14.1.24

PREVENÇÃO CUSTA MENOS A TODOS

Rua da Barreirinha


 

                            Os acidentes acontecem
                            e muitos apanham as pessoas de surpresa!





Rua da Barreirinha


 Em Malcata, existem algumas situações de perigo eminente e por uma questão de segurança, prevenção e respeito pela vida, alerto mais uma vez os responsáveis pela freguesia para serem diligentes e façam alguma coisa, no mínimo, sinalizar os perigos.



Rua da Barreirinha

    Na Rua da Barreirinha, a situação é cada vez mais perigosa. E não é de agora, já se arrasta há muitos anos e nada foi feito.

   Em 2010, fiz o primeiro alerta aqui: Malcata.net: A SEGURANÇA VOLTOU À RUA DA MOITA (aldeiademalcata.blogspot.com)
  
   Entretanto, outras paredes foram alvo de intervenções e a segurança foi reforçada.
   Este exemplo da Rua da Barreirinha, existe o perigo de queda para a calçada de pedras (lascas) com alguma dimensão e peso. Com as chuvadas e os ventos do Inverno, a qualquer momento pode acontecer que se soltem e caiam daquela altura para o chão e atingir quem passa por ali.
Como as imagens mostram, as casas estão devolutas, cada dia mais degradadas e mais em perigo de derrocadas. É tempo de alguma coisa ser feita e sendo a rua onde se localiza a sede da freguesia, os autarcas sabem bem o que ali está em causa.
 Aqui deixo mais um alerta.
    
   

  

9.1.24

SER UMA ALDEIA EXTRAORDINÁRIA

   


   O que nos distingue de outros?
   Quem está a zelar pelas nossas tradições, costumes, sabores?
   Razões e motivos que há na nossa aldeia e diferentes do que existe nas outras à nossa volta, não faltam. E tendo em conta as notícias que têm vindo desses lados, por exemplo, relativamente à criação de cabras nos baldios, as novas propostas de reorganizar a floresta, as novas portas de acesso à Reserva Natural da Serra da Malcata e o Centro Náutico nas águas da barragem, penso que a nossa freguesia poderia beneficiar com todas estas obras. Floresta de um lado, água do outro, é uma das diferenças de Malcata em relação a outras aldeias e bem aproveitado poderia extrair-se valor diferenciador.
   A Junta de Freguesia tem de mostrar maior empenho e interesse em ser parte activa em todos estes projectos. Ou se já o está a fazer, que o divulgue publicamente aos seus fregueses. É que todos estes projectos não podem beneficiar apenas a cidade do Sabugal e Penamacor. Também a nossa freguesia deve receber benefícios agora e no futuro. Estes são projectos diferenciadores e têm tudo o que potencia o desenvolvimento, criando empresas ou associações, novos empregos e assim desacelerar a saída de pessoas e promover a vinda de gente mais qualificada, mais especializada, acrescentando conhecimento técnico e mais condições de levar as coisas para a frente. E às associações da nossa aldeia está destinado um papel importante na dinamização e promoção de actividades que atraiam turistas e gente que gosta do campo. Actividades culturais, desportivas e de lazer, desde teatro, cinema, recuperação de usos e tradições através de algumas reconstituições, jornadas de campo, actividades de caça e pesca, partilha de saberes e histórias com os idosos do lar e da aldeia, são tudo importante para operar as tais diferenças entre a nossa e as outras terras. E não podemos esquecer a área do turismo, que até já se começou a dar alguns passos para oferecer algo que também temos e que são potenciais factores diferenciadores.
   Tudo isto está nas mãos de todos nós e das associações. Agora que as festas de Natal e Ano Novo acabaram, é tempo de acabar com as azias e as más disposições. As instituições e associações devem pensar em manter o que está bem e melhorar tudo aquilo que tem corrido menos bem e avançar para outros desafios, novas actividades sem receios e medos das críticas e das invejas.
   O começo de um Ano Novo é para todos uma oportunidade para fazermos perguntas a nós próprios e encontrar respostas. Já sabemos que mudar de vida faz parte das nossas intenções para todos os anos novos. Este ano em vez de pensarmos nas coisas más que ficaram para trás, desafio os malcatenhos a reflectir sobre as coisas boas que querem manter e fazer.

