VOTO CONSCIENTE ?
OU
VOTO POR OBRIGAÇÃO?
As eleições estão cada vez mais próximas.
Eu, eleitor na freguesia onde resido desde 1986, não me parece fácil decidir.
Os eleitores que vão votar na freguesia
de Malcata, a terra onde nasci, têm a tarefa mais facilitada. Será mesmo fácil?
Pois, quando se sabe que para a Junta de
Freguesia só avançou uma candidatura, os eleitores têm o trabalho feito e nem
precisam de dar voltas à mioleira para que se decidam.
Ora se assim vai ser, o que vão fazer
aos outros boletins de voto? É quase garantido que o presidente da aldeia e
todos os outros que o acompanham, só não ganham se todos os eleitores não
votarem para a Assembleia de Freguesia. Ora como esse cenário é difícil de vir
a acontecer, o que importa são as outras duas eleições a decorrer em
simultâneo, votar para o presidente da Câmara e para a Assembleia Municipal.
Nada em Malcata, se passa como nas
outras freguesias.
O PSD desde 2005 que aposta na mesma árvore
genealógica. Apesar
de vivermos numa democracia desde 1976, na aldeia em que tudo é normal, o PSD
tem sido incapaz de alargar a rede para aumentar a qualidade e a diversidade
dos peixes que ao longo destes anos se habituaram à vida nesta terra com água
por todo o lado.
Em Malcata as pessoas têm consciência
dos anos que já passaram desde 2005?
Os anos são fáceis de contar. Também é
fácil contar os presidentes que ocuparam o lugar de “presidente de junta”. São
pessoas conhecidas de todos os que vivem na aldeia, dos que vivem e trabalham
fora, também muitos dos que já não estão entre nós, conviveram e conheciam os
presidentes da junta.
O povo usa os ditados populares para
através deles expressar ideias, pensamentos, fazer profecias, etc… e muitas
vezes para elogiar uma pessoa, ou a habilidade que demonstra na sua profissão
ou noutras áreas da vida, costumam dizer que
“filho de peixe, sabe nadar”. Será que podemos catalogar os políticos com esta
frase popular e afirmar que “filho de presidente, também sabe ser presidente”?
Estamos a “anos-luz” da democracia fina
e transparente, participativa, inclusiva e agregadora. Os protagonistas que
deviam reflectir, organizar e entusiasmar os cidadãos a fazer parte activa da
democracia, aguardam o dia das eleições e no dia a seguir, sorriem para os que
na véspera lhes esfregaram as costas ou respeitosamente acenaram com a cabeça.
E então porque querem ser presidentes?
Que vão fazer?
Alguém sabe ou todos na terra sabem e só
eu não?
Estou mortinho que alguma cabra ou
ovelha tresmalhada me faça chegar o programa eleitoral do PSD para a Freguesia
de Malcata.
Não, não é para pensar ou criticar. É o
mínimo que qualquer candidato a uma Junta de Freguesia deve fazer antes do dia
12 de Outubro de 2025. Como não é fácil para mim, estou a pedir que alguém me
envie ou através dos comentários, quais são as boas intenções da boa gente que,
com muito sacrifício e amor à causa,
se apresenta como merecedor à liderança administrativa da aldeia onde eu nasci.
Isto só e porque me interesso pela política, pela democracia, pela cidadania, preso
a liberdade de pensamento e defendo muito a participação das pessoas em tudo o
que se relacione com as gentes da minha genealogia familiar e malcatenha. Aguardo
por alguma informação.
José Nunes Martins















