14.2.17

TODOS OS PROBLEMAS TÊM SOLUÇÃO




 


    Quando a Junta de Freguesia toma uma decisão, como esta da instalação da antena, devia ter a consciência das outras decisões que podiam ser tomadas em alternativa?
   A actuação da Junta de Freguesia, neste caso concreto das antenas, ao não reconhecer que errou e lançar as culpas para os cidadãos que se opuseram e à AMCF, a quem alguns malcatenhos pediram ajuda, só vem provar a falta de capacidade de diálogo com as pessoas que, sendo malcatenhos como os outros que não se manifestam, não sabem e nada querem saber, que pensam que como vivem fora da aldeia, não têm que se meter nas coisas que vão acontecendo em Malcata, pois quem vive dia a dia na terra é que tem voto na matéria e não é nada com os que lá não estão a viver, deixa-me preocupado e triste. Que fique bem claro que eu, José N. Martins, os malcatenhos que se mostraram contra esta decisão da Junta de Freguesia e a AMCF, em particular os membros da direcção, bem como os malcatenhos que através das redes sociais se manifestaram contrários à instalação da antena no jardim da Junta de Freguesia, em momento algum faltámos ao respeito à instituição pública e política e às pessoas que o povo escolheu para desempenharem o cargo de autarcas.
   Os factos que agora são conhecidos leva-nos a concluir que a Junta de Freguesia não soube interpretar devidamente a proposta apresentada pela Câmara Municipal do Sabugal, convencendo-se que todos iam aceitar e aplaudir a instalação da antena, até porque se tratava de uma necessidade e de uma reivindicação há muito manifestada por todas as pessoas.
   Mais uma vez, o poder local não mostrou conhecimento do normal funcionamento da Junta de Freguesia e ignorou o direito que todo o cidadão tem também de participar na vida da comunidade. Aos autarcas de Malcata, no meu entender, faltou-lhes a humildade e a consciência de que, ultrapassaram os limites das suas competências políticas e com o seu comportamento e negligência,
Malcata e os malcatenhos continuam a ter que resolver a instalação da antena de telecomunicações e um entendimento com a NOS por causa dos milhares de euros já enterrados.
   Termino com o desejo que a comunidade dos malcatenhos desenvolva ainda mais a sua capacidade e interesse por saber, analisar e criticar, pois dessa forma saberão defender os seus direitos e interesses pessoais e da nossa aldeia; tenham em conta o mérito, a competência, a transparência, a vontade e capacidade em representar e defender os interesses dos malcatenhos, de todos os malcatenhos, em fazer parcerias com todas as instituições da aldeia e concelho, promovendo a união e o desenvolvimento na base de um convívio saudável, de compreensão democrática e benefício de todos. Na hora de votar votem pelo mérito e pela competência e pela capacidade de sentir e viver em democracia seja de cor amarela, verde, laranja ou vermelho.
Somos Malcata!







13.2.17

ANTENA DE TELECOMUNICAÇÕES AQUI, NÃO!

No jardim da Junta de Freguesia e ao lado do parque infantil, estão a instalar
uma antena de telecomunicações.


A poucos minutos de começar a reunião no Salão da Junta de Freguesia de Malcata, onde vão ser prestados esclarecimentos à população sobre a obra de instalação de antena de telecomunicações, cuja obra decorre sem que dela o povo soubesse. Na impossibilidade de estar presente e dada a importância do assunto, quero deixar aqui o texto que tinha preparado para apresentar nessa reunião. Sou a favor de melhores comunicações na nossa aldeia, não concordo é que seja a qualquer preço e em opções económicas que não têm em consideração os valores da saúde, do património, do impacto na paisagem, sem sequer analisar outras soluções mais favoráveis para todos e salvaguardando os interesses de todos.




SOMOS MALCATA

9.1.17

VALE A PENA PENSAR NO PRESENTE E LUTAR PELO FUTURO



   Agostinho da Silva, filósofo, um dia contou uma história, aí pelos anos 60, passada numa aldeia da Serra da Malcata e havia nessa aldeia cinco famílias. Três dessas famílias emigraram para a Alemanha e a França, sem saberem a língua, com os costumes rurais que tinham, a mentalidade da Nossa Senhora de Fátima, mas tiveram a ousadia e a coragem de irem a salto para esses dois países europeus. Quando mais tarde regressaram triunfantes, com uma família, um carro, uma casa, quem dominava a aldeia? Aqueles que não tiveram a coragem de partir. Dominavam a sacristia, o comércio, a serração de madeira e também  a junta de freguesia.
   Malcata é um pouco isso. As pessoas corajosas e ousadas são as que partem. Ficam na aldeia, alguns está certo, pois não serão todos, os que não têm coragem de partir, mas que desejam partir, ou seja, não têm coragem de mudar, de inovar. E que bom seria que os que partiram e tiveram a coragem de aprender e inovar fossem audazes e ajudassem os malcatenhos nesta tarefa difícil que é olhar o presente  e  juntamente com os que ficaram, construirmos um futuro melhor para os malcatenhos.

4.1.17

ISABEL MARTINS E A ARTE DO BRACEJO EM MALCATA

Isabel Martins e as suas criações em bracejo
(Foto do Jornal Cinco Quinas)

   Isabel Augusta Martins, natural de Malcata, vive agora entrelaçada com o bracejo e um querer enorme de afirmação pessoal e com o trabalho que vem desenvolvendo na arte de trabalhar o bracejo, uma erva ou pequeno arbusto, se assim lhe podemos chamar, que desde sempre cresceu livremente nas serranias de Malcata. Todos ou quase todos os que hoje temos meio século de vida, nos lembramos das vassouras das nossas avós ou das nossas mães, sabedoras das qualidades do bracejo e da suas aplicações na vida quotidiana da aldeia. O que muitos de nós desconhecemos é que afinal o bracejo tem muitas mais aplicações e que sendo um material natural, quando trabalhado por mãos como as da nossa conterrânea Isabel Martins, não podemos ficar indiferentes a este trabalho e às suas potencialidades económicas.
   A Isabel Martins soube agarrar aquela oportunidade lançada pela Câmara Municipal do Sabugal, em colaboração com as Aldeias Históricas de Portugal e Centro de Emprego e Formação, sempre que foi necessário deslocar-se de Malcata até Sortelha ou onde fosse dada a formação "EntreLaços". Os resultados estão à vista de todos. E felicito o Jornal Cinco Quinas por esta notícia desejando que se concretize isto:
Haja muitas “Isabéis” que queiram voltar ao seu torrão natal.
Leiam aqui a notícia do Jornal Cinco Quinas: