do mundo.
De referir que em Julho deste ano, o ministro do Ambiente anunciou a instalação, em Silves do Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro do Lince Ibérico, esquecendo todo o trabalho realizado na Reserva Natural da Serra da Malcata. De salientar que a reprodução em cativeiro vai acontecer ao abrigo de um programa ibérico de repovoamento.
Perante estes dados o Deputado Luís Marques lembra que a Reserva Natural da Serra da Malcata foi declarada uma área protegida em 1981, exactamente para salvaguardar o habitat do felino mais ameaçado do mundo. “Apesar de as populações deste felino estarem extintas em Portugal, toda a estratégia que seguiu a Reserva Natural da serra da Malcata, teve sempre como primeira prioridade o lince ibérico” refere o documento. E acrescenta: “depois da sua extinção, que terá ocorrido na segunda metade da década de noventa, o esforço orientou-se para consolidar o seu habitat preferido, na esperança de atrair populações da Serra da Gata ou a sua reintrodução a partir de indivíduos nascidos em cativeiro”. O Deputado adianta também: “adquiriram-se terrenos, instalaram-se pastagens, efectuaram-se marouços, introduziram-se coelhos, contrataram-se técnicos qualificados, efectuaram-se inúmeras acções de educação ambiental, impediu-se a colocação de torres eólicas, as zonas de caça estão condicionadas ou interditas, tudo em nome de uma espécie prioritária. As populações e os empresários que investiram na região, ou que tencionavam efectuá-lo tiveram os seus projectos condicionados ou direccionados para outras zonas”.
No âmbito de uma reunião com o Governo de Espanha, o Governo Português acabaria por anunciar um protocolo para a cedência de linces do Centro de Reprodução de El Acebuche, destinados a um Centro Nacional para a Reprodução em Cativeiro que, de acordo com o ministro do Ambiente ficará localizado no Algarve.
Através do requerimento apresentado na Assembleia da República, Luís Marques, quer saber “quais foram os imperativos técnicos que impediram que o centro de Reprodução do Lince Ibérico fosse instalado na Reserva Natural da serra da Malcata”. Para o deputado “os concelhos de Sabugal e Penamacor foram, de alguma forma, penalizados pela criação da Reserva Natural da Serra da Serra da Malcata, mas o interesse nacional e mundial que representa o Lince Ibérico foi justamente considerado prioritário, sendo por isso de elementar justiça que o Centro Nacional para a Reprodução do Lince Ibérico, que receberá animais do centro andaluz de El Acebuche, se localize dentro da Reserva Natural da Serra da Malcata”.
De acordo com os dados disponíveis, até final de 2008, a Águas do Algarve estará em condições de activar o primeiro Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro do Lince Ibérico em Portugal, um projecto que decorre no âmbito da construção da Barragem de Odelouca e, em particular, das medidas para restauração de habitat e presas de lince-ibérico na área de influência da barragem, bem como a sua reprodução em cativeiro e posterior reintrodução em território nacional. Ao que tudo indica o futuro centro ficará situado num terreno adjacente à barragem do Arade, no concelho de Silves, no Algarve, e terá capacidade para acolher 16 animais.
Recorde-se que o lince-ibérico (Lynx pardinus) é considerado o felino mais ameaçado do mundo (Nowell & Jackson, 1996), estando originalmente confinado apenas à Península Ibérica. Neste momento, as últimas populações viáveis de lince-ibérico encontram-se na Andaluzia.
in "Jornal A Guarda" de 27/12/2007

29.10.07

O LINCE CONTINUA A SER IBÉRICO

Há linces em Castilla La Mancha, em Espanha. Não se tratam de exemplares soltos, isolados e sem possibilidades de sobreviver. Há pelo menos uma colónia com dezenas de exemplares e várias crias. E a prova são dois vídeos de dois exemplares distintos aos que o jornal El Pais teve acesso.
Clique aqui para ver os linces em liberdade:Linces en Castilla-La Mancha
As autoridades portuguesas deviam seguir os passos dos espanhóis.

