31 agosto 2008

AS ESCOLHAS DO PRESIDENTE




PARQUE DE CAMPISMO E OUTROS EMPREENDIMENTOS ENVOLVENDO A BARRAGEM DO SABUGAL CONTINUAM EM BANHO MARIA



Malcata-Barragem do Sabugal





O jornal “Nova Guarda” publicou no passado dia 20 de Agosto uma entrevista feita ao Presidente da Câmara do Sabugal, Manuel Rito Alves.
A barragem do Sabugal não foi esquecida e o Presidente da Câmara do Sabugal quando falou sobre a barragem fê-lo assim:


«NG - Sobre a Barragem do Sabugal havia também pensados vários projectos para o local?




MR - No que diz respeito ao parque de campismo esperamos lançar o concurso para uma parceria público-privada. Sobre os parques de lazer na envolvente da Barragem ficarão para mais tarde.




NG - Ainda no decorrer deste mandato?




MR - Dificilmente. O orçamento da autarquia é pequeno e não dá para tudo. Certas obras realizadas são fundamentais e estruturantes para o concelho do Sabugal e para a Região. São objectivos um bocado ambiciosos e que prejudicaram outros investimentos que são necessários no Sabugal, mas em termos de infra-estruturação importantíssimos no desenvolvimento do concelho. »in Nova Guarda,20/08/2008

Então continuamos à espera dos investimentos privados. E tanto espaço e com tanta água e não aparece nenhum visionário rico para investir? Se o subsolo fosse rico em petróleo ou ouro, os investidores faziam fila na Câmara do Sabugal. Mas a realidade é outra e os PIN(Projectos Interesse Nacional) só têm interesse lá para os allgarves e terras circunvizinhas.
Agora, nem o lince nos vale de nada. Malcata deixou de ser uma Reserva natural para o lince e quem tem de se acautelar com o gato bravo vão ser os coelhos de Silves e arredores. Para quando, os políticos e os empresários deste país descobrirem as potencialidades destas terras?

28 agosto 2008

MALCATA: A FONTE ESQUECIDA

As fontes foram um marco importante na vida da aldeia de Malcata. Ainda hoje as fontes de Malcata são importantes para muitas pessoas que continuam a ir lá buscar água para consumir em casa, ignorando a torneira que têm em casa. Exemplo disso é a Fonte da Torrinha, que continua a jorrar água fresca e cristalina , própria para consumo e aquela que não se bebe é armazenada nos três tanques até ser utilizada na rega dos campos.


Mas hoje vou escrever sobre outra fonte: Fonte de São Domingos.


Fonte de São Domingos(Malcata)

É debaixo destas pedras que sai a água. Limpa, transparente, leve e refrescante. É mesmo uma fonte com boa água e todos devemos preservar este local. Há que mandar analizar a qualidade da água. A verdade é que sempre lá bebemos água e nada de anormal aconteceu até agora. Mas há cuidados a ter em conta e hoje os exames da água até são mais fáceis e económicos.







Fonte de São Domingos(Malcata)


Esta foto é feita a partir do caminho que passa ali ao lado. À volta da fonte há muito mato, alguns carvalhos e freixos e claro que a erva icupa agora as antigas hortas.


Fonte de São Domingos(Malcata)


A água jorra da fonte e segue pelo rego, até à primeira presa ficando ali retida até ser usada na rega dos campos.








Fonte de São Domingos(Malcata)

A fonte vista a dois metros de distância. É pouco visível por causa das ervas altas, mas é mesmo aqui que está a Fonte de São Domingos.





Fonte de São Domingos(Malcata)
Lá para o fundo, do lado direito , ficam os campos de cultivo(o Bradará).Poucos são os que ainda estão cultivados, mas ainda há alguns.


