8.5.22

MALCATA: Cabras sapadoras nos baldios

    

   As obras continuam lá para os baldios da Freguesia de Malcata. Em 2019, foi a grande conhecida a aceitação e aprovação do projecto e da sua inclusão nos programas PDR-2020. Só quem tem meios próprios para se deslocar até aos baldios e tiver bom sentido de orientação, encontra o lugar e observar a obra. José Escada da Costa, em 2019, na sua habitual coluna no Jornal Cinco Quinas, presenteou-nos com um texto sobre este importante investimento que está agora a ser realizado. Dada a importância do tema e também a experiência profissional e como gestor de muitos projectos, alguns de enorme impacto e importância nacional, penso que é essencial ler o que este "conterrâneo" reflectir acerca do presente e principalmente do acautelar o crescimento sustentável no futuro, tendo em conta, por exemplo, as ideias expressas neste texto. Boa leitura e partilhem também as vossas ideias.



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7.5.22

OS CÃES TAMBÉM MORDEM EM MALCATA





 

      Segundo a lei se um cão atacar uma pessoa ou outro cão/animal é considerado perigoso.
      Hoje foi notícia em vários jornais mais um caso grave que envolveu uma criança de 3 anos e um cão. A menina ficou muito maltratada na face e na cabeça, pelo cão que pertence ao vizinho. A mãe da menina também ficou com mordeduras nos braços quando tentou ajudar a filha.
      No Jornal de Notícias vêm reproduzidas as declarações do presidente da junta de freguesia onde o autarca conta que tudo aconteceu no momento em que o pai da menina abriu o portão da garagem e a filha correu em direcção dele que o cão atacou!

      No caso que aconteceu na nossa aldeia foi que o cão do vizinho atacou o cão de um familiar meu. Uns dias depois desse ataque ouvi algumas histórias de outros ataques com o dito animal e outros que andam soltos pelas ruas da freguesia.  E naquela tarde de Verão a mulher andava no seu passeio habitual na companhia do cão, um animal de porte pequeno e com trela e quando ia a chegar à Zona de Lazer. o portão daquela moradia abriu-se e saíra de forma brusca o cãozarrão que costuma estar no jardim protegido pela rede da vedação que disparado se lançou ao pequenote. A minha prima foi em seu socorro e foi uma desgraça aquilo que se seguiu. Só houve tempo de pegar no cãozito ao colo e fugir, não sem antes, sentir os maxilares do cão perigoso a rasgar a carne do cão e da sua dona. Ambos tiveram que receber cuidados de saúde para evitar males bem mais graves.
      Há uns anos atrás ninguém punia os donos dos animais que atacavam pessoas ou outros animais. Apesar de ser um facto gravíssimo, estes acidentes indesejáveis, têm que ser levados mais a sério e punir os responsáveis. Quem tem dois cães para guardar a sua propriedade fez uma escolha e ao optar pelos cães tem que também saber tomar conta deles, tratá-los muito bem,

manter a sua saúde e as suas vacinas sempre em dia e não lhes deixar rédeas soltas para fazer tudo. E todos os animais podem atacar, pois eles são irracionais e agem por instintos, eles não pensam, ao contrário dos donos.
      As leis que estão em vigor determinam que quando um cão ataca e provoca lesões a pessoas ou outros animais, automaticamente o cão é retirado ao dono e é levado para um canil e será avaliado pelas autoridades veterinárias e o seu futuro terá em conta esses mesmos exames e investigações.
      Estes incidentes devem ser comunicados às autoridades e aguardar pelo decorrer do processo penal, sendo que o dono pode ainda ser alvo de um processo cível.
      O que podemos concluir é que os cães como animais irracionais que são, principalmente aqueles que atacam, são perigosos. E tal como os cães que são de raças já de si potencialmente perigosas, têm que obedecer a determinadas regras e condutas como um treino obrigatório de obediência numa escola de formação especializada.
      E na nossa aldeia ataques de cães contra pessoas e contra outros animais são bem do conhecimento das pessoas e da autarquia. Desconheço o número de cães perigosos que tenham sido declarados como perigosos à Junta de Freguesia ou tenham sido considerados pelas autoridades competentes como um risco para a segurança de pessoas e outros animais, devido ao seu comportamento agressivo.
      Estamos a entrar na época do calor e da ida das pessoas até à Zona de Lazer e outros lugares aprazíveis da aldeia. Compreendo que às vezes as pessoas não apresentem queixa, por medo de represálias e alguns dos donos contam com isso mesmo e continuam a não cumprir a lei; mas é uma das maneiras legais de resolver os problemas. Aconteceu em Março deste ano comigo também na rua de acesso à Zona de Lazer. Não aconteceu nada porque, por coincidências do destino, tinha acabado de me sentar no banco e fechado a porta da carrinha e o cão bateu com o focinho no vidro que já tinha fechado!