AS LINHAS DE ALTA TENSÃO VÃO PÔR O LINCE COM OS PÊLOS EM PÉ


Ora aqui temos o lince a andar de pêlo sempre em pé. O nosso ministro do ambiente, Nunes Correia, já esqueceu o que falou em Agosto quando, juntamente com a ministra do ambiente de Espanha, assinou um acordo de cooperação entre os dois países para reintrodução do Lince Iberico, em Portugal. Além desse acordo, foi também dito por ele, que seria em Silves, na Herdade das Santinhas, construido o Centro de Recuperação em Cativeiro do Lince Ibérico, esquecendo-se que na Reserva Natural da Serra da Malcata já havia terrenos, investimentos e muito trabalho desenvolvido para acolher essa infraestrutura. Mas, o Sócrates, teimoso como nós sabemos, queria construir a barragem de Odelouca, custasse o que custasse. A rede Natura 2000 emperrava-lhe esse desejo e a promessa feita a Bruxelas, de investir na protecção do felino fez com que a obra fosse desbloqueada. Nessa altura, para o ministro do ambiente, as pessoas que habitam nos concelhos abrangidos pela Reserva Natural da Malcata, criada para preservar e defender o Lince Ibérico, pouca ou nenhuma importância tiveram na sua tomada de decisão. Será porque não protestaram,como reclamaram as pessoas de Silves quando souberam que iam viver sob uma linha de alta tensão? Agora, o ministro diz que "prefiro as pessoas ao lince", e que "os interesses das populações pesam mais nas minhas decisões" ? Só se forem as pessoas que estão à frente de grandes empreendimentos lá para Silves, AlLgarves...porque às pessoas da Beira Interior não lhes dá cavaco, muito menos importância. Pergunto porque razão não tem sido possível consruir uma estrada de ligação da aldeia de Malcata até à aldeia de Quadrazais?É uma obra de interesse para estas populações, mas por causa do Lince e da Reserva Natural, a aldeia de Malcata não tem saída digna para Quadrazais, apenas um caminho de terra. Qual foi a verdadeira causa que o levou a escolher a Herdade das Santinhas, para dizer a Bruxelas que vão lá construir o Centro de Reprodução do Lince Ibérico?

Ficamos à espera dessas obras e dos linces.
Os portugueses, muitas vezes, somos levados no marketing político e batemos palmas e sorrimos quando o Governo anuncia mais um Projecto, mais um Centro, mais um acordo. Com o passar do tempo, nada acontece...promessas de políticos cheias de areia que não nos deixam ver com clareza onde eles querem chegar.

1.10.07

DIA MUNDIAL DO HABITAT
























Hoje é o Dia Mundial do Habitat.

Por iniciativa das Nações Unidas, comemora-se em todo o mundo, na primeira segunda-feira do mês de Outubro, o Dia Mundial do Habitat.

Este ano o tema é:

"Uma cidade segura é uma cidade justa"

O habitat é o lugar onde vive uma espécie ou uma comunidade de espécies, que possuem um conjunto de características particulares. Mudanças nas condições ambientais do habitat provocam alterações nas espécies que vivem nesse habitat.
Acontece que muitas vezes, as mudanças são tão abruptas e a maior parte dessas alterações são provocadas pela acção do Homem acabando por expulsar ou extinguir alguns seres vivos desse espaço. As pessoas frequentemente provocam alterações nos habitat's quando desenvolvem aldeias, cidades e indústrias. E quando um habitat sofre alterações muito profundas é possível que algumas espécies que lá vivam o abandonem.




Aconteceu com o Lince Ibérico na Serra da Malcata. A destruição do seu habitat causada pelos incêndios, pela caça ilegal aos coelhos, seu principal alimento, erros na reflorestação por parte de empresas de celulose(Portucel), abates desmedidos de árvores sem uma correcta e atempada renovação, acabaram por destruir o habitat do Lince Ibérico.
Entre 1999 e 2003, o projecto LIFE
"Recuperação do Habitat e presas do Lince Ibérico na Serra da Malcata", teve como principal objectivo a recuperação do bosque mediterrânico, o repovoamento de coelho-bravo e começou a fazer-se uma maior e melhor vigilância à área.



Contudo, não é tudo o que se pode fazer. Há mais, muito mais, trabalho para que o habitat volte a ser como era. Hoje, a Serra da Malcata, é uma Reserna Natural. Para já, deixou de ser o habitat do lince ibérico. A Herdade das Santinhas, em Sines, vai receber o primeiro Centro de Recuperação de Lince em cativeiro. Para que serviu o LIFE e o viveiro de plantas e tudo o que ali foi enterrado?