7.1.24

AS FALHAS DE INFORMAÇÃO AOS MALCATENHOS

    



   Mais uma vez a Junta de Freguesia de Malcata falha na disponibilização e divulgação de informação de importância relevante para os cidadãos da freguesia. Falta de transparência na difusão do Plano e Orçamento da Freguesia para o ano de 2024, falha de informação sobre as alterações na toponímia da freguesia e outros assuntos. 
   Ao não publicar as minutas das reuniões na sua página da internet, nem ao menos informar as decisões tomadas nas sessões da Assembleia de Freguesia, a autarquia não estará a desrespeitar a Lei? A não publicação desse tipo de informação, para lá da afixação do edital nos locais habituais, faz com que os cidadãos de Malcata não estejam devidamente informados, principalmente os cidadãos que vivem longe da freguesia mas que se interessam por estes assuntos. O povo tem direito a ser bem informado e tem o direito a aceder à informação de interesse para a freguesia, de acordo com as boas regras da transparência e dos princípios da democracia em que vivemos.
   O ano 2024 está no seu início. Hoje as comunicações são mais acessíveis e mais rapidamente a informação viaja por todo o mundo. A ausência de informação relevante na página oficial da Junta de Freguesia de Malcata, que nas palavras do executivo, é cada vez mais atractiva e de aproximação, contraria claramente esta posição e em nada dignifica a democracia. 
   Daqui, do meu espaço cibernético a que dei o nome de Malcata.net, deixo o meu pedido à Junta de Freguesia e aos malcatenhos para me enviar a informação que referi no início e gratuitamente, em sinal de serviço público, tratarei de difundir por todo o universo. Para que tal aconteça, basta que me enviem esses dados, documentos ou imagens, sem qualquer custo acrescido. 
   Bem-hajam!

3.1.24

O CANTAR AS JANEIRAS EM MALCATA


   

O grupo canta as Janeiras na Rua das Eiras.
 


Cantar as Janeiras é uma tradição muito antiga que tem lugar em muitas das aldeias da nossa região. É um costume que vai passando de geração em geração, assim como as cantigas associadas a esta tradição.




   Em Malcata, a tradição anda um pouco ao sabor das vontades de alguns, que se juntam com diversos instrumentos musicais como a concertina, os ferrinhos, a pandeireta, a viola, o bombo e que percorrem as ruas da aldeia, a cantar as janeiras à porta das casas habitadas. Ali ficam a cantar e a convidar o dono da casa a vir dar-lhes as janeiras. E que janeiras vão receber?  É sempre uma surpresa, que só se sabe quando a porta é aberta e o dono da casa oferece alguma coisa, que pode ser filhoses, chouriças, morcelas, pão, queijo e vinho novo. Ora tudo o que for oferecido durante a caminhada pela aldeia, vai servir para fazer uma borga, com a participação de todos. 
Ora digam lá se tem gente contagiante?

                                            
   
   Retomar esta antiga tradição de cantar as janeiras, gerando momentos de alegria e de partilha, é importante manter e procurar passar aos mais jovens.
   A nossa aldeia, que tanto se diz ser desenvolvida e participativa nas actividades da comunidade, nestes últimos anos tem sido uma tristeza no que diga respeito à tradição de cantar as janeiras.

   A aldeia ganhará se tudo fizer para preservar e divulgar a sua própria cultura e esta tradição pode e deve ser preparada e o primeiro passo a dar, no meu entender, será reunir as colectividades e entidades da nossa terra e entre todos chegar a um consenso quanto ao grupo que assume a actividade das janeiras. 
   Esta e outras tradições fortaleciam as relações entre os residentes da nossa aldeia, que através de brincadeiras inocentes e descomprometidas, comunicava e se trocavam momentos alegres e ternurentos, pois o que movia essa gente era o bem comum, respeitando-se mutuamente.
Lar de Malcata abre sempre  a porta.


