"SE VIRES UM HOMEM COM FOME À BEIRA DO RIO
NÃO LHE DÊS UM PEIXE, ENSINA-O A PESCAR"
Peço aos leitores que façam uma leitura do artigo escrito pelo professor José Ramos Pires Manso, da Universidade da Beira Interior, Economista e responsável do Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social, que o Jornal Cinco Quinas publicou recentemente.
29 Setembro,
2017
Por: Cinco Quinas
A execução de
uma estratégia nacional para o turismo militar e o alargamento a todo o país do
programa de ciclismo e passeios a pé no Algarve são medidas da Estratégia para
o Turismo 2027. Esta resolução foi hoje (quarta-feira dia 27/9) publicada
em DR. Apreciando com cuidado o diploma alguma coisa se pode depreender no que
diz respeito ao seu alargamento ao interior do país, como a inclusão de rotas
como a das aldeias históricas, das aldeias de xisto, das aldeias de montanha,
das terras com castelo, das terras da raia, cidades com história, judiarias, …
Esta resolução do Conselho de Ministros, hoje
(quarta-feira dia 27/9) publicada em Diário da República (DR), foi aprovada na
reunião do CM da passada quinta-feira.
Entra em vigor na próxima quinta-feira. Segundo o Governo, a estratégia hoje
publicada pretende proporcionar um quadro de referência estratégico para o
turismo nacional, num horizonte de 10 anos. Pretende ainda, assegurar a
estabilidade e assumir compromissos quanto às opções estratégicas para o
turismo nacional, promover a integração das políticas setoriais, gerar uma
contínua articulação entre os vários agentes e agir com sentido estratégico no
presente e no curto/médio prazo.
Uma das metas da Estratégia do Turismo 2027 é conseguir 80 milhões de dormidas, o que se traduz num aumento de 31 milhões dormidas entre este ano e 2027, com uma taxa de variação média anual de 4,2%. No que diz respeito a receitas turísticas,é a intenção é crescer 14 mil
milhões de euros até 2027. O Governo pretende ainda aumentar as qualificações
dos trabalhadores na atividade turística, através da duplicação de 30% para 60%
do nível de habilitações do ensino secundário e pós-secundário no turismo.
Pretende ainda ter turismo durante todo o ano e reduzir o índice de
sazonalidade de 37,5% para 33,5%. Para o conseguir está previsto alargar a todo
o país o projeto piloto ‘Cycling and Walking’ da
região do Algarve, além de investir nos Caminhos de Fátima, Caminhos de
Santiago e na rede de Turismo Militar. Para além dos bons resultados, o Governo
garante que o turismo tem que se afirmar cada vez mais como uma atividade
sustentável ao longo do ano e ao longo do território, que valorize os recursos
naturais de que Portugal dispõe e que contribua para a criação de emprego e de
riqueza e para a promoção da coesão territorial e social.
A resolução aprovada pelo Governo definiu como mercados estratégicos a Espanha, Alemanha, Reino Unido, França, Brasil, Holanda, Irlanda e Escandinávia. Na lista de “mercados de aposta” da estratégia contam os Estados Unidos da América, China e Índia, enquanto são classificados como “mercados de crescimento” a Itália, Bélgica, Suíça, Áustria, Polónia, Rússia, Canadá. Por último, o Governo define ainda sete “mercados de atuação seletiva”: Japão, Austrália, Singapura, Coreia do Sul, Índia, Israel e países da Península Arábica.
Uma das metas da Estratégia do Turismo 2027 é conseguir 80 milhões de dormidas, o que se traduz num aumento de 31 milhões dormidas entre este ano e 2027, com uma taxa de variação média anual de 4,2%. No que diz respeito a receitas turísticas,
A resolução aprovada pelo Governo definiu como mercados estratégicos a Espanha, Alemanha, Reino Unido, França, Brasil, Holanda, Irlanda e Escandinávia. Na lista de “mercados de aposta” da estratégia contam os Estados Unidos da América, China e Índia, enquanto são classificados como “mercados de crescimento” a Itália, Bélgica, Suíça, Áustria, Polónia, Rússia, Canadá. Por último, o Governo define ainda sete “mercados de atuação seletiva”: Japão, Austrália, Singapura, Coreia do Sul, Índia, Israel e países da Península Arábica.
Da estratégia nacional às
estratégias regionais e locais do Interior
Com especial interesse para o interior a Resolução do Conselho de Ministros, elenca algumas medidas como (i) a revitalização e dinamização económica de aldeias e centros rurais com vocação turística está também prevista na estratégia, que aposta nas redes temáticas e nos recursos endógenos dos territórios, como as Aldeias de Xisto, as Aldeias Históricas e as Aldeias Vinhateiras, (ii) a realização de ações de valorização turística e de promoção dos lagos e águas interiores, rios, albufeiras, nascentes e águas/estâncias termais ficam prometidas e (iii) a disponibilização de rede wi-fi (sem fios) gratuita nos centros históricos, por forma a melhorar a experiência de usufruto do património nacional.