 

 

 

1.5.22

A LENDA DAS MAIAS

 

   Hoje, dia 1 de Maio, há uma tradição que ainda se mantém viva em algumas aldeias e cidades do país, é os enfeites com as maias, as giestas floridas, nome por que são conhecidas na nossa terra.
    Diz a lenda que Herodes soube que a Sagrada Família quando fugia para o Egipto ficou alojada numa aldeia. E Herodes já estava decidido a mandar matar todas as crianças do sexo masculino. Houve alguém que foi ter com Herodes e disse-lhe que não valeria a pena, mas também não lhe ia revelar onde estava o Menino Jesus, mas que colocaria um ramo de giesta florida na casa onde ele estivesse a passar a noite. Assim, bastaria aos soldados encontrar essa casa e, pronto!
   Na manhã seguinte, os soldados foram em busca da tal casa. Para espanto de todos, todas as casas daquela aldeia tinham à vista um raminho de giesta florida!
   Os soldados voltaram sem a missão ser cumprida!

   Todos os anos, da noite de trinta de Abril para um de Maio é costume colocar à porta de casa ramalhetes de giestas amarelas, também chamadas maias, por florirem em Maio.
   Todas as casas ficavam protegidas dos “diabos” e afastadas do mau-olhado, da fome, dos bruxedos...




30.4.22

CONTRATOS E COMPETÊNCIAS PARA A FREGUESIA DE MALCATA

 


     NEM TUDO O QUE NOS OFERECEM É O MELHOR

 

    É na Assembleia Municipal que se aprova o que se deve fazer no Concelho, consequentemente, nas freguesias do concelho.
   Nestas reuniões da Assembleia Municipal, as Juntas de Freguesia podem propor muita coisa para discutir, aprovar ou rejeitar. E são os representantes presentes na Assembleia Municipal que aprovam ou rejeitam. As coisas não se podem fazer se não forem aprovadas nas reuniões da Assembleia Municipal.
   Saberão os cidadãos da nossa freguesia disto? Pois é aqui que se vê a importância de eleger uma Junta de Freguesia que, nas Assembleias Municipais, transmitam e façam fazer valer os interesses da nossa freguesia.

   A Assembleia de Freguesia de Malcata é composta por um único partido político, portanto o Executivo não tem oposição. O cenário da Assembleia Municipal com maioria PSD, a oposição não tem força suficiente para alterar o sentido de voto.
   E a verdade é que nestes dois órgãos políticos do poder local reside o poder de decisão que marcará inevitavelmente o futuro do nosso concelho e claro, das freguesias, marcará o futuro das próximas gerações.

   E todos sabem que para muitos dos membros das assembleias de freguesias está tudo bem, se a Câmara e a Junta concordam, há que deixar andar...só que às vezes o deixar andar e tudo fazer, resulta em acordos enganadores, isto é, a ausência de discordância e de verdadeira discussão do conteúdo do acordo, acaba por se assinar um documento aceitando o que a Câmara deseja e quer e não o que a freguesia reclama ser mais importante e necessário.
   E quando se discutem propostas é porque os intervenientes se mostram responsáveis e conscientes. Cada uma das partes defenderá o melhor para o seu prato da balança e não será motivo para se zangarem uns com os outros.
   Trabalho é trabalho, conhaque é conhaque. Cada representante autárquico tem de ter capacidade de saber distinguir filiação política, amizade política da vida particular de cada interveniente. Fazer contratos, assinar acordos de execução ou interadministrativos é um trabalho complicado e ingrato. Mas a política tem estas dificuldades e há que aprender a ultrapassá-las.

