Aguardando a abertura |
12.6.21
MALCATA: LUGARES E ESPAÇOS PÚBLICOS
A aldeia de Malcata, pode até ser considerada aquela que apresenta a entrada mais bela e com uma fantástica paisagem. Mas a sua beldade também é feita de alguns pequenos pormenores. E quanto a dar importância às coisas, eu facilmente me perco e fixo neles, principalmente naquelas situações em que a grande diferença e os êxitos, por vezes, estão precisamente nos detalhes mais simples e mais pequenos. Para mim amar Malcata é também saber olhar para os pequenos detalhes, o que normalmente todos olham, mas são muito poucos os que deles falam.
12.5.21
LINCE IBÉRICO CHEGOU A MALCATA PELA MÃO DE STYLER
CONHECE O ARTISTA?
Styler é um artista de Arte Urbana que pinta as paredes de estruturas em espaços públicos por cidades, vilas e aldeias que o convidarem para esse trabalho. João Cavalheiro, é o seu nome próprio, é um artista luso-francês, com um currículo comprovado neste tipo de arte.
Algumas das suas obras:
João Cavalheiro nasceu em nasceu em Lille, França nos anos
90. Iniciou a pintura mural em meados de 2004 e define-se como autodidata. Com
o graffiti adquiriu a sua experiência e técnica com que hoje expressa
maioritariamente a sua arte em spray sobre murais e espera vir a ganhar mais
nome além fronteiras.
Mural na cidade do Sabugal |
Para melhor conhecer a sua arte, que ele, com tanto génio,
vai deixando gravada por todo o lado, consulte as suas páginas. E fique atento
à Street Art de que Malcata e outras aldeias do Sabugal se podem orgulhar.
Um agradecimento ao
artista pela publicação das fotografias.
Faceboook: https://www.facebook.com/JoaoCavalheiroStyler/
Facebook: https://m.facebook.com/JoaoCavalheiroStyler/?locale2=pt_PT
Instagram: https://www.instagram.com/stylerone90/?hl=pt
STYLER MOSTRA A SUA ARTE EM MALCATA
Lince da Malcata by Styler, em Malcata |
4.5.21
A DEMOCRACIA TEM COR?
Desde 1976 que as
dinâmicas de transformação social, económica e cultural da nossa freguesia
estão a ocorrer no mesmo sentido político. O percurso feito até hoje é que nos
levou ao ponto onde nós estamos. Nestes 45 anos de democracia a inexistência de
verdadeiros debates de ideias
são para mim motivo de preocupação e inquietude, revelando o domínio do
pensamento único e comum a toda a comunidade. Esta realidade merece uma
reflexão longa, aprofundada e séria. Esta não é a democracia da liberdade, da
pluralidade, mesmo que ela pareça existir, é palpável a sua ausência.
A insatisfação sentida por alguns dos
cidadãos da nossa freguesia e aquela sensação de que faz falta mudar algumas
coisas para restabelecer uma democracia participativa, plural, respeitadora das
ideias de cada pessoa ou grupo.
O que acontece é o mesmo em todas as
eleições autárquicas. Independentemente das pessoas, dos projectos e das
ideias, independentemente das promessas feitas e dos resultados alcançados, é
muito mais importante e decisivo a cor do símbolo partidário. Malcata é uma
freguesia que vive resignada e num comodismo tal, que não é difícil adivinhar o
seu futuro. Preocupa-me a falta de ideias e de confronto dessas mesmas sem que
acabe em acusações e desavenças. Talvez por isso as alternativas tenham muitas
dificuldades em serem aceites. Esta forma de entender a democracia é diferente
da democracia da liberdade de pensamento e acção. Quando um povo, ou a sua
maioria, se acomoda e desiste de apresentar alternativas, aceita aquilo que determinado
grupo político apresenta, sem sequer colocar a mais pequena dúvida, sem
qualquer sentido crítico, é um povo aprisionado por livre vontade. Mesmo que se
sinta uma ligeira e legítima sensação e insatisfação e sentimento que alguma
coisa devia mudar e tentar restabelecer a confiança das pessoas na democracia
mais participativa e abrangente, os medos e as inseguranças deitam por terra
esses desejos.
Na nossa freguesia repetem-se as promessas
e não as acabam, insistem nos mesmos erros e o que nasceu torto não se
endireita e para espanto de alguns a escolha recai no mesmo na esperança de que
agora vai mudar.
A nossa freguesia já se acostumou a
viver assim e cresce a apatia e o desinteresse pelas políticas governativas.
Olharmos para o passado com um
pensamento crítico e focar o andar no caminho a seguir é o que deve ser feito.