Do que se disse se depreende que a estratégia nacional dirigida às regiões do interior passa, entre outras, pelas seguintes ações:
– Alargar o projeto piloto ‘Cycling and Walking’/Ciclismo e Passeio da região do Algarve a todas as regiões do interior do país, designadamente às planícies, planaltos e montanhas, regiões protegidas como parques e reservas naturais, margens dos rios e vales, rotas diversas (para observação de paisagens e aves, por exemplo) em veículos de duas rodas e por aí fora.
– Investir nos Caminhos de Fátima, nos Caminhos de Santiago e na rede de turismo militar. Com um bocadinho de imaginação local, pode juntar-se a essa lista os caminhos das romarias tradicionais do interior como a Sr.ª da Ajuda na Malhada Sorda (Almeida), a Sr.ª da Póvoa (Penamacor), a Sr.ª do Almurtão (Idanha a Nova), a Sr.ª dos Prazeres Soito e em diversos locais desta região, a Sr.ª das Dores do Paul, A Sr.ª dos Remédios de Lamego, a Sr.ª do Castelo de Mangualde e tantas outras que por aí há.
– A revitalização e dinamização económica de aldeias (aldeias históricas, aldeias do xisto, dos rios Zêzere e Coja, aldeias de montanha, aldeias com castelo, aldeias, vilas e cidades com judiarias,…) e centros rurais com vocação turística está também prevista na estratégia, que aposta nas redes temáticas (como a rotas dos judeus, rota dos castelos de Riba-Côa e outros, a rota das aldeias de fronteira, festivais de gastronomia, rotas da caça e pesca, …) e nos recursos endógenos dos territórios, como as Aldeias de Xisto, as Aldeias Históricas e as Aldeias Vinhateiras, a que acrescentamos as Aldeias de Montanha da Serra da Estrela, as Aldeias dos Parques e Reservas Naturais como as da Serra da Estrela, da Serra das Mesas/Malcata (do lince), da Serra da Marofa e da Gardunha, do Caramulo e por aí fora….
– Estão ainda previstas ações de valorização turística e de promoção dos lagos e águas interiores, rios (como o Tejo, Douro, Guadiana, Côa com as suas gravuras rupestres, Sado, Mondego, Zêzere rios do alto Minho,…), albufeiras (como as do Alqueva, da Serra de Estrela, das Barragens do Castelo de Bode e de St.ª Luzia, Fratel, do Sabugal no Rio Côa,…), nascentes e águas/estâncias termais (como as do Cró (Sabugal), Unhais da Serra (Covilhã), … (Almeida), Longroiva… (Figueira de Castelo Rodrigo), Fonte Santa (Manteigas), de Alcafache (Viseu), Vidago (Chaves) e tantas outras pelo país fora.
Disponibilização de rede wi-fi gratuita nos centros históricos das cidades, vilas e aldeias, por forma a melhorar a experiência de usufruto do património local. Encontram-se neste caso todas as cidades, vilas e até algumas aldeias com centros históricos como Guarda, Viseu, Coimbra, Covilhã, Castelo Branco, Leiria, Aveiro e muitas outras…
Com especial interesse para o interior a Resolução do Conselho de Ministros, elenca algumas medidas como (i) a revitalização e dinamização económica de aldeias e centros rurais com vocação turística está também prevista na estratégia, que aposta nas redes temáticas e nos recursos endógenos dos territórios, como as Aldeias de Xisto, as Aldeias Históricas e as Aldeias Vinhateiras, (ii) a realização de ações de valorização turística e de promoção dos lagos e águas interiores, rios, albufeiras, nascentes e águas/estâncias termais ficam prometidas e (iii) a disponibilização de rede wi-fi (sem fios) gratuita nos centros históricos, por forma a melhorar a experiência de usufruto do património nacional.
Do que se disse se depreende que a estratégia nacional dirigida às regiões do interior passa, entre outras, pelas seguintes ações:
– Alargar o projeto piloto ‘Cycling and Walking’/Ciclismo e Passeio da região do Algarve a todas as regiões do interior do país, designadamente às planícies, planaltos e montanhas, regiões protegidas como parques e reservas naturais, margens dos rios e vales, rotas diversas (para observação de paisagens e aves, por exemplo) em veículos de duas rodas e por aí fora.