A Fonte de São Domingos fica perto da Capela de São Domingos, num sítio a que todos chamam Bradará. Muitos sabem onde fica esta fonte, principalmente as pessoas mais velhas, que a souberam preservar até agora. A água que brota desta fonte é cristalina, fresca e tem sido ao longo de muitas gerações um local respeitado por quem ali tem passado. Para além da qualidade da água, o nome de "Fonte de São Domingos", tem contribuido para que o local seja uma expansão da influência religiosa cristã ou não estivesse ali perto a Capela de São Domingos.
A água desta fonte ainda hoje é utilizada para regar as parcelas de terreno localizadas a juzante. Noutros tempos, aos seus pés, existiam umas pequenas hortas cheias de bons pimentos, vistosos tomates e grandes cebolas. Uma delas pertencia à minha mãe e lembro-me vagamente dessas hortinhas e de ter que acompanhar a minha mãe nos dias em que lhe pertencia regar a horta e o chão do Bradará carregado de milho e feijão. O tempo que a água demorava a encher a presa e a distância que a agua tinha que percorrer pelo rego até ao chão era mesmo muito. Havia que tapar muito bem a saída da presa e com o sacho na mão, seguir atentamente a corrente da água. Ao longo de todo o rego havia que verificar se os tornadouros para os terrenos dos outros vizinhos estavam bem fechados e sempre que aparecia um buraco de rato ou toupeira tinha que o tapar bem e dessa forma permitir que a água seguisse o seu caminho até ao destino. E claro, fazer esse trabalho levava algum tempo, mas era o método mais usado e conhecido pela minha mãe para conseguir levar a água a bom moinho.


Foi neste mês de Agosto que visitei a Fonte de São Domingos. Fiquei contente por ainda saber onde se situava e quando olhei para a sua água, a minha memória reviveu outros tempos e momentos de paz e prazer. É um local longe da aldeia. O silêncio mistura-se com a frescura dos freixos e carvalhos. Olhei para cima e vi a capela de São Domingos. Voltei-me para a direita e deu para observar os terrenos cheios de erva alta, misturada com juncos. Já não vi tomates, nem milho, muito menos a rama verde dos batatais. Restou-me meter as mãos na água que saía da fonte, mesmo por baixo das pedras da parede, tentar manter a concha inventada e beber aquilo que há séculos ali nasce.

Esta fonte devia ser preservada. Ao manter e cuidar desta fonte estamos a contribuir para manter a memória do colectivo da aldeia de Malcata que merece e deve ser mantida.

27 agosto 2008

A PRESIDENTE SEM MEDO





Maria Benedito Rito Dias, presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários do Soito pede justificaçãoes ao INEM.

A Associação dos Bombeiros Voluntários do Soito foi ignorada pelo INEM, pela ARS do Centro, Centro de Saúde do Sabugal, pela Câmara do Sabugal e, pasme-se, pelos Bombeiros Voluntários do Sabugal. Para estas entidades os Bombeiros do Soito só existem para socorrer as populações em caso de aflição, quando as chamas ardem onde não deviam arder ou ir socorrer um cidadão que teve o azar ou infortúnio de andar por estas terras do Sabugal. Todos no concelho do Sabugal sabem que o Soito possui uma corporação de bombeiros voluntários. Uns porque hoje lhes devem a sua vida, outros porque foi graças ao seu voluntariado e dedicação que um seu parente chegou a tempo ao Centro de Saúde e hoje ainda dá graças a Deus porque os Bombeiros do Soito existem.
Bem fez Maria Benedito Rito Dias, presidente da Associação dos Bombeiros Voluntários do Soito, lembrar a estes senhores que preside realmente a uma instituição tão digna e tão sabugalense como todas as presentes na reunião cujo tema era a ambulância SIV para o concelho do Sabugal.