O habitat natural do Lince Ibérico também é na Serra da Malcata. Essa história de "compensações pela construção da barragem de Odelouca" não me convence. Nas barbas da Reserva Natural da Serra da Malcata, também construiram uma barragem(ou aquilo que fizeram ao Rio Côa e ao habitat que o rodeava nesta zona não deu em barragem nenhuma?!). Quem conheceu Malcata e o Rio Côa nesta área, antes da barragem, sabe muito bem a destruição que a obra provocou. Coitados dos seres vivos, que neste habitat viveram e aqueles que hoje ali sobrevivem, convencidos que vivem.

Destruiram o habitat natural do lince ibérico, do coelho bravo, da águia real, da coruja, do lobo, do javali...dos habitantes da aldeia, que viram as suas férteis terras a ser engolidas pela água da albufeira, os moinhos de água, em troca de uma mísera indemnização (obrigatória) deixando de poder viver no habitat que tanto lhes custou a construir e a preservar. Malcata sofreu com a a profunda alteração do habitat que rodeava a aldeia. Acredito que, se hoje a aldeia tem seres vivos, é porque não há outro habitat que os acolha.... Mas já que as alterações nos foram impostas, porque não levantar a cabeça, olhar para o céu e quem sabe...Ele nos dá a coragem de construir um habitat(Malcata) melhor.

23.8.07

PALAVRAS SOBRE O LINCE DA MALCATA

O lince ibérico está a gerar um movimento que o defende com unhas e dentes.A decisão que o Governo tomou em construir o Centro de Reprodução em Cativeiro do Lince Ibérico lá para os Allgarves não foi só incompreendida pelas populações da Reserva da Malcata, nem só pelos municípios de Penamacor e Sabugal, mas estão a surgir manifestações de indignação, de espanto e alguma desconfiança acerca desta má decisão política. Eu pouco ou nada entendo de "Concursos de Entidades Particulares"como o concurso aberto pelas Águas do Algarve,S.A e publicado no DR,2ªSérie,nª157,de 16 de Agosto de 2007.
Também não sei o significado das informações adicionais no seu parágrafo VI.3 diz"O PRESENTE CONTRATO ENQUADRA-SE NUM PROJECTO/PROGRAMA FINANCIADO PELOS FUNDOS COMUNITÁRIOS? A resposta é NÃO.
Outra coisa que não entendo é o preço do concurso. No DR. diz que "o preço base do concurso é de 4.175.000€, não incluindo o IVA". Desculpem-me a minha ignorância, mas porque é que a notícias dos jornais dizia que ia custar 3.600 milhões de euros?

Estive a ler a composição do CNRLI (Centro Nacional de Recuperação Lince Ibérico)que o concurso anuncia.
Desde 1981 que a Reserva da Malcata está em funcionamento. Nestes anos todos a Reserva nunca foi dotada deste tipo de estruturas.Porquê? Tanto dinheiro se lá gastou, tanto dinheiro nas campanhas, mas concretamente, obras para proporcionar à Reserva e aos técnicos que lá trabalharam e trabalham, simplesmente pouco ou nada se construiu. Não quero acreditar que quem passou pelas chefias da Reserva da Malcata não tenham estudado, planeado ou sentido a falta de estruturas necessárias para atingir os objectivos para os quais foram designados, escolhidos pelos governos desde a criação da reserva.Um biólogo bem formado, directores de Reservas Naturais são pessoas com formação e motivação para desenvolverem um projecto aliciante, como é a recuperação e manutenção de espécies animais em vias de extinção.
Agora, vêm com a desculpa de serem obrigados pela imperatriz Comunidade Europeia, a dar compensações porque senão não se constrói a barragem de Odelouca.(Odelouca? É de loucas e de loucos ceder assim e deixar cair por terra os compromissos e trabalhos assumidos e levados a cabo na Reserva Natural da Serra da Malcata).

Vou deixar-vos com um texto fantástico que encontrei no blog "luispregana".
Sempre dá para mentalmente viajarmos pela Reserva da Malcata, casa natural do Lince Ibérico.