– Investir nos Caminhos de Fátima, nos Caminhos de Santiago e na rede de turismo militar. Com um bocadinho de imaginação local, pode juntar-se a essa lista os caminhos das romarias tradicionais do interior como a Sr.ª da Ajuda na Malhada Sorda (Almeida), a Sr.ª da Póvoa (Penamacor), a Sr.ª do Almurtão (Idanha a Nova), a Sr.ª dos Prazeres Soito e em diversos locais desta região, a Sr.ª das Dores do Paul, A Sr.ª dos Remédios de Lamego, a Sr.ª do Castelo de Mangualde e tantas outras que por aí há.
– A revitalização e dinamização económica de aldeias (aldeias históricas, aldeias do xisto, dos rios Zêzere e Coja, aldeias de montanha, aldeias com castelo, aldeias, vilas e cidades com judiarias,…) e centros rurais com vocação turística está também prevista na estratégia, que aposta nas redes temáticas (como a rotas dos judeus, rota dos castelos de Riba-Côa e outros, a rota das aldeias de fronteira, festivais de gastronomia, rotas da caça e pesca, …) e nos recursos endógenos dos territórios, como as Aldeias de Xisto, as Aldeias Históricas e as Aldeias Vinhateiras, a que acrescentamos as Aldeias de Montanha da Serra da Estrela, as Aldeias dos Parques e Reservas Naturais como as da Serra da Estrela, da Serra das Mesas/Malcata (do lince), da Serra da Marofa e da Gardunha, do Caramulo e por aí fora….
– Estão ainda previstas ações de valorização turística e de promoção dos lagos e águas interiores, rios (como o Tejo, Douro, Guadiana, Côa com as suas gravuras rupestres, Sado, Mondego, Zêzere rios do alto Minho,…), albufeiras (como as do Alqueva, da Serra de Estrela, das Barragens do Castelo de Bode e de St.ª Luzia, Fratel, do Sabugal no Rio Côa,…), nascentes e águas/estâncias termais (como as do Cró (Sabugal), Unhais da Serra (Covilhã), … (Almeida), Longroiva… (Figueira de Castelo Rodrigo), Fonte Santa (Manteigas), de Alcafache (Viseu), Vidago (Chaves) e tantas outras pelo país fora.
Disponibilização de rede wi-fi gratuita nos centros históricos das cidades, vilas e aldeias, por forma a melhorar a experiência de usufruto do património local. Encontram-se neste caso todas as cidades, vilas e até algumas aldeias com centros históricos como Guarda, Viseu, Coimbra, Covilhã, Castelo Branco, Leiria, Aveiro e muitas outras…
José Ramos Pires
Manso
Prof Catedrático, UBI, Economista e responsável do
Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social
Prof Catedrático, UBI, Economista e responsável do
Observatório para o Desenvolvimento Económico e Social
O artigo dá a conhecer a estratégia para o TURISMO nacional num horizonte a 10 anos. Trata-se de uma decisão do Governo e dada a sua importância para as aldeias do interior, as Aldeias com albufeiras, reservas naturais,
uma estratégia que uma associação em Malcata já vinha a defender desde 2016, que depois de apresentada a ambas as candidaturas, apenas tive interesse e acolhimento por uma e conscientes da importância que tem para o futuro da aldeia de Malcata, incluíram-na no programa de candidatura das eleições autárquicas de 1 de outubro de 2017, destacando com uma frase: "PROMOVER O TURISMO SUSTENTÁVEL E A AUTOSSUSTENTABILIDADE DA ALDEIA ( Malcata )"!
Hoje, 2 de outubro, sabemos que o povo não aprovou esta e outras propostas que foram amplamente apresentadas e deixando a decisão de escolha nas mãos de cada pessoa eleitora.
As pessoas optaram por dar mais atenção à voz do candidato que não podia ser candidato e ficaram saciadas, pelo menos temporariamente, com o pão oferecido, pois quando voltar a apertar a fome, terão que ir ao encontro da família real, aí haverá manjedoura farta.
Esta é a minha opinião, livre de tudo e sem rodeios.
Sonho com uma aldeia diferente, os que me conhecem sabem que tenho uma obsessão: sou obcecado pela terra onde nasci, onde cresci e pelo bem de todos, não quero poder, não quero dinheiro nem sou vendedor de banha da cobra. Sou um malcatenho que se sente triste, profundamente triste por mais uma vez,
verificar que não posso obrigar uma pessoa a aprender a autossustentar-se e um povo que se vende por tão pouco, que diz sim a uma proposta e na hora da verdade risca não. Onde mora a honestidade intelectual? Fico-me por aqui a pensar na minha infância e nos meus sonhos.
Parabéns aos justos vencedores, aqueles que respeitam liberdade, a honestidade, a seriedade e caminham de cabeça erguida; parabéns aqueles que apesar da derrota de número de votos, ganharam a medalha mais ambicionada por qualquer atleta.
José Nunes Martins