O grupo a aquecer as vozes.
   Há ainda pessoas vivas e que sabem cantar as janeiras. A prova é estas pessoas que em tempos cantaram as janeiras. Mas a maldita política que se pratica na nossa terra, dividiu as pessoas, abalou a sã convivência e ainda não se semeou boa semente e o povo continua às avessas, com grupinhos com os mesmos gostos e que se organizam como se só eles riem e choram.
   Claro que os convívios são abertos a todos e a todo o povo. Só participa quem quer e os que estão divertem-se à farta. Só que os interesses de uns não são os mesmos de outros, acabando por irem sempre as mesmas pessoas. 
   A confiança cega em determinadas instituições e pessoas que ocupam cargos de algum poder, seja político ou social, ainda se sente na forma de pensar e agir de muitas pessoas a residir na aldeia. Ainda vivem com receio e convencimento que quem manda é que sabe fazer e por isso decide sem dar conhecimento ao comum cidadão. 
   Malcata é uma freguesia de dimensões curtas e quem lá vive pensa que sabe e é informado de tudo o que de importante por lá se passa, mas muito fica no segredo dos deuses e das paredes. 
   E chegados aqui, deixo a pergunta que gostava de ver respondida:
   Quem este ano vai cantar as janeiras em Malcata?
   

   Bom Ano para 2024
   Um fraterno abraço do malcatenho que vive bem distante 
  da terra onde nasceu.
   
   Agradecimento: as fotos aqui reproduzidas foram recolhidas no blogue 
                da ACDM aqui:   https://acdmalcata.blogspot.com/2012/01/janeiras-8-de-janeiro-de-2012.html

2.1.24

À DESCOBERTA DE MALCATA COLORIDA

 

Tudo muda menos o destino


   Ano novo, vida nova – significa que vamos viver um tempo ainda não vivido, tempo de trabalho, encontro e convívio nos lugares onde estamos a viver.
   A história ensina-nos que as pessoas vivem com objectivos definidos, só assim as pessoas alcançam os sonhos e desejos. Estamos a começar um novo ano e cada um de nós tem os seus objectivos, os seus desejos, os seus sonhos que quer realizar. Também a aldeia, ou melhor, os residentes na aldeia têm os seus próprios desejos, anseios e sonhos para serem concretizados em benefício de todos, da comunidade, do povo malcatenho. E os convívios parecem ser os sonhos da maioria das pessoas. Sim, os convívios ajudam a aproximar as pessoas, pois à mesa dizem que é mais fácil a aproximação acontecer.
   A nossa aldeia é profícua e tem muita experiência na organização de convívios, preparam-se almoços e jantares para muita gente, mas a história diz-nos que é difícil colher frutos saborosos e apetecidos cada vez mais por mais pessoas. Acendem-se fogueiras, grelhadores e lareiras largas onde se cozinham boas refeições, assam carnes e sardinhas, cozem-se carnes e bacalhau que servidos com tudo, todos apreciam e se deliciam.
   Por muito que a ementa varie, tenho notado que são sempre as mesmas pessoas que se dirigem para a sala de convívios. Um dia vão para comer porco, noutro comem castanhas assadas, depois vem a feijoada de javali, caldo de couves e feijão vermelho, feito nas enormes panelas de ferro na chama do fogão a gás, vinho, pão, queijo e chouriça também sempre na mesa.
   São convívios feitos com chuva e com sol, nada que preocupe as pessoas, pois há abrigo para todos. Estes convívios continuam pelo tempo adentro, com jogos de cartas, música gravada para animar a malta que gosta de dar uns passos de dança.
   Há uma singularidade nestes convívios em Malcata que interessa acentuar que é lembrar que são sempre organizados pelo mesmo grupo de pessoas e entidades. Lembro que essas mesmas entidades e instituições há décadas que estão à frente dos destinos dessas mesmas entidades, eleitos legitimamente pelas pessoas da terra ou ligadas a ela por laços familiares e de amizade. Um ciclo demasiado longo e que está a levar à construção de uma terra monocromática, só de uma cor e que está a ficar sem a alegria das outras cores. Eu não gosto de viver num mundo só de uma cor, todos a gostar da mesma tonalidade e todos iguais, uns aos outros, confundindo cada um com todos.
   Quando vamos quebrar esta monocromia?
   Quando vamos quebrar este ciclo?
   Talvez em 2024 assistiremos ao encerramento de um ciclo, ou talvez não…vamos esperar para ver.
   Parabéns aos que participam. Que a união e a fraternidade de que tanto se fala nesta época e neste início de ano  não fique só pelas intenções.