    HABITAT NATURAL
    DO LINCE IBÉRICO


    A Serra da Malcata é o berço natural deste belo animal
    Que sempre aqui teve o seu lar
    Por isso o centro de reprodução a fazer
    Só aqui deveria ter lugar

    O Lince é um animal raiano
    E neste habitat sempre viveu
    Sempre esteve habituado ao frio serrano
    Só com a devastação das florestas e fogos é que desapareceu

    Mas agora vem o senhor ministro do ambiente
    Querer os hábitos do Lince mudar
    Quer o centro da reprodução da espécie
    Para o Algarve deslocar

    Só na Serra da Malcata o Lince existia
    Era uma mais valia nesta região
    A ser criado o tal centro de reprodução
    Atrairia muita gente e seria uma satisfação

    O ministério da ambiente vai de certeza prejudicar
    O lince era uma atracção que desaparece
    E a zona da Malcata e Sabugal
    Cada vez mais se entristece

    A Serra da Malcata fica mais pobre
    Vai perdendo a florestação
    E ao perder o Lince
    Estas aldeias serranas mais empobrecerão

    Este animal que já foi rei
    Desta Serra em tempos que não voltarão
    Com as caçadas e os fogos
    Não tão depressa regressarão

    As gentes desta região
    Deviam-se revoltar
    O Lince é da Malcata
    E aqui deve continuar a procriar

    Luís Pragana
    23-08-2007

    publicado por Luis Pragana às 15:56
    no blog http://www.luispragana.blogs.sapo/

    22.8.07

    O LINCE IBÉRICO E AS INJUSTAS COMPENSAÇÕES PARA O ALGARVE


    O lince ibérico continua a ser notícia. Hoje, ao pesquisar pela net, encontrei no Jornal Reconquista a opinião do Presidente da Câmara Municipal do Sabugal, Dr.Manuel Rito Alves e que passo a transcrever:





    Sabugal critica reprodução do lince no Algarve




    Depois de Penamacor,


    é o Sabugal que não poupa críticas à decisão do Ministério do Ambiente de instalar o Centro Nacional de Reprodução do Lince em Silves, no Algarve. Manuel Rito Alves, o presidente da Câmara Municipal do Sabugal, diz que a decisão anunciada pelo Ministro do Ambiente é “uma incongruência”, sabendo-se que a área protegida da Malcata é a única do país que foi criada para proteger o lince ibérico.
    Manuel Rito Alves lembra que a Reserva Natural da Serra da Malcata, partilhada entre os concelhos de Penamacor e do Sabugal, continua a ser para muitos portugueses a reserva do lince. Mas o Ministério do Ambiente anunciou a instalação do centro no Algarve como forma de compensação pelo impacto ambiental previsto pela construção de Barragem de Odelouca. Um argumento que o presidente da Câmara Municipal do Sabugal rejeita por completo, lembrando que o Estado não teve a mesma atitude aquando da construção da barragem do Sabugal, que começou a ser erguida há dez anos e foi concluída em 2000. Para o presidente da Câmara do Sabugal a gestão da Reserva condiciona a actividade económica e impede a autarquia bem como alguns proprietários de explorarem as potencialidades da Malcata, nomeadamente ao nível da energia eólica. Manuel Rito Alves calcula que o município podia beneficiar de 10 mil euros por ano por cada torre de produção de energia através do vento, mas está impedido de fazê-lo devido à protecção do habitat do lince ibérico e de outras espécies da Malcata.Tal como Reconquista deu conta na sua última edição, os concelhos de Penamacor e do Sabugal podem vir a tomar uma posição conjunta contra a decisão do Ministério do Ambiente em instalar o Centro de Reprodução do Lince Ibérico no Algarve. A hipótese começou por ser anunciada ao Reconquista pelo vice-presidente da Câmara Municipal de Penamacor, que chegou a acusar o Ministério do Ambiente de ter enganado o concelho nesta questão. Por seu lado o Instituto de Conservação da Natureza e Biodiversidade alega que a zona algarvia tem todas as condições para a instalação do centro de reprodução, deixando no entanto em aberto a possibilidade de a Malcata poder vir a receber este processo.


    Autor: José Furtado 15-08-2007 18:01:50


    Artigo retirado do Jornal Reconquista (http://www.reconquista.pt/)

    21.8.07

    O LINCE VISTO PELOS JOVENS

    COMO SE "ENGANAM" OS LINCES DA MALCATA?

