9.7.20

MALCATA COM ELEIÇÕES À VISTA


É tempo de abrir os armários

   O que está para acontecer brevemente na freguesia de Malcata tem que ser devidamente analisado. Acontece que brevemente vão realizar-se as eleições para a Associação de Solidariedade Social de Malcata, mais conhecida por Lar de Malcata - https://www.facebook.com/search/top?q=assm%20malcata
   Estas eleições decorrem porque a actual equipa dirigente chega ao fim do seu mandato.   Já sabemos que na nossa freguesia os fenómenos acontecem e toda a gente fala, diz que sabe isto e aquilo e também temos quem diz não saber de nada, não lhe interessa saber e fica furioso por os outros saberem e ele não quer saber para não se aborrecer. Lá diz o ditado popular que “onde há fumo, há fogo” e os incêndios quando ignorados no seu início, e se as condições meteorológicas e ambientais forem propícias, transforma-se numa grande tragédia, não havendo depois oportunidade de evitar as perdas, o sofrimento e a dor.
   E o fogo parece estar a pegar porque este ano vamos, ao que dizem, ter duas listas a concorrer às eleições para os Órgãos Sociais da Associação de Solidariedade Social de Malcata. 
   Para muitos de vós, não é surpresa eu escrever o que penso. Por isso aqui estou a falar deste assunto que merece ser falado. É importante as pessoas saberem que o Lar de Malcata é uma das valências da Associação (ASSM), com certeza a mais conhecida e a principal razão da sua existência. A Associação de Solidariedade Social de Malcata é uma IPSS, ou seja, uma instituição social e de solidariedade, auxiliada pelos seus associados, pelo Estado e ainda pelos utentes que a ela recorrem e usufruem dos seus serviços e apoios. A ASSM já está numa fase adulta, ultrapassou os seus tempos de “infância” e “juventude” e o estado adulto em que se encontra, olhando para trás e para a realidade de hoje, os seus dirigentes e trabalhadores têm sabido levar a água ao moinho e hoje o Lar é o orgulho dos malcatenhos, a segunda casa dos idosos e o sustento de quem lá trabalha.   
   Estou à espera da apresentação das listas ao povo da freguesia. É importante que todos se apresentem com um programa e que digam   aos associados da ASSM as razões das suas candidaturas, bem como a distribuição dos lugares e funções que irão desempenhar, pois é com o voto dos associados esclarecidos e  motivados, respeitando a liberdade individual e a vontade de cada sócio que as eleições se decidem.
                                       
                                                     José Nunes Martins


    


29.6.20

NO MELHOR PANO CAI A NÓDOA

Classificação das águas é uma obrigação
para nelas mergulhar com maior segurança para a saúde.



