14.2.12

ACDM: UM EXEMPLO DE ASSOCIATIVISMO





   A ACDM ( Associação Cultural e Desportiva de Malcata ) foi uma das mais destacadas associações que no passado dia 11 de Fevereiro participaram no 3ºFórum Associativo realizado no Auditório do Museu Municipal do Sabugal. Pela terceira vez, a nossa associação marcou a sua presença e este ano esteve em evidência, pois foi umas das quatro associações convidadas a apresentar um trabalho aos participantes. E quem melhor pessoa para dar voz à nossa associação do que Rui Chamusco, actual presidente? Foi da responsabilidade do professor Rui Chamusco a apresentação do tema escolhido para apresentar neste fórum a que chamou "ACDM-25 Anos SER ou Não Ser".



Presidente da ACDM, Rui Chamusco, em entrevista à LocalVisão


E para além do tema do Fórum deste ano "Força da Acção conjunta" foi também apresentado o novo Regulamento de Apoio ao Associativismo do Concelho do Sabugal, que podem ler aqui:http://www.cincoquinas.com/ngest/ficheiros/regulamento.pdf.

E razão tem Rui Chamusco quando diz que a ACDM é mesmo o motor da aldeia e não só:"A ACDM é o motor da aldeia, mas não só. Nós temos 4 associacções em Malcata e algumas são mais específicas, como é o caso da ACP ( Associação de Caça e Pesca ). Mas a ACDM é uma associação muito mais abrangente e por isso está tão envolvida na vida da população".

   Aplaudimos e reconhecemos o trabalho meritório que a actual direcção da ACDM está a fazer e o envolvimento de toda a população da aldeia de Malcata e dos que de alguma forma estão ligados a esta povoação, mostram claramente que estão no bom caminho. Bom seria que as outras três associações mostrem que estão vivas, pois, também têm um papel importante na dinamização da nossa terra.
                                

A REPORTAGEM:


2.2.12

UMA RAÇA EM PERIGO


É uma corrida contra o tempo para que os últimos herdeiros de uma raça de origem beirã não desapareça por completo das encostas da Serra da Malcata. Há uns anos atrás, estes animais eram uma presença habitual nos montes da aldeia de Malcata. O ano passado ainda encontrei o Ti Horácio e a Ti Ana com as suas cabras “charnequeiras” a caminho das pastagens. Nessa altura, este casal pôs-me ao corrente do interesse manifestado pela Junta de Freguesia em arranjar maneira de voltar a aumentar a presença destes animais nos montes e vales da aldeia, pois, trata-se de animais oriundos de uma raça autóctone e que estava em risco de acabar.
   Como sabem, na nossa aldeia, a cabra sempre foi um animal amado por todos e para além dos rebanhos, todas as famílias possuíam 2 ou 3 animais, deles obtendo uma excelente carne, um leite de qualidade ímpar utilizado para o transformar em queijo. E é de salientar a grande importância que estes queijos têm hoje para o desenvolvimento sócio-económico  das pessoas da nossa aldeia.É um produto que quando bem explorado, por exemplo, com a queijaria tradicional de Malcata em pleno funcionamento, levaria à continuação e manutenção desta raça autóctone e servia para manter uma actividade agrícola com ganhos para todos. Para além destes benefícios, promovíamos a imagem da aldeia e até se criariam postos de trabalho.
   Numa das minhas últimas idas à aldeia, a Ti Ana informou-me que as cabras tinham sido vendidas ao Ramalhas. Mesmo sem eu perguntar as razões que a levaram a vender os animais, disse-me que a saúde já não era muita e os anos não param de andar, era chegado o momento de ter uma vida mais sossegada.
   Naquele dia não tive coragem para lhe perguntar mais razões da razão de se ter “desfeito” das cabras. Fiquei parado no meio da rua enquanto no meu pensamento saía uma pergunta: deixaram que vendesse as cabras charnequeiras assim sem mais nem menos? Souberam do negócio? Porque razão não avançaram com aquele projecto de vedar uns terrenos lá para a serra e por lá andariam as cabras? Mas afinal, eles tinham ou não interesse em preservar esta raça de cabras tão ligadas à história da aldeia e da serra?
   Acreditem, ainda hoje ando com estas dúvidas na minha mente. Continuo a pensar na enorme falta de oportunidade desaproveitada para se conseguir reintroduzir uma raça autóctone nos nossos montes da aldeia e na serra da Malcata.
  Ainda vamos ganhar esta corrida? 
  Eu gostava que sim.


 

29.1.12

MALCATA: ESPAÇO NATURAL FRONTEIRIÇO

   O Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial, AECT-Duero-Douro, para além do programa já muito falado das cabras "bombeiras", o Self Prevention, tem em mãos outro importante projecto a que deram o nome de "Fronteira Natural" que tem como objectivo a recuperação integral e sustentável das áreas naturais do seu território de actuação.
   Numa primeira fase o projecto iniciou-se com a identificação das necessidades ambientais tendo-se para isso identificado os espaços rurais degradados e também a detecção das necessidades de espaços públicos urbanos. A seguir, desenvolve-se o Plano Municipal de Actuação Ambiental Integrada, que inclui o programa "Uma necessidade, uma actuação", pelo qual se procede à restauração dos primeiros 65 espaços degradados segundo a ordem estabelecida no Sistema de Intervenção Prioritária, estabelecendo um concurso de conservação rural ambiental. A última fase será a Gestão e Coordenação, garantindo a eficácia e eficiência do trabalho realizado.
 Vitor Fernandes, presidente da J.F.Malcata reunido com a técnica AECT



   Os técnicos deste projecto realizaram 180 visitas com o objectivo de localizar e inventariar os espaços a ser recuperados. Inventário esse que já terminou e que decorreu uma selecção. Vitor Fernandes, presidente da Junta de Freguesia de Malcata tambem reuniu com os técnicos e transmitiu-lhes os espaços susceptíveis de serem recuperados.
   "Fronteira Natural" é um programa transfronteiriço Espanha-Portugal, que deve decorrer de 2007 a 2013, com uma verba de 800.000 euros. Este projecto pretende reabilitar espaços rurais que os sócios da AECT Duero-Douro propuseram. A lista definitiva dos 100 lugares escolhidos estava prevista sair este mês de Janeiro de 2012. Consultei a página da associação e não encontrei essa lista.
   Para terminar gostaria de vos transmitir o(s) espaço(s) que a Junta de Freguesia de Malcata apresentou para candidatar-se a este programa. Desconheço, não perguntei mas gostava de saber.



AECT-DUERO,DOURO