5.2.23

LAR DE MALCATA: VERDADE OU BOATO ?

    

ACTUALIZAÇÃO :
"A placa continua no mesmo sítio" disse Natália Dias.

   Na minha opinião, o Lar de Malcata (ou a Associação Solidariedade Social de Malcata) é uma das entidades mais marcantes da nossa freguesia, e os malcatenhos sabem bem do que falo.
   Vem isto a propósito de um boato (mais um), que me chegou aos ouvidos, durante o tempo que estive na aldeia, no mês de Janeiro. Não quero acreditar que seja assim, como me foi contado. Segundo o tal “ouvi dizer”, a placa com o nome do pavilhão multiusos do Pólo II do lar da nossa freguesia, já lá não está. Será que isto pode ser confirmado oficialmente? Se sim, quem a retirou?
   Eu, espero sinceramente, que isto não tenha passado de uma falsa notícia, de um boato. Não me disseram quando isso aconteceu, nem quem retirou a referida placa e se realmente isto foi o que aconteceu.  O que posso afirmar, como verdade,  é que a placa que a imagem acima reproduz, foi fotografada no interior do Pólo II do lar, no hall da entrada para o salão multiusos e sempre a vi na mesma parede. Haja alguém que nos possa esclarecer sobre este assunto tão sensível.
                                                      José Nunes Martins
 



3.2.23

TODOS AO ROSSIO DANÇAR!

                                                                 Baile de domingo à tarde
 

   O Largo do Rossio enchia-se de vida com tanta gente que ali se juntava às tardes dos domingos ou feriados religiosos. Queriam todos dar um pé de dança ao som da concertina. Os bailes nessas tardes, era o principal divertimento para todo o  povo. Todos apareciam para ver a moda, ouvir as novas músicas e claro, dançar com o amor da sua vida. Os rapazes eram os primeiros a aparecer e as raparigas chegavam aos poucos, acompanhadas das mães, das irmãs ou vizinhas.
E durante todo o baile, as mães raramente dançavam. A sua principal missão era a de acompanhar as filhas, que ao longe e à volta do Rossio procuravam fazer uma vigilância não tirando os olhares de todos os pedidos para dançar. Entretanto, as crianças divertiam-se a imitar os adultos ou em loucas correrias a escaparem-se uns dos outros passando por entre os pares que alegremente dançavam. Todos à sua maneira se divertiam e quando o cansaço chegava às mães, ou o frio começava a incomodar, com um simples sinal, as raparigas iam para casa na companhia das mães, não dando qualquer hipótese de satisfazer outros desejos…eram assim as tardes com baile no Rossio.

2.2.23

A JANELA QUE NOS DAVA MÚSICA


  

Naquela janela
virada para a rua...




     Conheço uma janela de uma casa que mesmo fechada me faz pensar na pessoa que viveu na casa daquela janela voltada para a rua. Quando lá estava o seu dono, era de lá que ecoavam aquelas músicas tão conhecidas e tantas vezes fizeram grandes bailes ao Rossio e pelos largos parecidos pelas aldeias vizinhas da nossa. Às vezes ouvia-se a Rosa a arredondar a saia, o malhão malhão, aquela dos emigrantes que lá longe trabalhavam e as saudades os faziam regressar à sua amada terra...e outras mais mexidas que todos os dias se escutavam nos programas de rádio e tv. Muitos ouviam e diziam uns para os outros "olha, lá está o Carlos a tocar a concertina"! 
   Foi naquela casa modesta, tão modesta como ele sempre foi. A sala de jantar era também o seu sítio preferido para ensaiar as músicas que depois tocava nos bailes das tardes de domingo, ou na animação de um casamento ou outros eventos festivos. 
   A casa e a janela foram o seu porto de abrigo e sempre que o convidavam a animar uma festa, um casamento, uma festa no lar, estava sempre pronto a participar. Fica na minha memória a sua pronta resposta em querer participar no primeiro encontro dos naturais e descendentes do concelho do Sabugal. Quem teve a ideia de organizar esse encontro foi a Natália Bispo e surpreendeu-me que o Carlos e o José Lucas tivessem aceitado participar na animação.  Naquela janela virada para o mundo...