   Este ano na Zona de Lazer de Malcata tem banhos desaconselhados e a estrutura flutuante também está desaconselhada a sua utilização. O desaconselhamento dos banhos na água da albufeira da barragem e  da utilização da estrutura flutuante. deve-se a um conselho da Agência Portuguesa do Ambiente (APA ), informou o senhor presidente de junta, no passado dia 15 de Junho,  na Assembleia de Freguesia de Malcata. Foi nesta data dado conhecimento aos membros da AF e ao público presente, o auto de contraordenação dirigido à Junta de Freguesia de Malcata ainda no ano de 2019. Eu fui um dos cidadãos que estava presente nas duas assembleias de freguesia e ao meu lado assistiram mais quatro pessoas. Esta comunicação do senhor presidente para mim não foi novidade, pois em Abril de 2020, mês em que a Câmara Municipal do Sabugal colocou na sua página oficial  as actas das Reuniões da Câmara realizadas no presente ano, li numa acta de Janeiro que o senhor presidente da Câmara andou o mês muito ocupado a auxiliar a Junta de Freguesia de Malcata a resolver este problema da contraordenação. Já em Maio, através de uma carta dirigida à Junta de Freguesia de Malcata, solicitei esclarecimentos sobre esta situação. Soube nesta assembleia de Junho, pela voz do senhor presidente, que não me deu resposta porque o assunto é importante e de interesse para a freguesia e sendo eu cidadão, considerou que não devia responder-me antes de informar a Assembleia de Freguesia sobre o assunto. Por causa da pandemia do Covid 19, as reuniões da AF foram adiadas e portanto chegada a hora das reuniões, tinha chegado a altura certa de dar conhecimento a todos ao mesmo tempo. Ouvi atentamente esta explicação e as razões da contraordenação. Pessoalmente penso que, dada a importância do assunto, sabendo a Junta de Freguesia que os membros da Assembleia de Freguesia habitam na freguesia, facilmente arranjava forma de lhes dar conhecimento. Coincidências ou não, a verdade é que eu, um cidadão como os outros da nossa freguesia, tendo por hábito e por interesse em exercer o meu dever de cidadania responsável, interesso-me por ler documentos que digam respeito à freguesia, já sabia desde Abril e podia ter informado o povo e conscientemente não o fiz. Depois da não resposta à minha carta, depois de ler a Ordem de Trabalho das duas Assembleias de Freguesia e verificar que o assunto do auto de contraordenação não constava em nenhuma delas, fui surpreendido pelo pedido feito pelo senhor presidente de Junta à Mesa da Assembleia para acrescentar um ponto à ordem de trabalhos, precisamente o assunto da Zona de Lazer de Malcata. Foi aceite e lá teve a palavra o senhor presidente da Junta de Freguesia para falar sobre o assunto.
   Posso informar-vos que, em Abril a oposição desconhecia e não sabia o que tinha acontecido. Para mim é difícil compreender a ausência da oposição nestas duas Assembleias de Freguesia. Foram duas assembleias onde se trataram assuntos de interesse para a freguesia, para o bem estar dos cidadãos e não estar presente a oposição, com todo o respeito que tenho por todos,
acredito que as razões e os motivos apresentados a quem de direito, tenham mesmo impedido de estarem presentes nas reuniões e na próxima façam e mostrem o contraditório, deem sinal de interesse pela vida dos vossos eleitores.
                                                                                                       José Nunes Martins


 

23.6.20

MALCATA: MAIS VALE TARDE DO QUE NUNCA



ANTES (EM AGOSTO 2018)


Denunciei esta situação na Rua de Baixo








                                                            DEPOIS (EM JUNHO DE 2020)
                                                                              E dois anos depois encontrei-a assim:





      Fica este registo do "antes" e do "depois" e digam lá se a segurança na rua está mais visível ou se estava bem em 2018, quando foi construída?
      Estamos no bom caminho...

                                                                                                       José Nunes Martins
      


22.6.20

EU NÃO SOU ESCRAVO DO MEU PENSAMENTO


   Quem acha que vale a pena denunciar as situações que nos desagradam?   Ou é melhor olhar, escutar e seguir calado, ignorar e deixar as coisas como estão?
   Ninguém de nós gostará de andar incomodado com muitas daquelas situações com que não estamos de acordo. Conheço pessoas que perante uma situação com que não concordam ficam caladas porque têm medo das críticas, têm receio de serem rejeitados e chutadas para canto ou terror de engrossar as “listas negras” e não querem viver constantemente com medo dos males e sob as ameaças aos seus bens materiais, a algum familiar ou à sua própria vida.
   Cada um de nós, penso eu, tem o dever e a responsabilidade de falar das coisas ou situações que incomodam. Ficar calado e deixar de expressar a minha opinião sobre uma situação em que não concordo, é o mesmo que me dizerem para que “deixa-te dessas coisas”, ou “os outros não se incomodam, andas tu a incomodar-te com isso"; “faz como eu, não ligo a nada”.
Infelizmente, com tristeza minha, sinto que vivo numa comunidade onde vivem pessoas com medo de expressar verdadeiramente o que pensa, querendo fazer crer que não liga e não quer saber e escolhe o silêncio. Santa ignorância, essas pessoas não têm é a coragem de denunciar porque temem pelas consequências e é mais fácil engolir um sapo vivo do que correr o risco de ser posto ainda mais de lado.
   No meu caso pessoal, perante as várias situações já vividas aqui na aldeia,  passei estes dias a pertencer a duas “listas negras” e até que me seja desmentido a sua existência e demonstrar-me que não passou de uma atitude irreflectida e agora merecedora de arrependimento, sinto-me marcado pelos  homens que reagem e mostram incapacidade de lidar com pessoas que não concordam com algumas das suas acções.
    Assim, decidi reflectir com muita seriedade e tranquilidade o que vou fazer a seguir.
   Considerando-me eu um cidadão responsável e sem interesses políticos, com fortes ligações sentimentais e emocionais a esta terra, preocupo-me com tudo o que tenha a ver com o bem-estar das pessoas, do meio ambiente que rodeia este lugar e o futuro que os nossos descendentes podem viver. E para mim denunciar as coisas que acho incorretas, para além de ser uma obrigação moral e um dever cívico, é tão legítimo como quem acha que é dono disto tudo. E denunciar ajuda a desfazer comportamentos irreflectidos e a respeitar mais a “coisa” pública, o património edificado e imaterial que apesar da sua simplicidade, merece ser defendido e preservado nas melhores condições, honrando a herança que nos deixaram os nossos antecessores.
   Hoje as tecnologias de comunicação estão a contribuir para aproximar os continentes, os países, as freguesias, as instituições, as famílias e os amigos. Mesmo distantes dos cidadãos, até os Governos e os diversos poderes existentes mudaram as práticas de funcionamento e de difusão das suas mensagens.
   Infelizmente, quando tenho a (in)feliz ideia de denunciar (diferente de caluniar), sou logo ameaçado, injuriado e irresponsável e ficando marcado como prevaricador e não autor da denúncia. Ou seja, não é a minha liberdade que acaba onde começa a dos outros, mas sim a dos outros que começa quando a nossa acaba, quando acaba… agir não tem o mesmo significado de pactuar. Nunca fui pessoa de viver e alimentar a família recorrendo ao leite tirado da vaca comunitária.
   Cada um de nós é único e comporta-se de forma diferente uns dos outros. Eu assumo que preciso de mudar o meu comportamento. E essa mudança é da minha responsabilidade. Estão as outras pessoas também na disposição de me assegurar publicamente que também vão mudar e cumprir e responsabilizarem-se pelos seus actos?