    Visita dos políticos a Odelouca




    RESERVA NATURAL DA SERRA DA MALCATA SEM O CENTRO DE REPRODUÇÃO DO LINCE IBÉRICO


    A notícia não é de hoje, nem de ontem. Mas dada a sua importância há que dar alguma atenção ao que tem acontecido durante este tempo de férias. Os políticos pensam que andamos todos cegos, surdos e mudos.


    Então, não é que o Governo decidiu publicar no Diário da República a abertura do Concurso para a construção do Centro Nacional de Reprodução em Cativeiro do Lince-Ibérico, orçado em 3,6 milhões de euros? Até aqui tudo bem. E onde decidiu construir esse centro? Nos terrenos, já adquiridos para esse fim, pelos responsáveis da Reserva Natural da Serra da Malcata, zona criada precisamente com a finalidade de preservar o lince ibérico, onde já se fizeram repovoamentos de coelhos bravos, criaram-se clareiras com pastos, reflorestou-se com árvores e os milhões que se gastaram nas campanhas, sendo a mais conhecida a "Salvemos o Lince e a Serra da Malcata"? NÃO. A Herdade das Santinhas foi o local escolhido."A Herdade das Santinhas foi escolhida pela sua adequação aos condicionalislos e especificidades inerentes à reprodução desta espécie." diz o Dossier distribuido aos jornalistas no passado dia28 de Julho, durante a visita do Primeiro Ministro e do Ministro do Ambiente, ao recomeço das obras da barragem de Odelouca.


    E o que é que Odelouca tem a ver com a Herdade das Santinhas e com o Lince Ibérico? E a Reserva da Malcata foi esquecida porquê? Porque altos interesses se levantam lá para os lados de Silves e os turistas e caçadores que frequentam a Herdade das Santinhas aplaudem a opinião do "Comité de Criação em Cativeiro do Lince-Ibérico e do ICN" e a decisão dos governantes que para construirem a barragem de Odelouca, cujas obras estiveram paradas durante três anos e a União Europeia comprometeram-se a integrar medidas de "compensação e sobrecompensação" que incluem:


    - Instalação de um Centro de Reprodução em Cativeiro do Lince-Ibérico;


    - Fomento das populações do Coelho-Bravo;


    - Recuperação e manutenção do habitat;


    - Monitorização do Lince-Ibérico.

    As medidas de compensação e sobrecompensação visam atingir os objectivos de conservação das espécies e habitats directamente afectados pelo empreendimento, em especial o Lince-Ibérico..." refere no dossier cedido aos jornalistas. Mais adiante diz "A Herdade das Santinhas será, então, convertida, num pólo de dinamização ambiental e de promoção da cultura regional."
    Dá para entender? Qual é a intenção das àguas do Algarve em comprar a Herdade das Santinhas? A herdade foi comprada a que preço? Então e os terrenos já comprados e a necessitar de uma forte dinamização ambiental da zona que rodeia a Reserva Natural da Serra da Malcata?
    A argumentação oficial de que a herdade está mais próxima de Espanha, do parque de Doñana a quem convence? Foi para" compensar a construção da barragem de Odelouca" diz o ICNB ao DN. E em Malcata não se construiu também uma barragem? Quais as compensações que recebemos pelos danos causados e pelo impacto ambiental provocado na zona? Tudo o que se prometeu, para além de terem pago ao desbarato os terrenos de cultivo que ficaram alagados pelas águas da albufeira, não há mais compensações e muito menos sobrecompensações.
    Razão tem o Presidente da Câmara de Penamacor, porque o Presidente da Câmara do Sabugal anda a leste. O Presidente de Penamacor afirmou ao Diário de Notícias que "Não faz sentido construir este Centro fora da Malcata, tendo em conta os investimentos que o ICNB tem feito nesta região nestes últimos anos". E continuou:"Há 25 anos que temos a Reserva da Serra da Malcata que tem criado várias restrições, seja ao turismo e agora à instalação de energia eólica. E as contrapartidas que podemos tirar da zona protegida não vão para aqui".
    Ao retomar-se a construção da Barragem de Odelouca, dizem os políticos, que o objectivo é "o de garantir água, destinada ao consumo humano, para servir as populações algarvias."
    Mas segundo a Liga Protecção da Natureza, esta barragem "vem apenas encobrir o uso abusivo das águas subterrâneas para a agricultura intensiva e rega de um número crescente de campos de golfe e de jardins em zonas turísticas".
    Outro dos argumentos apresentados pelos políticos do Governo "é a possível conectividade ao Parque Nacional de Doñana, em território espanhol, onde a população de lince ibérico se encontra mais estabelizada, conferindo por isso melhores possibilidades de ser ampliada para uma área contínua a zona de existência do lince ibérico".
    Mas este argumento já tem alguns entraves. É que a Junta de Andaluzia não pretende ceder os linces que têm em cativeiro no Parque de Doñana. O nosso ministro do ambiente Nuno Correia, confrontado com esta posição dos espanhois, disse ao "Jornal Barlavento" que "o problema não é nosso, é deles. Que o resolvam."