   Fico por aqui com mais estas palavras, que são mais uma pequena reflexão pessoal de um cidadão que continua a acreditar num amanhã melhor para a nossa freguesia.

                                           José Nunes Martins



 

27.4.22

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA? Até quando?

  



     Está marcada para o próximo dia 30 de Abril uma sessão ordinária da Assembleia de Freguesia de Malcata.

   Já alguma vez imaginaram a nossa aldeia sem Assembleia de Freguesia?
   Pois se não lhes passou pela cabeça talvez esteja muito perto de a junta de freguesia contar com uma assembleia de cidadãos, em substituição da Assembleia de Freguesia! Fixem o número 150 e depois digam lá se o número das pessoas que votam efectivamente, em todas as eleições, tem andado muito próximo deste número que marca a linha vermelha e mandar constituir uma assembleia de cidadãos.
   A nossa freguesia corre esse risco. E porque está isso a acontecer ou em risco de acontecer? Porque cada vez há menos eleitores e os que votam, no dia seguinte às eleições nunca mais querem saber de coisa alguma no que respeita ao trabalho da autarquia. E o que têm feito as diversas juntas de freguesia e assembleias de freguesia para alterar este alheamento político? O mínimo, ou seja, anunciar através de Edital a convocação da Assembleia de Freguesia.
   Pergunto a quem me saiba responder, porque será que os cidadãos residentes na nossa freguesia e também aqueles que vivem e trabalham longe, não são merecedores de umas linhas respeitantes aos assuntos apresentados e debatidos, apresentados e aprovados ou reprovados pelos membros da Assembleia de Freguesia quando se reúnem? Uma palavra que fosse publicada na página oficial da freguesia que diz ter na internet e ser uma ferramenta para fortalecer as boas relações entre a junta e os seus cidadãos, por breve que fosse, mostrava e sensibilizava para a importância de participar na vida e nas decisões importantes para quem vive na aldeia. Custa dizer isto, mas a afixação de editais não basta e se não alterarem a forma de agir, não vai demorar muito para a freguesia ficar sem Assembleia de Freguesia...
   Para que isso seja só um receio meu, sugiro que, conjuntamente com todos os membros da actual assembleia de freguesia, o senhor Presidente da Mesa da Assembleia apresente ou faça o que achar que deve fazer para que a Junta de Freguesia inicie a gravação das sessões da Assembleia de Freguesia e das Reuniões da Junta. Depois, aprovadas que sejam as respectivas actas, ou minutas, que sejam publicadas na página oficial que a Junta de Freguesia dispõe na internet.
  A segunda sugestão é a de propor a alteração da Ordem de Trabalhos das Assembleias de Freguesia, nomeadamente e de modo particular, a intervenção do público, que devia ser colocado na parte de Antes da Ordem do Dia.  Se esta alteração fosse proposta e aprovada, estava-se a dar a palavra ao povo (público) no início das assembleias, tentando desta forma atrair o maior número de cidadãos a participar nas reuniões, pois como passavam a ser ouvidos no início e uma vez que durante o outro tempo e assuntos que os membros da assembleia têm obrigação de discutir, aprovar, suspender, reprovar, adiar, aprovar por unanimidade, etc., aqueles cidadãos que estivessem nas assembleias ganhavam mais vontade e mais interesse em participar e não abandonar a sala mudos e calados, porque quando chegar a sua vez de expor as dúvidas e perguntas, todos estão cansados e com pressa de terminar a assembleia o mais rápido possível. Quando se coloca o povo, o eleitor, no seu devido lugar e com o destaque que todo o cidadão(público)merece, estamos todos a construir uma comunidade mais democrática e mais participativa.
   Penso que me fiz entender quanto à importância das Assembleias de Freguesia e o quão importante é a participação e interesse dos residentes na freguesia.
    Vão pensar e informar sobre este assunto? Aguardo então por notícias brevemente.