A autêntica derrota
é quando eu me dou por vencido
          M.Cornejo

                                                                                                                                               José Nunes Martins




19.6.20

EM DEFESA DO PATRIMÓNIO DA FREGUESIA DE MALCATA

Abriu-se a caixa de pandora...o monumento
é património público!
       



Um Sim e um não

                                                       


Na ASA é o sítio certo
                                                 
   As imagens também falam e revelam o que os olhares viram no dia em que cheguei à nossa aldeia.
   Na Praça do Rossio ( Torrinha ), cada ano que passa aparece mais uma borrada na paisagem e no património. Quando é que isto termina? Há no ar demasiados fios e cabos, uns esticados, outros enrolados e pendurados em postes, caixa de telefone solta, placas informativas danificadas, um monumento engalanado com antenas, cabos eléctricos, uma porta que raramente abre e fecha, mas serve de painel informativo e nela são expostos avisos, cartazes de convívios, de diversos eventos e até editais oficiais das autarquias locais. Incompreensível porque ao lado, a Junta de Freguesia tem à disposição o seu quadro preparado para afixar toda a informação que pretenda e considere importante divulgar aos cidadãos. E eu próprio me penitencio, no que se refere á colagem de cartazes na porta do monumento, pois tenho seguido os maus hábitos das outras instituições. Penso que chegou o momento de acabar com esta forma de olhar para o nosso património, a começar pela Torre do Relógio. Cartazes naquela porta, eu não vou colar. Sugiro à Junta de Freguesia que tome posição clara e democrática em relação à importância que tem o património da freguesia e aos cuidados que todos os cidadãos e visitantes devem ter em conta quando circulam pela povoação. Aquela ideia do cartaz com o mapa da freguesia até é boa. O sítio onde o cartaz foi recolocado já é uma péssima opção, por se tratar da torre do relógio, por aquele mapa mencionar os pontos de interesse do empresário. E se amanhã mais dois ou três empresários da freguesia elaborassem também um cartaz e decidissem também usar as paredes daquele monumento? Entendem o perigo e onde isto pode chegar?
   Vou deixar mais uma sugestão dirigida à Junta de Freguesia: elaboração de um mapa da freguesia, com estes elementos principais: ruas e bêcos, monumentos públicos, áreas públicas, negócios existentes na freguesia e outros serviços, instituições...e procurar um local à entrada da freguesia para a sua colocação, instalando outros espalhados pela povoação ( mapa informativo de um lado e do outro lado, painel para colocação de outras actividades e eventos ).
   Tenhamos todos presentes que nós, os humanos, um dia morreremos e as instituições, monumentos...ficam, quando bem cuidados!
                                                                                                      José Nunes Martins