    Lanço um apelo ao Presidente da Câmara do Sabugal no sentido de se manifestar acerca deste assunto. Porque não solicita ao Ministério do Ambiente a divulgação do Relatório final de um estudo sobre a conservação do lince na Serra da Malcata, realizado no âmbito do Programa Liberne?
    A Reserva Natural da Serra da Malcata, é partilhada por Penamacor e pelo Sabugal. Foi criada em 1981 na sequência da campanha "Salvemos o Lince e a Serra da Malcata".
    E daqui para o futuro quais os "valores botânicos e faunísticos de incontestável interesse"?

    5.6.07

    ANTES QUE SEJA TARDE

















    Governo espanhol chumba
    Auto-Estrada para salvar lince





    O Governo espanhol decidiu cancelar a construção de uma auto-estrada de 300Km, entre Toledo e Córdova, para proteger muitas espécies de animais em perigo, em especial o lince ibérico.O Ministério do Ambiente emitiu um parecer desfavorável à obra por considerar que ameaçava a vida dos linces ibéricos (felinos em vias de extinção), águias imperiais e abutres negros da Serra Morena e dos Montes de Toledo.O lince ibérico, que habita na Península Ibérica ( em Portugal a Reserva Natural da Serra da Malcata era um dos seus habitat) é uma das espécies de animais mais ameaçadas do mundo e pode tornar-se o primeiro felino a desaparecer desde a Pré-História, segundo o Fundo Mundial para a Natureza (WWF).Actualmente existem 200 a 300 exemplares da espécie em liberdade, sobretudo no Parque Nacional de Doñana, perto de Sevilha. No início do século XX, a população de linces ibéricos rondava os cem mil felinos.
























    É UMA ESPÉCIE DE ÁRVORE A ABATER?













    Albufeira da Barragem da Meimoa, mesmo ao lado da Reserva Natural da Serra da Malcata, é já um exemplo desta nova floresta do século XXI.















    Em Portugal, o Governo e as autarquias parecem agora virados para a plantação de uma nova espécie de árvore. Elas estão a crescer um pouco por todas as serras de Portugal. São árvores de grande porte, com um tronco a rondar os 60 metros de altura, normalmente com três enormes ramos giratórios que impelidos pelo vento fazem tanto ruído que não há ave, coelho, lebre ou javali que aguente descansar á sua sombra. Alguns, como o lince, nem aparecem e nem dão sinais de vida. Coitados, têm que procurar uma árvore mais pequena, com mais sombra, nem que seja mais velha e mais baixa mas que não provoque dor de ouvidos ou dor de cabeça. Vamos estar atentos ao desenvolvimento desta nova floresta nacional.É que o que apregoam os senhores engenheiros e os proprietários destas árvores, dizendo que os frutos que produzem são ecológicos, logo, amigos do ambiente, podem no futuro não serem árvores tão amigas do ambiente. Lembram-se, quando apareceu há uns anos atrás outra grande árvore, o eucalipto,depois deu no que deu...acautelem-se meus amigos, é que a madeira destas árvores não serve para aquecer no inverno, muito menos pode ser aproveitada para fazer algum móvel que lhes faça falta lá em casa. Os entendidos neste tipo de árvores, dizem que um souto delas pode iluminar uma cidade, uma aldeia...prontos os vendedores de azeite para as almotelias que se lixem e deixem de andar com as candeias acesas, é que em pleno século XXI há energia mais limpas e mais amigas do ambiente (e do homem?).























    Isto sim, mesmo velhinhos,ainda são uns senhores castanheiros . Para além de castanhas, no Verão, servem de sombreiropara os idosos que residem no Lar de Malcata.









    Curiosidade: Clique nas fotografias e veja a imponência destas árvores.