                                             José Nunes Martins

  

31.1.23

A SALA DE VISITAS DE MALCATA ANDA ESQUECIDA?

 



   Todas as aldeias têm a sua sala de visitas. Na nossa aldeia todos reconhecem a Praça do Rossio como a “sala de visitas” da freguesia. Este largo é também chamado de “Torrinha”. Mas a placa toponímica que está colocada na Torre do Relógio, desde 1959, diz-nos que o lugar foi baptizado com o nome de “Praça do Rossio”.
   Recordo-me que há uns anos atrás, esteve afixado no quadro de informações da Junta de Freguesia, que ainda hoje existe no interior da paragem dos autocarros, mesmo ao lado da torre, um projecto de requalificação da Praça do Rossio ( Torrinha e Rossio). No desenho percebia-se a ideia do desenhador que a então Junta de Freguesia convidou a elaborar o projecto. Esteve lá durante algum tempo e também foi tema de conversas e de opiniões diversas. A verdade, aquele desenho não passou de uma ideia que a autarquia nunca mais voltou a retomar. 
   A Praça do Rossio, sendo ainda o centro da nossa aldeia, por muitos chamada a “sala de visitas”, precisa de uma imagem mais bonita e fresca. O cenário actual mais parece um deserto de cubos de granito, tristes e sujos, sem beleza quando não há festas. Era bom que a Junta de Freguesia olhasse para esta praça e transformá-la numa sala de visitas mais acolhedora.

                                                     José Nunes Martins




 


30.1.23

MALCATA: QUANDO O SONHO É DO TAMANHO DO HOMEM

    

Assim começou o sonho


   A ASSM (Associação Solidariedade Social de Malcata) foi fundada por um pequeno grupo de pessoas reunidas em Malcata e desde que abriu, tem sido o cartão de visita da nossa freguesia. Trata-se do maior investimento particular até hoje realizado na nossa freguesia, que conta com pouco mais de duas centenas de moradores.
   A oferta de instituições de apoio às pessoas idosas é suficiente no concelho do Sabugal. Mesmo com tanta oferta, a escolha do Lar de Malcata não deixa de crescer e de se alargar para lá da área geográfica do nosso concelho.  Foi baseado na procura que a direcção presidida por Carlos Clemente, partiu para a construção de um segundo pavilhão para funcionar como ERPI (Estrutura Residencial Para Pessoas Idosas). Ao mesmo tempo, o novo espaço foi pensado também como salão multiusos onde se podem realizar algumas actividades culturais e recreativas, encontros e refeições de grupos.
   Toda a obra da ASSM está à vista de todos e tal deve-se ao trabalho das várias direcções que ao longo dos anos ocuparam essas funções de gestão.
   O lar de Malcata, como é vulgarmente conhecido, é uma realidade e a envergadura que hoje tem, deve-se principalmente ao senhor Carlos Clemente e às pessoas que o acompanharam e apoiaram. Ninguém põe em causa a importância desta obra e que tanto dignifica a nossa freguesia, o nosso concelho e todos os que nela exerceram e exercem alguma função.
   E meus caros, é um acto de justiça que as pessoas se lembrem dos que iniciaram esta grande obra, esta corajosa empreitada. Foram essas pessoas que tiveram a ideia, a vontade e a coragem de erguer uma instituição a que chamaram Associação de Solidariedade Social. Por isso, é justo que nos lembremos destas pessoas e ao mesmo tempo termos com elas um sentimento de gratidão.
   A ASSM que hoje conhecemos, é o somatório do trabalho e dedicação de todos quantos passaram e estão diariamente na instituição. O meu sentimento e o meu sincero desejo é que todos se unam em volta da ASSM, cumprindo cada um a sua missão e função. É   assim que uma associação de solidariedade social se transforma e se mantém coesa e com esperança no futuro.

 José Nunes Martins