É mais que justificado o seu pedido de justificação ao senhor Presidente do INEM, do porquê ignorar a existência da ABVS. Mais estranho, para mim, é o facto dos Bombeiros Voluntários do Sabugal se manterem calados e terem estado numa reunião sabendo que o assunto também interessava aos Bombeiros do Soito. Não acredito em esquecimentos, não acredito que a Câmara não tivesse antecipadamente conhecimento da dita reunião, nem qualquer uma das outras entidades que estiveram presentes.
O assunto da reunião é muito sério e de grande interesse para toda a população do Sabugal:
transmitir a decisão de que, a partir de 15 de Setembro de 2008, irá ser colocada uma ambulância SIV no Centro de Saúde do Sabugal.
A pergunta que coloco é esta: porquê a presença dos Bombeiros Voluntários do Sabugal e a ignorância dada aos Bombeiros Voluntários do Soito? Alguém que saiba a resposta que a divulgue.




Nota: Ainda bem que o "Capeiaarraiana" existe e sabe muitas coisas, que muitos pensam, que não sabe.







Perguntas
& Respostas












O que é uma ambulância SIV?
Denominada ambulância de Suporte
Imediato de Vida será um meio
operacional do INEM que visa melhorar
os cuidados prestados em ambiente préhospitalar
à população, missão do INEM
de acordo com a sua lei orgânica
enquanto coordenador do Sistema
Integrado de Emergência Médica. Estas
ambulâncias significam um upgrade
relativamente aos cuidados prestados
pelas ambulâncias de socorro.





Onde vão ser criadas as Ambulâncias
SIV?
As Ambulâncias SIV vão ser criadas em
diversas localidades de Portugal
Continental, num processo faseado, a
iniciar em 2007 e que se estenderá até
ao início de 2009. Os locais exactos
foram definidos na sequência de um
processo em que intervieram o
Ministério da Saúde, o INEM, as
Administrações Regionais de Saúde
(ARS) e autarcas de vários concelhos.

Fonte: INEM




































































































































SERRA DA MALCATA EM PALAVRAS




O concurso de Poesia/Prosa “Serra da Malcata em palavras”, organizado pela Unidade de Educação Ambiental da Sociedade Portuguesa de Vida Selvagem (SPVS) em colaboração com a reserva Natural da Serra da Malcata (RNSM) tem como objectivo promover as capacidades de expressão escrita dos participantes e estimular a sua ligação à natureza. Promovendo assim, a beleza e riqueza natural destas áreas classificadas (RNSM e Sítio Malcata da Rede Natura 2000) através das palavras.Pretende ainda promover a região, divulgar os valores naturais existentes e contribuir para o seu desenvolvimento sócio-cultural através da divulgação além fronteiras concelhias.Os trabalhos poderão ser enviados até 15 de Setembro de 2008 e deverão narrar e/ou descrever obrigatoriamente os valores naturais e culturais presentes nestas áreas de interesse comunitário (ex.: paisagem, fauna, flora, habitats, rios, ribeiras, barragens, gentes e suas actividades tradicionais na RNSM e/ou Sítio Malcata). Podem concorrer jovens (a partir dos 12 anos) e adultos (sem qualquer limite de idade) e de qualquer nacionalidade.Mais informações (e regulamento), aqui.

24 agosto 2008

MALCATA À ESPERA DO LINCE

Malcata, uma aldeia serrana que mora aos pés da Serra da Malcata.O lince, aquele que todos falam e que ninguém vê há já muito tempo, tem contribuido para que os internautas busquem o nome Malcata.
Eu nasci nesta aldeia serrana, numa casa humilde e construida de pedras de xisto e barradas com barro dos seus montes. Os anos passam, as pessoas nascem e como eu, muitos são aqueles que para ganhar a vida, deixam o berço e vão por esse mundo fora à procura da felicidade. Mas, no fundo, bem lá no fundo, a aldeia não fica esquecida e sempre que podemos lá estamos nós no lugar que nos viu nascer.
Hoje, graças às tecnologias de informação, facilmente sabemos como corre a vida na aldeia. E cada vez que por lá passo sou surpreendido pela minha aldeia e pelas suas pessoas. A aldeia de Malcata está viva e espera pelo regresso do seu animal de estimação.