3.4.11

A INEVITÁVEL DESERTIFICAÇÃO DO INTERIOR




 “Portugal é cada vez mais um país a duas velocidades, onde as grandes metrópoles contrastam com um interior crescentemente desertificado, despovoado e abandonado pelo poder central. Para percebermos porquê vale a pena socorrermo-nos de um dos princípios mais básicos da ciência económica, que nos diz que as pessoas respondem aos incentivos que lhes são oferecidos. Assim, imaginemos que num país chamado Vigarolândia as actividades não produtivas( i.e.,o compadrio, a corrupção, etc.) têm rendimentos superiores às auferidas pelos produtores de bens e serviços. Se assim for, não será de todo surpreendente se mais cedo ou mais tarde, existirem mais Vígaros ( os cidadãos do país ) envolvidos em actividades de corrupção e compadrio do que a produzir bens e serviços. Ou seja, os incentivos são fundamentais para o desempenho económico.
  O mesmo princípio aplica-se à questão da desertificação do interior. Isto é, enquanto não existirem incentivos suficientes para que as pessoas permaneçam e se estabeleçam no interior, haverá sempre um número crescente de portugueses a abandonarem essas regiões em prol das grandes metrópoles e da emigração.
  E os incentivos que interessam para travar o despovoamento do interior são os seguintes: empregos, menos impostos e maiores salários relativos. O primeiro incentivo é fácil de explicar: se não existirem empregos ou oportunidades, as pessoas não vão ficar no interior. Sem maior criação de emprego, o interior está condenado a uma morte lenta.
  Por seu turno, os incentivos fiscais poderão ser importantes, principalmente se forem significativos. Se as empresas que se localizarem no interior pagarem menos impostos, decerto que as regiões deprimidas ficarão bem mais atraentes do que são actualmente.
  Finalmente, seria bom se o Estado estabelecesse alguma diferenciação salarial entre os trabalhadores nos centros urbanos e nas regiões deprimidas do interior. Ao fazê-lo, aumentar-se-iam os incentivos para as pessoas se situarem no interior em vez de permanecerem nos centros urbanos.
  Por outras palavras, o fim da desertificação do país é mais uma questão de incentivos do que de grandes planos ou receitas mágicas. E se os incentivos forem melhorados, daremos um grande passo para travar o despovoamento do interior”.
                                                         Autor: Álvaro Santos Pereira
                                                                      Professor de economia
Artigo publicado na revista Notícias Magazine, de 3-04-2011
  

2.4.11

EVOCAÇÃO DA BATALHA DO SABUGAL

30.3.11

FESTA DOS ZÉS EM MALCATA

OS ZÉS DE MALCATA EM FESTA

Os Zés quiseram  celebrar de forma especial o dia do Pai.
Foto: Vitor Fernandes

A BATALHA DO GRAVATO


NOTA DE IMPRENSA da Câmara Municipal do Sabugal:
A Câmara Municipal do Sabugal promove nos próximos dias 2 e 3 de Abril, as Comemorações dos 200 anos da Batalha do Sabugal, com um diversificado conjunto de iniciativas, em colaboração com o Exército Português.
No sábado, 2 de Abril, às 14h30, realizar-se-á no Auditório Municipal, o lançamento dos livros “A Batalha do Gravato-Narrativas do Famigerado Combate do Sabugal” de autoria de Manuel Morgado e Marcos Osório e “Sabugal e as Invasões Francesas” de Manuel Francisco Veiga Gouveia Mourão, Joaquim Tenreira Martins e Paulo Leitão Batista.

Ainda no Auditório, às 15h00, terá início o Encontro Temático “Sabugal e as Invasões Francesas” com intervenções do Dr. Adérito Tavares, Dr. Joaquim Tenreira Martins, Dr. José Alexandre Sousa, Dr. Paulo Leitão Batista e Tenente-Coronel de Engenharia José Paulo Berger.
Pelas 21h00, no Auditório, terá lugar um concerto pelo Grupo de Música de Câmara da Banda Sinfónica do Exército.

No dia 3, domingo, às 09h30, nos Paços do Concelho, terá lugar a Cerimónia de Hastear da Bandeira com Honras Militares seguindo-se, pelas 10h00, a inauguração de Memorial no local do combate (Sítio do Gravato). Às 11h00, na Rotunda Batalha do Sabugal (EN 233), decorrerá a Cerimónia Militar com Inauguração de Monumento Evocativo de autoria do escultor Augusto Tomás, Deposição de Coroa de Flores, Cerimónia de Homenagem aos Mortos e evocação histórica pelo Tenente-Coronel Urze Pires.
Após a realização da Missa pelos Mortos em combate, na Igreja Matriz de S. João, terão lugar, a partir das 15h00, junto ao Castelo do Sabugal, os Festejos Comemorativos da Vitória com a presença de diversos grupos musicais e de animação de época.

24.3.11

AS CEGONHAS

  Ninho de cegonha no Sabugal


    As cegonhas já chegaram. Este ano também escolheram Malcata para nidificar. O Jornal Cinco Quinas já deu a novidade através do nosso conterrâneo Rui Chamusco.Escreveu ele no jornal que as cegonhas estão a fazer o seu ninho "na chaminé da casa do Zé Manel da Ti Mari Recta, ao cimo da rua da Barreirinha". As pessoas da aldeia seguem atentamente os movimentos das aves que parece terem trazido novas esperanças para o futuro da povoação, pois, há muitos anos que não se viam por cá e agora estão a regressar.
   Lanço daqui um alerta e um pedido: deixem as cegonhas sossegadas e por favor, não lhes destruam o ninho.