Conhecer e compreender o passado, o que foi e não foi feito, deve fazer-nos
reflectir no que realmente desejamos e queremos ser, fazer e ter na nossa
freguesia.
A democracia vive da pluralidade e da liberdade,
do debate e do confronto de ideias. Respeitar as ideias de todos e escolher as
melhores em qualidade é o que nos espera daqui a uns meses. O passado é
importante e está muito para além dos acontecimentos que já passaram. Os
resultados e o valor acrescentado à nossa aldeia, beneficiando as pessoas é o
que realmente importa. Reconhecer erros e comunicá-los em vez de os esconder, reivindicar
e apresentar verdadeiras alternativas é a atitude que se necessita. Fazer melhor,
fazer mais e melhor é um bom princípio, mas tem que se juntar o compromisso e a
transparência devida.
por Josnumar
José Nunes Martins
23.4.21
MALCATA: O PROBLEMA DA ÁGUA CONTINUA
Água que apetece beber todo o ano |
Há muitos anos que a água da rede pública não chega a todas as habitações da nossa freguesia. Malcata tem um problema chamado “falta de água” nas torneiras. A falta de água é mais grave para as pessoas que habitam as zonas mais altas da freguesia, mas não só, a seca também acontece nas outras áreas da aldeia, principalmente durante os meses de mais calor. Antes da chegada da água da rede pública água havia-a à farta e não havia qualquer entrave ao consumo. Com a chegada da rede de água, as pessoas acostumaram-se a moderar os gastos e a maioria deixou de ir com o cântaro buscar água à fonte. O que alguns residentes não contavam era estar tantos anos sem água da rede em casa. Valeu-lhes as economias e a abertura de um furo para captação de água. Resolveram o seu problema e por desconhecimento, contribuíram para algumas fontes ficarem sem força na veia, quase secas com a moda dos furos artesianos. Lembro-me dos meses de Agosto e dos problemas que a falta de água causava e continua a causar. Com a presença dos imigrantes o número de consumidores também aumenta e a rede pública é incapaz de dar resposta às necessidades. Mas como os imigrantes, embora sempre bem-vindos e bem acolhidos, não têm peso político, as Juntas de Freguesia, todas, limitaram-se a remendar a falta de água e a enviar alguns ofícios para a Câmara Municipal do Sabugal. É preciso dizer que a água ao domicílio é um direito que todo o residente da nossa freguesia tem.
José N. Martins
11.4.21
RONDA PELA FREGUESIA DE MALCATA
Tudo o
que nasce morre, diz o ditado.
Nós às vezes esquecemos que as aldeias
também envelhecem. Estou a referir-me ao seu património, ao seu mobiliário
urbano, ao seu edificado...casas que já foram habitadas, nelas se criaram os
filhos e hoje essas habitações são um monte de pedras ou para lá caminham. Paredes
com “barrigas” que podem romper a qualquer momento, janelas sem vidros,
carvalhos e sabugueiros nascem entre as paredes, enfim, um dó de alma olhar
para aquilo.
Vesti a roupagem de um turista e dei
uma volta pela nossa aldeia. Cheguei à Fonte Velha, ali reparo na nora, uma
relíquia de antigamente, arrepio-me ao ver tanta ferrugem e tanta degradação. Olho
para as paredes e a tinta onde ela já vai. Disse para mim mesmo: “Valha-me
Santa Engrácia! Então não seria possível arranjar a nora e pintar as paredes?”
Aqui deixo o pedido, como malcatenho, a quem de direito, que devolva a beleza e
a dignidade que aquela fonte merece.
Mas as coisas não acabaram, há mais
para contar. Na Rua da Moita há muitas casas desabitadas e abandonadas à sua
sorte. Não tenho palavras para descrever o estado de abandono que vi naquela
rua. A Junta de Freguesia devia continuar a seguir o mesmo critério que já
aplicou noutras casas abandonadas ou em ruínas existentes noutras ruas. Quando
um proprietário não quer saber da casa para nada, quem olha pela segurança do transeunte
ou mesmo os residentes que por necessidade, têm que passar naquela rua? Não
basta chamar a Autoridade da Protecção Civil Municipal, estender uma fita
vermelha e branca e lavar as mãos se ocorrer um acidente!
Hoje vou ficar por aqui. As duas
situações são gritantes e merecem ser
motivo de maior atenção por parte da Junta de Freguesia, pois penso que
dinheiro e soluções existem. E há que resolvê-las para não acontecer uma
desgraça a alguém que passe no local errado e à hora errada!!!!
Josnumar
(José Nunes Martins)